Mais Notícias : Mantido veto de Dilma à mudança na aposentadoria
Enviado por alexandre em 23/09/2015 09:59:40

Mantido veto de Dilma à mudança na aposentadoria

Do G1 Brasília - Nathalia Passarinho e Laís Alegretti

O Congresso  Nacional decidiu, na madrugada desta quarta-feira (23), manter o veto da presidente Dilma Rousseff ao texto que acabou com o fator previdenciário e estabeleceu a regra 85/95 para a aposentadoria. Se o veto tivesse sido derrubado, o gasto seria de R$ 132 bilhões até 2035, segundo cálculo do Ministério do Planejamento.

O veto ao fator previdenciário foi um dos 24 votados em cédula de papel – todos foram mantidos. Outros oito, que tiveram pedidos de destaque, estavam sendo votados um a um, no painel eletrônico, até a última atualização desta reportagem. Os  oito destaques são vetos polêmicos, como o reajuste de até 78% a servidores do Judiciário.

Fator previdenciário
Pela proposta aprovada pelos parlamentares antes do veto da presidente, as pessoas poderiam se aposentar quando a soma da sua idade e do tempo de contribuição atingisse 95 anos, se homem, e 85 anos, se mulher.

Dilma vetou o texto e editou uma medida provisória com uma proposta alternativa, segundo a qual a fórmula usada para calcular a aposentadoria irá variar progressivamente de acordo com as expectativas de vida da população brasileira.

Atualmente, a Previdência Social utiliza uma fórmula matemática, o chamado fator previdenciário, que tem o objetivo de reduzir os benefícios de quem se aposenta antes da idade mínima de 60 anos para mulheres e 65 anos para homens, e incentivar o contribuinte a trabalhar por mais tempo. Quanto menor a idade no momento da aposentadoria, maior é o redutor do benefício.

PIS-Cofins
Outro veto mantido pelos parlamentares na madrugada desta quarta foi o veto à isenção de PIS-Cofins para o óleo diesel.

Essa desoneração tributária foi concedida pelos parlamentares ao votarem a medida provisória 670/2015, que reajustava as tabelas de imposto de renda.

De acordo com o  Ministério do Planejamento, o impacto dessa medida é de R$ 13,9 bilhões no ano que vem e R$ 64,6 bilhões até 2019.

Vetos
Na sessão conjunta que começou na noite de terça-feira (22), os parlamentares analisam 32 vetos da presidente, entre os quais o que barrou um reajuste de até 78% aos servidores do Judiciário.

A sessão representa um teste para o governo, já que a derrubada dos vetos da presidente poderia gerar um gasto extra de R$ 23,5 bilhões no ano que vem e R$ 127,5 bilhões até 2019, segundo cálculos do Ministério do Planejamento.


"Nós ferramos tudo" diz chefão da Volks nos EUA

"Nossa empresa foi desonesta"

Do G1, com agências internacionais

Montadora é acusada de usar software que altera dados de poluição.
Em comunicado, grupo disse que 11 milhões de veículos têm o dispositivo.

"Nós ferramos tudo", resumiu o presidente da Volkswagen  nos Estados Unidos, Michael Horn, ao comentar o escândalo que envolve a montadora, acusada de fraudar dados de emissão de poluentes de seus carros a diesel. A má prática atinge 11 milhões de unidades em todo o mundo, número divulgado pela própria montadora.

"Nossa empresa foi desonesta"

Durante o lançamento do Passat, na última segunda-feira (21), em Nova York, o Horn afirmou: "Nossa empresa foi desonesta com a EPA (agência ambiental americana) e com todos vocês".

O escândalo veio à tona na última quinta (17), quando o governo americano, por meio da EPA, denunciou a fraude em 500 mil veículos vendidos no país. Segundo a investigação, o software burla os dados de emissão de poluentes apenas no momento em que os carros são testados, para que sejam atendidos os níveis exigidos nos EUA.

A montadora falou sobre o caso pela primeira vez no domingo, quando o presidente mundial se desculpou. Nesta terça (22), a Volkswagen informou que a má prática atinge, na verdade,  11 milões de veículos a diesel em todo o mundo, em modelos de várias marcas pertencentes ao grupo.

Ações em baixa
A montadora anunciou ainda que reservou 6,5 bilhões de euros (cerca de R$ 29 bilhões) para solucionar o problema e enfrentar as potenciais consequências do escândalo, como multas.

O valor corresponde a cerca de metade do lucro global previsto para este ano. Nesta terça, as ações do grupo caíram 19% na bol de Frankfurt.

"Precisamos consertar esses carros, cuidar para isso não se repita e fazer as coisas direito para o governo, o público, nossos clientes e, muito importante, nossos concessionários", disse Horn. A montadora ainda não confirmou se fará umrecall mundial.

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