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Resenha Política : Resenha política-Robson Oliveira
Enviado por alexandre em 19/12/2012 17:27:01

Resenha Política

Robson Oliveira


Partida

O ex-deputado federal, ex-vice governador e ex-candidato a vice-prefeito de Porto Velho, Miguel de Souza, decidiu colocar os bens que possui em Rondônia à venda e está mudando definitivamente de domicílio para a capital federal. Miguel revelou à coluna que tem consciência de que sua carreira política está encerrada, após as seguidas derrotas nas últimas campanhas que disputou.


Amor

Apesar da partida, Miguel de Souza explicou que o amor que nutre por Rondônia é grande e manterá os laços fraternos. No Distrito Federal vai tentar retomar sua profissão de engenheiro se aventurando em empreendimentos da construção civil.


Cadafalso

O julgamento dos parlamentares encalacrados com a ação 470 (mensalão) respingou em cheio no deputado federal Natan Donadon. O STF decidiu por 5 votos a 4 pela perda do mandato dos parlamentares condenados logo que exaurirem os recursos. Como Donadon foi condenado em uma outra ação e os recursos restantes estão sendo julgados, a perda do mandato e a prisão são questão de tempo.


Predestinado

Assim que transitar em julgado o processo de Natan Donadon quem retorna à ribalta política é o ex-senador Amir Lando, primeiro suplente do PMDB. Não será a primeira vez que Lando assume funções no Congresso Nacional por afastamento do titular. Hoje ele reside em Brasília e dificilmente visita Rondônia. Nasceu com 'aquilo' pra lua.


Coeficiente

O ex-deputado federal Lindomar Garçon, presidente estadual do Partido Verde, está de malas prontas para se filiar ao PMDB. Ele percebeu que o Congresso deu celeridade a um projeto de lei que acaba com as coligações proporcionais, o que vai impedir que as legendas nanicas (aluguéis) consigam atingir o coeficiente legal para eleger parlamentares.


Ficha suja

A condenação pelo Tribunal Regional Eleitoral é o maior problema que Lindomar Garçon terá que solucionar para disputar as eleições a deputado federal em 2014. Voto para um novo mandato ele tem, resta saber se possui argumentos suficientes para convencer o TSE a absolvê-lo da condenação imposta pela justiça eleitoral rondoniense.


Anomalia

O Projeto de Lei que acaba com as coligações proporcionais tem apoio da maioria dos líderes do Congresso Nacional. PT, PMDB, PSB, PSDB e PSD fizeram as contas e concluiram que suas bancadas seriam maiores caso não tivessem formalizadas coligações nas eleições gerais passadas. A coligação é uma anomalia jurídica por contrariar extamente os fundamentos e objetivos que norteiam a criação de um partido político.


Empréstimo

Ao contrário do que alardeiam os críticos, o empréstimo contraído pelo Governo de Rondônia destinado às obras estruturantes aquece o mercado da construção civil pesada e faz com que os recursos circulem no estado, gerando emprego e renda. Todos os governos anteriores tomaram empréstimos, inclusive internacionais, e não inviabilizaram a máquina administrativa. Parece que os críticos apostam no pior melhor.


Atribuição

O Supremo Tribunal Federal tende a definir hoje, em sua última sessão do ano, se o Ministério Público tem o poder de conduzir investigações criminais. O ministro Luiz Fux, que pediu vista dos dois processos em que a questão começou a ser discutida no dia 27 de junho, levará seu voto ao Plenário. A retomada do julgamento se dá em meio à polêmica discussão da Proposta de Emenda à Constituição 37/11 no Congresso, que proíbe o MP de fazer investigações penais. Observadores jurídicos acreditam que a posição de Fux, assim como a de Barbosa, é favorável ao MP. Os delegados de polícia garantem que a Constituição Federal assegura a tarefa somente as eles: polícia judiciária. Cabendo ao MP a tarefa constitucional de apresentar a denúncia. Aliás, opinião que este cabeça-chata concorda.


No escuro

Sem muito alarde e ao apagar das luzes, o Senado Federal está limpando a pauta e aprovando matérias polêmicas, como o projeto de autoria do líder do PSDB, Álvaro Dias (PR) que, seguindo o modelo americano, cria regras para que os partidos políticos realizem prévias para a escolha de candidatos a presidente da República. A proposta, na prática, aumenta em um ano a campanha eleitoral. Tucanos e petistas andaram em crise interna quando os filiados exigiram prévias, contrariando as candidaturas impostas de cima para baixo.


Endurecendo

O Senado aprovou, no plenário, o projeto que endurece a Lei Seca e amplia as possibilidades de prova de embriaguez dos motoristas. O Projeto de Lei entra em vigor imediatamente e atende a um clamor da sociedade indignada com a irresponsabilidade de bêbados que utilizam criminosamente seus veículos para ceifar vidas de inocentes. A violência no trânsito é enorme e o endurecimento da lei pode ser um dos fatores a diminuir os óbitos e a violência.



Malucos

Os corintianos comemoram feito loucos o título de “campeão do mundo de clubes”. O jogo não foi tão bonito de ver (cochilei alguma vezes). Uma coisa é certa, torcer pelo paulistano Corinthians é coisa para louco mesmo. Como não sou abilolado, nem abestalhado, espero que em 2013 seja a vez do Mengão.


Férias

A coluna entra de férias até o dia 14 de janeiro de 2013. Durante este tempo o colunista estará desconectado de tudo e todos e vai utilizar o tempo de vadiagem para colocar a leitura em dia, desgastar o tratamento com o fígado e mergulhar nas águas mornas e limpas da bela e paradisíaca João Pessoa (PB). Aproveitamos para desejar a todos boas festas. E muita tolerância!

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Resenha Política : Resenha política-Robson Oliveira
Enviado por alexandre em 13/12/2012 03:13:37

Resenha política

Robson Oliveira

 

Inferno

Já era esperado nos bastidores políticos que o prefeito afastado de Porto Velho, Roberto Sobrinho (PT), enfrentaria o seu inferno astral com desdobramentos jurídicos que afetassem o seu futuro. Em cada roda política, botequim ou ‘casa de luz vermelha’ os comentários sobre supostos malfeitos na prefeitura da capital dominavam. Ademais, a quantidade de material jornalístico desfavorável ao prefeito indicava que cedo ou tarde a ‘casa ia cair’.

 

Esquema

O chefe do Ministério Público Estadual, Dr. Heverton Aguiar, revelou que as investigações que apontaram os servidores públicos municipais num esquema de contratação de máquinas pesadas para recuperação e manutenção de estradas vicinais começaram a partir exatamente de uma reportagem denunciada pelo site eletrônico Rondoniagora.  A investigação descobriu um esquema com indícios fortes de ilicitudes desde o processo licitatório à (não) execução dos serviços.

 

Comentários

Em reservado, empresários, políticos e servidores públicos comentam que há na maioria dos municípios processos eivados de vícios relacionados à contratação de hora máquinas e nos serviços terceirizados. Eles serviriam de sumidouro para drenar recursos destinados a enriquecimento pessoal e para mensalinhos. Há exceções, mas é possível ouvir ilações fortes de que este problema não está circunscrito apenas à prefeitura de Porto Velho.  Em público, negam os comentários que falam em “off”.

 

Destroçado

Afeito a avaliar seu desempenho através de pesquisas com a aplicação de um sofisticado método de mensuração da opinião pública que lhe indicavam percentuais ainda satisfatórios para se aventurar numa candidatura ao Senado Federal ou Câmara Federal, Roberto Sobrinho viu ruir do dia pra noite as probabilidades de sucesso de uma eventual candidatura em 2014. O desgaste com as obras inacabadas corroíam o que restava de popularidade e, com a operação Vórtice, o prefeito afastado teve a carreira política destroçada inexoravelmente, assim como a reputação.

 

Prepotência

Este cabeça-chata evita tripudiar em cima da desgraça alheia. Ainda mais quando se relaciona a questões que no passado nos provocaram estragos que até hoje deixam marcas doloridas e irremediáveis. No entanto, não podemos deixar de registrar que as vaias recebidas por Joelcimar Sampaio, ex-secretário municipal de administração e pupilo do prefeito da capital, foram merecidas. Não pesam sobre ele apenas os malfeitos, pesam, sobretudo, a forma arrogante com que agia no exercício do cargo. Razão pela qual fazia as estripulias tripudiando os semelhantes. Terá tempo para se arrepender dos pecados e pedir perdão pela empáfia.

 

Desdenhar

Esta coluna já criticou a forma tosca e obtusa com que o presidente da Assembleia Legislativa de Rondônia ocupa a tribuna para desancar os desafetos, mas é obrigada a reconhecer que os berros estridentes e o linguajar chulo utilizados por Hermínio Coelho (PSD) para denunciar os malfeitos do prefeito de Porto Velho ajudaram a comprovar as denúncias. Os fatos desvendados ensinam que daqui pra frente é de bom alvitre não desdenhar Coelho. Inclusive a coluna.

 

Fatura

O deputado estadual Hermínio Coelho está todo faceiro com o inferno astral do prefeito Roberto Sobrinho. As baterias do parlamentar agora estarão exclusivamente voltadas para o Governo do Estado. Aliás, Coelho, na primeira oportunidade que favorecer, vai tentar abrir uma CPI contra a administração de Confúcio Moura.  

 

Rearrumação

A forma obstinada como Hermínio Coelho faz oposição aos desafetos vai obrigar o governador afagar o ego da maioria dos deputados estaduais e abrir espaços para que cada um que pretenda fazer parte da base de sustentação indique auxiliares para os cargos comissionados na administração estadual.

 

Abacaxi

Foram colocados recursos no orçamento da União destinados a conclusão dos viadutos da capital. Mauro Nazif, prefeito eleito, vai penar para colocar a prefeitura nos trilhos e resolver as pendência remanescentes. Não  poderá ficar lamentando a herança porque ainda na campanha sabia do abacaxi que herdaria para descascar.

 

Financiamento

As investigações do MPE que fisgaram parte do primeiro escalão de Roberto Sobrinho começam a desvendar parte dos financiamentos 'não contabilizados' utilizados nas campanhas municipais do PT rondoniense. Os indícios divulgados revelam que a campanha do Padre Franco, em Cacoal, teria sido abastecida com recursos "não contabilizados". Olha que o "santo" padre fez uma campanha acusando os adversários de corruptos. Há uma nova investigação averiguando estes indícios.

 

Disputa

Vitorino do Cartório,  Mirante da Serra, e Célio Silveira, Espigão do Oeste,  prefeitos peemedebistas, andam se bicando na disputa pela Associação dos Municípios de Rondônia. Enquanto eles se bicam, prefeitos aliados do grupo "cassolista", aguardam atentos o desintendimento para dar uma rasteira nos dois e levar a associação. O senador Valdir Raupp foi convocado para tentar acalmar os ânimos exaltados dos dois correligionários.

 

Loucura

O vereador Katatau, de Cacoal, tem dito por aí que foi convidado pelo governador Confúcio Moura para assumir a Secretaria de Estado da Agricultura. Aliados do governador desmentem e garantem que Confúcio não está louco para nomear o vereador. Há controvérsias...

 

Fritada

Nas hostes palacianas é sentido o cheiro de fritura do Secretário de plantão da Casa Civil. Dizem que o governador está insatisfeito com o desempenho do titular da pasta. Confirmando-se a exoneração, será o terceiro defenestrado.

 

Reincidência

Não há uma campanha recente que um membro do clã dos Negreiros não tenha sido cassado pelo Tribunal Regional Eleitoral de Rondônia por praticar conduta vedada pela legislação eleitoral. Com a cassação do último rebendo da família quem herdará a vaga na Câmara Municipal de Porto Velho é o jornalista proprietário do site o Observador Everaldo Fogaça.

 

Ficha suja

A continuar as cassações dos direitos políticos em Rondônia não restarão muitas opções para as eleições de 2014. Toda semana um 'cacique' é alcançado pela lei da ficha suja e fica inabilitado por oito anos para disputar um cargo. Pastor Aluísio (PSOL), ficha limpa, assiste as degolas de camarote aguardando a campanha chegar.

 

Otimista

Benedito Alves, Secretário Estadual de Fazenda, se prepara para mais uma sessão de quimioterapia quem vem se submetendo em São Paulo para curar um câncer. Mesmo acometido por uma doença que mexe com o emocial de qualquer cidadão e as reações danosas que o tratamento provoca, Bené é uma lição de otimismo e coragem. Conversamos ontem longamente  na capital federal e em nenhum momento ele lamentou os problemas com a saúde nem com a pasta que administra. É um otimista. E um grande sujeito.

 

Ameaça

Confúcio Moura avisou ao seu amigo Tomas Correia que ouviu o senador Acir Gurgacz prometer dar um soco no peemedebista assim que o encontar por aí. A ameaça decorre das entrevistas dadas por Tomas Correia criticando o vice-governador por uma suposta conspiração contra o governador. Tomas promete reagir com rigor. Alguém tem que acalmar os ânimos antes que haja uma tragédia. O vice é tio do senador.

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Resenha Política : Resenha política-Robson Oliveira
Enviado por alexandre em 05/12/2012 22:46:15

Cassação

Não foi surpresa nos meios políticos a cassação do senador Ivo K-Sol (PP), Carlinhos Camurça (PP), Lindomar Garçon (PV), João K-ula e Tiziu Jidalias por crime eleitoral durante as eleições estaduais de 2010.

Ousadia

A suposta reunião dos políticos com estudantes da rede pública estadual foi uma afronta à legislação. Todos eles sabiam da vedação, mas correram o risco e ainda tentaram disfarçar a reunião exigindo que os estudantes virassem ao avesso as camisetas para que o colégio público não fosse identificado. A ousadia custou agora a inelegibilidade por oito anos.

Reversão

Os políticos cassados, acima mencionados, vão penar para tentar reverter no Tribunal Superior Eleitoral a decisão do Tribunal Regional Eleitoral de Rondônia que os tornou inelegíveis. Não conheço o processo, mas o TSE tem mantido a maioria das decisões em casos semelhantes. Não contendo nenhum erro processual (até onde a coluna apurou, não existe), todos vão ficar fora das próximas eleições. Por conduta infinitamente menor (quando o ex-senador foi fotografado em cima de um caminhão na festa de inauguração do Linhão), Ernandes Amorim perdeu o mandato.

Contagem

O plenário do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), por maioria, definiu que o prazo de inelegibilidade deve ser contado oito anos por inteiro, a partir do ano seguinte à eleição em que ocorreram os fatos vedados, conforme previsto na Lei Complementar nº 64\90. Por este entendimento K-Sol, Tiziu, K-Ula, Camurça e Garçon estão inabilitados a disputar as eleições até 2020. Já Expedito Júnior, até o ano de 2016, visto que foi condenado em outro processo.

Dedução

Deduzo que a inércia administrativa do atual chefe do executivo estadual esteja relacionada à possibilidade de não aparecer candidatos aptos a disputar a sucessão com ele. Ledo engano, além do pastor Aluísio (PSOL), o padre Ton (PT) passa a ser uma opção. WO é que não vai ocorrer nas eleições estaduais. Claro que a coluna está fazendo apenas uma conjectura provocativa. Entretanto, o comportamento do governador leva às deduções mais absurdas, possíveis e inimagináveis.

Manobra

O presidente da Assembleia Legislativa, Hermínio Coelho, denunciou uma manobra do Governo do Estado que necessita de um exame dos parlamentares mais aprofundado: diz respeito à manobra orçamentária remanejando recursos e atribuições das diversas secretarias para a pasta administrada por Claudia Moura, Promoção Social. É uma manobra no mínimo equivocada, pois tem a única finalidade de criar uma superestrutura com um super orçamento para que sejam geridos pela irmã do governador. A princípio não há ilegalidade. Mas a imoralidade da manobra é nítida.

Exagero

Hermínio Coelho está correto em denunciar esta manobra que esconde interesses inconfessáveis. Mas erra quando utiliza a forma mais tosca e exagerada que escolheu para fazer oposição ao governador. Em qualquer roda política são audíveis as críticas (para ser educado) dirigidas às irmãs do mandatário. Só ele não escuta. Ou não quer escutar...

Exigência

Para manter o apoio ao governador os deputados estaduais alinhados com o palácio exigem que Confúcio Moura exonere as duas irmãs do primeiro escalão do Governo de Rondônia. A exigência era previsível nos meios políticos. Sem nenhum tato no relacionamento com os políticos, com a imprensa e nem com os movimentos sociais, as ‘manas’ se tornaram um passivo pesado para o irmão governador.

Atrito

Ao que parece o atrito entre o Poder Legislativo e o Executivo não acaba tão cedo. Prevendo o aprofundamento das relações, o governador cuidou de se acertar com a maioria dos parlamentares ávidos em fatiar a “viúva”. Ingenuidade ou torpeza, Coelho prometeu uma CPI com os arroubos que o notabilizaram no parlamento estadual e não conseguiu guarida dos pares para instalá-la. O atrito desgasta indelevelmente os dois dirigentes dos Poderes. Eles é que não perceberam.
Erramos

Na coluna da semana passada, quando relacionamos a atual dificuldade entre o Poder Executivo e o Legislativo Estadual com crises pretéritas, informamos equivocadamente de uma suposta crise na gestão do governador José Bianco e do deputado estadual Natanael Silva, presidente da ALE. Erramos, ambos mantinham uma relação de convivência civilizada e relativamente tranquila. A crise da época foi de outra natureza.

Repercussão

A mídia nacional (especialmente as colunas políticas) repercutiu negativamente a eleição do novo coordenador da bancada federal de Rondônia. Depois de um empate de cinco a cinco, coube ao deputado federal Marcos Rogério (PDT) dar o voto minerva que escolheu o deputado federal Milton Capixaba (PTB) novo coordenador, preterindo o concorrente, Rubens Moreira Mendes (PSD).

Diplomação

O Tribunal Regional Eleitoral de Rondônia, através do desembargador Sansão Saldanha, suspendeu a decisão que cassou o registro do prefeito eleito de Nova Brasilândia, Gerson Neves. É um caso complexo que exige uma análise apurada da legislação e toda jurisprudência. Esse deve ser o motivo pelo qual o desembargador (um dos mais notáveis e técnicos entre os julgadores daquela corte) suspendeu a cassação. Ponto para a defesa que demonstrou competência.

Fanfarrão

O pugilista de ponta de rua e agressor do jornalista Rubens Coutinho, em conversa anteontem com um amigo comum, disse que estão “domados” todos os problemas jurídicos que tem passado depois da covarde agressão que quase lesionou fatalmente o jornalista. Não especificou o que significaria “domados”, mas fez deboche com o caso e desdenhou o processo. Com a palavra a justiça!

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Resenha Política : Resenha política-Robson Oliveira
Enviado por alexandre em 27/11/2012 00:47:42

Resenha Política

Robson Oliveira

 

Perplexidade

A forma como reagiu o Presidente da Assembléia Legislativa de Rondônia, deputado estadual Hermínio Coelho (PSD), ao adjetivo ‘desequilibrado’ dito pelo governador do estado, Confúcio Moura (PMDB), durante uma entrevista numa emissora de rádio em Ji-Paraná, causou perplexidade nas hostes governistas pelo fato de imputar à esposa do governador o recebimento de um suposto cheque oriundo de malfeitos.

 

Fac-símile

Numa coletiva nada convencional (sábado à tarde), Hermínio apresentou cópias de cheques que teriam sido destinados ao cunhado, irmãs e esposa do governador. Verificando tais cópias não é possível afirmar peremptoriamente que os recursos sacados ou depositados tiveram essas pessoas como destinatárias. Mas é possível rastreá-los pelo sistema de compensação, microfilmagem, inclusive por câmeras que ficam dentro das agências registrando as pessoas que entram e saem. A denúncia é grave e cabe agora uma investigação apurada que verifique para quais contas ou pessoas tais recursos foram destinados.

 

Sigilo

Assim que a denúncia veio à tona, Confúcio Moura suspendeu a agenda no interior do estado e voltou à capital para uma reunião de emergência com o Chefe do Ministério Público Estadual onde colocou à disposição o sigilo bancário da esposa e dele próprio para serem investigados. Agiu corretamente e de forma imediata, facilitando a verificação da denúncia de que um dos cheques foi supostamente depositado nas contas da primeira dama.

 

Reputação

Não há nenhum indicativo, nem publicamente nem nos bastidores, de que a primeira dama tenha envolvimento com malfeitos ou tráfico de influência. Ao contrário, o comportamento dela em relação às questões do Governo sempre foi exemplar.

 

Dano

Ao imputar à esposa do governador o depósito de um dos cheques oriundos de malfeitos, Hermínio Coelho está obrigado a comprovar cabalmente sua denúncia, senão o adjetivo negativo a ele dirigido pelo governador será pouco pelo dano que terá provocado uma acusação dessa gravidade contra uma pessoa que pauta a vida pela discrição e dignidade. Na hipótese de comprovar, o governo acaba.

 

Asneira

No primeiro contato com a imprensa após as denúncias, Confúcio Moura perdeu uma boa oportunidade de agir totalmente diferente do que seu antecessor quando colaboradores ou pessoas próximas da cozinha foram alvos de denúncias. “Cada um responde pelo seu CPF”, teria dito o governador. Negativo, isto não é resposta para um chefe de Estado com a administração sob suspeita. O contribuinte espera do governador declarações contundentes e firmes, não asneiras.

 

Clone

A atitude correta que Moura deveria ter adotado era exigir que cunhado, irmã ou assessores sejam investigados e desautorizar publicamente que utilizem os laços sanguíneos em eventuais malfeitos. Senão cai na mesmice que tanto criticou no antecessor. 

 

Coxias

Não é segredo que Assis Oliveira (não tem relação parental com o escriba), cunhado de Confúcio Moura, perambula por aí com ar de quem tem influência política. É uma pessoa de difícil convivência e chegado a arroubos agressivos. Já as irmãs do governador, detestadas por oito em dez auxiliares do governador, mandam e são implacáveis com quem não reza nas suas cartilhas. São empecilhos quase intransponíveis na eventual campanha de reeleição de Moura. Caso consiga sobreviver ao tiroteio.

   

Entulho

Se Confúcio Moura quiser melhorar o governo e dar a volta por cima, vai ser obrigado a se livrar do entulho que tanto tem arranhado uma biografia administrativa escrita com muito trabalho e muito afinco. A situação hoje é crítica. Tanto politicamente quanto administrativamente.

 

Curiosidade

De acordo com a coletiva, Hermínio revelou que as cópias dos cheques chegaram as suas mãos anonimamente. Claro que ninguém experimentado na esfera policial nem do jornalismo investigativo acredita nesta possibilidade, visto que já existiam ilações nos bastidores do Poder Legislativo sobre o fato. Uma curiosidade que emerge desta confusão é: qual motivo levou o deputado a demorar em anunciar a denúncia e porque não a encaminhou imediatamente aos órgãos de investigação e aos pares assim que aportaram “anonimamente” as suas mãos?

 

CPI

O deputado Hermínio Coelho ameaçou abrir uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para arrancar do cargo de governador Confúcio Moura. Passado mais de sessenta horas desde a inusitada coletiva o deputado não conseguiu o número de parlamentares necessário para instalar a CPI. Desde que assumiu a condução do Legislativo o deputado não deixou um dia sequer de alfinetar o governador e lançar impréperios contra sua honra. Irritado com as provocações, Moura reagiu.

 

Reunião

Nesta segunda-feira, pela manhã, Confúcio reuniu dezesete dos vinte e quatro deputados estaduais quando avaliou a crise entre os dois poderes. A coluna apurou que neste primeiro roud o governador conseguiu mais apoio dos membros da ALE do que o próprio preside e que os parlamentares não concordam com a  proposta de cassar o governador. Hermínio pode ter cometido  um erro fatal que pode lhe custar caro. Aguardemos os desdobramentos.  

 

Retrospectiva

 O clima de beligerância entre os dois Poderes é o pior possível. Quem tiver tempo para pesquisar sobre o tema vai perceber que não é de hoje o clima belicoso entre Executivo e Legislativo estaduais. Basta lembrar as ameaças feitas pelos ex-presidentes Marco Donadon, Natanael Silva, Carlão de Oliveira e Valter Araújo contra o governador de plantão. A história se repete. Esperamos que seja apenas mais uma farsa porque Rondônia não aguenta outra tragédia política.

 

Rastro

Não passou despercebido da coluna que um dos cheques foi depositado nas contas de uma famosa ‘factoring’ e que tem seu nome sempre mencionado em investigações policiais. Aliás, descobriu-se recentemente que o proprietário possuía mais de um CPF. E nome.

 

Féretro

Independentemente do resultado da investigação, algo é certo: coisa pública não é local para abrigar familiares. Todas as vezes que misturam relações políticas com relações familiares o resultado é desastroso. Apesar dos exemplos fartos e ruins, os governantes insistem na velha fórmula equivocada de escalar parentes para cargos de confiança. Sabem que quando eles falam, os interlocutores entendem como uma ordem enviada pelo parente superior. Na última campanha eleitoral da capital, por exemplo, foram inúmeras as vezes que fizeram ilações contra a reputação do irmão do prefeito eleito. Mesmo sem nada de concreto. O ideal é deixar a família longe da ‘viúva’. Antes que o mandatário vire o defunto.

 

Articulador

Falta ao governador uma pessoa capaz de dialogar com serenidade com os poderes, ágil na articulação política e competente no trato com a coisa pública. Encontrar alguém com este perfil disponível é difícil, mas o suplente de senador Tomaz Correia tem as qualidades para dar conta do recado. Apesar de falar o que pensa sem mensurar as conseqüências.

 

Amotinados

Quem também não deve estar nada contente com o governador é o clã dos Gurgarcz que teve um de seus membros (o vice-governador) alvo de críticas do presidente do PMDB, Tomaz Correia. Acusam o vice-governador de estimular Hermínio Coelho a boicotar uma votação de interesse do governo na Assembléia Legislativa relativa a recursos do DETRAN. O choque entre titular e vice é mais gasolina neste fogaréu que queima as vaidades dos amotinados e não faltará quem defenda a cassação do primeiro para a entronação do segundo.

 

Trava

A Câmara dos Deputados deverá colocar em pauta ainda neste final de ano um projeto que promete muita confusão entre parlamentares que sonham com uma janela pós-eleições municipais para mudar de partido sem perder seus mandatos. Proposto pelo deputado Edinho Araújo (PMDB-SP), o projeto suspende o fundo partidário e o tempo de TV e rádio para os novos partidos, até que se submetam à próxima eleição parlamentar. Para conseguir o direito, ficariam dependendo do resultado das urnas e não do número de parlamentares que conseguiram filiar depois de fundados. Uma boa medida que coloca um ferrolho na janela.

 

Fiero

Esta coluna alertou no primeiro semestre que as eleições da Federação das Indústrias de Rondônia (Fiero) poderiam estar eivadas de irregularidades. O grupo que se aboletou na entidade patronal fará o que puder para não perder o controle. Essas entidades que têm o caixa irrigado com recursos fiscais precisam ser mais bem fiscalizadas e prestar contas à sociedade. Tá na hora de abrir o baú.

 

Avisado

Outro órgão que vem sendo alvo de denúncias é o Iperon. A coluna também já havia avisado que as aplicações feitas no mercado financeiro vinham sendo contestadas por quem conhecia as operações. É preciso agora apurar se houve ou não dano ao contribuinte. O atual dirigente garante que não.  A ver!

 

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Enviado por alexandre em 21/11/2012 19:08:39

Resenha Política

Robson Oliveira

 

Vitória

Os advogados de Rondônia (inclusive este cabeça-chata) escolheram o jovem advogado Andrey Cavalcanti para presidir a Seccional da Ordem dos Advogados. Foi uma eleição fantástica que não rdeixou dúvidas dos anseios da categoria por um novo tempo. O grupo que dirige a entidade por quase uma década não havia percebido a insatisfação generalizada e foi derrotado nas urnas de forma acachapante.

 

Baixaria

Andrey Cavalcanti optou por fazer uma campanha limpa. Mesmo quando ocorreu o episódio envolvendo a questão dos precatórios, Andrey evitou a exploração política e manteve o nível da campanha em torno das propostas e das ideias que marcaram suas promessas. Foi alvo de baixarias nas redes sociais e nem assim desceu o nível do debate, evitando se lambuzar no mesmo lodo daqueles que fazem da atividade política uma cruzada do vale tudo.

 

Serenidade

Na sexta-feira passada, ao Andrey no escritório do Dr. Elton Assis (Conselheiro Federal), vi o retrato de um vencedor. Um gigante. Enquanto os nervos dos coordenadores estavam à flor da pele pela aproximação da eleição, ele olhou pra mim e disse: “Robinho, vamos tomar um chopp pra relaxar. Fiz a minha parte e tenho certeza que os colegas querem um novo tempo”. A serenidade dele revelou a mim um traço que escondia por traz daquele colega de voz mansa: testemunhei o nascimento de um novo líder classista.

 

Missão

Ainda em março, Andrey Cavalcanti me ligou e disse que precisava falar comigo urgente. Fui até a casa dele sem saber do que se tratava. Após uns goles de vinho ele disse: “Robinho, vou ser candidato a presidente da OAB-RO e quero sua ajuda. O que você acha?" Fiz algumas conjecturas, lembrei dos infortúnios que haveria de passar, perguntei se era uma decisão sem vacilo e disse que estaria com ele independentemente do que ocorresse.

 

Alerta

Naquele momento, confesso, vi mais dificuldades do que facilidades. E disse: - vai ser uma luta imensa derrotar o grupo que comanda a OAB porque são pessoas talhadas em eleições. Contudo, não é impossível a missão. Antes de encerrar o papo fiz questão de alertar: - Te prepara porque vais ter muitas surpresas boas e ruins. Os amigos vão ser aqueles que mais trabalho vão dar na campanha. Ainda bem que meu alerta não se confirmou e os amigos ajudaram muito mais do que atrapalharam.

 

Diferença

Andrey caiu em campo, visitou os colegas no interior, na capital e viabilizou a candidatura com empenho e persistência. Um grupo de jovens advogados, bem coesos e lutadores, acolheu a candidatura e fez a diferença nas eleições. Incluídos aí os advogados criminais. Foi uma eleição na OAB-RO inesquecível. Taí o resultado. Fico feliz em ter contribuído humildemente com meu voto para um ‘Novo Tempo’.

 

Especulação

O engenheiro Nélio Alencar, presidente do CREA, e o psicólogo Mário Medeiros são dois nomes especulados nas hostes do PSB para ocupar cargo de primeiro escalão na administração de Mauro Nazif: na Secretaria de Obras e Educação, respectivamente. Medeiros é o coordenador da transição e foi cacifado pelo prefeito eleito para falar em seu nome.

 

Trânsito

Um dos problemas mais complexos que o prefeito eleito vai ser obrigado e enfrentar de imediato é a questão o trânsito da capital. Falta um planejamento adequado que utilize técnicas de engenharia modernas e um trabalho cotidiano de educação para que o motorista tenha consciência de que é responsável também pelo caos que se instalou. O problema é que a administração pública não tem feito sua parte com eficiência o que desmotiva o cidadão a fazer a sua.

 

Recursos

As prefeituras municipais, por exemplo, sequer exigem o respeito do código de postura. As ações da municipalidade se resumem apenas em autos de infração com o único e exclusivo intuito de arrecadar com as multas. Mas não há ações eficazes para melhorar o fluxo do trânsito. Recursos não faltam.

 

Sumiu?

A prefeitura de Porto Velho recebeu do DETRAN em 2009 dezesseis milhões, quatrocentos e cinqüenta mil reais. Em 2010 o repasse foi de dezenove milhões, duzentos e oitenta e cinco mil reais e em 2011 ultrapassou as cifras dos vinte milhões de reais. Até o último mês de outubro a fatia destinada à prefeitura da capital já alcançava ao montante de dezessete milhões, quatrocentos e oitenta e seis mil reais.   Mas o que vemos é um trânsito engarrafado, ruas esburacadas, sinalizações velhas e postes com lâmpadas queimadas. A pergunta que não quer calar: onde investiram esses milhões?

 

Patético

Por dois dias o “repórter” do CQC procurou o prefeito Roberto Sobrinho (PT) para buscar explicações sobre a paralisação das obras do viaduto. Depois que conseguiu entrevistar o prefeito eleito, Mauro Nazif, é que Roberto decidiu conceder a entrevista. O que vimos foram explicações evasivas e patéticas que contribuíram apenas para afundar ainda mais a reputação do prefeito.  

 

Cara de pau

Roberto Sobrinho perdeu uma boa oportunidade para ficar calado, visto que a justificativa dada para explicar a paralisação da obra é um atentado à inteligência humana. Para piorar a situação, o prefeito sequer lembrava que assinou um termo com a empresa que elevou em mais de dez milhões a obra e, logo após receber tal reajuste, abandonou as obras. Uma nota oficial bastaria para explicar o inexplicável e evitaria a cara de pau com que concedeu a entrevista, poupando o portovelhense do constrangimento.

 

Insubordinação

O governador não gostou de uma movimentação feita pelo vice na Assembléia Legislativa que obstruiu a votação de um projeto de lei para transferir receitas do DETRAN à conta única estadual.  A obstrução surtiu efeito depois que o dirigente do órgão prometeu liberar emendas parlamentares sem a anuência do chefe do executivo estadual. Nenhum governo terminou bem quando titular e vice começaram a trombar um com o outro.

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