« 1 ... 853 854 855 (856) 857 858 859 ... 1624 »
Política : ÉS A QUESTÃO
Enviado por alexandre em 25/08/2018 12:23:53

Bolsonaro: e o palanque para responder aos ataques?

Não ir aos debates

Daniela Lima – Painel – Folha de S.Paulo

Sem réplica nem tréplica - Ao repensar a ida de Jair Bolsonaro (PSL) a sabatinas e debates, a campanha do presidenciável acabou animando rivais que formulam estratégias para o horário eleitoral. O capitão reformado do Exército terá apenas oito segundos de propaganda na TV, mais 11 inserções. Se decidir faltar aos confrontos televisivos, explicam especialistas, corre o risco de desaparecer da telinha no momento em que a artilharia de adversários como Geraldo Alckmin (PSDB) vai começar a circular.

Alckmin é dono do maior tempo de propaganda eleitoral entre todos os presidenciáveis e é consenso que uma parte de seu arsenal de 437 inserções será usado para lançar dúvidas sobre a capacidade de Bolsonaro de comandar o país ou de se contrapor ao PT no segundo turno.

O tucano não deve ser o único a alvejar o capitão reformado. Henrique Meirelles já fez peças criticando o discurso radical de Bolsonaro. Se não for a debates, o deputado corre o risco de ficar sem palanque para se defender em rede nacional. O horário eleitoral começa na sexta (31).

Bolsonaro se beneficia de voto útil anti-PT


É o que diz diretor do Datafolha

Mário Paulino vê "oportunidade" para Alckmin na TV

Blogo do Kennedy

O diretor-geral do Datafolha, Mauro Paulino, diz que o candidato do PSL à Presidência, Jair Bolsonaro, está sendo beneficiado por um “voto útil praticado já no primeiro turno”. Segundo Paulino, isso acontece porque, “neste momento, [Bolsonaro] aparenta ser o candidato com mais condições de derrotar o Lula”.

Paulino, no entanto, avalia ser “precipitado” considerar que o segundo turno se dará entre Bolsonaro e o candidato do PT, Lula ou Fernando Haddad. “É uma eleição que permite muitas alterações em pouco espaço de tempo”, afirma, em entrevista ao “Jornal da CBN – 2ª Edição”.

A última pesquisa Datafolha, no cenário que mede votação espontânea, mostrou crescimento de 10 pontos percentuais de Lula e de 3 pontos de Bolsonaro na comparação com o levantamento de junho. Segundo Paulino, nesta fase da eleição, os eleitorados do PT e do PSL alimentam um ao outro.

O crescimento de Lula se deu, acredita Paulino, a partir do registro da candidatura, quando parcela dos eleitores lulistas voltou a pensar na possibilidade de votar no ex-presidente. Esse fortalecimento do ex-presidente também teria levado uma fatia de eleitores anti-PT a optar por Bolsonaro. “Cada vez mais vamos ter eleitores praticando o voto útil já no primeiro turno.”

Paulino considera que o candidato do PSDB à Presidência, Geraldo Alckmin, terá “oportunidade importante” com a propaganda na TV e no rádio para tentar crescer nas pesquisas. Ele diz que essa oportunidade deve ser bem usada, sob risco de ter efeito contrário.

Ele considera que é “uma visão otimista” do PT achar que Haddad já teria garantido pelo menos 20% dos votos. Lembra que, quando o Datafolha testou transferência de Lula, o ex-prefeito ficava no patamar dos 15%. Uma vitória do PT sem Lula na cabeça de chapa não dependeria só do apoio do ex-presidente, cuja capacidade de transferência de votos seria de cerca de 30%, de acordo com o Datafolha.

“Não depende só do apoio do Lula. Como aconteceu com a Dilma em 2010, é preciso que o próprio candidato se mostre capaz de fazer o que eles [eleitores] esperam que o Lula faria se fosse candidato”, avalia Paulino, ao comentar a possibilidade de que Haddad seja o postulante do PT em 7 de outubro, hipótese mais provável hoje.

Paulino afirma que a delação da JBS em maio de 2017 teve impacto para melhorar a avaliação do PT e de Lula perante os eleitores. Ele considera aquele um “momento importante na política brasileira, em que Aécio [Neves, senador do PSDB] sofreu as acusações [de corrupção feitas na delação de Joesley Batista]”.

Diz Paulino: “Grande parte [do eleitorado] percebeu que aquelas acusações muito centradas no PT não eram apenas responsabilidade do PT, mas também de outros partidos. (…) Foi muito emblemático. A partir do momento em que todos estão envolvidos, aqueles [eleitores] que passaram pelo governo Lula e identificaram melhoras naquele período, e que relacionam isso diretamente à atuação do Lula, passam a ter esperança de que ele possa repetir aquilo”.

Já o fenômeno Bolsonaro se explica, afirma o diretor-geral do Datafolha, “pelo clima de insegurança que a população brasileira passa”. Ele acredita que o candidato do PSL se fortalece com suas propostas na área de segurança pública.

Paulino lembra que Marina Silva (Rede) e Ciro Gomes (PDT) já tiveram em eleições passadas um percentual de intenção de voto competitivo. No entanto, vê como obstáculo na atual corrida o pouco tempo de propaganda na TV e no rádio que ambos os candidatos possuem.

Segundo ele, cerca de 60% dos eleitores dão mais peso às informações vindas da TV. Uma fatia de aproxidamente 30% considera mais relevante os dados mostrados nas redes sociais.

Mas Paulino pondera que, nestas eleições, “estamos prestando atenção e aprendendo” a mensurar “o poder das redes sociais para impulsionar ou preservar candidatos na posição em que estão”. O diretor-geral do Datafolha declara que “três ou quatro candidatos devem disputar acirradamente as duas vagas no segundo turno”.

Política : MAGOAS
Enviado por alexandre em 24/08/2018 08:40:23

O choro e as mágoas de José Dirceu

Dirceu destila veneno em livro

Bernardo Mello Franco – Folha de S.Paulo

José Dirceu chorou. O guerrilheiro baixou a guarda no terceiro andar do Planalto, diante do chefe e de velhos companheiros. Era o dia 15 de junho de 2005. Começava ali a derrocada do ministro mais poderoso do governo Lula.

Acusado de chefiar o mensalão, Dirceu seria demitido, condenado e preso. Treze anos depois, ele diz ter sido abandonado pelo ex-presidente. A queixa está em “José Dirceu — Memórias”(Geração Editorial), que chega às livrarias na semana que vem.

O petista expõe sua mágoa ao descrever o encontro final com Lula. “Não me pediu para ficar, não me propôs nenhuma outra tarefa, simplesmente me demitiu”, conta. “Foi melancólico e simbólico, como se tudo já tivesse decidido, poucas palavras, monossílabas, uma cena um tanto derrotista e pequena”, dramatiza. “Eu me emocionei e chorei”.

Não foi sua única desilusão. Em 27 de outubro de 2002, o presidente eleito escolheu José Genoino, e não Dirceu, para discursar na festa da vitória. “Lula não falou comigo e não me comunicou nada”, reclama o memorialista. “Fui simplesmente excluído e comunicado disso por um mero assessor”. “Meu primeiro impulso foi de me retirar, mas me controlei”, prossegue. Ele diz que a noite marcou sua “primeira grande decepção com Lula”. “Foi duro, mas aceitei”, lamuria-se.

Em outra passagem, Dirceu critica o ex-presidente por ter vetado uma aliança com o PMDB. “Dormi com o acordo fechado e acordei com Lula me desautorizando. (...) Fiquei desapontado e furioso”, desabafa.

O autor distribui estocadas em outros alvos. Diz que Tarso Genro “criou uma pequena crise, exigindo ser ministro”. Acusa Dilma Rousseff de promover uma “caça às bruxas” ao substitui-lo na Casa Civil.

Ele também destila veneno contra ministros do Supremo nomeados pelo PT. Chama Joaquim Barbosa de “autoritário”, Luís Roberto Barroso de “fraude” e Edson Fachin de “engodo”. A maior bronca é com Luiz Fux, que já admitiu ter pedido seu apoio para chegar à Corte. “Erramos e feio nas indicações, ao ponto de sermos enganados por um charlatão togado”, escreve Dirceu.

Política : EXAUSTO
Enviado por alexandre em 23/08/2018 08:28:19

Bolsonaro acha brincadeira nova: o "esconde-esconde"

Exausto de debates

Josias de Souza

O Brasil vive uma fase peculiar de sua história. Ao observar o cenário de 2018, o eleitor vê um grande passado pela frente. A maioria (61%) oscila entre um corrupto de segunda instância e um apologista da ditadura militar. Preso, Lula (39%) lidera as pesquisas e quer debater sem poder. Solto, Bolsonaro (22%) colocou um pé no segundo turno e quer o Poder sem debater.

Bolsonaro já participou de dois dos nove debates previstos para o primeiro turno. Revelou-se um presidenciável de verdades múltiplas. A plateia descobriu que, embora frequente a Câmara há 27 anos, o capitão não aprendeu um ensinamento básico da política: jamais diga uma mentira que não possa provar.

Na Band, Bolsonaro irritou-se com espetadas de Guilherme Boulos. E voltou a negar que a ‘Wal do Açaí’ fosse uma funcionária fantasma do seu gabinete. Foi desmentido em 24 horas. Na Rede TV!, negou ter declarado que mulher pode receber contracheque menor que o dos homens.

Qualquer criança de 5 anos encontra na internet o vídeo da entrevista em que Bolsonaro declara sobre as mulheres: “Eu não empregaria com o mesmo salário”. Levou um sabão de Marina Silva por dizer que a encrenca de gênero não é assunto para um presidente da República.

Exausto de sua própria inépcia, Bolsonaro decidiu começar a descumprir suas promessas antes mesmo de chegar ao Planalto. Havia assegurado que participaria de todos os debates. Agora, com os calcanhares de vidro já bem expostos, prepara uma rota de fuga.

Presidente do PSL, partido de Bolsonaro, o advogado Gustavo Bebiano declarouque “ele está de saco cheio desses debates inócuos, que não levam a nada.” Numa conversa com o repórter Gustavo Maia, Bebiano soou peremptório: “Não vale a pena comparecer a nenhum tipo de debate.”

Debates eleitorais estimulam no imaginário do eleitor uma fantasia: a de que governa melhor o candidato que discute melhor. Ainda assim, é mais vantajoso ter algum debate do que não ter nenhum. Tome-se o caso do próprio Bolsonaro.

Dois debates e um par de sabatinas foram suficientes para revelar que Bolsonaro é a soma dos lugares-comuns que sua memória for capaz de decorar. Ficou claro, de resto, que o capitão quer assumir a direção do país. Mas quem dispõe do itinerário é o economista Paulo ‘Posto Ipiranga’ Guedes.

No fundo, Oscar Wilde é quem estava com a razão: “As primeiras impressões estão sempre certas''. São mesmo admiráveis os presidenciáveis que o eleitor não conhece muito bem. Longe do contraditório, certos candidatos podem até passar por candidatos certos. Daí a opção de Bolsonaro. De “saco cheio” de suas vulnerabilidades, o capitão escolheu uma brincadeira nova: esconde-esconde.

A fuga pode se converter num grave erro do candidato do PSL. Imaginando-se no segundo turno, Bolsonaro esquece que ocupa o primeiro lugar no ranking da rejeição. Para prevalecer, terá de ampliar o rebanho, não pregar para os convertidos.

Enfiando a cabeça nas redes sociais, onde os adoradores o chamam de “mito”, Bolsonaro deve se livrar do contato direto com Boulos, Marinas e outros rolos. Mas não há na história do Brasil nenhum exemplo de avestruz que tenha virado presidente da República.



Ele quer mais: “Voltarei em 2022!



Defensor do aerotrem apoia Bolsonaro, reclama da falta de propostas dos candidatos e ameaça voltar em quatro anos

Daniela Pinheiro – ÉPOCA

Candidato a presidente em 2010 e 2014, quando obteve menos de 1% dos votos, o empresário Levy Fidélix, de 66 anos, tentou emplacar sua terceira candidatura pelo PRTB, partido nanico que comanda. Desistiu para embarcar na candidatura de Jair Bolsonaro (PSL), para a qual a legenda indicou o candidato a vice, o general reformado Antonio Hamilton Martins Mourão. A calvície e o bigode grosso são tão marcantes quanto as propostas exóticas — a de mais sucesso foi a defesa veemente que fez do “aerotrem”, um monotrilho para desafogar o trânsito das metrópoles. Fora da disputa, Fidélix reclama da falta de propostas dos candidatos a presidente e ameaça: “Voltarei em 2022!”. Na terça-feira (21) cedo, enquanto tomava um café curto sentado sozinho no aeroporto do Rio de Janeiro, ele conversou com ÉPOCA.

Como se sente fora da campanha depois de tantos anos?

Levy Fidélix - São muitos anos, mas sinto como se fosse a primeira, na medida em que nas outras vezes em que eu saí, especialmente nas majoritárias, as possibilidades eram ínfimas, devido aos investimentos, ao desconforto de disputar contra pessoas com muito dinheiro que estavam envolvidas na Lava Jato e no mensalão. Então era praticamente uma disputa sem possibilidades reais, mas sempre insisti nas teses e nos pontos de vista. Muitas coisas que eu sempre falei estão sendo aplicadas hoje.

Política : INTIMADOS
Enviado por alexandre em 22/08/2018 09:37:03

TSE intima todos os candidatos a detalharem declaração de bens

Por Felipe Pontes - Repórter da Agência Brasil Brasília

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) intimou na noite de ontem (20) todos os candidatos às eleições deste ano, inclusive os 13 candidatos à Presidência da República, a detalharem a declaração de bens, após a Corte recuar de uma simplificação no sistema de declarações para as eleições deste ano.

Na eleição de 2014, ao declarar um bem imóvel, por exemplo, o candidato precisava detalhar além do valor, o tamanho e o endereço, mas neste ano tais informações não estavam sendo exigidas.

No ano passado, o TSE resolveu simplificar o sistema de prestação de informações, com o intuito de torná-lo mais leve e célere, e extraiu os campos de detalhamento na declaração de bens. Com a repercussão negativa da medida, o ministro Luiz Fux, presidente da Corte até a semana passada, decidiu recuar e reincluir os campos no sistema.

Segundo o TSE, a medida tem por objetivo conferir “o maior grau de transparência possível ao processo eleitoral”.

A partir do momento em que foram intimados, todos os candidatos, a todos os cargos, passaram a poder fazer o detalhamento. Ao todo, 27.811 políticos tiveram pedidos de registro de candidatura protocolados no TSE.

Somados somente os candidatos à Presidência da República, o patrimônio declarado neste ano foi de mais de R$ 834 milhões. Os dois mais ricos concentram boa parte dessa quantia: João Amoêdo (Novo), com R$ 425 milhões; e Henrique Meirelles (MDB), com R$ 377,5 milhões.

Neste ano, os candidatos têm permissão, se quiserem, a bancar a integralidade dos gastos de campanha, observados os limites de R$ 70 milhões para o primeiro turno e de R$ 35 milhões para o segundo turno.

Política : JÁ COMEÇOU?
Enviado por alexandre em 21/08/2018 08:20:46

Três perguntas que definirão o futuro da eleição

Bernado Mello Franco - O Globo

Parece que a eleição ainda não começou. Esta é a impressão deixada pela nova pesquisa do Ibope sobre a corrida presidencial. Depois de dois debates e uma batelada de entrevistas na TV, os candidatos praticamente não se moveram. A exceção foi Lula, que avançou quatro pontos. Preso desde o início de abril, ele agora lidera com 37% das intenções de voto.

Como o ex-presidente deve ser barrado pela Justiça Eleitoral, ficou tudo na mesma. Sem Lula, Jair Bolsonaro mantém a ponta, com 20%. Depois vem o pelotão intermediário: Marina Silva, com 12%, Ciro Gomes, com 9%, e Geraldo Alckmin, com 7%. O petista Fernando Haddad, que ainda é apresentado como o vice de Lula, aparece com 4%.

Faltam sete semanas para a eleição, e três perguntas devem definir o que acontecerá até outubro. São as seguintes: 1) Bolsonaro bateu no teto?; 2) A TV empurrará Alckmin para o segundo turno?; 3) Quantos votos Lula conseguirá transferir para Haddad?

Da primeira pergunta, depende o número de vagas em disputa. Com 20% dos votos totais, Bolsonaro parece ter um pé no segundo turno. Se ele subir mais, restará aos demais concorrentes brigar para enfrentá-lo. Neste caso, Marina, Ciro, Alckmin e Haddad se engalfinharão num jogo de Resta Um. Se o capitão tiver estacionado, todos continuarão no tabuleiro.

A segunda questão tem inquietado os tucanos. Ao abraçar o centrão, Alckmin apostou tudo na velha fórmula de garantir o maior tempo de TV. O problema é saber se o latifúndio eletrônico ainda terá tanto peso na era das redes sociais. “Não tenho certeza”, disse ao GLOBO o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. Se a resposta for negativa, Alckmin morrerá abraçado a Roberto Jefferson, Valdemar Costa Neto e outros aliados que cobraram caro por segundos de propaganda.

A terceira dúvida também continua no ar. O apoio de Lula será capaz de botar Haddad no segundo turno? O candidato do PT ainda é menos conhecido que os concorrentes diretos. Ele vai crescer nas próximas pesquisas, a questão é saber em que velocidade. Agora faltam apenas 47 dias para as urnas.


« 1 ... 853 854 855 (856) 857 858 859 ... 1624 »
Publicidade Notícia