Regionais : Vale do Paraíso: caminhão carregado de calcário cai em ponte no distrito de Santa Rosa
Enviado por alexandre em 30/07/2017 19:43:54


Na tarde da última sexta-feira (28), um caminhão caçamba, modelo Scania, placa NCL 3769, de cor azul, carregado de calcário, caiu de uma ponte de madeira na linha 614, distrito de Santa Rosa, município de Vale do Paraíso.

De acordo com testemunhas, a ponte não teria resistido ao peso que o caminhão transportava, vindo a ceder na cabeceira no momento em que o veículo passava sobre ela. O Scania tombou, ficando com parte da caçamba dentro do igarapé.

Segundo o motorista, ele já estaria terminando a travessia com o caminhão sobre a ponte quando ouviu um barulho e, em seguida, o veículo que ele conduzia tombou. O motorista saiu ileso.

A carga foi retirada e colocada em outro veículo. Um caminhão muck foi acionado na manhã deste domingo e realizou a remoção do Scania.

GAZETA CENTRAL

Fotos: Wedemo

Regionais : Casa de Repouso abria prostitutas aposentadas
Enviado por alexandre em 30/07/2017 12:05:29

Casa de Repouso abria prostitutas aposentadas


Depois de anos trabalhando nas ruas da Cidade do México, Carmen Muñoz decidiu fazer uma campanha para criar uma "casa de repouso" para as profissionais do sexo aposentadas.
G1

Depois de anos trabalhando nas ruas da Cidade do México, Carmen Muñoz se perguntava o que acontecia com prostitutas como ela quando ficavam velhas. Sem saber ao certo a resposta, decidiu fazer uma campanha para criar uma "casa de repouso" para as profissionais do sexo aposentadas após encontrar ex-colegas dormindo no lixo.


"Merecemos um lugar para passarmos os últimos dias de nossas vidas com dignidade e tranquilidade", diz.


Depois de muito tempo tentando convencer autoridades locais a bancarem o projeto, ela conseguiu fundar a Casa Xochiquetzal, o primeiro asilo para receber ex-prostitutas na capital do México. Mas sua história começa bem antes disso.


A praça Loreto, na Cidade do México - cercada por prédios antigos, que datam do século 16 - era o local de trabalho de Carmen Muñoz quando ainda era prostituta.

Ela havia chegado à cidade procurando emprego e ouviu dizer que o padre da Igreja Santa Teresa muitas vezes conseguia vagas de empregadas domésticas para as mulheres que iam até lá.


Aos 22 anos, Muñoz não era alfabetizada e tinha sete crianças para sustentar - incluindo uma ainda de colo. Por quatro dias, esperou ansiosamente para encontrar o padre. Mas quando finalmente conseguiu, ele a dispensou sem ajudá-la.

"Ele só me disse que havia milhares de trabalhos e que era para eu procurar na região. Saí de lá chorando, porque me machucou muito ver o padre falando comigo daquele jeito."

Naquele momento, uma mulher se aproximou de Muñoz para consolá-la. "Ela me disse: 'Aquele homem ali falou que te daria mil pesos se você fosse com ele'", conta Muñoz. À época, aquilo parecia muita coisa - na conversão de hoje, porém, equivaleria a cinco centavos de dólar.


"Respondi: 'Nunca vi mil pesos juntos de uma vez. Aonde devo ir com ele?'. E ela disse: 'Para o quarto'. Perguntei: 'Para o quarto? Como eu vou saber que trabalho devo fazer?'; 'Não', ela falou: 'Você não está entendendo...para um hotel'. E eu questionei: 'O que é um hotel?'"
A mulher, então, disse sem rodeios o que Muñoz teria de fazer. Quando entendeu, ela respondeu chocada: "Oh, senhora, não, não, isso não!", conta.


Mas a mulher insistiu: "Você prefere fazer (sexo) com seu marido, que sequer te dá dinheiro suficiente para comprar um sabonete, do que fazer com outros que podem te dar dinheiro para sustentar suas crianças?"

Desiludida, Muñoz foi até o homem. Ele deu a ela os mil pesos, como prometido, mas disse que não queria nada em troca. Ele não queria explorar seu desespero, afirmou, e, com ela aos prantos, colocou o dinheiro em sua mão.


No dia seguinte, o desespero de Muñoz tornou-se ainda maior. Então, ela voltou ao mesmo local pensando consigo mesma: "De agora em diante, meus filhos não vão mais passar fome". Pelos 40 anos que se seguiram, ela conseguiu seu sustento trabalhando como prostituta nas esquinas da praça e nas ruas adjacentes.


A região é conhecida como Merced e é formada por 106 quarteirões bastante movimentados, considerados Patrimônio da Humanidade pela Unesco. Há pelo menos um hotel cheio em cada esquina.


"Quando eu comecei a trabalhar como prostituta, fiquei deslumbrada com o dinheiro. Percebi que valia a pena, que alguém pagaria para estar comigo, quando o pai dos meus filhos havia me dito que eu não valia nada e que era muito feia", conta Muñoz.


Mas trabalhar nas ruas tinha seu preço. Tanto as autoridades quanto os cafetões exigiam dinheiro. Violência e assédio sexual eram comuns, e ela acabou ficando viciada em drogas e álcool. Mas, apesar de tudo isso, ela ainda é muito grata.

"Graças ao meu trabalho como prostituta, eu consegui criar meus filhos, dar uma casa e um lugar digno para eles viverem", diz ela, que, anos depois, foi capaz de dar uma casa a outras prostitutas também.


Casa Xochiquetzal


Certa noite, passando por um amontoado de lixo, ela viu três mulheres mais velhas, bem próximas entre si para amenizar o frio. Ela as reconheceu dos tempos que trabalhava com sexo. "Machuca você como ser humano ver alguém nessa situação", diz Muñoz, que ajudou as mulheres a se levantarem, comprou um café para elas e as levou para dormir em um hotel barato.


Foi essa situação que fez com que percebesse a quantidade de mulheres mais velhas que estavam trabalhando na praça. Uma vez que a aparência delas envelhecia com o passar dos anos e as dificuldades da vida nas ruas, muitas delas acabavam sem trabalho. Suas famílias a rejeitavam, e elas não tinham para onde ir. Muñoz decidiu fazer algo a respeito.

Pelos 13 anos seguintes, conversou e negociou com as autoridades da Cidade do México para providenciarem uma casa de repouso às idosas que haviam trabalhado como prostitutas. Com o apoio de vários artistas conhecidos, vizinhos de Merced e colegas de profissão, ela finalmente os convenceu. A cidade cedeu um grande prédio do século 18 a alguns quarteirões de distância da praça Loreto.

"Foi maravilhoso. Choramos de alegria, rimos e gritamos: 'Finalmente temos uma casa!'".


Foi preciso bastante trabalho em conjunto para limpar o prédio, que funcionava como um antigo museu de boxe. Mas, em 2006, as mulheres conseguiram se mudar para lá. Elas deram um nome ao local: Casa Xochiquetzal, em homenagem à deusa asteca da beleza e do poder sexual.


Quando a reportagem da BBC visitou o local, as moradoras estavam ouvindo música. Havia oficinas de joias e de arranjos de flores, e o cheiro de comida tomava conta do lugar - várias delas estavam fazendo bolos.

Além de ensinar novas habilidades às mulheres, a Casa Xochiquetzal também tem o objetivo de melhorar suas condições de saúde e bem-estar, promovendo aulas de autoestima, exames médicos e auxílio psicológico.


O quarto de Marbella Aguilar está cheio de livros - seus autores favoritos são Pablo Neruda, Liev Tolstoi e Franz Kafka. "Livros foram meu refúgio desde os nove anos", conta.


Quando criança, há quase 60 anos, seus pais a expulsaram de casa. Aguilar foi cuidada por uma outra mulher, mas voltou a ficar desamparada aos 16 anos, quando essa senhora morreu. Teve de encontrar uma forma de pagar o aluguel e sustentar seus estudos sozinha.

Quando viu que isso seria impossível, ela começou a vender o corpo para pagar as contas. "Não havia nenhuma outra coisa que poderia fazer", diz.

Com um misto de empregos tradicionais e trabalhos ocasionais como prostituta, Aguilar conseguiu sustentar seus três filhos. Mas quando sua filha adolescente morreu de leucemia, ela caiu em depressão profunda e não conseguiu mais trabalhar e acabou sendo despejada por não pagar o aluguel.


Nesse momento, a Casa Xochiquetzal a resgatou, e, agora, ela consegue dinheiro vendendo joias que aprendeu a fazer lá em mercados próximos. "Esta casa me ensinou que minha vida vale muito a pena, que eu sou tão digna quanto qualquer outra mulher. Agora, eu digo que uma mulher pode até perder sua honra, mas nunca perderá sua dignidade."


Sua única tristeza é que seus outros filhos sobreviventes não falam mais com ela.


Dificuldades recentes


Atualmente, existem outras 25 mulheres vivendo na Casa Xochiquetzal, com idades entre 55 e 80 anos. Boa parte já se aposentou da prostituição, mas algumas ainda trabalham. Nos últimos 11 anos, mais de 250 passaram pela casa.

Ainda há, porém, grandes desafios para se superar. As finanças da Casa Xochiquetzal vão de mal a pior - o projeto sofreu corte de verbas da Prefeitura e sobrevive graças a doações.


Além disso, não são todas as mulheres que se dão bem ali. Algumas haviam sido "concorrentes" nas ruas e até inimigas antes de se tornarem colegas de casa, o que gera atritos. "Nós fomos tão usadas, abusadas, violentadas, marginalizadas, que estamos quase sempre no limite. Temos nossas unhas prontas para atacar se vierem para cima", diz Muñoz.


Mas desentendimentos acontecem em qualquer família, lembra Aguilar. "Aqui, somos ensinadas a respeitar uma à outra, e que existem coisas pelas quais vale a pena brigar - e isso traz harmonia para a casa."


"Nós merecemos um lugar para podermos passar os últimos dias de nossas vidas com dignidade e tranquilidade", acrescenta Muñoz, que planeja mudar-se um dia para a Casa Xochiquetzal.

Política : O POVO QUE PAGUE
Enviado por alexandre em 30/07/2017 12:02:56


Congresso Nacional custa R$ 1,1 milhão por hora, diz pesquisa

Um estudo conduzido pela ONG Contas Abertas concluiu que a Câmara dos Deputados e o Senado custam, em média, 10,1 bilhão por ano. Por hora, o valor é de 1,16 milhão. Para medidas de comparação, o Ministério Público Federal (MPF) destinou aos procuradores da Operação Lava Jato R$ 1 milhão em todo o ano de 2016.
Dados compilados pela Organização das Nações Unidas (ONU) e pela União Interparlamentar (UIP) classificam o Congresso brasileiro como um dos mais caros do mundo, atrás apenas dos Estados Unidos.

Presidente do Contas Abertas, Gil Castello Branco, afirma que o objetivo do levantamento é provocar reflexão sobre os gastos públicos. "É claro que a democracia não tem preço. Ninguém aqui está defendendo fechar o Congresso. Queremos discutir os custos que os parlamentares têm de verbas indenizatórias, a quantidade de assessores", afirmou, em entrevista ao Jornal do Commercio.

"Acho que num momento em que o Brasil está com um déficit fiscal de R$ 139 bilhões para este ano, é indispensável que os três poderes passem um pente fino nas despesas para que posam cortar gorduras", opina Castello Branco.

Em nota, as assessorias da Câmara e do Senado informaram que o aumento orçamentário praticado entre 2015 e 2017 decorreu de reajuste previsto em lei. A Câmara afirmou, ainda, ter revisto contratos de terceirizados, reduzindo essa força de trabalho até o limite legal de 25%.

Fonte: NOTÍCIAS AO MINUTO

Coluna Da Lara : Coluna da Lara
Enviado por alexandre em 30/07/2017 11:59:54

Regionais : Terreiro de candomblé é atacado com pedras, ovos e legumes podres
Enviado por alexandre em 29/07/2017 19:15:56


Os feixes de luz que, durante o dia, invadem o terreiro Ilê Axé Obá Inã, na Penha, Zona Norte do Rio, não têm nenhuma motivação decorativa ou espiritual. Os buracos nas telhas de alumínio, por onde os raios de sol invadem o local de culto, são reflexo do preconceito, manifestado na forma de pedras portuguesas lançadas recorrentemente sobre o espaço há pelo menos um ano e meio, perfurando o teto e a dignidade dos frequentadores — uma perseguição que não cessou nem com as denúncias à polícia. No terceiro dia da série de reportagens “Um Rio de ódio”, o EXTRA revela a marca da intolerância religiosa no estado, que em mais de um terço dos registros de ocorrência do gênero atinge seguidores da umbanda e do candomblé.

Márcio Virginio da Silva, de 37 anos, o babalorixá Márcio de Barú, responsável pelo terreiro de candomblé na Penha, tentou seguir o caminho do diálogo. Nos primeiros ataques, que também incluíam ovos e legumes podres, acreditou que as agressões logo parariam. Depois, procurou a síndica de um prédio que fica ao lado do espaço, de onde julga estarem sendo lançados os objetos, e até foi bem recebido. Contudo, a reunião de condomínio convocada para tratar do caso acabou desmarcada. Desde então, já são dois registros de ocorrência na 22ª DP (Penha), ambas nos primeiros meses deste ano. Há dez dias, logo após as atividades de uma noite de segunda-feira, o babalorixá retornou à delegacia, acompanhado de testemunhas, para relatar mais um episódio de violência.


— Desta vez, a pedra quase atingiu o rosto de um filho de santo da casa. Passou do lado. O pior de tudo é que, nesta última ocasião, eu sequer consegui formalizar a denúncia. A pessoa que estava lá (não sei se era inspetor, agente, delegado) falou que eu precisaria tirar umas fotos do telhado e das pedras, para ver se aí, quem sabe, daria para registrar a ocorrência. Estão esperando o quê? Que acerte uma criança? A gente se sente muito desamparado — desabafa Márcio.

A história do babalorixá não é um caso isolado. Vizinhos das vítimas são a principal autoria dos crimes de intolerância religiosa, respondendo por 25% das ocorrências. Do mesmo modo, entre os locais onde acontecem os ataques, os locais de culto surgem como o segundo endereço mais frequente da discriminação, perdendo somente para a residência do agredido.

Em maio deste ano, uma jovem procurou a Delegacia Especial de Atendimento à Mulher (Deam) para denunciar o ex-marido, com quem continuava morando devido a dificuldades financeiras. Na especializada, ela contou que, durante uma discussão na casa em que os dois dividiam em Padre Miguel, na Zona Oeste , o homem a atacou fisicamente e, como se não bastasse, fez uma série de ofensas à sua religião: “Puta pobre, macumbeira, sou preconceituoso mesmo”, disparou o agressor, segundo o registro de ocorrência.

— A gente já sai com medo de bala perdida, de assalto, de atropelamento. Aí, acaba agredido ou apedrejado por conta da nossa fé. É triste, né? — diz o babalorixá Márcio de Barú.


Jorgina e Sandra: a mãe de santo saiu pela primeira vez vestida com trajes da umbanda Foto: Fábio Guimarães

‘Sua macumba fez ela ficar doente’

Jorgina de Mendonça, de 61 anos, teme sair às ruas. Até a hora de comprar pão pela manhã virou um martírio para a mãe de santo, que trabalha como cuidadora e doméstica na casa da professora aposentada — e sua filha de santo — Sandra Portugal, de 56. As duas dividem o sobrado onde Sandra, que tem câncer no abdômen e faz sessões semanais de quimioterapia, mora há três décadas na Ilha da Conceição, em Niterói.

Uma pedra arremessada da rua, e que quebrou o vidro de uma das janelas da casa, no início de fevereiro, marcou o início de uma série de episódios de intolerância na vizinhança. Sandra lembra com detalhes o que aconteceu na manhã seguinte, quando foi ao ponto de ônibus para tentar descobrir quem era o autor do ataque, posteriormente registrado na polícia.

— Um vizinho saiu de casa aos berros, me chamando de feiticeira, de bruxa. Não fazemos nada errado. As pessoas têm medo do que não conhecem — conta Sandra.

Sonia Alvim, diretora regional da Fenacab


Nos dias seguintes, o alvo das agressões passou a ser Jorgina. Certa vez, enquanto ela acompanhava Sandra, veio o grito: “Sua macumba fez ela ficar doente”.

— Não aguento mais essa perseguição — desabafa a cuidadora, que saiu de casa pela primeira vez com os trajes de mãe de santo para encontrar a equipe do EXTRA.

Quando as ofensas não se dão nas ruas, a internet vira terreno fértil. Em abril, a Federação Nacional do Culto Afrobrasileiro (Fenacab) denunciou à polícia ataques sofridos em redes sociais. As postagens incluíam frases como “o povo do candomblé não vale aquilo que defeca” e a sugestão da criação de um “grupo de extermínio religioso”.

‘O povo de santo vem sofrendo uma perseguição maciça’

Entrevista com Sonia Ferreira Alvim, advogada e diretora no Sudeste da Federação Nacional do Culto Afrobrasileiro

Como começaram os ataques na internet?

Havia grupos no Facebook e no WhatsApp que estavam fazendo relações do que denominavam ser uma “lista negra”, onde havia o nome de vários sacerdotes e sacerdotisas, vulgarmente conhecidos como pais e mães de santo. Depois, chamou a atenção um site criado, por uma pessoa específica por nós identificada, que subiu o tom das agressões. Nós temos medo. Existem mil casos (de intolerância) espalhados pelo Brasil, inclusive com mortes.

A quem vocês creditam as ofensas?

O povo de santo, infelizmente, vem sofrendo uma perseguição maciça de uma religião diferente da nossa, que com frequência denigre e ofende. E discriminam no mercado, em lojas, no shopping. Já acontece há muitos anos, com agressões verbais e muitas vezes até físicas. Mas não podemos ser levianos, porque também existem algumas pessoas do nosso próprio segmento que se denonimam uma espécie de justiceiros da religião.

Independentemente de quem seja, o que você diria ao autor dessas agressões?

Diria a essa pessoa que ela não se tolera. Que tem problemas com ela mesma. Que a diferença está com ela. Que ela não tem amor a si própria, não tem amor pelo mundo, que não professa a fé de nada. Diria a ela que se olhasse no espelho e visse refletir nele a imagem da criatura que se tornou. E ela, com certeza, sentiria vergonha.

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