O número dos que aprovam caiu nos últimos meses, mostra o PoderData
Lula Foto: Ricardo Stuckert / PR
A maioria dos evangélicos desaprova o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), é o que mostra a pesquisa PoderData divulgada nesta quinta-feira (28).
Dentre os eleitores entrevistados que se identificam como evangélicos, 64% reprova o novo governo. No começo do ano, esse número era de 56%, ou seja, a rejeição ao petista aumentou oito pontos percentuais.
Ainda entre os cristãos protestantes, 31% aprovam o governo Lula. Em junho, este número era de 34%, ou seja, caiu três pontos nos últimos meses.
Entre os católicos, a aprovação ao petista também caiu. Em junho foi de 60%, agora está em 57% dos que aprovam Lula. Já 36% dos católicos desaprovam o atual presidente.
O PoderData ouviu 2,5 mil pessoas em 212 municípios das 27 unidades da Federação entre os dias 24 e 26 de setembro. A margem de erro é de 2 pontos percentuais.
A primeira-dama visitou cidades gaúchas atingidas por enchentes
9
Janja na cidade de Muçum (RS) Foto: Cláudio Kbene
Circula, pelas redes sociais, um vídeo em que os cidadãos de uma cidade no Rio Grande do Sul provocam a primeira-dama, Janja da Silva, chamando pelo nome da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro.
O vídeo foi gravado nesta quinta-feira (28), dia em que Janja esteve visitando as regiões atingidas pelo ciclone extratropical no estado.
Enquanto apoiadores do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) aguardavam Janja na calçada de uma agência da Caixa Econômica Federal, opositores ficaram do outro lado da rua gritando palavras de ordem.
Além de sobrevoar as áreas atingidas, a esposa do petista também participou das discussões de restauração dessas áreas. Ela esteve em cidades como Porto Alegre, Estrela, Muçum, Arroio do Meio e Lajeado.
Julgamento do recurso aconteceu em Plenário Virtual e terminou nesta quinta-feira
Ministros do TSE durante julgamento de ação contra Bolsonaro em junho Foto: Antonio Augusto/Secom/TSE
Os ministros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) decidiram, por unanimidade, rejeitar o recurso apresentado pela defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) que tentava reverter a decisão que tornou o ex-chefe do Executivo inelegível por oito anos. A análise, que aconteceu em Plenário Virtual, foi concluída nesta quinta-feira (28).
No julgamento do recurso, prevaleceu o voto do relator, o ministro Benedito Gonçalves, que decidiu contra o pedido do ex-presidente. Acompanharam o posicionamento a ministra Cármen Lúcia e os ministros Nunes Marques, André Ramos Tavares, Alexandre de Moraes, Floriano de Azevedo Marques, Raul Araújo.
Ao analisar a solicitação da defesa de Bolsonaro, Gonçalves alegou que há a comprovação de que o ex-presidente praticou irregularidades e, por isso, ele deve ser responsabilizado.
– A responsabilidade pessoal do embargante foi fixada com base nos atos que comprovadamente praticou ao se valer das prerrogativas de presidente da República e de bens e serviços públicos, em grave violação a deveres funcionais, com o objetivo de esgarçar a confiabilidade do sistema de votação e da própria instituição que tem a atribuição constitucional de organizar eleições – disse.
O recurso da defesa de Bolsonaro foi apresentado ao TSE em agosto deste ano, após a Corte publicar o acórdão da decisão que tornou o político inelegível. O ex-presidente foi condenado no último dia 30 de junho, após quatro sessões de julgamento, por ter realizado uma reunião com embaixadores na qual criticou o sistema eleitoral brasileiro.
Com a decisão do TSE, Bolsonaro fica impedido de participar das eleições de 2024, 2026 e 2028. O político, porém, estará apto a concorrer em 2030, por uma diferença de quatro dias. Isso ocorre pelo fato de que a inelegibilidade do ex-presidente valeria a partir de 2 de outubro do ano passado.
Oposição pede aos cidadãos que se posicionem sobre assunto
Senador Rogério Marinho Foto: YouTube TV Senado
Nesta terça-feira (26), parlamentares da oposição pediram aos brasileiros que voltem a tomar as ruas. Dessa vez, se manifestando contra o aborto no dia 12 de outubro, feriado nacional.
Durante uma coletiva de imprensa, o senador Rogério Marinho (PL-RN) pediu aos cidadãos que mostrem suas posições sobre o assunto que pode ser legalizado por meio do Supremo Tribunal Federal (STF).
– No dia 12 de outubro, haverá um grande movimento nas ruas de todo o Brasil e aqui nós conclamamos a presença da população que volte às ruas para dizer a sua posição à vida, a favor desse direito que une todos os seres humanos. Além da questão política, que está sendo colocada por aqueles que a defendem, tem uma questão ética, moral, religiosa e científica que é muito cara ao conjunto da população brasileira. Esse é um assunto que não pode ser decidido por 11 juízes – disse.
Marinho se refere ao julgamento da Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) 442, movida pelo PSOL, que visa descriminalizar a prática do aborto até a 12ª semana de gestação.
A relatora do caso, ministra Rosa Weber, já depositou seu voto pela legalização da interrupção da gravidez. A pedido do ministro Luís Roberto Barroso, o julgamento deixou de ser virtual, e foi enviado para a discussão no plenário físico.
O senador Marcos Rogério (PL-RO), relator do projeto de lei do marco temporal, manteve seu parecer favorável à proposta e rejeitou todas as novas emendas apresentadas ao PL.
Marcos Rogério leu a nova versão de seu parecer nesta quarta-feira (27), na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado. O senador negou todas as emendas apresentadas por parlamentares, inclusive um voto em separado do senador Alessandro Vieira (MDB-SE), que articulou uma nova versão da proposta em acordo com o governo.
Entre as sugestões apresentadas pelos senadores, e negadas pelo relator, estavam dispositivos envolvendo o turismo em terras indígenas, o cultivo de Organismos Geneticamente Modificados (OGMs) e a instalação em terras indígenas de equipamentos, de redes de comunicação, de estradas e de vias de transporte.
A expectativa é que o projeto de lei seja votado na CCJ nesta quarta. Senadores da base de apoio ao governo consideram que a bancada ruralista tem número suficiente para aprovar o texto na comissão, mas a situação em Plenário é mais indefinida.
O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), se comprometeu com os parlamentares em levar o projeto a votação ao plenário após a votação na CCJ, mas sem definir uma data para isso.