Porto Velho, Rondônia: O professor universitário, Valdir Aparecido de Souza, foi o entrevistado do Programa A Voz do Povo desta terça-feira (01), apresentado pelo Jornalista e Advogado Arimar Souza de Sá, ao meio dia, pela rádio cultura FM, 107,9. Valdir Aparecido, que é Doutor em História, abriu a entrevista fazendo uma análise da corrupção do País. “No Brasil, o interesse privado é mais importante que o interesse coletivo”. Sobre a corrupção em Rondônia, o professor acha que para mudar essa concepção são necessários investimentos maciços na educação, além, da participação político social do povo. “Basta que os governantes coloquem em prática os ditames da Constituição Federal que boa parte dos problemas comuns seriam resolvidos”. De acordo com o historiador, para parte significativa dos dirigentes políticos que estão no poder, quanto menos o povo tenha esclarecimentos sobre as questões comuns do seu próprio dia a dia, melhor para eles. O professor argumentou na sua fala, que o homem público de Rondônia tem tanta qualidade quanto o homem publico de qualquer lugar do Brasil. “Os erros que acontecem em Rondônia, também ocorrem no País. Sociedades muito mais ricas que a de Rondônia, elegeram Paulo Maluf, portanto, porque que aqui, erros também não podem ser cometidos”. O educador disse aos ouvintes da Voz do Povo, que muitos da população chegaram em busca da realização de projetos pessoais, mas outros, segundo o professor, por absoluta falta de opção. Vieram atrás da estrela que brilhava no Oeste. Eu, por exemplo, encontrei a minha”. Sobre as manifestações populares ocorridas no mês de setembro de 2013, em todo o país, Valdir Aparecido disse que elas nasceram da classe média, clamando por grandes reformas. Pois, segundo ele, quem banca a corrupção é a própria classe média, por isso o descontentamento. “A população brasileira inteira é tão passiva quanto a população da capital. A corrupção está disseminada em toda a sociedade. O eleitor continua votando em defesa do seu interesse”. O professor Valdir Aparecido de Souza mostrou sua convicção de que os interesses privados são dominantes. “Não há a mínima esperança de que a sociedade viva uma democracia plena. O interesse econômico vem antes do individuo no Brasil. A distribuição de renda deveria ser um sistema ao alcance de todos, ainda é uma esperança minha”. Finalizando a entrevista, o historiador Valdir Souza se mostrou descrente na ação dos organismos fiscalizadores nas próximas eleições. “Não espero nada deles. As pessoas que estão fiscalizando vieram de uma base corrupta. O controle é natural em uma sociedade democrática, em uma sociedade que não é democrática, por mais que coloquem pitbull na entrada, a corrupção acontecerá sempre”, concluiu. Fonte: Rondo Notícias |