Uma parte diz que elas são loucura. Já Luciano Hang está convocando as pessoas para os protestos Mônica Bergamo – Folha de S.Paulo As manifestações convocadas para o domingo (26) racharam os empresários da linha de frente do bolsonarismo. Uma parte diz que elas são loucura. Já Luciano Hang, do grupo Havan, está convocando as pessoas para os protestos. “Empresários ficam em cima do muro, atrás do muro, atrás da moita. Eu não sou assim”, diz ele. Hang, no entanto, afirma que só decidiu aderir às manifestações depois que elas começaram a ter “foco”: a reforma da Previdência. “As manifestações não têm que ser ‘fora’ ninguém”, diz ele, referindo-se a grupos que pregam o impeachment de ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) e até o fechamento do Congresso. “Não é a hora de brigarmos e sim de pedirmos, até implorarmos, pela aprovação da reforma”, afirma o empresário, que esteve recentemente com o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ). O governo aguarda com ansiedade os protestos. A ala moderada acredita que uma multidão nas ruas pedindo o fechamento do Congresso, por exemplo, pode elevar a tensão política. Mas o contrário seria até pior: um fracasso de público revelaria debilidade de Bolsonaro. SANTOS CRUZ O general Santos Cruz, da Secretaria de Governo, por exemplo, acredita que essa pode não ser a melhor hora para manifestações. Ele conversou sobre o assunto na terça (21) com o deputado Marco Feliciano (Pode-SP). “Eu disse que discordo. A base do Bolsonaro vai às ruas para mostrar a força dele”, diz Feliciano. O parlamentar tinha feito críticas ácidas ao general há algumas semanas, quando Santos Cruz estava sob o bombardeio de Olavo de Carvalho, guru de Bolsonaro. Ontem, fumaram o cachimbo da paz e até oraram juntos.
Nesta terça (21), depois de encontrar Santos Cruz (Secretaria de Governo), Marcos Feliciano (PodeSP) foi a Sergio Moro (Justiça) e disse que cerca de 80% da bancada evangélica apoia a manutenção do Coaf sob o guarda-chuva do ministro. Moro aproveitou para pedir um encontro com os evangélicos. Quer apoio ao projeto anticrime. Enquanto isso, a líder do governo no Congresso, Joice Hasselmann, divulgou mensagem nas redes sociais nas quais nega ter dito que as manifestações deste domingo (26) seriam “um tiro no pé”. A íntegra da frase enviada por Joice ao Painel no domingo (19) é a seguinte: “Acho que essas manifestações são um tiro no pé. Não farei parte disso. O presidente precisa de aliados para governar. Sem aliados não temos chance de mudar o Brasil”. (Daniela Lima - FSP)
Antes da reforma Anselmo Goes -O Globo - Nelson Lima Neto Rogéria Nantes Bolsonaro, ex-esposa do presidente e mãe do trio Flávio, Carlos e Eduardo, parece preocupada com a reforma da Previdência. Ela está tentando se aposentar, aos 59 anos e 19 dias de idade. Com a intenção do ex-marido de mudar as regras de aposentadoria dos brasileiros, Rogéria está requisitando as declarações de tempo de serviço para dar entrada no pedido, no INSS. Uma das solicitações foi feita à Prefeitura do Rio (veja no blog), para comprovar os sete anos em que trabalhou como comissionada, de janeiro de 2009 a agosto de 2016. O pedido de Rogéria para declaração do tempo de contribuição foi feito em 27 de fevereiro deste ano. Seus dados foram liberados no fim de março e estão à disposição da ex-comissionada.
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