Quatro casos já foram confirmados no primeiro trimestre
Vacina contra o sarampo Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
Após o Brasil recuperar, em novembro de 2024, o status de “país livre do sarampo” pela Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), a confirmação de quatro casos da doença neste primeiro trimestre de 2025 reacende a preocupação e reforça a importância da vacinação e de medidas preventivas. Três casos foram registrados em municípios do Rio de Janeiro e um caso foi importado para o Distrito Federal, envolvendo uma mulher de 35 anos que viajou por diversos países.
A docente Janize Silva Maia, da Escola da Saúde do Centro Universitário Facens, esclarece que é natural a preocupação sobre o assunto.
– Embora considerados casos isolados, o Ministério da Saúde está adotando medidas para afastar a possibilidade de novos surtos. Isso porque, a infecção compromete o sistema imunológico e pode levar a complicações graves, especialmente em crianças menores de 5 anos, gestantes e pessoas com imunidade debilitada. Dentre as complicações mais severas estão pneumonia, encefalite e a panencefalite esclerosante subaguda, em casos raros.
O sarampo é uma doença viral altamente contagiosa que se caracteriza inicialmente por febre alta (acima de 38,5 °C), tosse seca, coriza e conjuntivite, sintomas que podem ser confundidos com um quadro gripal ou alérgico.
– Dias depois, surgem erupções vermelhas não pruriginosas, principalmente no rosto e atrás das orelhas, que se espalham para o restante do corpo. Outras manifestações podem incluir dor de garganta, manchas brancas na cavidade bucal, dores musculares, fadiga e irritação nos olhos – explica a professora.
Para a profissional, dentre as medidas para manter o Brasil livre do sarampo, a fundamental é a vacinação.
– A imunização em massa não só reduz a disseminação do vírus, mas também promove proteção às populações vulneráveis, evitando surtos da doença. Campanhas têm sido reforçadas em diversas regiões do país para garantir altas taxas de cobertura vacinal e impedir a reintrodução do vírus – comenta.
O imunizante que previne o sarampo é a vacina tríplice viral, responsável também pela prevenção da caxumba e rubéola.
QUEM PODE SE VACINAR? Qualquer pessoa entre 1 e 29 anos deve receber duas doses, sendo a primeira com a tríplice viral aos 12 meses e a segunda aos 15 meses com a tetraviral ou tríplice viral + varicela. Pessoas entre 30 e 59 anos devem receber uma dose da tríplice viral, se não imunizadas anteriormente, e trabalhadores da saúde devem receber duas doses, independentemente da idade, com intervalo de 30 dias entre as doses.
É importante ressaltar que essa vacina é contraindicada para gestantes, que deverão tomá-la somente após o nascimento do bebê.
– Pessoas que não sabem se foram imunizadas ou com quaisquer dúvidas devem procurar as Unidades Básicas de Saúde para receberem informações sobre a sua situação e, eventualmente, receberem a vacina. Manter a vacinação em dia é essencial para prevenir o sarampo e proteger a nossa saúde e a da nossa coletividade – reforça a especialista.
Além disso, o trabalho de uma vigilância epidemiológica ativa, onde as equipes de saúde promovem o monitoramento dos casos suspeitos para a realização de bloqueios vacinais imediatos é essencial, assim como o controle sanitário em aeroportos e fronteiras, onde os viajantes precisam apresentar o comprovante de vacinação para entrada no país, além de receberem orientações caso apresentem sintomas da doença.
– Ainda, é fundamental a relação de cooperação do Ministério da Saúde com os parceiros internacionais, como a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) e a Organização Mundial da Saúde (OMS), monitorando a evolução da doença globalmente, para adaptação das estratégias brasileiras, conforme a necessidade – conclui Janize.
Frutas são boas opções para substituir ultraprocessados. Foto: Divulgação
Um novo estudo apresentado na Sociedade Europeia de Cardiologia, em Milão, reforça o que especialistas em saúde já indicavam: seguir a dieta mediterrânea à risca pode reduzir o risco de morte prematura em mais de 20%. A pesquisa também associa o plano alimentar à prevenção de doenças e à promoção de uma vida mais longa e saudável.
A dieta, que é tradicional em países como Itália, Grécia e Espanha, inclui o consumo regular de frutas, vegetais, grãos integrais, carnes magras, peixes oleosos, azeite de oliva, nozes e laticínios em quantidades moderadas.
Segundo os cientistas, quatro alimentos específicos se destacaram como essenciais para a longevidade: as frutas, os laticínios, as nozes e os óleos insaturados — como o azeite de oliva e o óleo de girassol.
Por outro lado, o estudo mostrou que o consumo frequente de refrigerantes e doces está diretamente associado a maior risco de mortalidade precoce. Os dados foram coletados a partir da análise da alimentação de mais de 11 mil adultos com idade média de 48 anos.
Após reajuste, preços de medicamentos subiram até 216,58%, aponta levantamento
Ir à farmácia ficou mais caro desde a semana passada, com a entrada em vigor do reajuste nos preços máximos dos remédios. Por isso, o EXTRA traz dicas para você tentar economizar, da famosa barganha ao clube de descontos.
O teto de reajuste fixado pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED) foi de 5,06%. No entanto, os consumidores podem encontrar percentuais superiores. Na última terça-feira, dia seguinte à implementação do reajuste, os valores chegaram a subir até 216,58%, segundo levantamento feito pelo CliqueFarma/Afya, uma plataforma de comparação de preços em farmácias, a pedido do EXTRA.
Lélio Souza, vice-presidente de Soluções para a Prática Médica da Afya, explica que isso ocorre porque o reajuste é aplicado sobre o Preço Máximo ao Consumidor (PMC). Como o valor máximo nem sempre é seguido pela maioria das farmácias, a margem para o aumento dos preços pode ser maior, ou seja, se antes um produto era vendido abaixo do teto e agora foi reajustado para atingir o valor máximo, a variação será superior a 5,06%.
Pix parcelado deve ser lançado em setembro. Entenda como vai funcionar
— O reajuste incide sobre o Preço Máximo ao Consumidor (PMC), que estabelece um teto para os valores praticados, mas não determina o preço final cobrado pelas farmácias. Na prática, esse valor pode ser inferior, a depender das estratégias comerciais adotadas por cada estabelecimento, como descontos, promoções e acordos com distribuidores — diz.
Um exemplo disso é o Gestodeno + Estinilestradiol (72 comprimidos). Até 31 de março, o preço médio praticado era de R$ 39. Em 1º de abril, o valor passou a ser de até R$ 67,92, o que representa um aumento de 74,15% na mesma farmácia. Embora a variação tenha sido considerável, o preço ainda está dentro do limite do PMC praticado em São Paulo, que é de R$ 93,31, mostra o levantamento.
Lélio Souza, vice-presidente de Soluções para a Prática Médica da Afya, explica que isso ocorre porque o reajuste é aplicado sobre o Preço Máximo ao Consumidor (PMC). Como o valor máximo nem sempre é seguido pela maioria das farmácias, a margem para o aumento dos preços pode ser maior, ou seja, se antes um produto era vendido abaixo do teto e agora foi reajustado para atingir o valor máximo, a variação será superior a 5,06%.
Pix parcelado deve ser lançado em setembro. Entenda como vai funcionar
— O reajuste incide sobre o Preço Máximo ao Consumidor (PMC), que estabelece um teto para os valores praticados, mas não determina o preço final cobrado pelas farmácias. Na prática, esse valor pode ser inferior, a depender das estratégias comerciais adotadas por cada estabelecimento, como descontos, promoções e acordos com distribuidores — diz.
Um exemplo disso é o Gestodeno + Estinilestradiol (72 comprimidos). Até 31 de março, o preço médio praticado era de R$ 39. Em 1º de abril, o valor passou a ser de até R$ 67,92, o que representa um aumento de 74,15% na mesma farmácia. Embora a variação tenha sido considerável, o preço ainda está dentro do limite do PMC praticado em São Paulo, que é de R$ 93,31, mostra o levantamento.
Superfungo resistente a remédios é detectado em 15 pacientes (Imagem ilustrativa) Foto: Edward Jenner/Pexels
Em São Paulo, o Hospital do Servidor Público Estadual (HSPE) identificou um superfungo, chamado Candida auris, em 15 pacientes. O microorganismo é resistente a medicamentos.
A instituição de saúde apontou que a infecção ativa foi detectada em apenas um paciente, de 73 anos, que faleceu. No entanto, segundo o HSPE, o óbito “foi por causado complicações cirúrgicas e não em razão da infecção do fungo”.
Nos outros casos, o superfungo foi detectado por meio de uma ação de vigilância do hospital. Os pacientes não desenvolveram a infecção.
Em comunicado, o hospital apontou que segue fazendo coletas para avaliar o cenário.
– De acordo com o preconizado pelos órgãos de vigilância, a unidade segue realizando coletas mensais por seis meses para análise do cenário. Semanalmente, o HSPE se reúne com a Anvisa para relatar as ações e os resultados das coletas, reforçando as normas de controle de infecção em todo o hospital.
O Candida auris tem motivado alertas das autoridades de saúde ao redor do mundo por ser resistente aos medicamentos antifúngicos comuns e, com isso, apresentar uma alta letalidade. De acordo com estimativas, de 30% a 60% dos contaminados morrem em decorrência da doença. As informações são do jornal O Globo.
Doenças como glaucoma, catarata, degeneração macular relacionada à idade (DMRI) e retinopatia diabética estão entre as principais causas de cegueira
Abril Marrom é uma campanha dedicada à prevenção e ao combate às doenças oculares que podem levar à cegueira. Este mês de conscientização representa uma oportunidade de focar na saúde ocular, destacando a importância de ações preventivas e do tratamento adequado para preservar a visão.
Para o médico oftalmogeriatra, Swammy Mitozo, em um mundo onde a visão é frequentemente considerada como o sentido mais importante para a maioria das pessoas, o Abril Marrom chama a atenção para o fato de que muitas condições que levam à perda da visão podem ser evitadas ou tratadas se diagnosticadas precocemente.
"Doenças como glaucoma, catarata, degeneração macular relacionada à idade (DMRI) e retinopatia diabética estão entre as principais causas de cegueira que podem ser prevenidas ou cujo avanço pode ser retardado com o cuidado adequado.", explicou o oftalmologista.
Ainda de acordo com Swammy Mitozo, essas condições destacam a necessidade de exames regulares de visão, que podem identificar problemas antes que se tornem graves. "A campanha Abril Marrom visa, portanto, educar a população sobre essas doenças, encorajando todos a adotarem práticas preventivas e a procurarem assistência médica quando necessário.", ressaltou o médico. O oftalmologista explicou que a chave para combater a cegueira evitável é a prevenção. "O Abril Marrom enfatiza a importância dos exames oftalmológicos regulares como uma medida preventiva fundamental".
Além disso, a campanha busca educar sobre o impacto do estilo de vida na saúde ocular, incluindo a importância de uma dieta balanceada rica em nutrientes que beneficiam os olhos, a proteção contra a exposição excessiva à luz solar e a importância de evitar hábitos prejudiciais, como o fumo. O médico ressaltou que a campanha Abril Marrom também foca na importância do acesso a tratamentos eficazes para doenças oculares. Muitas vezes, o tratamento adequado e oportuno pode prevenir a perda permanente da visão.
Foto: Divulgação
"A campanha busca, portanto, destacar a necessidade de ampliar o acesso a cuidados oftalmológicos de qualidade e a tratamentos avançados, garantindo que pessoas de todas as regiões e estratos sociais possam se beneficiar de intervenções que salvam a visão", disse Swammy Reconhecendo os avanços na medicina oftalmológica, Swammy destaca que o Abril Marrom apresenta a importância da pesquisa e da inovação no desenvolvimento de novas terapias e tecnologias para o tratamento de doenças oculares.
"Ao promover a conscientização sobre esses avanços, a campanha inspira esperança para aqueles que enfrentam o risco de cegueira e enfatiza o potencial de melhorias futuras na prevenção e tratamento", disse o médico.
Swammy reforça que o Abril Marrom é um convite à ação. "Ele nos lembra que, enquanto indivíduos e como comunidade, temos o poder de prevenir a cegueira através da educação, do cuidado preventivo e do acesso a tratamentos. Ao iluminarmos os caminhos contra a cegueira, não apenas protegemos a visão, mas também melhoramos a qualidade de vida de inúmeras pessoas. Juntos, podemos enfrentar as sombras, trazendo luz e cor ao mundo de todos", finalizou.
MOBILIZAÇÃO SOCIAL
O Abril Marrom é também um movimento de mobilização social, que incentiva o engajamento de governos, organizações de saúde, instituições educacionais e a sociedade civil na luta contra a cegueira.
Através de eventos, palestras, campanhas nas redes sociais e outras iniciativas, a campanha busca criar uma rede de apoio e informação que alcance a todos.