Pesquisa encomendada pela Pouca Vergonha aponta que maioria das mulheres engolem gozo porque gostam, não porque parceiro pede
“Você cospe ou engole?”. Uma das perguntas mais polêmicas e ousadas quando o assunto é sexo ganhou os holofotes novamente quando Deborah Secco afirmou, em participação no programa Surubaum, que nunca cuspiu gozo. A empresária Patrícia Ramos também disse ser adepta de engolir, e de como é satisfatório, na troca que é o sexo, ver o prazer do parceiro com a prática.
Para além das duas e de outras celebridades que já falaram sobre o assunto, engolir sêmen é mais comum — e querido — do que se imagina. De acordo com uma pesquisa encomendada exclusivamente pela Pouca Vergonha para o Sexlog, apenas 40,23% das mulheres cospem quando o parceiro ejacula em sua boca, enquanto 59,77% prefere engolir.
Entre as que engolem, a grande maioria (61,48%) o faz porque gosta e tem prazer na prática, enquanto apenas 38,52% engolem o sêmen apenas porque o parceiro gosta ou pede na hora.
Antes de tudo, é importante ressaltar que, seja qual for a prática sexual, os parceiros devem estar totalmente confortáveis em fazê-la para que o prazer seja válido. Caso contrário, torna-se uma “obrigação” e o sexo ganha uma dinâmica pouco saudável.
Dito isso, a coluna ressalta: com consentimento e dentro da lei, vale tudo na hora do prazer. Engolir sêmen, mais que uma finalização para o sexo, pode ganhar todo um destaque na excitação sexual do casal — e para muitos é considerado um fetiche bastante específico.
“Existem pessoas que têm grande excitação em ver e sentir o esperma jorrar sobre o corpo delas. Há também a questão de sentir prazer em ver o prazer do outro”, explica o psicólogo especialista em sexualidade humana Marcos Santos.
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É SAUDÁVEL?
Como nem tudo no sexo é apenas “oba-oba”, alguns detalhes que precisam ser levados em conta antes de engolir sêmen do parceiro. Afinal, em contato com a mucosa da boca, o sêmen de uma pessoa infectada pode transmitir doenças.
“Uma pessoa infectada pode ter em seu esperma agentes de HIV, HPV, sífilis, clamídia, gonorreia e herpes, por exemplo. No caso de uma pessoa saudável, engolir sêmen não traz riscos à saúde”, garante.
A saúde vaginal impacta diretamente a qualidade do sexo; nutricionista alerta para alimentos que podem piorar quadros de candidíase
Para além de posições, brinquedinhos e fetiches, muitos fatores devem ser levados em conta na hora de determinar a qualidade do sexo para uma mulher. Um dos principais deles é a saúde vaginal. Algumas infecções podem acometer a região e causar sintomas como coceira, inchaço e irritação, atrapalhando a sexualidade. Um exemplo delas é a candidíase.
O que pouca gente sabe é que, além de cuidados de higiene e outros hábitos, a alimentação também pode ter impacto direto em uma maior incidência ou na piora dos quadros de candidíase.
De acordo com a nutricionista e colunista do Metrópoles Thaiz Brito, canal vaginal é colonizado por microorganismos que ajudam a estabilizar o pH da região, e o consumo excessivo de alguns alimentos pode alterar o microbioma vaginal.
“Uma maior ingestão de alimentos industrializados e ricos em açúcares e gorduras, associada à baixa ingestão de nutrientes, pode favorecer o surgimento de candidíase. Além disso, o consumo excessivo de bebidas alcoólicas também aumentam essa predisposição, justamente por alterarem o pH vaginal ideal. Isso contribui para o crescimento de fungos”, explica.
Por outro lado, a especialista elucida que existem também alimentos que podem contribuir com o combate de quadros de candidíase — e na saúde vaginal, de uma forma geral. Os principais aliados são os probióticos, que ajudam no controle do macrobioma intestinal.
“Vegetais, frutas e grãos integrais são ricos em fibras e, por isso, são prebióticos e bons aliados da saúde intestinal e vaginal. Além desses, iogurtes naturais contam com fermentos lácteos — microorganismos vivos que fazem bem ao intestino”, pontua.
Thaiz ainda acrescenta substâncias anti-inflamatórias como gengibre, alecrim e cúrcuma, que possuem ação antioxidante, antifúngica e antiparasitária. “Em geral, uma alimentação equilibrada, somada a hábitos saudáveis e sono regular, são essenciais para a saúde vaginal e qualidade sexual”, finaliza.
Existe uma técnica de masturbação, batizada de syntribation (algo como sintribação, do inglês), que pode levar a orgasmos memoráveis
Embora não seja muito conhecida, existe uma técnica de masturbação, batizada de syntribation (algo como sintribação, em tradução do inglês), que pode levar a orgasmos incríveis.
Em entrevista ao jornal Metro, a terapeuta sexual Ness Cooper explicou no que consiste o método: ele ocorre quando “um indivíduo com vagina aperta as coxas, permitindo que a pressão das duas pernas se comprimam para dar sensações de prazer que levam ao ápice do prazer.”
Em fóruns on-line, como o Reddit, muitas mulheres têm relatado gozadas memoráveis com o hack fácil de reproduzir em casa. “‘Nunca fui capaz de atingir o orgasmo apenas esfregando meu clitóris”, contou uma delas.
“Muitas pessoas experimentam o primeiro orgasmo quando cruzam as pernas quando são jovens, principalmente se estiverem tentando conter a necessidade de fazer xixi quando não há banheiros por perto. Outras podem ter tentado a sintribação como uma forma discreta de explorar a masturbação quando têm que dividir um quarto”, disse a expert.
Ness salienta que o que há de bom nesse método de masturbação é sua discrição. “É mãos livres e não requer muito movimento”, afirmou, ao Metro. “‘Com a fricção das coxas, também dá para estimular os nervos que estão nas pernas e os que estão ligados aos órgãos genitais, acrescentando mais consciência erótica e tornando mais fácil estimular o clitóris ao orgasmo.”
DANDO MAIS EMOÇÃO
Para turbinar o movimento, há quem prefira apertar um travesseiro ou um cobertor entre as pernas.
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“Depois da penetração ou outras coisas, meu parceiro deita-se de lado e entrelaçamos as pernas de forma que sua coxa fique pressionada entre minhas pernas”, relatou uma pessoa que preferiu não ser identificada no Reddit. “Ele me abraça, fala comigo e me beija enquanto eu o seguro e esfrego sua coxa até gozar. Eu amo isso”, emendou.
Outra maneira, segundo Ness, é incluir brinquedos sexuais vestíveis, que podem ser colocados contra a vulva e apertados em direção ao clitóris durante o movimento de fricção.
No universo da saúde sexual feminina, os vibradores têm se destacado como aliados poderosos para o prazer e o bem-estar das mulheres. Longe de serem apenas dispositivos de entretenimento, esses acessórios oferecem uma série de benefícios que vão além do prazer sexual. Vamos explorar como os vibradores podem contribuir para a saúde e a felicidade das mulheres.
Aumento da Satisfação Sexual
Os vibradores podem ajudar as mulheres a descobrir suas zonas erógenas e entender melhor o que as excita. Isso pode levar a uma maior satisfação sexual tanto durante a masturbação quanto durante o sexo com um parceiro.
Alívio do Estresse e da Ansiedade
O orgasmo liberado pelo uso de vibradores estimula a liberação de endorfinas e outros neurotransmissores responsáveis pela sensação de prazer e bem-estar. Isso pode ajudar a reduzir o estresse, a ansiedade e até mesmo melhorar o humor.
Melhora da Saúde Vaginal
O uso regular de vibradores pode ajudar a fortalecer os músculos do assoalho pélvico, o que pode ser especialmente benéfico para as mulheres após o parto ou durante a menopausa. Um assoalho pélvico mais forte pode contribuir para o controle da bexiga, prevenir a incontinência urinária e melhorar a saúde sexual.
Promoção da Autoconfiança e Autoestima
Explorar o próprio corpo e descobrir o que proporciona prazer pode aumentar a autoconfiança e a autoestima das mulheres. O conhecimento e o domínio de sua própria sexualidade podem ter efeitos positivos em outros aspectos da vida.
Em resumo, os vibradores podem desempenhar um papel significativo no bem-estar sexual e emocional das mulheres, proporcionando prazer, alívio do estresse e contribuindo para uma melhor compreensão e aceitação do próprio corpo. Ao normalizar a conversa sobre a sexualidade feminina e promover a educação sobre esses recursos, podemos ajudar as mulheres a desfrutar de uma vida sexual mais satisfatória e saudável.
Especialista comenta se é comum ter enxaquecas após o orgasmo, condição que acomete a atriz Fabiana Karla
Quando se fala em orgasmo, a última coisa que a maioria das pessoas é em uma forte dor de cabeça. Contudo, não é assim para Fabiana Karla. Durante participação no programa Surubaum, a atriz afirmou que sofre de fortes enxaquecas após ter orgasmos.
Por incrível que possa parecer, a condição é mais comum do que se imagina. Trata-se da “dor de cabeça sexual”, chamada cientificamente de cefaleia orgástica. De acordo com o urologista e sexólogo Danilo Galante, ainda que seja raro, esse problema acontece em alguns pacientes.
“Essa cefaleia é uma dor de cabeça que acontece devido ao aumento da frequência cardíaca e da pressão arterial. Éa mesma que pode acontecer após um exercício físico intenso, e costuma aparecer mais em pessoas que estão cansadas fisicamente”, explica.
Apesar de poder acontecer durante o ato sexual, a cefaleia orgástica tende a aparecer mais comumente no momento do orgasmo. “Ela aparece um pouquinho antes do orgasmo, quando é maior o aumento de frequência cardíaca e pressão arterial, e dura todo o clímax”, diz.
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O médico garante, porém, que não há com o que se preocupar. A dor de cabeça sexual não traz maiores perigos, e seu tratamento se dá da mesma forma de uma dor de cabeça comum – analgésicos ou antiinflamatórios.
Sem contar que, normalmente, a dor dura pouco tempo, passando assim que o orgasmo termina. “Não é algo que dure muito, como uma enxaqueca. E também é importante frisar que essa dor é muito ocasional, logo, as pessoas não têm sempre, mas sim vez ou outra”, finaliza.