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Coluna Mulher : Se você é mulher e é pobre, tem maior risco de perder emprego devido à automação e à IA; entenda
Enviado por alexandre em 15/11/2023 09:58:18

Foto: Reprodução

Estudo revelou que 70% das vagas com alto risco de automação são de mulheres no Reino Unido; nos EUA, 80% da força de trabalho feminina será afetada, contra 58% de homens

Rose Nyunja tinha apenas 18 anos quando começou a trabalhar nas plantações de chá de Kericho, a maior região produtora de chá no Quênia e uma das principais fontes de emprego para mulheres pobres no país. Durante décadas, trabalharam arduamente nas fazendas, coletando as folhas manualmente. Depois chegaram as máquinas de colheita e milhares de mulheres como Nyunja começaram a perder o emprego, pois apenas uma dessas máquinas era capaz de substituir mais de 100 trabalhadoras.

 

Certa noite, em 2020, Nyunja voltou aos aposentos dos funcionários e encontrou a porta bloqueada com uma barreira. Ela havia sido demitida. Implorou ao supervisor para salvar seu emprego e sua casa. Em vez disso, os agentes de segurança da empresa expulsaram-na do local.

 

“Meus 26 anos de serviço não significaram nada para eles”, lamenta ela, lutando contra as lágrimas. “Eles me deram uma hora para juntar meus pertences e ir embora. Nunca na minha vida experimentei tanta humilhação e vergonha. Trabalhei diligentemente por mais de duas décadas e o que consegui? Nada".

 

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O Sindicato dos Trabalhadores Agrícolas e de Plantações do Quênia afirma que 30 mil mulheres perderam os seus empregos como resultado da automatização nos últimos cinco anos. Cerca de 60% dos 75 mil trabalhadores atualmente empregados no setor do chá são mulheres, segundo Dickson Sang, secretário-geral do sindicato.


À medida que as plantações de chá do país se tornam automatizadas para melhorar a produtividade, trabalhadores como Nyunja representam uma tendência global mais ampla: as mulheres têm mais probabilidades do que os homens de perder os seus empregos. Um estudo britânico de 2019 revelou que 70% dos empregos com alto risco de automação são ocupados por mulheres no Reino Unido. E em abril passado, um estudo da Universidade da Carolina do Norte, nos EUA, descobriu que quase 80% da força de trabalho feminina no país será afetada pelos avanços na inteligência artificial (IA), contra 58% dos homens.

 

Embora os recentes avanços na IA tenham agravado as preocupações sobre o declínio dos empregos para os funcionários administrativos, as perdas de emprego devido ao aumento da automatização nas empresas têm ocorrido há anos, como se viu no Quênia. Kweilin Ellingrud, diretora do McKinsey Global Institute, afirma que a sua investigação mostra que a automação tem 14 vezes mais probabilidade de afetar os trabalhadores com baixos salários do que os que ganham mais.

 

“Acho que a razão pela qual está nas manchetes é porque também está atingindo pela primeira vez empregos com salários mais altos”, diz Ellingrud. “Parece-me que a IA está agora focada em empregos de todos os tipos: afeta o seu trabalho, afeta o meu trabalho. Alguns de nós, inclusive eu, não estamos acostumados a pensar em como meu trabalho terá que mudar ou o que vai mudar.”


A pandemia de Covid-19 demonstrou ainda que as mulheres têm maior probabilidade de perder os seus empregos em períodos de convulsão econômica e demoram mais tempo a reingressar no mercado de trabalho.

 

“O desemprego feminino dura mais tempo”, diz Ellingrud. A sua investigação na McKinsey revelou que 12 milhões de pessoas terão de mudar de emprego até 2030 e que as trabalhadoras têm 1,5 vezes mais probabilidade do que os homens de serem forçadas a mudar de profissão. Na sua opinião, isto significa que os governos e as empresas devem adotar urgentemente medidas específicas para requalificar e melhorar as competências das mulheres.


Em Kericho, a apanhadora de chá Roselyne Wasike diz que o seu rendimento caiu quase para metade, de 150 para 80 dólares por mês, à medida que as máquinas ocuparam uma maior parte do trabalho na plantação. Nem mesmo aqueles que conseguiram manter os seus empregos conseguem escapar ao impacto da automação.

 

“Essas máquinas prejudicaram as mulheres que foram demitidas, em vez de lhes dar outras tarefas nas fazendas de chá”, diz Wasike. Muitas delas são viúvas ou mães solteiras. O ressentimento em relação às máquinas traduziu-se em violência em maio, quando os residentes de Kericho incendiaram nove máquinas de colheita avaliadas em 1,2 milhões de dólares (R$ 5,84 milhões) em uma plantação propriedade da Ekaterra, produtora dos chás Lipton e TAZO.


O projeto é feito em parceria com a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) e vai reunir diversos setores para produzir informações sobre a saúde fluminense.


O confronto resultou em duas mortes e na prisão do governador de Kericho. A Ekaterra suspendeu as operações por duas semanas, deixando mais de 16 mil funcionários desempregados. Um dos pontos em disputa tinha sido uma disposição do acordo coletivo do setor segundo a qual os trabalhadores, na sua maioria mulheres, seriam mantidos como operadores de máquinas. Os líderes sindicais afirmam que as multinacionais “recusaram-se abertamente” a aplicá-lo.

 

“Não aprovo a destruição de propriedade. Mas agora estes trabalhadores estão a retaliar porque as empresas de chá continuam a mudar as regras do jogo”, diz Sang.


Ellingrud explica que 85% dos empregos afetados pela IA estarão concentrados em quatro categorias de trabalho: serviços de alimentação, atendimento ao cliente e vendas, administração de escritório e manufatura. Nos três primeiros predominam as mulheres. Mesmo no setor da indústria transformadora, as trabalhadoras como Nyunja são mais vulneráveis em comparação com os homens, que têm maior probabilidade de serem requalificados para funções relacionadas com a automação.

 

A automatização também mudou radicalmente a composição do setor do vestuário de Bangladesh, anteriormente aclamado por transformar as perspectivas de emprego das mulheres. No passado, elas representavam mais de 80% da força de trabalho do setor, mas agora representam menos de 60%. Em 2019, o Governo previu que meio milhão de trabalhadores do setor do vestuário, na sua maioria mulheres, perderiam os seus empregos devido à automatização.

 

No Centro de Costura e Treinamento Moni em Savar, ao norte da capital Daka, Mizanur Rahman ensina seus alunos a operar máquinas de tricô e tecelagem. Rahman, ex-trabalhador do setor têxtil, explica como eles contratam instrutores para os alunos e oferecem horários flexíveis para que as mulheres possam vir antes ou depois de cuidar das tarefas domésticas. Ele ressalta que a confiança que ganham com a formação pode se traduzir em maior reconhecimento no trabalho.

 

“Muitos dos meus alunos alcançam bons resultados e avançam para cargos de supervisor ou gerente de linha”, diz Rahman.

 

As funções de supervisão e gerenciamento de tecnologia automatizada provavelmente serão algumas das principais funções que sobreviverão em um cenário pós-automação. Mas ambos tendem a ser dominados por homens. Na indústria do vestuário do Bangladesh, as mulheres representam há muito tempo menos de 5% dos supervisores, apesar de constituírem uma maioria significativa da força de trabalho.

 

Houve alguns sinais de sucesso. O projeto Igualdade de Gênero e Desempenho, gerido pela Corporação Financeira Internacional do Banco Mundial e pela Organização Internacional do Trabalho, afirma que 60% dos seus estagiários foram promovidos para cargos de supervisão, e o número de supervisoras do sexo feminino na indústria saltou para 12% desde então. O programa começou em 2016.



Abdullah Hil Rakib, diretor da Associação de Fabricantes e Exportadores de Vestuário de Bangladesh, a maior associação comercial do setor no país, afirma que o principal obstáculo para as mulheres prosperarem em cargos de supervisão ou operadoras de máquinas é psicológico.

 

“É uma barreira mental”, diz ele, afirmando que a automatização significa um trabalho menos extenuante fisicamente, tanto para homens como para mulheres, eliminando um obstáculo que anteriormente teria tornado alguns empregos menos acessíveis às mulheres. “Mesmo quando um homem opera uma máquina de corte automática pesada, ele só precisa apertar um botão para ligá-la e desligá-la. Ele não precisa fazer mais”, diz Rakib.

 

Ellingrud observa que cerca de 10% dos empregos criados todos os anos tendem a ser novas funções que não existiam antes, mas as mulheres ocupam estas posições a uma taxa inferior à dos homens. Aqueles que não conseguem se adaptar correm o risco de ficar de fora da nova economia. Mas essa adaptação parece uma possibilidade distante em Kericho, onde Nyunja vende legumes na rua para sobreviver.

 

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“Antes eu podia cuidar da minha família e pagar a escola dos meus filhos”, lamenta. “Agora meu futuro parece sombrio. Mal consigo pagar o aluguel e muito menos mandar meu filho para a escola.” 

 

Fonte: O Globo

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Coluna Mulher : O Trabalho invisível feminino vale ao menos 8,5% do PIB, Mostra pesquisa
Enviado por alexandre em 14/11/2023 10:02:55

Foto: Reprodução

Economia do cuidado, que sobrecarrega mulheres, foi objeto de estudo do FGV Ibre e tema de redação do Enem

Lavar a roupa suja, estender, dobrar, passar e guardar roupa, varrer a casa, tirar o pó, limpar o chão e o banheiro, tirar o lixo, organizar os armários, aguar as plantas, fazer compras, guardar as compras, fazer comida, lavar a louça.

 

Dar banho na criança, vesti-la e penteá-la, dar comida à criança, levar a criança para a escola, buscar a criança na escola, levar a criança ou idoso ao médico, comprar remédios e dá-los à criança ou ao idoso, levá-los para fazer exames, tomar vacinas ou passar por tratamentos médicos, brincar com a criança, estudar com a criança, levar o idoso ao banco.

 

Alimentar o pet, limpar a sujeira do pet, levar o pet ao veterinário ou para passear, pagar as contas de casa, conferir se é preciso comprar roupa, sapato ou material escolar para a criança, ir à reunião de pais da escola.

 

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Mulheres dedicam quase o dobro do tempo dos homens em tarefas domésticas |  Agência de Notícias

 

Estes são alguns exemplos da economia do cuidado: uma série de tarefas domésticas e de esforços com dependentes (crianças, idosos, doentes ou pessoas com deficiência) que precisa ser realizada para que todos produzam e cumpram seu papel na sociedade.

 

Mas existe um fator de discriminação nessa economia do cuidado: 65% do trabalho é feito por mulheres. Se fosse computado, esse esforço acrescentaria ao menos 8,5% ao PIB (Produto Interno Bruto) do país, segundo pesquisadores do FGV Ibre (Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas).

 

No total, incluindo as tarefas executadas por homens, a economia do cuidado representa 13% do PIB.

 

O assunto ganhou relevância no domingo passado (5), quando o Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) propôs como tema da redação "Desafios para o enfrentamento da invisibilidade do trabalho de cuidado realizado pela mulher no Brasil".

 

"Na nossa sociedade patriarcal e machista, o cuidar sempre foi uma tarefa relegada à mulher, enquanto ao homem compete trabalhar", diz a economista Hildete Pereira de Melo, mestre em engenharia de produção e doutora em economia industrial e da tecnologia.

 

A economia do cuidado é essencial para o bem-estar de todos, para que a engrenagem social funcione, mas não é valorizada, diz Hildete, professora da Faculdade de Economia da UFF (Universidade Federal Fluminense) e editora da Revista Gênero.

 

"Pior que isso: serve para limitar o direito da mulher a uma melhor qualidade de vida e a ascender na carreira. O seu tempo livre é dedicado aos outros", diz.


Em dezembro de 2007, Hildete e outros dois pesquisadores —os economistas Claudio Considera e Alberto Di Sabbato— publicaram o artigo "Os afazeres domésticos contam!", quando usaram como base a quantidade de horas dedicadas a tarefas domésticas declarada na Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) por homens e mulheres.

 

À época, essa quantidade de horas foi multiplicada pelo rendimento médio das trabalhadoras domésticas. A conclusão é que o tempo gasto com os cuidados com o lar e a família correspondeu a 11,2% do PIB, em média, entre os anos de 2001 e 2005.

 

Em outubro deste ano, Hildete, Considera e a pesquisadora do FGV Ibre Isabela Duarte Kelly atualizaram o estudo, considerando os dados da Pnad Contínua entre 2016 e 2022. Chegou-se à cifra de ao menos 13% do PIB brasileiro, em média, se o trabalho com a casa e a família fosse remunerado.

 

A cifra é considerada subestimada porque, nos cálculos, os pesquisadores multiplicaram as horas gastas no trabalho invisível pela remuneração do trabalho doméstico, uma das mais baixas do país. As mulheres dedicam, em média, 21,3 horas por semana à economia do cuidado. Os homens gastam 11,1 horas.

 

Outras profissões de cuidado com pessoas —como professores, babás e cuidadores— têm remuneração mais alta que a dos trabalhadores domésticos, o que elevaria o valor do trabalho invisível e, portanto, a porcentagem do PIB que ele representa.


A pergunta do IBGE na Pnad Contínua, porém, não especifica quanto tempo vai para trabalhos domésticos e quanto é destinado a cuidar das pessoas, o que impede uma contabilidade mais precisa, diz Considera, ex-diretor do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) e coordenador do Núcleo de Contas Nacionais do FGV Ibre.

 

A alta de 11,2% para 13% do PIB entre os dois períodos, segundo os pesquisadores, se deve ao aumento da remuneração das domésticas.

 

"Não se trata aqui, obviamente, de propor uma remuneração à mãe, à filha, irmã ou qualquer mulher na família que desempenhe a tarefa de cuidados com o lar e com as pessoas que nele vivem", diz Considera.

 

"Mas de apontar que o trabalho delas é tão relevante que representa um percentual importante para a economia do país. É tempo dedicado aos outros, que precisa ser melhor compartilhado com os demais integrantes da família."


Há também custos indiretos. Na opinião da pesquisadora Isabela Duarte Kelly, a mulher sobrecarregada com trabalhos domésticos e de cuidados com os outros não só prejudica a própria qualidade de vida, como perde chances de ascender na carreira.

 

"Se ela é funcionária, não terá a mesma liberdade de horários e viagens que um colega homem, porque será cobrada a cuidar do lar", diz Isabela.

 

O mais comum, segundo a pesquisadora, é que a mulher escolha trabalhos de meio período ou que ela possa fazer em casa, para conciliar as atividades de cuidados. "Nesses trabalhos, na maioria das vezes, ela ganha menos."

 

Economia do cuidado: e se o trabalho doméstico fosse remunerado?

Foto: Reprodução


É o caso de Viviane Gil Brandão, 47. O dia dela começa às 5h da manhã e só termina às 23h. Viviane é mãe de Davi, 11, e separada do pai dele. Fez faculdade de marketing e de serviço social, mas trabalha como cabeleireira na sala de casa, a fim de conciliar a profissão com os cuidados com Davi e o lar. Também apoia os pais sempre que ficam doentes. Não tem tempo para cuidar de si mesma.

 

"Meu repouso é no curso de corte e costura que faço de manhã", brinca Viviane.

 

Ela deixa de atender clientes às segundas e quartas à tarde para levar o filho à escolinha de futebol. "Ele adora", diz. "Mas em compensação, fico o sábado todo trabalhando, e às vezes no domingo."

 

Única mulher de três irmãos, Viviane diz que a mãe também cobrava que os filhos homens fizessem tarefas de casa. "Mas a maior cobrança era em cima de mim", lembra.

 

"Hoje eu ensino meu filho a lavar a louça, arrumar a cama, e até a receber minhas clientes. Digo que ele precisa aprender a fazer para cuidar da casa dele, com a mulher."


O estudo do FGV Ibre apontou diferentes graus de discriminação de acordo com a região do país.

 

"As mulheres do Nordeste são as que mais dedicam tempo à economia do cuidado: 22,3 horas por semana, contra 10,9 horas dos homens", diz Hildete.

 

O Centro-Oeste é onde tanto mulheres quanto homens menos dedicam tempo aos cuidados: 18,7 e 9,8 horas por semana, respectivamente.

 

No Brasil, o salário dos homens é 26,8% maior do que o das mulheres, em média. Considerando por região, porém, os estados do Norte e Nordeste apresentam a menor diferença salarial entre os sexos: 13,1% e 14,5%, nesta ordem. "São também os estados com os menores salários médios", diz Hildete.

 

No Sul, está a maior discrepância salarial: R$ 3.504 para eles e R$ 2.639 para elas, uma diferença de 33%.

 

À medida que a mulher melhora o seu nível de instrução, o tempo dedicado aos trabalhos domésticos e aos cuidados com a família diminui.

 

De acordo com o estudo, mulheres sem instrução ou com o ensino fundamental incompleto dedicam 23,3 horas por semana à economia do cuidado, contra 18 horas das que têm a formação superior completa.

 

"Possivelmente, as mulheres que estudaram mais ganham mais e podem terceirizar parte das tarefas de cuidados, pagando por isso", diz Hildete.


Os especialistas apontam que, para além do machismo estrutural na sociedade, o Estado tem condições de prover parte desses cuidados, com creches e escolas em período integral, assim como asilos públicos, hoje escassos no Brasil.

 

"É preciso garantir escolas e creches em período integral, com opções inclusive nos fins de semana, para mulheres que têm a necessidade de trabalhar aos sábados e domingos", diz Isabela.

 

Outra questão está relacionada à licença-maternidade: hoje a lei brasileira prevê 120 dias para as mães e apenas cinco dias para os pais —embora um projeto de lei de licença parental preveja 120 dias para qualquer cuidador.

 

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"A partir do momento que o próprio Estado considera que compete apenas à mãe cuidar da criança nos primeiros meses de vida isso só reforça estereótipos", afirma a pesquisadora. 

 

Fonte: Folha de São Paulo

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Coluna Mulher : Sobrancelhas: confira 5 dicas para mantê-las bonitas e saudáveis
Enviado por alexandre em 13/11/2023 10:39:26

Especialista explica como cuidar corretamente dos fios para garantir sobrancelhas alinhadas e harmônicas

Para te ajudar a manter suas sobrancelhas bonitas e saudáveis, a especialista elencou alguns cuidados fundamentais para ter com os fios. Confira:

 

NA HORA DE FAZER A SOBRANCELHA


Nem sempre a técnica de sobrancelha que está na moda vai combinar com o formato do seu rosto. O ideal, de acordo com a especialista, é optar por um modelo que seja harmônico com suas proporções faciais, e não com o que está em alta.

 

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PRIORIZE O NATURAL


É comum pessoas que têm falhas nas sobrancelhas buscarem por técnicas para corrigi-las, como a micropigmentação. Porém, tome cuidado ao realizá-lo, pois pode ficar parecendo muito falso e fugir do seu objetivo. Por isso, faça seu procedimento com profissionais confiáveis.

 

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PENTEIE A SOBRANCELHA


Pode parecer bobagem, mas pentear os fios das sobrancelhas da maneira correta e com frequência ajuda a manter o visual elegante e bem cuidado.

 

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RESPEITE O INTERVALO E CRESCIMENTO DOS FIOS


Muitas pessoas acabam fazendo o design das sobrancelhas com os pelos curtos ou em falta, o que pode não trazer um resultado satisfatório. Dessa forma, aguarde o crescimento dos fios ou considere outro modelo que o profissional indicar.

 

Tudo o que você precisa saber para fazer sobrancelha em casa

 

INVISTA EM PRODUTOS ESPECÍFICOS PARA AS SOBRANCELHAS


Utilize esses produtos ao invés de utilizar outros feitos com propósitos diferentes. Invista em opções com fórmulas que hidratam e ajudam na saúde dos fios. O mercado possui uma série de produtos, indo de sombra, primer e até gloss para sobrancelhas. 

 



 

Fonte: Alto Astral

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Coluna Mulher : Organização dos Estados Americanos em defesa das mulheres
Enviado por alexandre em 09/11/2023 10:14:22

Foto: Reprodução

Assédio sexual é frequentemente a antessala para outras formas de violência e cria ambiente de insegurança

O sistema interamericano tem sido pioneiro na defesa dos direitos da mulher. A Comissão Interamericana da Mulher (CIM), criada em 1928, foi o primeiro órgão intergovernamental dedicado aos direitos femininos no plano internacional, ajudando a avançar, entre outras, a luta pelo direito ao voto na região. Foi também com base numa recomendação do sistema interamericano de direitos humanos que o Brasil adotou a Lei Maria da Penha, um marco na luta contra a violência de gênero.

 

Inspirado por esse pioneirismo, o Brasil deu mais um passo inédito nesta semana, ao propor uma resolução — que acaba de ser adotada no Conselho Permanente da Organização dos Estados Americanos (OEA) —sobre o combate ao assédio sexual. Ao contrário das formas mais visíveis de violência de gênero, o assédio sexual tem sido muitas vezes tolerado num contexto de reprodução de relações de poder desiguais entre homens e mulheres.

 

É frequentemente a antessala para outras formas de violência e cria ambiente de insegurança para mulheres e meninas, tanto nas ruas, no transporte público, nos bares e em locais de diversão quanto no ambiente de trabalho. Ainda que esse tipo de assédio possa atingir não apenas mulheres, elas são a esmagadora maioria das vítimas.

 

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Consciente do impacto sobre a segurança e até sobre o futuro profissional das mulheres, muitas vezes inviabilizado pelas sequelas que essa prática acarreta, o Brasil aproveitará os eventos comemorativos do Dia Internacional para a Eliminação da Violência contra a Mulher (25/11) para colocar o debate no centro da arena hemisférica multilateral.

 

Como produtos concretos, a resolução inclui uma discussão entre os Estados-membros para troca de experiências, boas práticas e aprendizados (no dia 28/11), a elaboração pelo secretariado de compêndio de legislações nacionais, iniciativas e programas para servir de referência no tema e uma atualização das normas de conduta da própria OEA.



Os padrões internacionais de direitos humanos são instrumento central para garantir avanços concretos em todos os países. O Brasil está discutindo amplamente a desigualdade de gênero para que possamos ter uma sociedade não apenas mais justa, mas também mais próspera, porque a participação feminina autônoma nas decisões econômicas e políticas, nos cargos eletivos e de liderança no Estado e no mundo das empresas gera bem-estar para todos.

 

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Temas como economia do cuidado, empreendedorismo feminino, acesso à saúde e à educação, ampliação de oportunidades de ascensão funcional e profissional integram uma agenda de transversalidade, que exige ambiente seguro e respeitoso à integridade física e psicológica das mulheres. A iniciativa na OEA certamente contribuirá para esse objetivo.

 

Fonte: O Globo

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Coluna Mulher : Dor nas costas durante a menstruação é normal? Especialista explica
Enviado por alexandre em 08/11/2023 00:24:45

Foto: Reprodução

Alterações hormonais, retenção de líquido e contrações uterinas são alguns dos motivos das dores nas costas durante a menstruação

A maioria das mulheres sente desconforto durante a menstruação. A dor nas costas, por exemplo, atinge cerca de 46% das brasileiras, de acordo com uma pesquisa feita pelo Instituto Brasileiro de Opinião Pública e Estatística (Ibope).

 

A dor nas costas durante o período menstrual ocorre por uma combinação de fatores físicos e hormonais, explica o ortopedista Bruno Fabrizio, especialista em cirurgias de coluna.

 

“Durante o ciclo menstrual, os níveis de hormônios, como o estrogênio e a progesterona, flutuam. Essas mudanças podem afetar os tecidos e músculos, levando a sensibilidade e dor em várias partes do corpo, incluindo a coluna”, afirma.

 

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O especialista explica que durante a menstruação, o útero se contrai para ajudar a eliminar o revestimento uterino. Essas contrações podem causar dor pélvica e irradiar para as costas. Além disso, a retenção de líquido também pode colaborar para o desconforto na região.

 

“Algumas mulheres sofrem com retenção antes e durante a menstruação. Isso pode causar inchaço nas articulações e músculos, o que, por sua vez, pode levar ao desconforto na coluna”, pontua.

 

 

SINTOMA DE ENDOMETRIOSE


Além destes, a endometriose é outra causa para a dor na lombar no período do ciclo menstrual. A condição é provocada pela migração do tecido que reveste a cavidade uterina para outras partes do corpo, incluindo a coluna vertebral.

 

“Isso pode causar dor crônica nas costas que piora durante a menstruação”, enfatiza Bruno. Segundo ele, algumas mulheres também podem experimentar uma série de sintomas físicos e emocionais antes da menstruação, que podem incluir sensibilidade na coluna e dor.

 

COMO REDUZIR AS DORES?


De acordo com Bruno, “durante a menstruação, as mudanças hormonais e físicas podem afetar a postura e a forma como as mulheres se movem. Isso pode levar a uma tensão muscular que resulta em dor nas costas”.

 

Por isso, para reduzir o desconforto, ele recomenda realizar atividades físicas e exercícios para corrigir a postura. Também é fundamental procurar ajuda médica para diagnosticar e tratar o problema, principalmente se a dor for persistente.

 


 

“Se você está enfrentando dores nas costas durante a menstruação, é aconselhável procurar orientação médica. O especialista pode ajudar a determinar a causa e sugerir tratamentos apropriados, como analgésicos, fisioterapia ou terapias hormonais, dependendo do diagnóstico”, finaliza.

 

Fonte:Metrópoles

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