Regionais : Pilota do jatinho de Cristiano Ronaldo é torcedora do... Barcelona! Veja fotos
Enviado por alexandre em 05/11/2016 12:16:27


Você conhece Alejandra Manríquez? Ela é mexicana, loira, muito bonita e ama futebol. E, mais do que tudo isso, ela é pilota do jatinho particular do craque Cristiano Ronaldo, do Real Madrid.

Alejandra já foi apontada como suposta affair do atual melhor jogador do mundo, mas tem uma particularidade interessante: é torcedora fanática do Barcelona.

Confira fotos da moça:






Política : TOMA LÁ E DÁ CÁ
Enviado por alexandre em 05/11/2016 12:01:06


Queda do PT foi menor onde Bolsa Família é mais presente

Petistas vence em cidades onde maioria da população recebe benefício

Partido que mais perdeu prefeituras na comparação com a eleição anterior, o PT se livrou de uma queda ainda maior graças ao desempenho nos municípios do Nordeste com grande incidência do Bolsa Família. Analistas políticos avaliam que, apesar da legenda também ter encolhido na região, a força do programa de distribuição de renda diminuiu o tamanho da derrota.

Levantamento do GLOBO com base no resultado das eleições mostra que a derrota nos municípios do Nordeste em que mais da metade da população está inscrita no programa foi bem menor do que no resto do país. Nas cidades que concentram os beneficiários, o partido viu o número de prefeituras administradas cair 28% em relação a 2012. No país inteiro, o tombo foi de 60%.

Região com mais beneficiários

O Nordeste concentra metade dos beneficiários do programa. O recorte regional do resultado das urnas mostra que a queda de prefeituras na região foi de 40%. Mesmo sendo um desempenho negativo, foi o melhor na comparação com as outras regiões. No Centro-Oeste, a redução foi de 86%, enquanto no Sudeste perdeu três quatros de sua força e sofreu sua maior derrota — a perda da prefeitura de São Paulo para o PSDB.

— O discurso que tenta associar o PT à corrupção e à crise tem menos sucesso nas regiões em que houve mais políticas sociais. Se você não contava com nada e alguém te oferece alguma coisa, a lógica é que você estabeleça alguma proximidade — analisa o cientista político Eurico Figueiredo, da UFF.

— O Bolsa Família, assim como a aposentadoria, é um beneficio importante para um região carente. Esses dois se configuram como as principais fontes de renda de muitos municípios do Nordeste. Eles fazem girar a economia local — completa Paulo Baía, cientista político da UFRJ.

Maior presença na Bahia

No Nordeste, o PT manteve 43 prefeituras e conquistou outras 70. A maior vitória aconteceu em Lauro de Freitas, na Bahia, estado administrado pelo partido desde 2006 — primeiro com Jaques Wagner, depois com Rui Costa, eleito em 2014. O município baiano é o único administrado pelo partido na região com mais de cem mil habitantes, segundo o IBGE.

É também na Bahia onde o PT tem o maior número de prefeituras na região, ainda que tenha passado de 92 para 39 — em 21 delas, mais da metade da população é contemplada com o Bolsa Família.

O benefício é dado a famílias em situação de extrema pobreza ou de pobreza, cuja renda mensal não ultrapassa R$ 170 por pessoa. O piso mensal é de R$ 85, mas pode passar de R$ 300 devido a acréscimos em caso de gestantes, crianças e adolescentes.

No Piauí, também governado por um petista (Wellington Dias, que venceu no primeiro turno em 2014), o resultado vai na contramão do verificado no país. A sigla passou de 21 para 38 prefeituras. O crescimento foi na esteira do Bolsa Família: 85% das cidades onde o PT venceu têm a maioria da população no cadastro do programa.

— Nos Piauí e na Bahia, além das políticas sociais que prevalecem, a presença de governadores do PT faz com que existam mais possibilidades de contraponto ao discurso antipetista. Óbvio que há um limite: é difícil para um governo suavizar o impacto de questões como aumento do desemprego, por exemplo. Mas a presença desses governos aumenta a possibilidade de contrapontos — diz o cientista político Marcus Ianoni, da UFF.

A lista de cidades que serão governadas por petistas no Nordeste indica uma mudança no perfil das vitórias do partido: enquanto perde espaço em grandes centros, transfere parte de seus sucessos para municípios de menor poder econômico, cuja população tende a ser mais dependente do Bolsa Família. O PT venceu as eleições em 70 municípios onde não tinha prefeito eleito em 2012. Em 75%, a maioria da população é beneficiária do programa. O índice fica acima da média da região, onde dois terços das cidades têm mais de metade dos seus habitantes recebendo o benefício.

Por outro lado, o PT perdeu o comando de todas as sete cidades com mais de cem mil habitantes onde havia vencido em 2012. Exceto por Itapipoca (CE), em nenhuma delas o percentual de beneficiários do Bolsa Família ultrapassa a casa dos 30%. A maior derrota foi em João Pessoa (PB), onde o prefeito Luciano Cartaxo foi reeleito em primeiro turno, mas após migrar para o PSD. Já em Vitória da Conquista e Camaçari, terceira e quarta cidades mais populosas da Bahia, nem a participação do governador Rui Costa na campanha evitou derrotas dos petistas.

Fonte: Agência O Globo

Regionais : Difamação: jornalista pega seis meses de prisão
Enviado por alexandre em 05/11/2016 11:54:12


Difamação: jornalista pega seis meses de prisão


Folha de S.Paulo – João Pedro Pitombo

O jornalista Aguirre Talento foi condenado pela Justiça Federal da Bahia a seis meses e seis dias de prisão, em regime aberto, por difamação ao empresário André Luiz Duarte Teixeira. O repórter assinou uma reportagem no jornal "A Tarde", da Bahia, relatando uma denúncia do Ministério Público sobre supostos crimes ambientais na construção do Parque Tecnológico da Bahia.

A Procuradoria denunciou proprietários e diretores da empresa Patrimonial Saraíba e o então secretário de Ciência e Tecnologia da Bahia, Ildes Ferreira. Na reportagem, contudo, o jornalista afirmou erroneamente que a denúncia vinha acompanhada de pedido de prisão dos empresários.

Na decisão, o juiz Antônio Silva Pereira, da 15º Vara Federal de Salvador, considerou que o jornalista agiu dolosamente - com intenção de praticar a difamação.

Advogado do jornalista, Edil Muniz Júnior afirma que o erro foi resultado de desconhecimento jurídico.

"O juiz aponta que ele agiu com dolo, mas não indica nenhum elemento de que o jornalista quis prejudicar o empresário", diz.

Além de André Teixeira, outros dos empresários ligados à empresa Patrimonial Saraíba processam o jornalista. São eles Humberto Riella Sobrinho e Carlos Seabra Suarez, este último dono de empresas do setor de gás e um dos fundadores da construtora OAS. Talento, que trabalhou na Folha, hoje integra a sucursal de Brasília da revista "Isto É".

Regionais : O esconderijo da propina de Henrique Alves
Enviado por alexandre em 05/11/2016 11:46:38


IstoÉ

Nos corredores do QG da Lava Jato, em Curitiba, um dos investigados é conhecido pela alcunha de “Sheik”. Trata-se do peemedebista Henrique Eduardo Alves (RN), ex-ministro, ex-presidente da Câmara (2013-2014) e um dos principais interlocutores do presidente Michel Temer. Dono de 11 mandatos consecutivos como deputado federal, e reconhecido como hábil articulador, Henrique Alves já foi um dos políticos mais poderosos do País. Em junho de 2013 chegou a ocupar a Presidência da República, na ausência de Dilma Rousseff e Temer (leia mais na pág. 34). Com certeza teria lugar de destaque no governo não fossem as descobertas feitas pela Lava Jato, que em junho passado encontrou sua conta não declarada na Suíça.

A existência da conta confirmou delação premiada feita por diretores da Carioca Engenharia, que apontam Alves como destinatário de propinas do Petrolão. A denúncia fez com que o peemedebista perdesse o cargo de ministro do Turismo. Agora, documentos obtidos por ISTOÉ não só confirmam a existência da conta na Suíça, como mostram a milionária movimentação feita por Alves no exterior e revelam a trama urdida pelo ex-ministro para tentar esconder o dinheiro mesmo depois de estar na alça de mira da Lava Jato, o que, segundo procuradores, pode caracterizar crime de obstrução de Justiça.

Os documentos encaminhados ao Brasil pelo Ministério Público Suíço explicam por que os agentes o tratam como “Sheik”. Reúnem extratos bancários e cartões de assinatura de contas. Eles mostram que, em março do ano passado, quando o procurador geral da República, Rodrigo Janot, encaminhou ao STF os primeiros pedidos de investigações contra políticos, Henrique Alves esvaziou sua conta no banco Merrill Lynch e transferiu os recursos para bancos nos Emirados Árabes e no Uruguai. Na ocasião, Henriquinho, como é chamado pelos mais íntimos, foi um dos citados em delações premiadas, mas não virou alvo porque Janot entendeu que os indícios não eram suficientes para investigá-lo. Em abril, logo depois de escapar da “lista de Janot”, Henrique Alves foi nomeado ministro do Turismo pela então presidente Dilma. Deixou o cargo só em junho deste ano, já na gestão de Michel Temer, depois de a Lava Jato se deparar com a conta secreta na Suíça.

Da Suíça para Dubai

De acordo com movimentação bancária de Henriquinho, a qual ISTOÉ teve acesso, em 30 de março de 2015, três dias após a imprensa noticiar que ele seria indicado para o cargo de ministro do Turismo, Henrique desidratou sua conta no banco Julius Bär (sucessor do Merrill Lynch), na Suíça. Transferiu US$ 733.501,48 para uma conta bancária no Emirates NBD, instituição financeira sediada em Dubai, nos Emirados Árabes. Considerando a cotação do dólar na época, o valor equivalia a cerca de R$ 2,3 milhões. Outra parte do recurso ilegal, um total de USD 137.500,00, cerca de R$ 600 mil na ocasião, já havia sido repassada para um banco no Uruguai em fevereiro. Com essa manobra, Henrique escapou de ter o dinheiro bloqueado na Suíça, atitude que tem sido adotada pelas autoridades daquele País. A origem desses recursos seria, de acordo com as investigações, pagamentos de propina feitos pela empresa Carioca Engenharia em troca de obter recursos da Caixa Econômica Federal para a obra do Porto Maravilha. Aberta em 2008, a conta foi fechada logo depois de os valores terem sido transferidos para os Emirados Árabes, ainda no mês de março, segundo relatório do próprio banco Julius Bär. Ainda não se sabe se o banco em Dubai foi o destinatário final dos recursos ou se, de lá, circularam para outros caminhos.

O Ministério Público da Suíça transferiu a investigação contra Henrique Alves para a Procuradoria Geral da República, no Brasil. As informações chegaram oficialmente às autoridades brasileiras em abril deste ano. Os investigadores ainda rastreiam o restante da movimentação dos recursos do peemedebista no exterior. A conta no banco Emirates NDB aparece nos extratos da Suíça como pertencente ao nome Al Hadeed. É possível, porém, que seja apenas um laranja ou uma empresa offshore para esconder o real dono dos recursos. A tática é muito comum: a própria conta de Henrique Alves na Suíça não está em seu nome, mas sim no da offshore Bellfield Investment, sediada em Cingapura. Os documentos de abertura da conta, porém, contêm passaporte do peemedebista, assinatura e endereço: ele consta como o único “beneficiário econômico” dos valores depositados. Nem Janot nem o Ministério Público da Suíça têm dúvidas de que a conta pertença ao ex-ministro do Turismo e ex-presidente da Câmara. “Há outros documentos em nome ou pessoais de Henrique Eduardo Alves, a exemplo de carta de recomendação do Banco do Brasil e passaporte. Endereços constantes da documentação, inclusive o funcional da Câmara dos Deputados, correspondem ao de Henrique Eduardo Alves”, escreveu Janot.

Destino: Uruguai

As autoridades suíças atribuem a Henrique Alves a responsabilidade pelo repasse do dinheiro aos Emirados Árabes. “Os valores transferidos (pela Carioca Engenharia) à Bellfield, respectivamente a Alves Lyra, posteriormente foram transferidos a contas no exterior pelo mesmo”, escreveu o Ministério Público da Suíça. As outras contas às quais o documento faz referência são pagamentos ao escritório uruguaio Posadas y Vecino, contratado para cuidar da abertura e manutenção da conta no exterior. O Posadas y Vecino também foi usado pelo ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) para abrir suas contas na Suíça, para as quais houve transferência de propina por negócios na Petrobras, de acordo com as investigações. As contas no exterior fundamentaram a prisão preventiva de Cunha, realizada no último dia 19 por ordem do juiz Sérgio Moro.

A origem do patrimônio milionário de Henrique Alves no exterior já foi rastreada e é um dos pontos que fundamentam a ação penal em razão da qual ele e outros acusados se tornaram réus há duas semanas, sob acusação de participarem de um esquema de corrupção para desviar recursos do fundo de investimentos do FGTS, administrado pela Caixa. Henrique Alves e Eduardo Cunha indicaram Fábio Cleto para uma vice-presidência da Caixa e, consequentemente, uma cadeira no conselho do FI-FGTS. Lá, ele tinha o poder de influenciar na liberação de recursos para as empresas. Segundo a delação de Cleto, Cunha cobrava propina das empresas interessadas nos recursos da Caixa e depois lhe avisava sobre quais investimentos poderiam ser liberados.

Foi um desses investimentos que beneficiou Henrique Alves, segundo as investigações. Cunha teria indicado diversas contas no exterior para o empresário da Carioca Engenharia, Ricardo Pernambuco Backheuser, pagar propina referente à liberação de recursos do FGTS para as obras do Porto Maravilha. Ricardo Pernambuco fez delação premiada e entregou aos investigadores todas as transferências que fez fora do Brasil para pagar propina a pedido de Cunha. Com o aprofundamento das investigações, as autoridades suíças descobriram que uma das contas, identificada pelo nome de Esteban García, era de Henrique Alves. A Carioca Engenharia fez transferências para ele em outubro, novembro e dezembro de 2011, que totalizaram 833.113 francos suíços (equivalente a cerca de R$ 3 milhões, pela cotação atual). “Fica comprovado que os pagamentos de propina de Backheuser a Cunha, conforme os seus depoimentos, efetivamente foram efetuados a favor do acusado (Henrique Alves)”, diz relatório do Ministério Público da Suíça. Segundo os delatores, não só a Carioca, mas outras duas empresas envolvidas na obra, a OAS e a Odebrecht, também fizeram pagamentos de propina pelo Porto Maravilha, mas esses repasses ainda não foram rastreados.

Réu na justiça do DF

As autoridades da Suíça definiram Henrique Alves como “político brasileiro do alto escalão que, como Cunha, pertence ao partido PMDB, envolvido no escândalo Petrobras” e apontaram que as transações no exterior são de valores provenientes de crime e configuram lavagem de dinheiro.

Além de ter se tornado réu na Justiça Federal do DF, pelo caso da Caixa, Henrique Alves também é investigado em conjunto com Cunha em um inquérito sob suspeita de receber propina da OAS na forma de doações oficiais para sua campanha ao governo do Rio Grande do Norte em 2014. As provas são mensagens obtidas no celular do ex-presidente da OAS, Léo Pinheiro, que mostram insistentes cobranças de Cunha para que o empreiteiro fizesse doações à campanha do seu correligionário. Também há mensagens do próprio Henrique Alves em que este promete favores à empresa, como interceder em processos em tribunais de Contas. O caso estava no Supremo Tribunal Federal, mas tanto Cunha como Henrique perderam foro privilegiado, o processo foi enviado para a primeira instância.

Procurada, a defesa de Henrique Alves afirmou que ele não foi o responsável por transferir os recursos para os Emirados Árabes e fechar a conta na Suíça. Diz que ele nem sequer chegou a usar a conta. Em sua argumentação, a defesa confirma que o peemedebista de fato abriu a conta por meio do escritório uruguaio Posadas y Vecino, mas diz que não existem provas de que Henrique deu ordens para a movimentação dos recursos. O advogado Marcelo Leal ressaltou que não podia entrar em detalhes, porque “não seria elegante antecipar a defesa fora dos autos”. Em sua decisão de 26 de outubro, na qual aceitou a denúncia contra Henrique e os demais envolvidos, o juiz Vallisney de Souza Oliveira, de Brasília, deu um prazo de dez dias para os réus apresentarem suas defesas. Entretanto, esse prazo só começa a contar depois que eles forem citados formalmente por um oficial de Justiça, o que ainda não ocorreu com Henrique Alves.

Estratégia semelhante a levada a cabo por Alves a fim de ludibriar a Lava Jato foi adotada por outros investigados. A atitude acabou provocando a prisão preventiva deles. Esvaziar uma conta na Suíça é uma tentativa de dificultar o rastreamento, porque aquele País tem adotado uma postura de cooperação intensa com o Brasil. Para esconder os valores, é comum que correntistas suíços – flagrados em malfeitos – recorram a outros países, a exemplo do que fez Alves, na vã esperança de que o dinheiro permaneça oculto. Neste caso, como em outros, os investigadores têm obtido mais sucesso. Ao tentar enviar recursos ilegais da Suíça para Mônaco, o ex-diretor de Serviços da Petrobras Renato Duque acabou preso pela segunda vez pelo juiz Sérgio Moro, ironicamente também em março de 2015. O ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa também foi parar na cadeia em junho de 2014, depois que a Suíça descobriu recursos de US$ 23 milhões pertencentes a ele em contas secretas naquele País. Os precedentes atemorizam Henrique Alves. Seus dias de liberdade podem estar contados.

A ascensão e queda de “Henriquinho”

Herdeiro político de uma das famílias mais tradicionais do Rio Grande do Norte, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN) foi eleito deputado federal pela primeira vez em 1971, aos 21 anos. Embora nascido no Rio, toda sua trajetória política foi construída a partir do solo potiguar. Passou pelo Movimento Democrático Brasileiro (MDB), filiou-se ao PP com o fim do bipartidarismo e, em seguida, entrou no PMDB onde segue até hoje. Por 11 mandatos consecutivos exerceu a função parlamentar, mesmo número de legislaturas acumuladas por Ulysses Guimarães, seu correligionário. Em 2013, quando era presidente da Câmara, chegou a assumir a Presidência da República, na ausência de Dilma Rousseff e Michel Temer. O potiguar só deixou a Câmara para disputar, sem sucesso, o governo do Rio Grande do Norte, em 2014, com o apoio do PT. Como consolação, em abril de 2015 o peemedebista foi nomeado ministro do Turismo de Dilma. Seu primo, o senador Garibaldi Alves Filho (PMDB-RN), também foi ministro da Previdência ao nos primeiros quatro anos do governo da petista.

Grande aliado do presidente Michel Temer, rompeu com o PT logo no início das articulações pró-impeachment. Em 26 de março de 2016, Alves entregou sua carta de demissão a Dilma com o argumento central de que o diálogo estava “exaurido”. No dia seguinte, o PMDB anunciaria a saída da base aliada do governo. O potiguar recuperou o cargo com a posse ainda temporária de Temer, mas ficou apenas 35 dias no cargo, após ser atingido em cheio pela delação do ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado. Segundo o depoimento, Alves teria recebido propina da OAS. O escândalo levou a uma nova renúncia do titular do Turismo. Um mês após se demitir, virou réu.

O precedente de Paulo Roberto Costa

O ex-diretor de Abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa, se complicou justamente por ter escondido recursos na Suíça. A Lava Jato o prendeu pela primeira vez em março de 2014. Dias depois, Costa foi solto. Mas os investigadores identificaram uma conta em nome dele de US$ 23 milhões na Suíça. A descoberta motivou uma nova prisão de Costa em maio. Os valores foram bloqueados pelo Ministério Público da Suíça e informados às autoridades brasileiras. Costa só saiu da prisão depois de fazer um acordo de delação.

Justiça em Foco : Lewandowski volta a fazer pose de sindicalista
Enviado por alexandre em 05/11/2016 11:39:45

Lewandowski volta a fazer pose de sindicalista


Josias de Souza

O ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal, voltou a defender um reajuste salarial para si próprio. Ganha R$ 33,7 mil. Quer ganhar R$ 39,2 mil mensais. Ele falou como sindicalista num resort paradisíaco da Bahia, num encontro de juízes estaduais patrocinado por empresas públicas e privadas. Entre elas uma empresa de celulose que coleciona condenações judiciais nas áreas ambiental, trabalhista e fiscal. Falando para os colegas de magistratura, Lewandowski perguntou: reivindicar [reajuste salarial] é feio? No seu caso, não é feio. É horroroso!

A reivindicação de Lewandowski desafia a paciência dos 12 milhões de brasileiros sem contracheque, que foram colocados no olho da rua pela crise. Os salários do Supremo servem de referência para outras remunerações de servidores. Quando sobem, puxam os demais. No final da descida da cascata, a coisa custará algo como R$ 5 bilhões por ano. Ou R$ 15 bilhões até 2019. Por sorte, a ministra Cármen Lúcia, que substituiu Lewandowski na presidência do Supremo, parece ter outras prioridades.

O valor dor reajuste do Supremo foi sugerido pelo próprio Supremo. A aprovação cabe à Câmara e ao Senado, duas casas apinhadas de investigados no Supremo. A sanção é de responsabilidade de Michel Temer, cujos aliados são condenações na fila do Supremo, esperando para acontecer. Ninguém diz em voz alta, mas esse pedido de aumento do Supremo, nesse momento em que a crise econômica se mistura à crise moral, se parece muito com uma chantagem. Mas Lewandowski tem uma saída: se preferir, ele pode trocar seu salário atual, 20 vezes acima da média remuneratória do país, pelos lucros da atividade privada. Em tempos de Lava Jato, clientes não vão faltar.

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