Gravidade O governador de Rondônia, Confúcio Moura (PMDB) foi acusado pelo presidente do Poder Legislativo, deputado Hermínio Coelho (PSD) de ter encomendando ao secretário de Defesa e Cidadania do Estado, Marcelo Bessa, a confecção de um dossiê contra o próprio Hermínio, em troca de uma vaga de Conselheiro do Tribunal de Contas de Rondônia. Hermínio não apresentou nomes, mas afirmou ter partido de “fonte segura” a informação e nesse ponto não há o que ser questionado. A leve suspeita de que algo dessa natureza esteja ocorrendo é passível de uma investigação séria e profunda. Tem coisa muito errada acontecendo nesse governo. Vejamos Corria a lenda que Ivo Cassol possuía uma tal “maleta israelense” capaz de grampear qualquer telefone com tecnologia GSM. Isso nunca foi comprovado. Também corria a conversa que Cassol usava o serviço de inteligência da Polícia Civil para realizar grampos em adversários. Isso nunca passou de conversa. Em 2003 o então senador baiano Antônio Carlos Magalhães foi acusado da mesma prática. A denúncia resultou na desistência de ACM para assumir a Comissão de Consituição e Justiça do Senado. Além de ACM, foram denunciados pelo MPF por crime de interceptação telefônica sem autorização judicial e formação de quadrilha, a ex-secretária de Segurança Pública da Bahia, Kátia Alves, o delegado de polícia Valdir Gomes Barbosa (acusado de supervisionar o grampo) e o assessor Alan Farias. O STF acabou arquivando a denúncia contra ACM, mas manteve o processo contra os outros acusados. Por aqui Logo após a Operação Termópilas, Confúcio Moura afirmou que “todos em seu governo estavam grampeados” e vem mantendo o discurso de que isso “é normal”. Não é. A chamada “interceptação telefônica” só pode ser feita mediante autorização judicial. É uma grave violação. Para se ter uma ideia, nem mesmo a esposa pode ter acesso às contas telefônicas de seu marido, caso ele não permita. Mas Rondônia, ao que tudo indica, transformou-se na verdadeira “grampolândia” e isso é preocupante. Ditadura Essa prática nos remete aos métodos da Gestapo, o serviço secreto alemão de Hitler, que não tinha o menor respeito pelos direitos individuais e invadia a intimidade de todos, sem nenhum pudor. A denúncia feita por Hermínio Coelho precisa ser apurada pelo Ministério Público do Estado e pelo Ministério Público Federal. É preciso por um basta nessa onda de achar que “tudo é normal”. Não é. O grampo é uma ferramenta importante de investigação e se continuar a ser utilizada indiscriminadamente corre o risco de se tornar um instrumento desacreditado. Como funciona A autoridade policial relata ao juiz a necessidade de realizar uma interceptação em determinado número. O magistrado encaminha para a operadora a autorização para aquele número, por um determinado período de tempo. Caso seja necessário mais tempo, é encaminhado uma nova ordem. O que acontece Quando se age clandestinamente, a autoridade policial induz o magistrado ao erro, inserindo na listagem de números do “alvo”, um número de outra pessoa. Com isso, o grampo se torna “legal”. A partir desse ponto, se faz o que bem entende com as informações colhidas. Até mesmo chantagens. Passo a passo Não é novidade nenhuma que Marcelo Bessa vem namorando com a vaga de conselheiro no Tribunal de Contas. Agora, se ele lançaria mão de artifícios dessa natureza para garantir esse cargo, são outros quinhentos. De qualquer forma, seria aconselhavel algumas explicações mais detalhadas, tanto por parte de Bessa quanto do próprio Confúcio. Indicativo Mais complicada ainda vai ficar a permanência de Bessa à frente da SESDEC. No fim do ano passado a greve dos policiais civis deixou Bessa numa situação de fragilidade. A coisa foi táo séria que notas plantadas na rede social Facebook afirmavam que “caso ele fosse demitido, seria indicado para superintendência da PF em Rondônia e investigaria quem estivesse pedindo sua cabeça”. Com um precendente dessa natureza Bessa precisa avaliar até onde vale a pena permancer no cargo. Ele corre um sério risco até na própria PF, que não coaduna muito com questões de ordem política de naturezas externas. Bessa vem escapando por um triz de várias situações, resta saber a que preço. Resposta Confúcio Moura tem obrigação de dar uma resposta a essa denúncia. Não apenas usar frases feitas ou respostas evasivas. A coisa é séria, extremamente grave e precisa ser apurada. A imagem do governo já está mais baixa que barriga de cobra e se omitir a uma acusação dessa natureza é no mínimo, uma irresponsabilidade. Brasileiro E Hermínio Coelho disse que não desistiu de implantar a “CPI do Cunhado”, referindo-se a movimentação feita por Francisco de Assis, cunhado de Confúcio Moura, figura que ficou conhecida da população no primeiro ano de mandato. O parlamentar disse estar angariando assinaturas. Almoxarifado A SEDUC emitiu nota nesta sexta-feira sobre o sumiço de 200 aparelhos de TV, notebooks e condicionadores de ar de seu almoxarifado. De acordo com a secretaria, “a responsabilidade é da empresa Rocha Vigilância, por força de contrato”. A direção da empresa, que pertence ao ex-senador Exédito Júnior, já ouviu os quatro vigilantes responsáveis pela segurança do almoxarifado e eles devem prestar depoimento também à polícia. A empresa também afirmou que, após as investigações das autoridades policiais, se for o caso, fará o ressarcimento dos equipamentos, exatamente como constam nas notas. O estranho Dessa histório é o volume de objetos furtados. 200 televisores é muita coisa para sumir “do nada”. Mas, nessa gestão de Confúcio Moura as coisas somem mesmo. Quem não se recorda dos mais de 200 quilos de drogas que desapareceram do Denarc? A pessoa acusada foi presa, mas as drogas se perderam. Falando em sumiço Um empresário que teria emprestado um caminhão de som para a campanha de Mauro Nazif vai registrar boletim de ocorrência neste sábado. Ele alega que as caixas de som do trio elétrico desapareceram e ninguém dá uma explicação razoável. Movimentando E Mauro Nazif, ao que parece, resolveu mostrar serviço. Máquinas da prefeitura estão nas ruas fazendo limpeza, tapando buracos e dando um ar de que as coisas devem mudar. A população está na torcida para que realmente ocorram essas mudanças. Porto Velho está cansada de esperar. Rotina Nesta sexta-feira, por volta de 12h20min, no semáforo da Gonçalves Dias com Sete de Setembro, um caminhão parou no meio da rua para descarregar garrafões de água. O sinal abriu e fechou duas vezes e o rapaz continuava descarregando os garrafões, como se estivesse em um pátio de empresa. Os demais veículos que estavam atrás tinham que desviar, causando um tumulto. Ele só foi embora na terceira vez que o semáforo abriu. A pergunta é, onde estavam os fiscais da Secretaria Municipal de Trânsito que não conseguem ver esse tipo de coisa que acontece todos os dias? A foto do fato está no meu perfil no Facebook. Fale conosco Contatos com a coluna podem ser feitos pelos telefones (69) 3225-9979 / 9209-0887, ou ainda pelo e-mail alan.alex@gmail.com. No Facebook/painel.politico, no Twitter/painelpolitico ou ainda no www.painelpolitico.com. Caso queira entregar denúncias ou documentos, favor encaminhar para Avenida Abunã, 1345, Olaria, Porto Velho – RO aos cuidados de Alan Alex. Jogos eletrônicos violentos estimulam reações impulsivas Uma nova leva de pesquisas começou a esclarecer o que pode e o que não pode ser dito sobre os efeitos de jogos violentos, cada vez mais realistas. Estudos mostram que cerca de 80% dos garotos americanos em idade de cursar o ensino médio jogam videogames, a maioria títulos violentos. Entre um terço e metade desses jogadores fica 10 horas ou mais na frente do videogame. Jogá-los pode causar impulsos hostis e comportamento moderadamente agressivo num curto prazo, segundo reportagem do jornal americano “The New York Times”. Ainda não está claro se, em longos períodos, tal hábito aumenta a tendência de uma pessoa cometer um crime violento. Mas experimentos em laboratório confirmam o que qualquer ‘gamer’ já sabe: jogar títulos como “Call of Duty,” “Killzone 3” ou “Battlefield 3” esquenta os ânimos. Em estudo recente, Christopher Barlett, psicólogo da Universidade do Estado de Iowa, fez 47 estudantes de graduação jogarem “Mortal Kombat: Deadly Alliance” por 15 minutos. Depois, a equipe realizou diversas medições de impulsos físicos e psicológicos. A tarefa era obrigar colegas a comerem porções de pimenta, mesmo que as “vítimas” dissessem que não gostavam do tempero. O estudo mostrou que quem jogou “Mortal Kombat” deu porções maiores de pimenta que os colegas que jogaram videogames sem violência. A reportagem, no entanto, pondera que a proliferação de games sanguinolentos não coincide com os índices criminais americanos. O número de jovens com ficha criminal caiu para menos da metade entre 1994 e 2010, enquanto as vendas de jogos mais que dobraram desde 1996. Fonte:Alan Alex (www.painelpolitico.com) |
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