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Política : ESTÃO COM MEDO?
Enviado por alexandre em 08/01/2021 09:17:25

Bolsonaro volta a defender o voto impresso

Em sua primeira live de 2021, o presidente Jair Bolsonaro voltou a defender o voto impresso no Brasil. Ao lado do ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, o presidente Jair Bolsonaro abordou a questão da eleição nos Estados Unidos (EUA) e disse, nesta quinta-feira (7), que o problema lá foi desconfiança em relação aos votos. Ele então fez um paralelo com a situação no Brasil e disse que não podemos “permitir que em 2022 tenhamos aqui uma eleição” em que o voto não possa ser auditado.

Bolsonaro abordou o assunto lembrando que a impressão do voto no país foi aprovada em 2015 e deveria passar a valer em 2018.

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– Voto impresso. Não inventei isso agora. Desde 2015 que trabalhamos nessa questão. E olhe só, em 18 novembro de 2015 foi levado em votação um veto ao voto impresso. E o Congresso derrubou o veto (…) E voltou a valer o voto impresso, que seria colocado em prática em 2018 – explicou.

O presidente, no entanto, lembrou que uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) impediu a medida de ser adotada.

– Isso acabou não acontecendo porque o nosso Supremo Tribunal Federal (STF) resolveu dizer que era inconstitucional. É uma interferência? É uma interferência. E por que é inconstitucional? Agora, qual país do mundo adota o voto eletrônico a exemplo do nosso. Tem a Venezuela – destacou.

Ele então falou sobre as eleições americanas.

– E os problemas que aconteceram nos Estados Unidos? Qual a origem? O problema é a desconfiança. E lá podia ser feito em grande parte uma auditoria. E mesmo assim não foi feito. Alguns podem dizer que é problema deles (…), mas a gente não pode permitir que em 2022 tenhamos aqui uma eleição [em que o voto] não possa ser auditado – ressaltou.

Por fim, Bolsonaro explicou como funcionaria o voto impresso no Brasil e questionou o motivo de não ser adotado no país.

– Qual o problema nisso? Estão com medo? Já acertaram a fraude para 2022? Eu só posso entender isso aí. Eu não vou esperar chegar 2022, nem sei se vou ser candidato, para começar a reclamar – argumentou.

https://pleno.news/brasil/politica-nacional/estao-com-medo-diz-bolsonaro-ao-defender-o-voto-impresso.html


Maia, Bolsonaro e delírios

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), usou sua conta no Twitter, ontem, para atacar o presidente Jair Bolsonaro por uma declaração dada mais cedo pelo chefe do Executivo. Bolsonaro disse a apoiadores que se as eleições de 2022 não tiverem voto impresso o Brasil passará por situação semelhante à dos Estados Unidos.

O presidente dos EUA, Donald Trump, insiste em dizer que a eleição que perdeu para o democrata Joe Biden em novembro de 2020 foi fraudada –versão propagada por Bolsonaro. O americano nunca apresentou provas, e já perdeu diversos processos judiciais sobre o assunto.

Na última quarta-feira, manifestantes trumpistas invadiram o Congresso do país e impediram temporariamente a realização da cerimônia que certificaria a vitória de Biden. O tumulto deixou ao menos quatro mortos em Washington D.C., capital americana.

Bolsonaro insiste que as urnas eletrônicas, usadas no Brasil desde a década de 1990, são suscetíveis a fraudes. O presidente afirma, inclusive, que a eleição que o levou ao Palácio do Planalto foi fraudada. Caso contrário teria ganho no 1º turno. Em março ele chegou a dizer que mostraria provas para suas afirmações, mas nunca o fez.

“Bolsonaro consegue superar os delírios e os devaneios de Trump”, escreveu Rodrigo Maia. “A frase do presidente Bolsonaro é um ataque direto e gravíssimo ao TSE [Tribunal Superior Eleitoral] e seus juízes”, declarou o presidente da Câmara. Maia também afirmou que “os partidos políticos deveriam acionar a Justiça para que o presidente se explique”.

Canalha – O presidente Jair Bolsonaro disse, ontem, que o editor-chefe e apresentador do Jornal Nacional (TV Globo), William Bonner, é “sem-vergonha” e “o maior canalha que existe”. A declaração foi feita a apoiadores, em frente ao Palácio da Alvorada, quando o presidente falava sobre a aquisição de seringas para imunizar a população contra a covid-19. Na 4ª feira-feira, o Jornal Nacional apresentou uma reportagem sobre a suspensão da compra dos insumos pelo Governo Federal. A TV mostrou o diretor do Instituto Questão de Ciência, Paulo Almeida, dizendo que a situação mostra que o governo falhou no planejamento.

O desabafo – “Atenção, imprensa sem vergonha. William Bonner sem vergonha. Vai ter seringa para todo mundo. William Bonner, por que seu salário foi reduzido? Porque acabou a teta do governo. Vocês têm que criticar mesmo, quase R$ 3 bilhões por ano para a imprensa e, em grande parte, para vocês”, disse Bolsonaro. Procurados, a TV Globo e William Bonner não comentaram até o fechamento da coluna. Durante a edição do JN, Bonner leu, na íntegra, uma fala do presidente Bolsonaro e reproduziu os trejeitos do político. Foram mais de 100 mil menções no Twitter ao nome do apresentador na noite de quarta-feira.

Vice bolsonarista – O deputado Arthur Lira (PP-AL), candidato a presidente da Câmara, disse, ontem, que o deputado Marcelo Ramos (PL-AM) poderá ser o primeiro-vice-presidente da Casa. “Marcelo será meu vice-presidente na chapa da mesa diretora, se tivermos a primeira escolha”, declarou Lira em Manaus. Ele está em viagem pelo Norte em busca de votos de deputados locais e do apoio de governadores. A escolha do primeiro-vice-presidente da Câmara não é como em uma eleição nacional, em que ao votar no presidente se está votando também no vice.

Política : AO VIVO!
Enviado por alexandre em 07/01/2021 09:01:51

Eleição virtual cria racha entre aliados de Baleia Rossi e Artur Lira pela presidência da Câmara

O Globo

A possibilidade de votação virtual na eleição para a presidência da Câmara virou mais um tema na disputa política da Casa. Com o crescimento no número de casos e mortes pela Covid-19 no país, o atual presidente, Rodrigo Maia (DEM-RJ), passou a cogitar a realização do processo por meio de aplicativo em celular. Hoje, o dispositivo já é usado pelos deputados em sessões remotas.

Nesta quarta-feira, o candidato apoiado pelo presidente Jair Bolsonaro, Arthur Lira (PP-AL), atacou a ideia. Aliados do parlamentar colocam em dúvida a lisura de um eventual pleito virtual. Já o grupo de Baleia Rossi (MDB-SP) vê uma tentativa do adversário de engajar apoiadores nas redes sociais e tumultuar a eleição.

“Nas eleições, 148 milhões de eleitores tiveram a obrigação de ir às urnas e votar em plena pandemia. Agora, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, e seu candidato Baleia Rossi querem votar remotamente na eleição para a presidência da Câmara. Qual a verdadeira intenção por trás disso?”, escreveu Lira em uma rede social.

Corpo a corpo

Apostando em dissidências no bloco liderado por Rossi, o candidato do PP tem no corpo a corpo com colegas uma de suas principais estratégias, algo que poderia ser prejudicado. E há também um cálculo de que os dissidentes podem se sentir inseguros para “trair” seus partidos. Continue lendo

Novos prefeitos precisam fazer cadastro no FNDE

Prefeitos em início de gestão devem cadastrar ou atualizar seus dados junto ao Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) para ficarem aptos a receber assistência técnica e financeira do governo federal na área de educação. O cadastro deve ser feito o quanto antes, tendo em vista que é um instrumento necessário para que os novos gestores municipais tenham acesso a sistemas importantes do Ministério da Educação, como o Sistema de Monitoramento, Execução e Controle (Simec).

Sem esse acesso, os prefeitos podem deixar de receber recursos ou apoio técnico federal para resolver gargalos da educação em cada localidade. Isso pode travar repasses financeiros para a compra de veículos do programa Caminho da Escola, por exemplo, ou para a construção de creches e escolas de educação básica.

No caso de novos prefeitos, é preciso enviar ao FNDE o Anexo I da Resolução CD/FNDE n° 9/2015, preenchido digitalmente, salvo em PDF e devidamente assinado pelo gestor municipal, bem como cópia do CPF, RG e Ata de Posse.

O encaminhamento de toda a documentação deve ser feito por meio do PAR Fale Conosco. Basta clicar em Nova Solicitação, preencher os campos obrigatórios, escolher a área Cadastro e Habilitação, assunto Cadastro de Ente/Entidade e anexar os documentos. Após o cadastro na base de dados do FNDE, o prefeito irá receber a senha de acesso ao Simec, de forma automática, 48 horas após a efetivação do cadastro, onde deve também atualizar os dados da equipe técnica e do novo secretário municipal de Educação. Continue lendo

Política : ATÉ O CAFÉ
Enviado por alexandre em 07/01/2021 08:50:47

Globo conta migalhas e corta até cafezinho de funcionários

Funcionários terão que desembolsar entre R$ 5 e R$ 10 pela primeira refeição do dia


Funcionários da Globo terão que pagar pelo café da manhã Foto: Reprodução

O ano de 2020 acabou, 2021 mal começou, mas a situação econômica do Grupo Globo parece dar sinais de que segue com problemas. Ao menos é isso que indica uma medida tomada pela emissora logo nos primeiros dias do novo ano, por meio de um comunicado em que o grupo afirma que o café da manhã dos colaboradores passará a ser cobrado.

A mensagem, espalhada pelos corredores da empresa, aponta que o funcionário terá que desembolsar R$ 5 se quiser um sanduíche e uma bebida quente. Já se quiser incluir uma fruta e um bolo ou biscoito, o funcionário precisará acrescentar mais R$ 3 à conta. Caso queira mais um sanduíche na refeição, terá que desembolsar R$ 10.

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Para os profissionais que possuem altos salários na emissora, o impacto não deve ser dos maiores. Já para os com menores rendimentos, na faixa de R$ 1.000, o impacto deve ser bastante sentido, levando-se em conta um gasto de, no mínimo, R$ 100 ao mês apenas com a primeira refeição.

Ainda segundo o comunicado repassado pela emissora aos funcionários, a “mudança” aconteceu porque a Globo fechou parcerias com novos fornecedores, para poder oferecer mais opções e variedades nas refeições dos funcionários.

Política : SEM LICITAÇÃO
Enviado por alexandre em 07/01/2021 08:47:22

MP do Bolsonaro libera a compra de vacina sem licitação
Em edição extra do Diário Oficial da União (DOU) publicada na noite desta quarta-feira (6), o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) editou Medida Provisória (MP) que permite ao poder público a compra de insumos e vacinas contra a Covid-19 com dispensa de processo de licitação e mesmo antes da autorização para uso emergencial pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Em nota, a Secretaria-Geral da Presidência afirma que as medidas visam acelerar e simplificar o processo de aquisição de imunizantes em meio à pandemia.

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Embora a aquisição das vacinas seja permitida previamente, o texto enfatiza que o início da vacinação só poderá ocorrer após a liberação da Anvisa. 

A MP prevê à "administração pública" a dispensa de licitação na "aquisição de vacinas e de insumos destinados a vacinação contra a Covid-19, inclusive antes do registro sanitário ou da autorização temporária de uso emergencial".

Apesar da dispensa de licitações, a MP observa que não fica afastada a "necessidade de processo administrativo que contenha os elementos técnicos referentes à escolha da opção de contratação e à justificativa do preço".

"Para acelerar o processo de vacinação da população brasileira contra a pandemia da Covid-19, a Medida Provisória traz ainda regras que flexibilizam as normas de licitação, possibilitando que as partes estabeleçam os termos contratuais, notadamente os que versam sobre eventual pagamento antecipado, inclusive com a possibilidade de perda do valor antecipado, hipóteses de não penalização da contratada, bem como outras condições indispensáveis para obter o bem ou assegurar a prestação do serviço", diz a Secretaria-Geral.

Política : QUEBROU!
Enviado por alexandre em 06/01/2021 09:30:00

Maia critica Bolsonaro e diz que o país não está quebrado
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), chamou de "grave e desalentador" o comentário do presidente Jair Bolsonaro, feito hoje, de que o Brasil está "quebrado" e que, por isso, não consegue "fazer nada".

"É grave e desalentador porque você olha para os próximos dois anos sem entender o projeto de país que ele [Bolsonaro] tem. Desde o fim de 2019 e durante a pandemia, a mensagem do presidente se pareceu mais com a do deputado que representa corporações do que com a do presidente que representa o estado", disse Maia.

Maia se refere ao fato de Bolsonaro não ter conseguido promover reformas que dessem fôlego ao Brasil para os próximos dois anos. "Primeiro, o Brasil não está quebrado. Segundo, um governo que não tem projeto de país não tem condição de apontar os caminhos para solucionar os nossos problemas", afirmou o presidente da Câmara.


“O Brasil está quebrado”, diz Bolsonaro












O presidente Jair Bolsonaro afirmou, hoje, que o Brasil está "quebrado" e que ele não consegue "fazer nada". Bolsonaro citou a alteração da tabela do Imposto de Renda (IR) como uma das suas promessas que não consegue cumprir.

O presidente colocou a culpa na pandemia de Covid-19 e na imprensa, que, segundo ele, teria "potencializado" o coronavírus. A doença já matou mais de 196 mil pessoas no Brasil.

“O Brasil está quebrado. Eu não consigo fazer nada. Eu queria mexer na tabela do Imposto de Renda...Teve esse vírus, potencializado pela mídia que nós temos”, disse o presidente, em conversa com apoiadores nesta terça, ao deixar o Palácio da Alvorada.

Durante a campanha eleitoral de 2018, o presidente prometeu isentar o IR de quem ganha até R$ 5 mil. Hoje, o limite de isenção é de R$ 1.903,98. No fim de 2019, propôs uma elevação para R$ 3 mil, mas o plano não foi adiante.

A isenção significaria uma arrecadação menor para o governo, que vive um aperto nas contas públicas. A Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2021, sancionada por Bolsonaro na semana passada, estabelece como meta um rombo de até R$ 247,1 bilhões.

É esse limite que baliza a liberação de recursos ao longo do ano. A cada dois meses, o governo avalia se a meta corre risco de ser descumprida e, se necessário, faz um contingenciamento no Orçamento – ou seja, bloqueia temporariamente recursos dos ministérios.

A economia brasileira dá sinais de retomada, mas isso vem ocorrendo de forma lenta, e analistas temem que o recente aumento no número de casos possa impactar o desempenho da atividade econômica. Além disso, no ano passado, o consumo das famílias foi impulsionado pelo auxílio emergencial, que não foi prorrogado para 2021.

O aumento da faixa de isenção no IR não é o único plano frustrado pela falta de recursos. No ano passado, o governo tentou colocar de pé o Renda Brasil, benefício com valor maior e mais abrangente que o Bolsa Família. A medida custaria cerca de R$ 50 bilhões – R$ 20 bilhões a mais que o Orçamento do Bolsa Família.

A ideia não foi à frente porque o ministro da Economia, Paulo Guedes, sugeriu cortar outros programas sociais, como o abono salarial, para abrir espaço para o projeto. Bolsonaro, no entanto, desautorizou publicamente a ideia de Guedes e afirmou que a manobra significaria tirar de pobres para dar a paupérrimos.

O País quebrou

O presidente Bolsonaro parece que vive para se alimentar da polêmica. Três depois de mergulhar no litoral paulista e ser acusado de promover aglomeração no mar, ontem, em seu primeiro dia de trabalho do ano novo, afirmou que o Brasil está ''quebrado". Enfatizou que que não "consegue fazer absolutamente nada" e citou como exemplo as mudanças na tabela do Imposto de Renda.

"O Brasil está quebrado, chefe. Eu não consigo fazer nada. Eu queria mexer na tabela do Imposto de Renda, tá, teve esse vírus, potencializado pela mídia que nós temos, essa mídia sem caráter ", afirmou, dirigindo-se a um apoiador na saída do Palácio da Alvorada. A ampliação da isenção do IR é uma das promessas de campanha de Bolsonaro que nunca saíram do papel.

Em 2019, ele chegou a retomar o assunto algumas vezes ao afirmar que a ampliação estava sendo estudada pelo Governo. Atualmente, quem ganha até R$ 1,9 mil por mês está isento de declarar o IR. Bolsonaro já chegou a dizer que gostaria de aumentar a isenção da tabela do IR para quem ganha até cinco salários-mínimos até o final de seu mandato (hoje, R$ 5,5 mil).

A ideia, contudo, já enfrentava resistência da equipe econômica ainda em 2019, quando as contas do Governo não estavam afetadas pela crise do novo coronavírus. Na conversa com apoiadores, Bolsonaro também voltou a intensificar as críticas à mídia, que segundo ele, realiza um "trabalho incessante de tentar desgastar" o Governo. "Vão ter que me aguentar até o final de 2022, pode ter certeza aí", afirmou.

Um presidente da República não deveria nunca sair alardeando por aí que o País que ele mesmo governa está quebrado. Muito menos para servir de justificativa para o fato de não ter cumprido uma promessa de campanha. O que vão achar os investidores que compram papéis de um Governo do qual o seu próprio presidente diz que está quebrado?

É natural que comecem a cobrar cada vez mais para comprar os títulos da dívida brasileira. Ou seja, pode custar mais dinheiro para os contribuintes que o presidente promete ajudar com a correção da tabela do IRPF.

Fala inoportuna – A fala do presidente é inadequada sob todos os aspectos. Mas é ainda mais perigosa no momento atual em que o Tesouro Nacional passou por meses de grande dificuldade para se financiar e tem pela frente um trabalho difícil para pagar uma montanha de dívida concentrada nos primeiros meses do ano e que já supera R$ 1,3 trilhão até o final de 2021. É ainda mais inoportuna depois da revelação de que o Brasil não honrou o pagamento da penúltima parcela de US$ 292 milhões para o aporte de capital no Novo Banco de Desenvolvimento (NDB), a instituição financeira criada pelos cinco países do Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul).

Dívida não paga – O prazo para a quitação da parcela terminou no último dia 3 de janeiro e o Brasil agora está inadimplente com o banco que ajudou a fundar e é um dos acionistas. A equipe econômica não quer nem que se fale em calote com temor do estrago. Prefere dizer que é um atraso. No dicionário, porém, a definição de calote é dívida não paga. O sinal é ruim. Outros organismos multilaterais também não receberam, mas não há transparência nenhuma do Ministério da Economia para explicar o que aconteceu, qual o tamanho da dívida e a razão dela não ter sido paga.

Pauleira – Tão logo a fala do presidente ganhou repercussão na mídia, os políticos passaram a reagir batendo duro nele. Presidente nacional do Cidadania, o ex-deputado Roberto Freire disse que o Brasil quebrou e está sendo afundado por causa do próprio Bolsonaro e o ministro da Economia, Paulo Guedes. “Você, Bolsonaro, e o Guedes estão terminando de afundar a economia. Ao invés de choramingar, por que não vão cuidar de trazer a vacina para imunizar o povo?”, reagiu Freire.

Adesão – O MDB negocia a entrada de dois novos senadores para sua bancada: Rose de Freitas, ex-Podemos, e Veneziano Vital do Rêgo, ex-PSB. As filiações ainda não foram concretizadas e os congressistas também receberam propostas de outros partidos. Caso o embarque no MDB seja concretizado, a sigla abriria vantagem como a maior bancada do Senado, com 15 integrantes. O panorama influencia diretamente na corrida eleitoral para a presidência da Casa, na qual o MDB já anunciou que terá candidato único. Disputará contra Rodrigo Pacheco (DEM-MG), apadrinhado do atual presidente, Davi Alcolumbre (DEM-AP).

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