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Policial : PÓS ASSALTO
Enviado por alexandre em 31/10/2016 19:08:04


Agência dos Correios de Ouro Preto do Oeste só reabrirá nesta 5ª feira ao público
A agência dos Correios de Ouro Preto do Oeste será reaberta somente nesta quinta-feira dia 3 de novembro, conforme o gerente, Antônio Fransueldo Alves Araújo.

O Correio da cidade que foi assaltada na tarde da ultima terça-feira por dois criminosos armados de pistola e revólver, renderam todos os funcionários e clientes, permaneceram no interior da agência por aproximadamente 1 hora e meia, até que o cofre fosse aberto.

De acordo com Fransueldo, enquanto os bandidos esperavam, pregavam o terror com graves ameaças contra funcionários e clientes, duas atendentes de caixa tiveram graves problemas psicológicos e ficaram cerca de cinco dias de licença médica, também informou que, quem mais sofreu foi o tesoureiro da agência, que ficou todo o tempo na mira dos bandidos.

O gerente ainda informou que a agência deveria ser aberta na quarta-feira, mas devido o feriado de finados, abrirá na quinta-feira nos horários normais e que só atenderão somente serviços relacionados aos Correios, o atendimento ao banco do Brasil, ficará suspenso até nova ordem.



Por: Wellington Gomes
Esporteenoticia.com

Policial : O MAPA
Enviado por alexandre em 28/10/2016 19:32:43


Veja a lista dos Estados e capitais com mais assassinatos; RO ocupa a 15ª posição
A queda na violência foi notada principalmente onde se desenvolvem programas específicos de controle da criminalidade letal, segundo apontou o estudo.
Veja a lista dos Estados e capitais com mais assassinatos; RO ocupa a 15ª posição

O número de assassinatos no país em 2015 caiu 1,2% em relação a 2014, após uma sequência de altas, de acordo com dados inéditos que serão divulgados no próximo mês pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública. No ano passado, foram 58.383 "crimes violentos letais intencionais", classificação que engloba homicídio, latrocínio, lesão corporal seguida de morte e vítimas de ações policiais - são 160 vidas perdidas por dia. Especialistas consideram a variação como estagnação e negam tendência de queda.

A retração ficou concentrada principalmente nos homicídios dolosos e nas lesões corporais seguidas de morte. Como contraponto, o crescimento nos registros de latrocínio (7,8%) e mortes decorrentes de intervenção policial (6,3%) impediu que a queda ocorresse de forma consistente.

Na lista dos Estados mais violentos, seis dos dez primeiros são do Nordeste. A liderança deixou de ser de Alagoas, que tem uma taxa de 50,8 crimes letais por 100 mil habitantes, e passou para Sergipe (57,3).

Taxa de assassinatos nos Estados por 100 mil habitantes
Sergipe - 57,3
Alagoas - 50,8
Rio Grande do Norte - 48,6
Ceará - 46,1
Pará - 45,8
Goiás - 44,3
Bahia - 41,7
Pernambuco - 41,6
Mato Grosso - 41,3
Amapá - 40,6
Paraíba - 37,8
Espírito Santo - 37,4
Amazonas - 37,1
Maranhão - 33,8
Rondônia - 31,0
Rio de Janeiro - 30,3
Tocantins - 25,7
Acre - 25,3
Paraná - 25,2
Rio Grande do Sul - 24,7
Distrito Federal 23,4
Mato Grosso do Sul - 22,6
Minas Gerais - 20,8
Piauí - 20,8
Roraima - 18,2
Santa Catarina - 14,3
São Paulo - 11,7
Fonte: Fórum Brasileiro de Segurança Pública

Coordenador do Centro de Estudos de Criminalidade e Segurança (Crisp) da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), o professor Cláudio Beato vê com preocupação o número nacional.

"Estamos em um patamar bastante elevado. O Brasil é hoje, em termos absolutos, o país que mais mata no mundo. São patamares críticos, principalmente se você considerar que são concentrados em certas regiões do país, como no Nordeste, que foge completamente do padrão, e em alguns pontos das áreas metropolitanas, onde se tem um número muito alto de homicídios", diz.

A queda na violência foi notada principalmente onde se desenvolvem programas específicos de controle da criminalidade letal, segundo apontou o estudo. Destaque para Alagoas, líder tradicional do ranking, que conseguiu reduzir em 20% a taxa: de 64,1 para 50,8.

São Paulo, tanto o Estado como a capital, ocupam a primeira posição entre os mais seguros. Na outra ponta, destaque negativo para o Rio Grande do Norte, com aumento de 39,1%.

Taxa de assassinatos nas capitais por 100 mil habitantes
Natal - 78,4
Fortaleza - 63,7
São Luís - 60,9
João Pessoa - 59,4
Aracaju - 56,3
Belém - 53,6
Manaus - 52,8
Maceió - 51,3
Salvador - 49,4
Porto Alegre - 46,2
Cuiabá - 42,9
Teresina - 42,5
Goiânia - 41,0
Palmas - 36,3
Recife - 35,3
Macapá - 33,1
Rio Branco - 32,9
Porto Velho - 32,8
Curitiba - 26,0
Belo Horizonte - 24,9
Brasília - 23,4
Vitória - 21,6
Rio de Janeiro 19,4
Boa Vista - 18,4
Campo Grande - 16,3
Florianópolis - 12,3
São Paulo - 9,9
Fonte: Fórum Brasileiro de Segurança Pública

Beato pede articulação de ações na área da segurança, com base na coleta e na interpretação de dados. "Policial na rua colocado de forma inteligente é importante. O problema é que em muitos lugares não se faz absolutamente nada, seja por falta de condições, de recursos, seja por falta de ideias. Segurança pública é um problema muito complexo", diz.

Para a diretora executiva do Fórum Brasileiro de Segurança, Samira Bueno, é "arriscado falar em tendência de redução". "O que há é uma estabilização. Os Estados que obtiveram redução foram os que priorizaram a questão da criminalidade violenta e criaram programas de redução da violência letal. Alagoas, Ceará, Rio, São Paulo, Espírito Santo, para citar alguns exemplos. Nesses locais, há planos com programas de metas das polícias para a redução dos indicadores, com desenvolvimento de sistemas de informação mais robustos, que monitoram os indicadores", diz.

Letalidade
O avanço na letalidade policial chama a atenção de Samira. Os mortos por agentes de segurança passaram de 3.146 pessoas, em 2014, para 3.345 no ano passado.

"Isso mostra que o Estado brasileiro tem incidido no uso da força letal de forma excessiva, as polícias matam muito, tanto em serviço quanto fora. Na prática, isso mostra que se tem delegado às polícias brasileiras a decisão de quem deve morrer e quem deve viver na ponta do sistema. Uma pena de morte travestida", diz.

Para ela, o Estado ainda não considera a letalidade policial como um problema. "Não é vista como uma situação a ser resolvida por políticas públicas, tanto que não temos nenhum programa com esse foco. A forma como os Estados têm lidado com esse fenômeno é de fingir que não acontece, é a omissão."

Metade dos casos se concentra em São Paulo --apesar da redução local de 958 para 848 casos-- e no Rio, onde houve crescimento de 584 para 645 registros entre 2014 e 2015.

Policiais
É no Rio também onde há maior número de mortes de policiais, com 98 casos registrados. O total de agentes vitimados também é elevado no Brasil. Em 2015, foram mortos 393 policiais, 16 a menos do que no ano anterior.

Proporcionalmente, os agentes são três vezes mais assassinados fora do horário de trabalho do que no serviço. As informações são do jornal "O Estado de S. Paulo".


Fonte:Estadão

Policial : INVASÃO
Enviado por alexandre em 09/10/2016 21:54:58



Polícia faz operação para combater crimes ambientais em Nova União
Por Gedeon Miranda

O meio ambiente e sua preservação tem sido tema de debates e acordos em encontros de líderes ambientais que cobram uma fiscalização mais rígida e principalmente um “pacto” para a contenção da degradação dos ecossistemas.

Com base nesses acordos tem se elaborado leis ambientais que são colocadas em práticas através dos órgãos de fiscalização ambiental, que realizam o trabalho de fiscalização e punição daqueles que praticam tais crimes.

Em Rondônia tem sido realizada operações no intuito de apreender maquinas e ferramentas utilizadas em desmatamento ilegais, bem como identificar e conduzir até as delegacias os agentes de tais ações.

Neste final de semana a Polícia Militar dos municípios de Nova União e Ouro Preto do Oeste em parceria com o Núcleo de Operações Aéreas (NOA), policia militar ambiental e o Grupo de Operações especiais (GOE), realizou uma operação neste sábado (8) para combater crimes ambientais em uma invasão de terras na reserva ambiental Margarida Alves no município de Nova União.

De acordo com a polícia, 01 pessoa foi conduzida até a delegacia de Mirante da Serra e uma motocicleta foi apreendida.

Ainda conforme a polícia, um helicóptero do Núcleo de Operações Aéreas (NOA), foi utilizado para o cumprimento da operação que tinha como principal objetivo localizar e apreender equipamentos e efetuar a prisão de pessoas identificadas na pratica de crimes ambientais praticados nas áreas de preservação destes assentamentos.





Fonte: www.novauniaonoticias.com.br

Veja o vídeo abaixo
http://www.novauniaonoticias.com.br/2016/10/09/policia-faz-operacao-para-combater-crimes-ambientais-em-nova-uniao/

Policial : PREOCUPANTE
Enviado por alexandre em 04/10/2016 08:54:17


Esvaziamento da Polícia Federal preocupa

Leandro Mazzini – Coluna Alvorada

É preocupante a situação da Polícia Federal para os próximos anos

Há 491 cargos vagos de delegados atualmente em todo o País – são hoje 1.760 em atividade. A situação deve se agravar porque outros 400 delegados se aposentarão no próximo triênio.

A PF obteve autonomia para realizar concursos no Decreto nº 8.326/14, que prevê o preenchimento dos postos sempre que a quantidade de vagas ociosas superar 5% do efetivo total existente no respectivo cargo.

Porém os quase 500 cargos hoje vagos equivalem a aproximadamente 30% do efetivo atual de delegados.

A propósito, o policial federal José Mariano Beltrame decidiu ficar na cadeira de secretário de Segurança do Estado do Rio de Janeiro, cargo que previa deixar nestas eleições. A coluna noticiou seus planos.

Agora, há em jogo de bastidor, uma candidatura em 2018. Não dele, mas uma para a qual vai colaborar muito.

Policial : CORRUPÇÃO
Enviado por alexandre em 01/10/2016 01:02:04


Palocci, de médico modesto a milionário preso

Isto É

Operações nada republicanas levaram o ex-ministro Antônio Palocci, um médico sanitarista que tinha R$ 2 mil de saldo em conta corrente, a virar o principal consultor das maiores empresas do País com uma movimentação financeira de mais de R$ 200 milhões. Na semana passada, devido aos caminhos tortuosos que escolheu para enriquecer e acumular um patrimônio colossal, o petista foi preso pela Lava Jato.

Preso na última segunda-feira 26, Antônio Palocci atravessou a recepção da Superintendência da Polícia Federal do Paraná meio sorumbático. Cabisbaixo, mal conseguiu reparar no quadro que adorna a entrada da carceragem em Curitiba com a imagem de uma onça agressiva – “a fera”, como costumam dizer os agentes penitenciários.

Seu semblante abatido em nada lembrava o impávido ex-ministro da Fazenda de Lula e da Casa Civil de Dilma, protagonista do Petrolão, responsável por gerenciar negociatas que renderam cifras extraordinárias ao PT. Tampouco fazia jus ao physique du rôle do consultor milionário investigado pelo Ministério Público Federal. Pela primeira vez, em muitos anos, Palocci estava mais para Antonio, o médico sanitarista boa praça de Ribeirão Preto que debutou para a política em 1981 vendendo estrelinha do PT. De lá para cá, realmente, muita coisa mudou em sua vida.

Preso pela Lava Jato, o petista é o retrato mais bem-acabado do político que enriqueceu no poder – e graças ao poder. No início dos anos 2000, antes de se eleger deputado, Palocci tinha um patrimônio que somava R$ 295 mil. Sua conta-corrente no Banco do Brasil apresentava um saldo de R$ 2.300. No Banespa, seus depósitos somavam R$ 148. A ascensão patrimonial foi colossal. Na última semana, o juiz Sérgio Moro bloqueou das contas pessoais – físicas e jurídicas – do petista um total de R$ 30,8 milhões.

Entre os bens adquiridos por Palocci nos últimos anos figuram um apartamento nos Jardins, área nobre de São Paulo, avaliado em R$ 13 milhões e um escritório na mesma região, que hoje vale pelo menos R$ 2 milhões. A movimentação bancária do ex-ministro entre 2010 e 2015, a qual ISTOÉ teve acesso, revela números ainda mais exuberantes.

Neste período, R$ 216,2 milhões passaram pelas contas de Palocci e de sua empresa de consultoria, a Projeto. Os serviços contratados, acreditam os procuradores, iam além dos conselhos. Muitas vezes, os serviços de consultoria propriamente ditos nem eram prestados. Traduziam-se em lobby. Em português claro: tráfico de influência em favor de grandes empresas junto aos governos petistas.

O enriquecimento e os valores movimentados pela firma de consultoria de Palocci acenderam o sinal de alerta entre os investigadores. Fundada em 2006, a Projeto recebeu R$ 52,8 milhões entre junho de 2011 e abril de 2015. Só em 2010, quando Palocci coordenava a campanha de Dilma, o ex-ministro teve ganhos de R$ 12 milhões. É um faturamento infinitamente maior do que o de prestigiadas assessorias de negócios do País. Conforme ISTOÉ adiantou com exclusividade em seu site, na última semana, duas novas investigações a respeito da evolução patrimonial foram abertas pala Procuradoria da República do Distrito Federal. As autoridades possuem fortes indícios de que os serviços oficialmente contratados pela Caoa e pelo Grupo Pão de Açúcar não foram prestados.

A primeira das apurações mira em valores recebidos do Grupo Pão de Açúcar. Ao todo, a firma de Palocci amealhou R$ 5,5 milhões do conglomerado varejista. O dinheiro era repassado pelo ex-ministro da Justiça falecido Márcio Thomaz Bastos. Chama a atenção o fato de os depósitos terem começado logo após Palocci ser anunciado ministro da Casa Civil da ex-presidente Dilma. O que por si só configuraria um conflito de interesses. As irregularidades se acumulam. Sequer há um contrato formal entre as partes. O próprio Grupo Pão de Açúcar reconheceu, depois de uma auditoria interna sob nova administração, não ter identificado qualquer serviço prestado pela Projeto. Na prática, acreditam os procuradores, a verdadeira razão dos pagamentos não podia ser registrada em papel: propina para Palocci defender os interesses da empresa.

A segunda apuração do MPF contra Palocci esquadrinha as suas relações com o grupo Caoa. A empresa automobilística aparece como a segunda principal cliente da Projeto. Pagou R$ 10 milhões à firma do petista. Uma parte dos depósitos ocorreu durante a primeira campanha de Dilma. Seria, de acordo com o contrato selado, para Palocci identificar e auxiliar em negócios na China. Não é o que acreditam os investigadores. “Aventou-se que o presente contrato destinar-se-ia, em verdade, a acobertar a prática do crime de tráfico de influência, ocorrido no processo de edição de medidas provisórias que, ao concederem benefícios fiscais à indústria automobilística, favoreceram sobremaneira a Hyundai-Caoa”, afirmou o procurador Frederico Paiva em despacho. A medida provisória, de fato, atendeu aos interesses da Caoa ao prorrogar as vantagens tributárias para montadoras instaladas nas regiões Centro-Oeste, Norte e Nordeste. O grupo comanda uma fábrica da Hyundai em Anápolis (GO). Por contratar “consultorias” similares, a Caoa se tornou alvo das operações Zelotes e Acrônimo. Em uma delas, há suspeitas de que teria pago R$ 10 milhões a Fernando Pimentel, então ministro da Indústria e Comércio de Dilma. Em troca, teria recebido benefícios fiscais.

Aos poucos, os investigadores vão conseguindo mapear a origem e o destino dos recursos amealhados por Palocci. Um relatório produzido pela CPI do BNDES mostra que o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (COAF) identificou nove operações bancárias suspeitas ligadas ao ex-ministro. Há outros alertas ainda de entradas atípicas de dinheiro no caixa de sua consultoria, como somas acima de R$ 1 milhão pagas por treze empresas. Só a Amil e seu ex-controlador Edson Bueno depositaram R$ 24,9 milhões nas contas da Projeto.

Foram, inclusive, as revelações pela imprensa a respeito dos ganhos milionários de Palocci com consultorias que levaram à segunda queda do petista. Em 2011, Palocci tinha conseguido voltar ao poder como ministro da Casa Civil de Dilma, depois de deixar a Fazenda, em março de 2006, em meio ao escândalo da quebra do sigilo bancário do caseiro Francenildo. O episódio rendeu um inquérito contra o petista no Supremo Tribunal Federal. Entrou na conta dos 19 arquivados desde 2005. A passagem do petista pela Casa Civil durou cinco meses. Foi abatido em pleno vôo ante às denúncias de multiplicação por 20 de seus bens – hoje, sabe-se, que a progressão patrimonial foi e é muito maior.

Palocci entrou no radar da Lava Jato também por uma consultoria que ajudou a engordar o seu patrimônio. Entre 2007 e 2010, sua empresa recebeu recursos da construtora WTorre. Neste período, a empreiteira comprou e, logo, arrendou o Estaleiro Rio Grande para a Petrobras construir plataformas.

Coincidentemente, a consultoria de Palocci se encerrou junto com a venda do estaleiro para a Engevix. O serviço de lobby, desconfiam investigadores, não era mais necessário. Depoimentos de delatores, como Paulo Roberto Costa, Alberto Youssef e Fernando Baiano mostram o envolvimento do ex-ministro com o Petrolão. Ao juiz Sergio Moro, eles narraram que Palocci pediu R$ 2 milhões desviados da Petrobras para a campanha presidencial de 2010.

Na manhã da segunda-feira 26, a Lava Jato fechou o cerco contra Palocci. O petista, conhecido como “italiano” nas listas de propina, foi preso em seu apartamento na capital paulista. Não restam dúvidas, para os procuradores, de que o ex-ministro tinha papel central nas negociatas entre os governos do PT e a Odebrecht. Era o elo entre os desejos financeiros do partido e os da empreiteira. “Existe um pagamento (da Odebrecht) que é feito constantemente e que forma um caixa mesmo, uma poupança, digamos assim, de onde são depois, posteriormente, pelo gestor da conta – no caso, o senhor Antonio Palocci – destinados os pagamentos no interesse do partido”, afirmou a procuradora Laura Tessler. E-mails e planilhas mostram que o ex-ministro gerenciou R$ 128 milhões em propina paga pela construtora entre 2008 e o final de 2013. Cerca de R$ 30 milhões foram pagos em espécie a Palocci entre julho e outubro de 2010 num total de 26 pagamentos. Cada entrega era feita mediante uma senha com nome de um prato italiano, como espaguete, lasanha e canelone. Em contrapartida, Palocci agia dentro do governo, com anuência de lideranças petistas, para garantir que a construtora ganhasse contratos, obtivesse empréstimos de bancos estatais e pautasse projetos de seu interesse.

A Lava Jato prendeu, além de Palocci, seus dois homens de confiança: Branislav Kontic e Juscelino Dourado. Chefe de gabinete do petista durante o governo Dilma, Kontic participava ativamente das operações ilegais do ex-ministro. Era ele quem fazia a comunicação do petista com executivos da empreiteira. Foi o responsável por encaminhar mensagens relacionadas à compra de um terreno na capital paulista pela Odebrecht onde pretendiam erguer a sede do Instituto Lula. A área, que custou R$ 12 milhões, seria repassada pela empreiteira e seu valor descontado das propinas. A participação de Juscelino Dourado, assessor de Palocci desde os tempos em que ele comandava a prefeitura de Ribeirão Preto, não fica para trás. Ele é acusado de receber U$S 48 milhões em negócios ilícitos. Há suspeitas que seja, na verdade, responsável por receber e lavar recursos para Palocci. Na mira dos investigadores está uma fazenda referência na criação e no leilão de gados Nelore. A PF deflagrou busca e apreensão na propriedade, localizada em Mato Grosso. Há suspeitas de que Dourado seja laranja do ex-ministro no empreendimento. “Nós, da Receita Federal, estamos acompanhando vertentes relacionadas à interposição de pessoas na aquisição de dois imóveis, principalmente uma fazenda no Mato Grosso”, afirmou o auditor Roberto Leone. “Possivelmente, no caso da fazenda, há indícios de que houve um subfaturamento na declaração ou na escrituração”, complementou.

O hoje milionário Palocci construiu uma carreira política tão ascendente como cercada de suspeitas. Elegeu-se vereador, deputado estadual, federal e prefeito de Ribeirão Preto. Sua gestão à frente do município paulista foi marcada por suspeições. A primeira acusação foi de direcionar uma licitação exigindo que os molhos de tomates viessem com ervilha. Tirou da frente, assim, uma grande quantidade de concorrentes. Um expediente que teria sido repetido na máfia do lixo. Segundo a denúncia, Palocci recebia uma mesada para favorecer o Grupo Leão Leão em contratos de coleta. Em 2002, ele deixou o comando do município. Assumiu a coordenação da vitoriosa campanha de Lula à presidência. Com a chegada do PT ao poder, foi alçado ao cargo de ministro da Fazenda e recebeu do ex-presidente a missão de fazer a interlocução com os empresários. A partir daí, tornou-se o poderoso petista conectado com o mercado. O resto já é história. Treze anos depois, sabe-se que Palocci usou as conexões para se tornar o homem de mais de R$ 200 milhões – agora, preso.

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