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Justiça em Foco : Lula já escolheu o próximo ministro do STF, dizem aliados. Sua dúvida agora é outra
Enviado por alexandre em 29/09/2023 10:34:43

Foto: Reprodução

Lula

Quem participou nas conversas que Luiz Inácio Lula da Silva teve a portas fechadas em Brasília, nos últimos dias, saiu com a convicção de que o presidente da República não tem mais dúvidas sobre quem vai nomear para a vaga de Rosa Weber no Supremo Tribunal Federal (STF).

 

Lula sinalizou aos interlocutores que está decidido a indicar o ministro da Justiça, Flávio Dino. A questão, para ele, agora é outra: quem assume o lugar de Dino.

 

No desenho ideal de Lula para essa dança das cadeiras, ele anuncia a indicação de Dino junto com o nome do substituto.

 

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Seu preferido para o posto é o atual advogado-geral da União, Jorge Messias, mas, nos últimos dias, Messias tem dito nos bastidores que não quer o posto e que continua na corrida pelo STF. A aliados, chegou a dizer inclusive que, se Lula não o indicasse para o tribunal, não aceitaria a Justiça e ficaria na AGU.

 

Lula recebeu o recado e entendeu que terá que fazer um agrado ao subordinado, para que ele não se sinta preterido. "Preciso conversar muito com o Messias", ele tem dito aos auxiliares mais próximos.


Mas nem ele nem ninguém em Brasília acredita que Messias recusaria mesmo um convite para um ministério tão importante. O arranjo teria ainda a vantagem de abrir espaço para o presidente da República nomear uma mulher negra para a AGU, a assessora especial de Diversidade e Inclusão do órgão, Claudia Trindade.


Depois de nomear Cristiano Zanin para o Supremo, Lula passou a ser alvo de pressão por parte da esquerda e de movimentos da sociedade civil para nomear uma mulher ou um negro para a vaga.


O presidente já descartou essa possibilidade, mas a pressão continua, e Lula quer entregar algum tipo de "prêmio de consolação" à sua base política.

 

Além de Dino e Messias, corre por fora na disputa para o STF o presidente do TCU, Bruno Dantas. Apoiado por lideranças do Centrão e pelos presidentes da Câmara, Arthur Lira, e do Senado, Rodrigo Pacheco, ele tem boa relação com o presidente da República, mas não está nem entre os preferidos de Lula e nem do PT.


Se Lula realmente optar pelo advogado-geral da União no lugar de Dino, Messias vai passar na frente de vários auxiliares que sabem do favoritismo do chefe para o STF e já disputam há dias a oportunidade de substituí-lo no ministério da Justiça.

 

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Um deles é o secretário nacional de Justiça, Augusto de Arruda Botelho. Outro é secretário-executivo, Ricardo Cappelli, que também torce pelo desmembramento da pasta – se isso ocorrer, acredita que poderia cuidar da área da segurança pública. Outro nome lembrado nos bastidores é o do advogado Marco Aurélio de Carvalho, coordenador do grupo Prerrogativas, influente grupo de advogados próximo a Lula e o PT. 

 

Fonte: O Globo

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Justiça em Foco : Ministério Público Federal pede arquivamento de projeto que proíbe casamento homoafetivo
Enviado por alexandre em 25/09/2023 00:44:19

Foto: Lula Marques

Texto está em tramitação na Câmara dos Deputados

A Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão (PFDC), órgão do Ministério Público Federal (MPF), pediu a rejeição e o arquivamento do projeto de lei que quer proibir a união civil de pessoas do mesmo sexo no Brasil. De acordo com a procuradoria, além de inconstitucional, a proposta afronta princípios internacionais e representa retrocesso no que diz respeito aos direitos e garantias fundamentais das pessoas LGBTQIA+.

 

O texto está em tramitação na Câmara dos Deputados. Em nota pública enviada à Casa na sexta-feira (22), a procuradoria avalia que negar a possibilidade de união civil homoafetiva significa dizer que os homossexuais teriam menos direitos que os heterossexuais, “criando uma hierarquia de seres humanos com base na orientação sexual".

 

Para a procuradoria, esse entendimento seria contrário a preceitos constitucionais, como o da dignidade do ser humano e a proibição de qualquer forma de discriminação. “Essa ideia colide frontalmente com a essência da Constituição da República Federativa do Brasil, a qual busca estruturar uma nação em que a convivência entre os diferentes seja pacífica e harmônica”, diz a nota.

 

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“Uma eventual aprovação desse projeto não significa apenas o Estado assumir que existe um modelo correto de casamento e que este modelo seria o heterossexual. Significa também dizer que o Estado reconhece as pessoas não heteronormativas como cidadãs e cidadãos de segunda classe, que não podem exercitar todos os seus direitos, em função de sua orientação sexual”, destacou a procuradoria.

 

A Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão citou dados do IBGE que apontam que, apenas em 2021, 9,2 mil casais de mesmo sexo formalizaram sua união estável em cartório. Caso o projeto se torne lei, o órgão do MPF alerta que novas uniões estarão vedadas ou não surtirão os efeitos legais desejados, “criando evidente e injustificado desequilíbrio entre pessoas homo e heterossexuais”.

 

Além disso, de acordo com a nota, a união civil é um ato voluntário e privado, “cuja essência é concretizar uma parceria entre duas pessoas para uma vida em comum”. “Nesse sentido, pouco importa a orientação sexual de quem está se unindo, e isso não diz respeito a toda coletividade, em um Estado democrático que garanta as liberdades fundamentais, em especial as dos indivíduos”, diz.

 

Na avaliação da procuradoria, o projeto tenta cercear o direito de escolha dos indivíduos, em situação que se refere eminentemente à esfera privada.

 

A votação do Projeto de Lei 5.167/2009 estava na pauta do dia 19 na Comissão de Previdência, Assistência Social, Infância, Adolescência e Família da Câmara dos Deputados, mas foi adiada para a próxima quarta-feira (27). Pelo acordo entre as lideranças partidárias, antes de colocar o texto em votação, a comissão realizará uma audiência pública na terça-feira (26) para debater o tema.

 

HISTÓRICO

 

Em 2011, o Supremo Tribunal Federal (STF) equiparou as relações entre pessoas do mesmo sexo às uniões estáveis entre homens e mulheres, reconhecendo, assim, a união homoafetiva como núcleo familiar. A decisão foi tomada no julgamento da Ação Direta de Inconstitucionalidade 4277 e da Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental 132.

 

Além disso, o STF entendeu que não há na Constituição um conceito fechado ou reducionista de família, nem qualquer formalidade exigida para que ela seja considerada como tal. Em 2013, o Conselho Nacional da Justiça (CNJ) determinou que todos os cartórios do país realizassem os casamentos homoafetivos.

 

“A decisão do STF tratou de assegurar a equidade de tratamento entre casais hétero e homoafetivos. Permitiu a cônjuges homossexuais o estabelecimento de união civil por meio de contrato reconhecido pelo Estado, garantindo-lhes direitos como herança, compartilhamento de planos de saúde, direitos previdenciários e outros, já reconhecidos aos consortes heterossexuais”, explicou a procuradoria.

 

O texto em discussão na Câmara dos Deputados, de relatoria do deputado Pastor Eurico (PL-PE), pretende incluir no Artigo 1.521 do Código Civil o seguinte trecho: “Nos termos constitucionais, nenhuma relação entre pessoas do mesmo sexo pode equiparar-se ao casamento ou a entidade familiar”. Atualmente, o Artigo 1.521 enumera os casos em que o casamento não é permitido, como nos casos de união entre pais e filhos ou entre pessoas já casadas.

 

Na justificativa, o relator afirma que o casamento “representa uma realidade objetiva e atemporal, que tem como ponto de partida e finalidade a procriação, o que exclui a união entre pessoas do mesmo sexo”.

 

Para a procuradoria, o PL relativiza a laicidade do Estado brasileiro, ao se basear em argumentos fundados numa visão cristã do casamento, tido como instituição voltada à geração de descendentes. “A imposição de um viés religioso geral a escolhas particulares nos leva em direção a uma teocracia ou a totalitarismos, nos fazendo retroceder alguns séculos no tempo”, diz o documento.

 

Para o deputado Pastor Eurico, ao validar a união homoafetiva, o STF teria usurpado a competência do Congresso Nacional de regulamentar o tema. A procuradoria também rebateu o argumento avaliando que a Suprema Corte exerceu sua competência interpretativa do direito, ao firmar entendimento de que a citação expressa a homem e mulher na Constituição de 1988 decorreu da necessidade de se explicitar o patamar de igualdade de direitos entre as partes do casal.

 

Caso seja aprovado na Comissão de Previdência, Assistência Social, Infância, Adolescência e Família, o projeto segue para a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), em caráter conclusivo. Ou seja, não precisaria ir ao plenário em caso de nova aprovação, seguindo direto para apreciação do Senado. Só iria ao plenário se ao menos 52 deputados assinassem um recurso nesse sentido.

 

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O ambiente na CCJ, no entanto, é menos favorável do que na comissão anterior, já que é presidido por Rui Falcão (PT-SP), da base governista e contrária ao projeto. E a ele cabe decidir quais projetos entram na pauta da CCJ.

 

Fonte: Agência Brasil

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Justiça em Foco : Gilmar arquiva o inquérito que investigava Lira por corrupção nos kits de robótica
Enviado por alexandre em 23/09/2023 11:29:26

Arthur Lira (PP-AL), presidente da Câmara dos Deputados, e Gilmar Mendes, ministro do STF. Foto: reprodução

Gilmar Mendes, ministro do STF, determinou o arquivamento do inquérito que investigava a compra de kits de robótica para municípios de Alagoas. Este caso estava relacionado a aliados do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL). A decisão seguiu a manifestação da Procuradoria-Geral da República (PGR) e levantou questões sobre a competência do STF e a legalidade das investigações.

A investigação da Polícia Federal (PF) focava em supostos desvios, incluindo fraude em licitação e lavagem de dinheiro, na compra de kits de robótica para municípios de Alagoas. Os suspeitos eram pessoas próximas a Arthur Lira e a operação da PF mobilizou agentes da Controladoria Geral da União (CGU) em uma série de mandados de busca e apreensão.

O ministro Gilmar Mendes, ao tomar sua decisão, destacou que o inquérito foi instaurado sem observar as regras da prerrogativa de foro, ou seja, o caso deveria ser da competência do Supremo, não da Justiça Federal em Alagoas. Além disso, em agosto, Gilmar Mendes anulou todas as provas do caso, o que levou naturalmente ao arquivamento do inquérito.

Arthur Lira e seu ex-assessor, Luciano Cavalcante. Foto: reprodução

A Procuradoria-Geral da República (PGR) também se posicionou, indicando ilegalidades nas investigações realizadas pela PF, com “flagrante descumprimento de normas constitucionais de prerrogativa de foro”. Essa manifestação da PGR foi um dos fatores que influenciaram a decisão do ministro.

É importante notar que, apesar do arquivamento do inquérito, a decisão do ministro Gilmar Mendes ressalva a possibilidade de reabertura das investigações caso surjam novos elementos de prova no futuro.

A decisão também destaca a importância da observância das regras de prerrogativa de foro, especialmente no que diz respeito aos políticos que ocupam cargos de destaque, como Arthur Lira, que é presidente da Câmara dos Deputados.

No dia 1° de junho, a Polícia Federal cumpriu 27 mandados de busca e apreensão em cinco estados, além de duas prisões decretadas em Brasília. Segundo a PF, as fraudes teriam sido realizadas durante os processos licitatórios de 2019 a 2022. Os recursos seriam oriundos do FNDE (Fundo Nacional do Desenvolvimento da Educação).

Justiça em Foco : CNJ afasta juiz que participava de grupo golpista com empresários no Whatsapp
Enviado por alexandre em 21/09/2023 15:29:32

O juiz Marlos Melek. (Foto: Reprodução)

O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) tomou uma decisão unânime ao ordenar a abertura de um processo administrativo disciplinar contra o juiz Marlos Melek, que atua no Tribunal Regional do Trabalho da 9ª Região, em Curitiba. As acusações envolvem a participação do magistrado em um grupo nas redes sociais que supostamente incentivava um golpe de estado, bem como ataques direcionados ao Supremo Tribunal Federal (STF) e ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Essa ação do CNJ foi uma resposta a uma reclamação formal apresentada pela Associação Brasileira de Juristas pela Democracia (ABJD).

A denúncia da ABJD sugere que o juiz Marlos Melek fazia parte do grupo de mensagens no WhatsApp chamado “Empresários & Política”, que, por sua vez, gerou um inquérito no STF para investigar a colaboração de empresários no financiamento de movimentos golpistas contra o resultado das eleições que levaram Luiz Inácio Lula da Silva à presidência no ano passado.

Entre os membros deste grupo de WhatsApp, estavam empresários conhecidos por suas posições bolsonaristas, tais como Luciano Hang, proprietário da Havan, Ivan Wrobel, da W3 Engenharia, Marco Aurélio Raymundo da Moormaii, José Koury, da Barra World, Afrânio Barreira Filho da Cocobambu, e Meyer Joseph Nigri, um dos proprietários da Tecnisa.

Justiça em Foco : CNJ adia proposta para aumentar magistradas na segunda instância
Enviado por alexandre em 20/09/2023 00:25:56

Foto: Gil Ferreira

Análise do caso deve ser retomada na próxima semana

O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) adiou, nesta terça-feira (19), a aprovação de uma medida para aumentar o acesso de juízas à segunda instância do Judiciário em todo o país. Até o momento, o conselho tem 3 votos para aprovar um ato normativo e alterar as regras de promoção de magistrados. O objetivo é permitir que os tribunais atinjam a paridade de gênero na magistratura.

 

A análise do caso foi suspensa por um pedido de vista do conselheiro Richard Pae Kim e deve ser retomada na próxima semana.

 

Pela proposta da relatora, conselheira Salise Sanchotene, as vagas para promoção de magistrados também deverão ser preenchidas a partir uma lista exclusiva composta por juízas, além da atual relação mista de homens e mulheres aptos à promoção por antiguidade cronológica.

 

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Se a medida for aprovada pelo CNJ, os tribunais deverão alternar as promoções entre a lista mista e a lista exclusiva de mulheres a partir de 1° de janeiro de 2024.

 

Na avaliação da conselheira, medidas de impacto são necessárias para corrigir o déficit de juízas na segunda instância da Justiça. O ingresso na primeira instância é feito por concurso público.

 

"Não há dúvida de que os objetivos perseguidos pela medida – promoção da equidade de gênero nos tribunais e combate à discriminação sexual indireta nas carreiras da magistratura – são legitimas e revestidas de estatura constitucional", afirmou.

 

O voto da relatora foi acompanhado pelos conselheiros Luiz Philippe Vieira de Mello e Mário Maia.

 

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De acordo com dados do CNJ, o Brasil apresenta baixa representatividade feminina no Judiciário. Segundo o conselho, a média nacional apurada em 2022 é de 38% de mulheres e 62% de homens na magistratura.

 

Fonte: Agência Brasil

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