Cidades : Pesquisa aponta causas da seca histórica dos rios da bacia hidrográfica de Rondônia
Enviado por alexandre em 16/08/2024 00:28:37

As causas e consequências da seca histórica nos rios da bacia hidrográfica rondoniense, em especial, o rio Madeira fazem parte de uma pesquisa que aponta fatores antropogênicos e naturais; responsáveis pela seca dos rios. O aquecimento desproporcional entre os oceanos Atlântico Norte e Sul gera uma diferença que interfere na formação de nuvens de chuva na região Amazônica, crucial para a manutenção dos níveis dos rios durante todo o ano.

Desenvolvida pelo pesquisador João Paulo Assis Gobo, vinculado à Fundação de Amparo ao Desenvolvimento das Ações Científicas e Tecnológicas e à Pesquisa (Fapero) e líder do Grupo de Pesquisas em Bioclimatologia e Mudanças Climáticas na Amazônia da Universidade Federal de Rondônia (Unir), além de membro do Grupo de Pesquisa em Climatologia do Laboratório de Climatologia e Biogeografia (LCB) da Universidade de São Paulo (USP), a pesquisa apresenta fatores antropogênicos e naturais, responsáveis pela seca dos rios. Caracterizado pelo aquecimento das águas do Oceano Pacífico, o El Niño acontece com frequência a cada dois a sete anos. Sua duração média é de doze meses, gerando um impacto direto no aumento da temperatura global.

João Paulo Assis Gobo pesquisa fenômenos meteorológicos e os efeitos climáticos. Ao longo de 2023, foram observadas temperaturas recordes na superfície dos oceanos por conta do El Niño. Desde maio do ano passado, os registros térmicos no Oceano Pacífico Equatorial subiram de 0,5 °C acima da média para cerca de 1,5 °C acima da média, em setembro.

Os níveis de água do Madeira em Porto Velho, são os mais baixos em 56 anos, quando se iniciaram as medições no rio. Há quase um ano, o curso d’água, um dos maiores afluentes do rio Amazonas atingiu a cota de 1,44 metro, a menor em 17 anos. A marca, porém, chegou a 1,17 metro.
Previsão

Segundo explanado pelo pesquisador, a seca histórica dos rios da bacia hidrográfica rondoniense tem gerado consequências severas à população, com milhares de pessoas sem água e com dificuldades em obter alimentos, que o transporte hidroviário está comprometido. Já os peixes precisam mudar seu ciclo e buscar “rotas de fuga” para sobreviver. Entre os rios afetados estão o Candeias, Guaporé, Jamari, Mamoré, Machado, Madeira e Pirarara. Estes não só sustentam a biodiversidade local, mas também são vitais para as atividades econômicas da região, incluindo a agricultura e a hidroeletricidade.

O período chuvoso compreendido entre o final do ano de 2023 e os três primeiros meses de 2024, não foram suficientes para a recarga pluviométrica, ou seja, as precipitações ficaram abaixo do normal em toda a região Amazônica durante o período crucial para recarga dessa chuva que estava necessitando a região.

Conforme a pesquisa, a previsão para 2024, que está acontecendo, infelizmente é ainda pior, e, a partir de outubro, a configuração do fenômeno La Niña, oposto ao El Niño; fenômeno oceânico e atmosférico caracterizado pelo resfriamento anormal das águas do oceano Pacífico. O La Niña tende a criar condições de seca em muitas partes do mundo, a exemplo do Sul do Brasil, enquanto traz chuvas em excesso para outras áreas, como o litoral do Nordeste e a Amazônia.

O pesquisador ponderou que o fenômeno La Niña só deve ocorrer em Rondônia no final de 2024, trazendo chuvas em quantidades otimistas para os rios da Amazônia, em especial da bacia hidrográfica rondoniense, porém os próximos meses não serão bons com a esperada seca histórica.
Aquecimento

Além disso, o aquecimento global potencializa os eventos extremos como a seca e o processo de ressecamento do bioma. Estudos comprovam que o aquecimento global tem papel mais devastador na seca dos rios se comprado ao fenômeno climático El Niño, ou seja, as alterações climáticas estão modificando a reciclagem de umidade da floresta amazônica, interferindo diretamente nos processos hídricos da região e potencializando os períodos de secas. O aquecimento global do planeta interfere nas chuvas na região amazônica, atingindo os rios de Rondônia que são formados sobretudo pelos deslocamentos de massas de ar provenientes não do Oceano Pacífico, mas do Atlântico.

A população ribeirinha e as comunidades tradicionais indígenas são uma das mais afetadas, pois essas comunidades que dependem das vias fluviais da floresta Amazônica ficam isoladas, sem acesso a combustível, alimentos ou água filtrada. Outro agravante está relacionado aos problemas de acessibilidade, visto que os moradores das comunidades ribeirinhas enfrentam obstáculos para sair e voltar às suas comunidades e, por fim atingindo sua subsistência, pois dependem dos recursos naturais da região que acaba sendo afetado com a estiagem.

Neste viés, o pesquisador João Paulo Assis Gobo deixa um importante apelo: a preservação da Amazônia é essencial para o equilíbrio climático, principalmente das comunidades tradicionais que utilizam dos recursos naturais para sobreviverem e população das áreas urbanas, as quais já sentem os efeitos e reflexos da seca histórica do rios que compreendem a bacia hidrográfica de Rondônia.

“Se conseguirmos reduzir a nossa taxa de desmatamento e estimular o retorno de vegetação na área que foi desmatada, podemos ter um efeito e tentar reverter esse trágico cenário para uma região que sempre foi compreendida como abundante em suas águas“, finalizou o pesquisador.

*Com informações do Governo de Rondônia ... - Veja mais em https://portalamazonia.com/meio-ambiente/pesquisa-aponta-causas-da-seca-historica-dos-rios-da-bacia-hidrografica-de-rondonia/

Cidades : Quarta onda de calor do ano deve se estender até a próxima semana; temperaturas podem chegar a 35°C
Enviado por alexandre em 23/04/2024 14:28:15

Fenômeno é resultado da atuação de uma área de alta pressão na parte média da atmosfera, que age como uma barreira, mantendo o ar seco e quente e elevando as temperaturas nos próximos dias

A quarta onda de calor do ano no país já está em vigor e deve durar até a próxima semana, de acordo com as previsões. Por causa disso, segundo a Climatempo, temperaturas acima da média devem ser observadas até a próxima quinta-feira (2) no Centro-Sul.

 

Os termômetros devem registrar as maiores marcas numa faixa que pega a região central e oeste do estado de São Paulo, noroeste do Paraná, Mato Grosso do Sul, Triângulo Mineiro e sul de Goiás. Nessas regiões, as temperaturas devem atingir ou superar os 35ºC em vários pontos.

 

Ainda de acordo com a Climatempo, essa nova onda é resultado da atuação de uma área de alta pressão na parte média da atmosfera, que age como uma barreira, mantendo o ar seco e quente e elevando as temperaturas nos próximos dias.

 

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Essa situação vai impedir a chegada de frentes frias ao Centro-Oeste e Sudeste do país, mantendo o tempo seco e o calor intenso.

 

"Vale lembrar que outono é uma situação de transição. Então, neste começo do outono, que é onde estamos, ainda pode ter algumas características do verão", acrescenta.

 

A Climatempo destaca ainda que o calor intenso continuará nos próximos dias no Centro-Sul do Brasil, com noites abafadas, especialmente em áreas como Mato Grosso do Sul, Paraná e oeste de São Paulo, devido ao fluxo de ar quente.

 

Enquanto isso, em locais como Minas Gerais, leste de São Paulo, Goiás e Distrito Federal, as temperaturas mínimas podem ser mais baixas devido à presença de ar seco (veja mapa abaixo). Esse padrão deve persistir até pelo menos 2 de maio, podendo se estender até a primeira semana de maio, conforme indicam os modelos meteorológicos.

 

Nova onda de calor será a quarta do ano — Foto: Arte g1/Kayan Albertin

 

COMO SE FORMA UMA ONDA DE CALOR?


As ondas de calor precisam de dois principais fatores climáticos para a sua formação:

 

Massas de ar quente e seco


Bloqueios atmosféricos


Maria Clara Sassaki, especialista em meteorologia, explica que esse fenômeno ocorre quando as massas de ar quente e seco ganham força ao encontrar um bloqueio atmosférico. Os bloqueios atmosféricos são um tipo de circulação de ventos no alto da atmosfera que impedem o avanço das frentes frias.

 

Nesse cenário, as frentes frias se formam, tentam avançar, mas encontram um bloqueio, o que as leva diretamente para o oceano. Assim, a massa de ar quente no continente vai ficando cada vez mais forte, gerando uma onda de calor.

 

O bloqueio atmosférico impede que as frentes frias avancem, contribuindo para a manutenção das altas temperaturas. — Foto: Arte/g1

 

Os meteorologistas definem que uma onda de calor acontece quando a temperatura fica pelo menos 5ºC acima da média por um período de cinco dias ou mais.

 

No caso da terceira onda de calor que o país está registrando, o ponto mais forte do sistema está posicionado na região do Chaco do Paraguai. Por isso locais como o oeste dos estados do Sul e o oeste paulista devem ter as maiores temperaturas.

 

"Quanto mais perto da região central do sistema, mais quente e seco. Quanto mais distante, menos quente e um pouco mais úmido", comenta a meteorologista.

 

Ela também acrescenta que o El Niño tem uma parcela de contribuição para o estabelecimento das ondas de calor. O fenômeno é responsável por deixar a atmosfera mais quente e potencializar as altas temperaturas.

 

Combinado a isso, as mudanças climáticas também têm contribuído para a ocorrência de eventos extremos, como ondas de calor.

 


 

As ondas de calor são mais comuns no inverno e na primavera. Isso porque os bloqueios não são normais no verão. "Isso não quer dizer que eles não possam aparecer no verão, mas não é algo comum", pontua Maria Clara.
 

Fonte: G1

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Cidades : Por que tantas crianças sentem medo do papai noel?
Enviado por alexandre em 19/12/2023 10:50:12

Medo do Papai Noel

Para muitos pais, levar os filhos para conhecer o Papai Noel durante a temporada de Natal é uma tradição alegre e cheia de expectativas. No entanto, não é incomum testemunhar crianças se debulhando em lágrimas assim que são colocadas no colo do bom velhinho.

 

Esse fenômeno levanta questões sobre por que tantas crianças reagem dessa maneira aparentemente desproporcional ao encontrar o ícone natalino.
 

O primeiro motivo pelo qual muitas crianças choram ao conhecer o Papai Noel está enraizado na ansiedade diante do desconhecido. A psiquiatra Gail Saltz, do Hospital Presbiteriano de Nova York, Weill-Cornell Medical College, ressalta que a apresentação típica do Papai Noel, com seu terno vermelho e barba espessa, pode ser avassaladora quando vista pessoalmente. Além disso, a proximidade imediata, sem uma introdução adequada, pode intensificar a ansiedade da criança, que se sente jogada em uma situação desconfortável.

 

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(Fonte: Getty Images)

Foto: Reprodução

 

Saltz também destaca que a longa barba, que obscurece suas expressões faciais, pode ser particularmente perturbadora para as crianças, que dependem das pistas visuais para interpretar o estado emocional das pessoas ao seu redor. Além disso, embora a ansiedade em relação a estranhos seja mais comum entre os 8 meses e os 2 anos, ela pode persistir em idades mais avançadas.

 

Outro fator significativo é a dificuldade que as crianças têm em separar a fantasia da realidade, especialmente durante o período de desenvolvimento entre os 15 meses e os 7 anos. Ari Brown, pediatra em Austin, Texas, e fundadora do 411 Pediatrics, destaca que, nessa fase, as crianças podem ter medos significativos de figuras que os adultos consideram benignas, como o Papai Noel. O contraste entre a imagem fantasiosa e sua presença real pode ser confuso e assustador para os pequenos, contribuindo para as reações emocionais intensas.

 

Para minimizar essa ansiedade, os pais podem optar por exposições graduais ao Papai Noel, como mostrar livros, fotos e desenhos animados que apresentam o personagem de maneira mais familiar. Essa preparação pode ajudar a dessensibilizar a criança e tornar a experiência ao vivo menos assustadora.

 


 

Entender por que tantas crianças choram ao conhecer o Papai Noel é o primeiro passo para tornar essa experiência natalina mais agradável para os pequenos. A ansiedade diante do desconhecido, a dificuldade em separar fantasia da realidade e a fase de desenvolvimento infantil são fatores-chave a serem considerados. Com paciência, exposição gradual e abordagens respeitosas, os pais podem ajudar a superar o medo, transformando o encontro em uma lembrança mágica e positiva da temporada de Natal.

 

Fonte: Mega curioso

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