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Regionais : Tentemos em 2017
Enviado por alexandre em 24/12/2016 15:34:23

Tentemos em 2017


Por falta de coesão, usamos inflação e endividamento público para atender interesses divergentes

Cristovam Buarque *

Há décadas, intelectuais e políticos alertam para a necessidade de reformas estruturais, sem as quais a nação brasileira continuaria carecendo de forças de coesão e de dinamismo. Fomos forjados sob o signo da escravidão e da exclusão, da concentração de renda e da segregação educacional, usando políticas fisiológicas e patrimonialistas de uma aristocracia que sobrevive ao Império. Não somos ainda uma República com coesão nacional. Por falta de coesão, usamos inflação e endividamento público para atender interesses divergentes. Quando isso se esgotava, usamos ditaduras, para impor coesão forçada.

Basta olhar ao redor para ver que há um clima de desagregação no ar: corrupção endêmica; violência urbana generalizada como uma guerra civil sem ideologias, nem religiões; partidos sem propostas, nem identidades; políticos sem credibilidade; decisões judiciais precipitadas, legislando no lugar do Congresso e sendo desrespeitadas por parlamentares.

Some-se a isto, a baixa produtividade e baixa propensão à poupança, a permanência da desigualdade social, a recessão econômica, o desemprego catastrófico, o endividamento do Estado, das famílias e das empresas; a miséria do quadro educacional. Sobretudo, um país dividido em corporações, sem preocupação com os interesses nacionais de longo prazo, e um quadro ideológico de sectarização dogmática, sem debate em busca de alternativas. Um país sem amálgama de longo prazo, perdido no imediatismo de promessas impossíveis para o futuro e sem qualquer aceitação para os necessários sacrifícios no presente.

Mas o Brasil não pode continuar adiando sua coesão. Deve entender e querer superar o risco da desagregação, abrir diálogo entre o que ainda resta de líderes, independente de terem votos e serem políticos, reconhecer e convocar o país para enfrentar as dificuldades imediatas: levar adiante e com todo rigor as operações da luta contra a corrupção; realizar as reformas que o país precisa para liberar seu futuro: fiscal, progressista e sem as brechas que beneficiam aos ricos, trabalhista, previdenciária, propondo também as necessárias reformas estruturais sempre adiadas: garantia de terra para quem dela ainda precisa no campo; eficiência da máquina do Estado para dar-lhe baixo custo e para servir com qualidade aos usuários dos serviços públicos; transformação educacional, para assegurar a toda criança escola com a mesma qualidade que o Brasil precisa para aglutinar e desenvolver sua sociedade e economia.

Esta é a proposta que podemos tentar em 2017: barrar o atual rumo da decadência e da desagregação, iniciando um novo rumo para o Brasil. Cabe aos atuais líderes convocar a população para uma aglutinação em torno aos sacrifícios de hoje, com esperança nos benefícios futuros. Sem isso, que é difícil de realizar, vamos cair na desagregação ou antecipar eleições gerais, para todos os cargos federais, na tentativa de fazer a necessária aglutinação por novos líderes com credibilidade.

* Cristovam Buarque é senador da República

Acreditar é possível


Ricardo Boechat - ISTOÉ

Ninguém pode afirmar que 2017 será pior do que este que agora termina. Também é preciso ter bolas para apostar na hipótese contrária. Na ausência de certezas, cabe lembrar que a favor de dias melhores pesa um fato cronológico: a partir de 1º de janeiro começa a contagem regressiva para 2018, quando eleições gerais poderão aplicar à realidade o santo remédio que só o voto representa nas democracias. Ainda que nossa experiência seja dolorosa nesse campo, como prova o lixo majoritário que historicamente surge das urnas, algum avanço haverá de brotar do interesse dos brasileiros pela política, num País onde todo o mal sempre foi atribuído à “alienação do povo, focado apenas em futebol e carnaval”.

O ano que vem também justifica alguma esperança por conta do avanço da luta contra a corrupção. Até aqui, as operações em curso, com destaque para a Lava Jato, produziram gigantesco impacto, capaz de mudar o amanhã; mas pode-se dizer que a efetividade dos processos, em parte por sua própria dinâmica, ainda está devendo.

A prisão de empresários, executivos e políticos, bem como a recuperação bilionária de ativos e a exposição do lamaçal partidário, estão muito além do que jamais imaginamos. Mas os tubarões mais graúdos continuam soltos, ricos e poderosos. Pelo andar da carruagem, a lei deverá alcançá-los no curso de 2017, levando a faxina ao núcleo do mal.

Para reforçar essa possibilidade, na quarta-feira 21 surgiu a melhor notícia do Natal: o Departamento de Justiça dos EUA divulgou suas investigações sobre as operações criminosas da Odebrecht no mundo. Além de revelar que a empreiteira distribuiu R$ 3,4 bilhões em propinas, os promotores garimparam três preciosidades: duas offshores nas Ilhas Virgens Britânicas e uma em Belize, criadas para distribuir subornos em 12 países. A documentação prova pagamentos a 14 figurões brasileiros, devidamente identificados. A ladainha de que os investigados são vítimas de perseguição, conspiração política ou linchamento moral vai virar pó quando a papelada vier ao sol.

Nada mal para o ano que chega.

Crise moral solidifica ruína dos partidos políticos

Josias de Souza

Um dos efeitos mais nefastos da crise moral brasileira é a ruína dos partidos políticos. Na origem, as legendas diziam representar ideias, grupos e corporações. Agora, representam apenas interesses mesquinhos e inconfessáveis. Os partidos brasileiros converteram-se em paraísos fiscais custeados por propinas, caixa caixa dois e déficit público.

Não há mais ideologia. O problema não é saber se os partidos são de esquerda ou de direita. O problema é constatar que estão sempre por cima, esmagando o interesse público, sempre por baixo. Os partidos são contados em mais de três dezenas. Já não são a mosca na sopa. Viraram a própria sopa.

Correm no TSE processos contra os três partidos mais enrolados no petrolão: PT, PMDB e PP. O escândalo da Petrobras apodreceu essas logomarcas. Você percebe pelos vermes. Os partidos serão julgados depois que a Justiça Eleitoral der um veredicto sobre o pedido de cassação da chapa Dilma-Temer. Pela lei, podem perder o registro.

A tradição do TSE é de complacência. Mas talvez seja hora de começar a extinguir partidos em vez de criá-los. Sob pena de se consolidar a ideia de que os partidos políticos brasileiros se resumem mesmo a um abracadabra para a caverna de Ali-Babá.

Traumas em 2016 e sinais preocupantes para 2017

Leandro Colon - Folha de S.Paulo

Fica um saldo de feridas políticas e econômicas do ano que termina daqui a uma semana. É impossível esquecer 2016, mesmo que se queira. Os traumas vão perdurar.

A presidente da República sofreu um impeachment com menos de dois anos de mandato sob acusação de crime de responsabilidade por meio de manobras fiscais. O presidente da Câmara caiu na Lava Jato, renunciou, foi cassado pelos pares e passará o Natal em um presídio.

O presidente do Senado vai encerrar sua gestão na condição de réu pelo crime de peculato, denunciado em outro caso por lavagem e corrupção, e investigado em inquéritos que tramitam no Supremo Tribunal Federal.

O STF, aliás, entrou em férias com as togas carimbadas pelo acordão que manteve Renan Calheiros no cargo. São estranhos tempos em que integrantes do tribunal mais importante do país julgam para ficar bem na foto, não se inibem em discutir voto por trás das cortinas e desferem ataques públicos a colegas simplesmente porque discordam deles.

Em sete meses, o governo do substituto da presidente da República afastada não conseguiu tirar a economia do buraco. Enquanto lá fora há mostras de otimismo para 2017, aqui dentro temos de nos contentar com medidas paliativas anunciadas de última hora pelo Planalto.

Alguns Estados, por exemplo, começam janeiro sem saber se pagarão o salário do mês de seus servidores.

O balanço do sombrio ano que finda logo mais deveria servir para possíveis mudanças de comportamento dos protagonistas dos três Poderes.

Mas as perspectivas são preocupantes. Os primeiros sinais vêm do Congresso. O presidente da Câmara, Rodrigo Maia, o "Botafogo" na delação da Odebrecht, busca um jeitinho jurídico de atropelar as regras e se reeleger para o cargo em fevereiro.

E o favorito para comandar o Senado, Eunício Oliveira, o "Índio" na planilha da empreiteira, é acusado de receber R$ 2,1 milhões em troca da aprovação de medida provisória.

Regionais : A ex-ministra do STJ, Eliana Calmon recebeu R$ 250 mil da OAS
Enviado por alexandre em 24/12/2016 15:30:32


Ricardo Boechat – ISTOÉ

A OAS apoiou - Análises nas prestações de contas de candidatos às eleições de 2014 seguem na Justiça Eleitoral. A ex-ministra do STJ, Eliana Calmon, está sendo investigada por ter recebido doação de R$ 250 mil da OAS, nas eleições de 2014; quando ela disputou e perdeu vaga ao Senado pelo PSD pela Bahia.

Financiamento curioso, já que a ex-corregedora Nacional de Justiça sempre foi crítica ferrenha das construtoras – “os empreiteiros são mandados pelos políticos e pelos grandes executivos das estatais”.

Já Eliseu Padilha aproveitará o período de festas para descansar. Sua família até gostaria que deixasse a função, mas ele não quer. Iniciará 2017 disposto a viajar menos, atitude básica para quem sofre com freqüência de tonturas e pressão alta. Terá ainda que dar explicações na Lava Jato, depois da delação de Claudio Melo.

Quando Padilha emite sinais de fadiga, no Planalto comentam Pedro Parente para o seu lugar. Aliás, o presidente da Petrobras já ocupou a função no passado.

Honra fraca


Carlos Brickmann

A Folha de S.Paulo publicou numa reportagem que merece ser guardada por quem queira entender o Brasil: duas medidas provisórias compradas por R$ 16,9 milhões renderam à Odebrecht R$ 8,4 bilhões.

O cálculo é de Cláudio Melo Filho, alto funcionário da Odebrecht especializado em compras, primeiro grande delator premiado da empresa.

Claro, houve outras compras, mas essas são um belo exemplo: como era barato aprovar medidas legais que dão a uma empresa, ou a um setor, lucros substanciosos, muito superiores aos gastos que exigiram.

Como diz um antigo provérbio, quem se vende por dinheiro se vende por muito pouco.

Temer confirma discurso hoje no rádio e TV


Por iG São Paulo

Na tentativa de reverter baixa popularidade, presidente deverá falar sobre os planos da equipe econômica para que o País supere a crise financeira

O presidente Michel Temer fará neste sábado (24), véspera do Natal, um pronunciamento em cadeia rede nacional de rádio e televisão. De acordo com o Palácio do Planalto, a mensagem foi gravada nesta semana e irá ao ar por volta das 20h30.

O conteúdo exato do pronunciamento não foi confirmado pelo governo, mas o presidente deverá apresentar planos gerais para 2017 e abordar as medidas que sua equipe econômica está adotando para tentar resolver a crise financeira no País.

O objetivo do Planalto, segundo fontes ligadas ao governo, é evitar focar no baixo desempenho da economia e na queda dos indicadores econômicos e, ao mesmo tempo, tentar transmitir uma mensagem de otimismo. Esta é a segunda vez que Temer aparece em cadeia nacional. A primeira vez foi em 31 de agosto, dia do impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff.

Ainda sem agenda confirmada, Temer deverá passar a semana na capital federal, de onde sairá para o Rio de Janeiro. Ele passará o réveillon com a primeira-dama, Marcela Temer, e o filho do casal, Michelzinho, na Restinga de Marambaia, no Rio de Janeiro, onde se localiza o Centro de Adestramento da Ilha da Marambaia (Cadim) base da Marinha fixada ao sul da Baía de Sepetiba.

Regionais : EUA são mais rigorosos com a corrupção. Dos outros...
Enviado por alexandre em 24/12/2016 15:21:03


EUA são mais rigorosos com a corrupção. Dos outros...


Autoridades brasileiras devem satisfações ao público sobre cooperação

Blog do Kennedy

O Departamento de Justiça dos Estados Unidos revelou a amplidão da corrupção praticada globalmente por uma empresa multinacional brasileira. Segundo o órgão americano, a Odebrecht pagou US$ 1 bilhão em propinas no Brasil e em outros 11 países.

Ao trazer à luz muita coisa que estava na sombra, a revelação tem um efeito pedagógico importante que o Brasil precisa conhecer e tomar como lição para que não se repita mais.

Um destaque importante é o rito processual legal impessoal e pragmático utilizado na parte americana da investigação. Não houve sistemáticos vazamentos seletivos, como ocorre com frequência no Brasil.

Apesar de os processos aqui correrem em segredo de Justiça, há inúmeros vazamentos ao longo das investigações, como acontece com a maioria das delações negociadas no âmbito da Lava Jato, o que está à margem da lei. A forma de investigação e de divulgação nos EUA é mais cuidadosa e eficiente.

Apesar disso, devem ser responsabilizadas todas as instituições utilizadas nessa cadeia global de corrupção. Bancos americanos e suíços foram usados nessas operações. Paraísos fiscais também. Devem ser cobradas satisfações e implementadas punições a instituições que serviram de ponte para a corrupção em escala planetária.

É importante a cooperação entre países para investigar a corrupção. No entanto, os Estados Unidos veem a corrupção dos outros como uma ameaça à segurança nacional deles. Na indústria militar, por exemplo, empresas americanas não são santas. Por razões de segurança nacional, os EUA sempre alimentaram ilegalmente com armas e dinheiro aliados pelo mundo que, no final das contas, atendem aos interesses americanos.

A lavagem de dinheiro no planeta serviu a propósitos diversos, que se confundiram, como corrupção e terrorismo, por exemplo. Ou seja, os EUA agem como polícia do mundo em relação à corrupção dos outros. Mas, apesar de uma lei rigorosa anticorrupção, não usam o mesmo critério em relação à corrupção deles, sobretudo quando essa corrupção se confunde com o que julgam a defesa da segurança nacional dos Estados Unidos.

Há um ingrediente geopolítico, com fortes reflexos econômicos, que deve ser levado em conta. Empresas multinacionais brasileiras como a Odebrecht competiam com companhias americanas na África, na América Latina e até mesmo dentro dos EUA, como, por exemplo, em Miami.

É necessário que o Brasil e suas autoridades deem satisfação aos seus cidadãos a respeito da forma como cooperam com os Estados Unidos, que são ferozes na defesa dos seus interesses porque não têm complexo de vira-lata, como diria Nelson Rodrigues.

O Brasil precisa defender os seus interesses também. Facilitar e direcionar processos contra grandes empresas multinacionais brasileiras, como é o caso da Petrobras, assim como outras grandes companhias nacionais, poderá ser danoso ao país no médio e longo prazo. Uma derrocada de empresas multinacionais brasileiras não interessa ao Brasil, mas aos seus adversários no mercado global.

Na crise de 2008/2009, vimos uma ação do governo americano para evitar a quebra de bancos que tinham sido responsáveis pelo começo da confusão com o chamado subprime. Houve punições, mas também uma preocupação em manter de pé bancos fundamentais para a economia americana, que hoje se recuperou e está crescendo de forma significativa.

Suíça sequestra US$ 100 milhões da conta da Odebtecht


Folha de S.Paulo - Bela Megale e Mario Cesar Carvalho

A Suíça sempre teve a fama de lavar mais branco o dinheiro sujo da corrupção. Agora o país quer trocar o estigma de complacente com criminosos com o de implacável com desvios. O Ministério Público de lá sequestrou cerca de US$ 100 milhões (R$ 327 milhões) que a Odebrecht tinha em contas secretas usadas para pagar propina no Brasil e em 11 países.

O valor será usado para abater a multa de cerca de R$ 700 milhões que a empreiteira e a Braskem, o braço petroquímico do grupo, se comprometeram a pagar no país europeu para encerrar cerca de 60 processos criminais.

A Odebrecht movimentou US$ 212 milhões na Suíça por meio de empresas de fachada entre 2008 e 2014, segundo documentos suíços.

Os US$ 100 milhões que ficarão na Suíça superam os US$ 80 milhões bloqueados no escândalo da Fifa.

A Odebrecht reconheceu para as autoridades suíças que lavou dinheiro e não tomou as medidas para evitar que recursos que estavam no sistema bancário de lá fossem usados para pagar propina.

A legislação daquele país obriga toda empresa que abre conta a se comprometer que tomará as medidas para evitar o pagamento de suborno.

O acordo com as autoridades suíças foi assinado na quarta (21), mesmo dia em que o grupo selou negociação com autoridades dos EUA.

O acerto com a Suíça fala em compensação de fundos, mas não cita o valor de cerca de US$ 100 milhões, apurado pela Folha com pessoas que participaram da negociação.

Continue lendo: Suíça sequestra US$ 100 milhões das contas da Odebrecht..

Odebrecht pode desaparecer na América Latina


Agência Brasil

Pelo menos sete países da América Latina anunciaram hoje (23) que vão investigar o suposto pagamento de propina de executivos da empreiteira brasileira Odebrecht, investigada na Operação Lava Jato, em troca de vantagens em contratos públicos.

As medidas foram tomadas em reação à divulgação de documentos nos quais o Departamento do Estado dos Estados Unidos confirmou que a Odebrecht pagou mais de US$ 1 bilhão, cerca de R$ 3,3 bilhões, em propina a funcionários de governos em 12 países.

As informações foram divulgadas na quarta-feira (21) após a confirmação de que anúncio de que a empreiteira assinou acordo de leniência com autoridades do Estados Unidos, Suíça e do Brasil simultaneamente.

Peruano nega propina

O presidente do Peru, Pedro Pablo Kuczynski, negou ter recebido dinheiro quando era presidente do Conselho de Ministros no governo do ex-presidente Alejandro Toledo, que ocupou o cargo entre 2001-2006. Kuczynski disse que apóia a investigação sobre as denúncias.

"Eu posso garantir que não recebi nada, nem sei de nada. Obviamente, deve-se investigar tudo isso e sou a favor de uma profunda investigação", disse.

Diante das novas denúncias, a procuradoria do Peru decidiu reabrir uma investigação na qual Kuczynski foi acusado de favorecer a Odebrecht em uma concessão pública durante o período em que ocupou cargo no Conselho de Ministros.

Equador investigará propina

O governo do Equador anunciou que pediu ao Ministério Público que investigue supostos pagamentos de propina pela Odebrecht no país. Uma das principais obras feitas pela empreiteira foi a construção do metrô da capital, Quito.

Em 2008, o atual presidente, Rafael Correa, expulsou a Odebrecht do país sob a alegação de que houve irregularidades da usina hidrelétrica de San Francisco, financiada com recursos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

Colômbia cancelará contratos

Por meio do secretário de Transparência da Presidência da República, Camilo Enciso, a Colômbia anunciou que vai cancelar todos os contratos nos quais ficar comprovada que a Odebrecht pagou propina.

"No momento em que for demonstrado de maneira clara que houve pagamento de subornos, o estado colombiano não duvidará de nenhuma maneira em tomar as decisões necessárias para terminar de maneira unilateral seus contratos e para evitar que a Odebrecht continue tendo negócios no país", disse Enciso.

Argentina pede informações a investigadores

Na Argentina, o órgão responsável pelo combate à corrupção informou que pediu informações à força-tarefa de investigadores da Lava Jato para obter informações mais detalhadas sobre as denúncias de que US$ 35 milhões foram pagos em propina para funcionários públicos entre 2007 e 2015, fato que teria ocorrido durante o governo da ex-presidente Cristina Kirchner.

Oposição da Venezuela vai apurar denúncias

Na Venezuela, parlamentares oposicionistas ao governo do presidente Nícolas Maduro afirmam que vão investigar as denúncias por meio da Comissão de Controladoria do Parlamento.

As suspeitas são sobre supostos pagamentos de propina a funcionário do governo de Maduro e do ex-presidente Hugo Chavez.

Panamá anuncia punição

O governo do Panamá prometeu processar e punir integrantes do governo, que teriam recebido mais US$ 59 milhões em propina. O Ministério Público local informou que pedirá informações aos Estados Unidos sobre o caso.

México abre investigações

O governo mexicano e a Pemex, estatal petrolífera, informaram que abriram investigação para apurar o suposto pagamento de aproximadamente US$ 10 milhões para que a Odebrechr fosse beneficiada em contratos da estatal.

O outro lado

Ao assinar o acordo de leniência com autoridades dos Estados Unidos, Brasil e Suíça, a Odebrecht divulgou nota à imprensa na qual pede desculpas e diz que "se arrepende profundamente da sua participação nas condutas que levaram a este acordo e pede desculpas por violar os seus próprios princípios de honestidade e ética."

No comunicado, a Odebrecht diz que "permanecerá cooperando com as autoridades e adotará as medidas adequadas e necessárias para continuamente aprimorar seu compromisso com práticas empresariais éticas e de promoção da transparência em todas as suas ações."

Logomarca da Odebrecht está ferida de morte


Blog do Josias

O acordo de leniência que permite à Odebrecht reacender suas fornalhas, voltando a firmar contratos com o Estado, não põe fim aos problemas da construtora. Ao contrário. A confissão dos crimes apenas conduz a encrenca a uma nova fase. Empreender é como desenhar sem borracha. E Odebrecht virou o outro nome de corrupção. Impossível apagar o seu rastro pegajoso. Para que o grupo sobreviva, a família controladora talvez tenha de amargar o constrangimento de enterrar sua logomarca. Subsidiárias como a Brasken também pedem razão social menos tóxica.

Juntas, as delações dos 77 ex-executivos da Odebrecht —incluindo o patriarca Emílio e o herdeiro Marcelo –resultarão em algumas dezenas de inquéritos. Que se transformarão em denúncias. Que serão convertidas em ações penais. Que tramitarão durante semanas, meses, anos a fio entre os escaninhos do Judiciário e as manchetes. Ainda que se transformasse na mais limpinha das organizações empresariais, a nova Odebrecht não resistiria a tamanha exposição negativa.

Imaginando-se cheia de vida, a Odebrecht estará jurada de morte se não trocar de nome. E de práticas, naturalmente.

Regionais : Política sem a irreverência de Lúcia Tereza, Ariquemes terá 4 deputados, posse em Candeias
Enviado por alexandre em 23/12/2016 20:27:30

Luto – A alegria e descontração da deputada estadual Lúcia /Tereza (PP-Espigão) não fazem mais parte do dia a dia na Assembleia Legislativa (Ale). A morte, que é o caminho natural do ser humano levou a professora brincalhona, extrovertida e fumante inveterada. Foi traída na noite da última quinta-feira (22) com uma forte dor no braço, que na verdade era um aneurisma.



Tristeza – Conhecida na Ale por todos pela sua felicidade com a vida, mesmo tendo o querido Tião, seu marido com sérios problemas de saúde há anos. Ele sempre esteve ao lado do companheiro de todos os momentos. A partir do retorno do recesso parlamentar não mais teremos a professora Lúcia na tribuna do Parlamento Estadual. A Casa do Povo certamente ficará triste, desolada com a falta da deputada Lúcia.



Coerência – Apesar da liberalidade social as participações de Lúcia Tereza na função parlamentar sempre foram exemplares, tanto nas comissões permanentes, onde ela presidia a da Educação, sua área, como na tribuna, pois sempre foi sensata e coerente. Lúcia foi eleita deputada em 2014 com 11.652 votos, mais de 80% dos votos válidos em Espigão. Ela é a primeira mulher eleita prefeita na Amazônia em 1982, pelo município que ela amava: Espigão do Oeste.



Ariquemes – A partir do próximo dia 28 Ariquemes será o município mais importante do interior, no item representatividade na Assembleia Legislativa (Ale). Na oportunidade será empossado o novo deputado, Geraldo da Rondônia (PSC-Ariquemes), na vaga deixada pela deputada Glaucione Rodrigues PMDB, que foi eleita prefeita de Cacoal em outubro último. Além de Geraldo, Ariquemes tem Saulo Moreira (PDT), Alex Redano (PRB) e Adelino Follador (DEM).



Porto Velho – Na atual legislatura a capital tem a predominância na Ale, onde conta com seis deputados. A bancada portovelhense é composta por Aélcio da TV (PP), Hermínio Coelho (PDT), Jean Oliveira (PMDB), Jesuíno Boabaid (PMN), Léo Moraes (PTB) e Ribamar Araújo (PR). Talvez seja a maior desde a primeira legislatura, que foi presidida por José Bianco, que já foi governador, senador e prefeito de Ji-Paraná.



Respigo

O corpo da deputada Lúcia Tereza está sendo velado no barracão da Igreja Católica de Espigão. O sepultamento ocorre às 16h no Cemitério Municipal +++ O sindicalista Anderson da Silva Pereira, do PV é o primeiro suplente da coligação e assumirá a vaga aberta com a morte de Lúcia Tereza. Anderson preside o Sindicato dos Agentes Penitenciários e Socioeducadores de Rondônia-Singeperon, obteve 9.015 votos nas eleições de 2014 +++ A posse do prefeito eleito de Candeias do Jamari, Chico Pernambuco (PSB) e do vice, Luís Ikenohichi-DEM será no próximo dia 1º, na Câmara de Vereadores, às 15h. O público está sendo convidado pela Câmara Municipal para prestigiar a solenidade.

WALDIR COSTA/RONDONIADINAMICA

Regionais : Saiba quem é a juíza que vai substituir Sergio Moro nas férias
Enviado por alexandre em 23/12/2016 20:19:24



Nas férias do juiz Sergio Moro, fica em seu lugar, à frente da Operação Lava Jato, vai ficar a juíza Gabriela Hardt. Formada pela Universidade Federal do Paraná, ela fica no comando da 13ª Vara Federal de Curitiba até 20 de janeiro.

Segundo o colunistas Josias de Souzo, de Uol, Gabriela é admiradora de Moro e considera que ele tem potencial inclusive para chegar ao Supremo Tribunal Federal (STF). Em outubro de 2014, ela compartilhou nas redes sociais uma nota de associações de juízes em defesa da Lava Jato. Na época, acrescentou seu comentário: "Compartilho abaixo a nota (...) para ciência dos amigos e em homenagem ao juiz federal Sergio Moro, cuja retidão e dedicação me inspiram diariamente na atividade judicante. Nosso país terá muito a ganhar se ele um dia vier a integrar nossa Corte Suprema".

Réu da Lava Jato, o ex-tesoureiro do PT Paulo Ferreira, que admitiu verbas de origens escusas nos cofres do partido, foi autorizado por Moro a deixar a cadeia desde que pagasse fiança de R$ 1 milhão. “É um problema da cultura política nacional, doutor Moro. Eu não estou aqui para mentir para ninguém. Estou aqui para ajustar alguma dívida que eu tenha, minha disposição aqui é essa", disse Ferreira em depoimento.

Os advogados recorreram e afirmaram que Ferreira não tem o dinheiro da fiança, pedindo reconsideração. Moro indeferiu. A defesa refez o pedido - dessa vez, ele foi para as mãos de Gabriela Hardt, que manteve a negativa. Ela sugeriu que Ferreira ofereça um imóvel como caução para assegurar o pagamento.

Nas horas vagas, Gabriela gosta de nadar e compete em maratonas marítimas.

24HORASNWES

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