Mantido veto de Dilma à mudança na aposentadoria Postado por Magno Martins
Do G1 Brasília - Nathalia Passarinho e Laís Alegretti O Congresso Nacional decidiu, na madrugada desta quarta-feira (23), manter o veto da presidente Dilma Rousseff ao texto que acabou com o fator previdenciário e estabeleceu a regra 85/95 para a aposentadoria. Se o veto tivesse sido derrubado, o gasto seria de R$ 132 bilhões até 2035, segundo cálculo do Ministério do Planejamento. O veto ao fator previdenciário foi um dos 24 votados em cédula de papel – todos foram mantidos. Outros oito, que tiveram pedidos de destaque, estavam sendo votados um a um, no painel eletrônico, até a última atualização desta reportagem. Os oito destaques são vetos polêmicos, como o reajuste de até 78% a servidores do Judiciário. Fator previdenciário Pela proposta aprovada pelos parlamentares antes do veto da presidente, as pessoas poderiam se aposentar quando a soma da sua idade e do tempo de contribuição atingisse 95 anos, se homem, e 85 anos, se mulher. Dilma vetou o texto e editou uma medida provisória com uma proposta alternativa, segundo a qual a fórmula usada para calcular a aposentadoria irá variar progressivamente de acordo com as expectativas de vida da população brasileira. Atualmente, a Previdência Social utiliza uma fórmula matemática, o chamado fator previdenciário, que tem o objetivo de reduzir os benefícios de quem se aposenta antes da idade mínima de 60 anos para mulheres e 65 anos para homens, e incentivar o contribuinte a trabalhar por mais tempo. Quanto menor a idade no momento da aposentadoria, maior é o redutor do benefício. PIS-Cofins Outro veto mantido pelos parlamentares na madrugada desta quarta foi o veto à isenção de PIS-Cofins para o óleo diesel. Essa desoneração tributária foi concedida pelos parlamentares ao votarem a medida provisória 670/2015, que reajustava as tabelas de imposto de renda. De acordo com o Ministério do Planejamento, o impacto dessa medida é de R$ 13,9 bilhões no ano que vem e R$ 64,6 bilhões até 2019. Vetos Na sessão conjunta que começou na noite de terça-feira (22), os parlamentares analisam 32 vetos da presidente, entre os quais o que barrou um reajuste de até 78% aos servidores do Judiciário. A sessão representa um teste para o governo, já que a derrubada dos vetos da presidente poderia gerar um gasto extra de R$ 23,5 bilhões no ano que vem e R$ 127,5 bilhões até 2019, segundo cálculos do Ministério do Planejamento.
"Nós ferramos tudo" diz chefão da Volks nos EUA Postado por Magno Martins
"Nossa empresa foi desonesta" Do G1, com agências internacionais Montadora é acusada de usar software que altera dados de poluição. Em comunicado, grupo disse que 11 milhões de veículos têm o dispositivo. "Nós ferramos tudo", resumiu o presidente da Volkswagen nos Estados Unidos, Michael Horn, ao comentar o escândalo que envolve a montadora, acusada de fraudar dados de emissão de poluentes de seus carros a diesel. A má prática atinge 11 milhões de unidades em todo o mundo, número divulgado pela própria montadora. "Nossa empresa foi desonesta" Durante o lançamento do Passat, na última segunda-feira (21), em Nova York, o Horn afirmou: "Nossa empresa foi desonesta com a EPA (agência ambiental americana) e com todos vocês". O escândalo veio à tona na última quinta (17), quando o governo americano, por meio da EPA, denunciou a fraude em 500 mil veículos vendidos no país. Segundo a investigação, o software burla os dados de emissão de poluentes apenas no momento em que os carros são testados, para que sejam atendidos os níveis exigidos nos EUA. A montadora falou sobre o caso pela primeira vez no domingo, quando o presidente mundial se desculpou. Nesta terça (22), a Volkswagen informou que a má prática atinge, na verdade, 11 milões de veículos a diesel em todo o mundo, em modelos de várias marcas pertencentes ao grupo. Ações em baixa A montadora anunciou ainda que reservou 6,5 bilhões de euros (cerca de R$ 29 bilhões) para solucionar o problema e enfrentar as potenciais consequências do escândalo, como multas. O valor corresponde a cerca de metade do lucro global previsto para este ano. Nesta terça, as ações do grupo caíram 19% na bol de Frankfurt. "Precisamos consertar esses carros, cuidar para isso não se repita e fazer as coisas direito para o governo, o público, nossos clientes e, muito importante, nossos concessionários", disse Horn. A montadora ainda não confirmou se fará umrecall mundial. |