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Educação Em Foco : Aprovada em 1º lugar em medicina na Unifesp estudava 14h por dia
Enviado por alexandre em 28/01/2015 16:18:08

Aprovada em 1º lugar em medicina na Unifesp estudava 14h por dia

Quem escuta Karina Caciola dizer que passou em primeiro lugar no curso de medicina da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo) se espanta com a calma da jovem de 20 anos. Em vez de euforia, a estudante demonstra uma alegria serena.
Sua atitude evidencia duas características importantes para a aprovação em um vestibular que, neste ano, tinha 125 candidatos por vaga: autoconfiança e paciência.

Karina encarou dois anos de cursinho, jornadas intermináveis de estudo e saudades dos pais e dos amigos -- ela se mudou da casa dos pais, na zona norte de São Paulo, para a casa da tia, na zona sul, para ficar mais perto do cursinho.

Já a autoconfiança se revelou na insistência em cursar medicina em uma universidade pública na capital paulista.

Nos últimos três anos, a jovem foi aprovada duas vezes na UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro) em cursos de engenharia, pelo Sisu (Sistema de Seleção Unificada), e em medicina na UFTM (Universidade Federal do Triângulo Mineiro) e na Santa Casa, instituição paulistana que é particular.
Sonho de criança

"Não sei ao certo de onde veio esta vontade de ser médica. Tenho isso comigo desde o fim do ensino fundamental. Não me vejo fazendo nada diferente. Pelo Enem [Exame Nacional do Ensino Médio], passei duas vezes em engenharia na UFRJ, mas nem cogitei cursar", conta.

Quanto às duas vezes que passou em medicina, Karina teve a tranquilidade de insistir mais um pouco no cursinho para, finalmente, entrar na faculdade que escolheu.

"A UFTM fica em Minas Gerais e achei que poderia ficar em São Paulo mesmo, perto da minha família. Já a Santa Casa, meus pais não teriam condições de pagar. Talvez com o Fies [programa federal de financiamento estudantil]. Mas era mais seguro tentar uma pública", explica.

Bancar uma faculdade particular seria um fardo para a família Caciola -- não eles sejam pobres, mas estão longe de ter dinheiro para arcar com uma mensalidade que girava em torno de R$ 4.000 na época. O pai tem formação técnica e é proprietário de uma pequena empresa de consultoria de informática. Para complementar a renda, é fotógrafo.

A mãe, que também não tem diploma superior, chegou a trabalhar como bancária, mas largou o emprego quando Karina, sua única filha, nasceu. Os três moram em um apartamento no Parque Novo Mundo, zona norte de São Paulo.

Karina estudou até o 9º ano em uma pequena escola particular no seu bairro. No ensino médio, transferiu-se para um colégio que priorizava o vestibular, no bairro vizinho do Tatuapé. Ao final do 3º ano, a jovem fez o Enem e prestou uma série de vestibulares para Medicina.

Apesar da boa pontuação, não passou em nenhuma universidade pública em São Paulo. Foi então que fez um ano de cursinho, com bolsa de estudos, morando ainda com seus pais. De novo, a pontuação não foi suficiente.

Ela decidiu, então, estudar em um cursinho com turmas especializadas no vestibular de medicina, o Poliedro. Com pena da filha que precisava atravessar a cidade todos os dias, Lourdes Caciola incentivou a menina a morar com uma tia, na Chácara Klabin, zona sul da cidade, a poucos metros da escola em que se matriculou, também com bolsa.

"Foi difícil pra mim. Filho nunca cresce pra gente. Fiquei sem controle de nada. Se estava com dor de cabeça, o que estava comendo, se estava agasalhada", conta Lourdes.

Karina quase não se encontrava com a tia. Chegava segunda de manhã no cursinho, vinda direto de casa, colocava a mala de roupas limpas sob a carteira e começava, às 6h45, sua jornada de estudos que só acabava às 21h30. Tudo isso, no prédio do cursinho.
Meu lazer era dormir

"Eu acho que o meu segredo é a determinação e a persistência. Eu ia para o cursinho e tomava café da manhã por lá. Almoçava em 15, 20 minutos. Voltava a estudar. Estudava de sábado, de domingo. Não tinha trégua", conta. 

"Neste último ano, não tive lazer. Meu lazer era dormir. Deixei meus amigos de lado. Eles até pararam de me chamar. Agora que eu estou revendo todo o pessoal. Mas, valeu muito a pena", completa.

Agora, nesse intervalo até o início das aulas, Karina quer rever a turma, voltar a tocar piano e assistir aos seriados de TV de que tanto gosta. Daqui alguns dias, ela vai iniciar o curso de medicina com a mesma paciência e confiança que teve no cursinho. Claro que ela está muito feliz, mas a jovem deixa a euforia para a mãe.

"Minha ficha não caiu ainda. Estou sem ar. Entro no elevador do prédio e conto para minhas vizinhas que minha filha passou no vestibular, em medicina, numa universidade pública e em primeiro lugar. É um presente para mim", não se cansa de falar, orgulhosa, dona Lourdes.

Fonte: Uol

Educação Em Foco : ‘Mito de que pobre não consegue aprender é rompido’
Enviado por alexandre em 19/01/2015 12:54:30

‘Mito de que pobre não consegue aprender é rompido’

 

 

 

 

 

 

 

À frente da administração de Sobral, no interior do Ceará, o prefeito José Clodoveu de Arruda Coelho Neto, o Veveu, hoje é encarregado de dar continuidade a mudanças na rede municipal de ensino iniciadas ainda na gestão do hoje no ministro da Educação, Cid Gomes. Com o Ideb das escolas municipais em 7,8 nas quarta e quinta séries, ele afirma que só é possível fazer uma mudança real no sistema de ensino contrariando a cultura do fisiologismo político.

“Nós rompemos o mito de que pessoas pobres, em regiões pobres, não conseguem aprender”, diz Veveu. “Tem que superar a cultura do privilégio, senão não adianta.” Confira aqui os principais trechos da conversa. (Portal IG – Poder Online – Clarissa Oliveira)

Educação Em Foco : Enem mostra um ensino médio estagnado e dá novo sinal de alerta
Enviado por alexandre em 16/01/2015 02:30:57

Enem mostra um ensino médio estagnado e dá novo sinal de alerta

 

O resultado do Enem 2014 mostra que o ensino médio brasileiro segue estagnado. No resultado divulgado, caíram as médias da redação e da prova de matemática. Não é um resultado isolado, porque o Ideb (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica) vem mostrando a mesma coisa: neste segmento da educação básica, nunca conseguimos alcançar a média 4,0 sobre 10,0.


Além da queda na nota da redação, meio milhão de candidatos ficou com zero nessa prova. Um dos fatores que explicam isso é o provável número de analfabetos funcionais. São alunos que foram aprovados em anos anteriores e estão no final do ensino médio, mas não sabem ler um enunciado, explicar uma ideia, fazer um texto com encadeamento e lógica.


Os três últimos ministros de Educação, quando assumiram, anunciaram que a prioridade seria "reformar o ensino médio". Neste ano, Cid Gomes disse o mesmo. Mas há décadas as notas não mudam e o processo de aprendizagem também não. Vão-se os ministros, ficam os problemas.


Todos os indicadores convergem nesse sentido. O Pisa (prova internacional de competências) fornece um diagnóstico similar há anos, num ranking em que os alunos brasileiros ocupam o desonroso 58º lugar entre 65 países. A última Prova Brasil indicou que a cada dez alunos, nove terminam o ensino médio sem aprendizagem adequada em matemática.


O resultado disso é que, mesmo longe da nota ideal, milhares de alunos entrarão no ensino superior através do Enem e das políticas de inclusão – boas e oportunas, em si - mas infelizmente correm o risco de abandonar os estudos, sobretudo em carreiras que dependem de matemática ou exigem cálculos mais complexos.


Este último Enem é um sinal de alerta: não podemos mais adiar a reforma no sistema educacional. Caso contrário, a competitividade do país estará seriamente ameaçada. Não é de hoje que as empresas reclamam por não encontrar gente qualificada. O Brasil pode até voltar a crescer em função de medidas econômicas, mas tornar este crescimento de fato sustentável só será possível com educação pública de qualidade.

 

Fonte. G1.com

Educação Em Foco : A Educação para o Futuro
Enviado por alexandre em 16/01/2015 02:28:05

A Educação para o Futuro

Como podemos definir o futuro? Ele está perto ou distante? Vocês já devem ter ouvido a expressão “O futuro a Deus pertence”? Devemos educar apenas os mais jovens? E os adultos? Citarei Alvin Toffler, em O Choque do Futuro e Aprendendo para o Futuro, descortina-nos novos horizontes acerca deste tema. Ele diz: “Anteriormente os homens estudavam o passado para lançar luz sobre o presente. Inverti o espelho do tempo, convencido de que uma imagem coerente do futuro também pode nos fornecer uma infinidade de enfoques valiosos do presente”.

A educação do futuro deve versar sobre o questionamento e a tomada de consciência de si mesmo. Com isso, teremos que buscar novas fontes de informação, novos rumos para o nosso progresso moral e intelectual. O ser humano não poderá ficar na dependência do outro, inclusive de livros que ditam as normas e os procedimentos de como atuar em sociedade. A educação deve seguir o exemplo de Nietzsche, que orientava a todos os seus leitores a abandonar o livro, depois de lido, tornando-o dispensável como a comida que passa pelo nosso corpo.

O presente deve ser uma antevisão do futuro e não uma extensão do passado. No passado há paradigmas, que são modelos de pensamentos que nos serviram em um dado momento. Thomas Kuhn, em Estrutura das Revoluções Científicas, diz que os paradigmas não são corrigidos pela “ciência normal”; esta apenas identifica anomalias e crises. De acordo com Kuhn, a mudança de paradigma se dá por uma alteração abrupta, por um salto, por um insight. Em realidade, espelha mais uma nova visão de mundo, totalmente diferente daquela que perdurava até então.

Projetar imagens otimistas aos jovens e aos adultos. Se esboçarmos um mundo tenebroso, a criança vai se lançar ao mundo com essa visão. Como formar um mundo melhor se a nossa mente tem-no como pior? O cérebro – um poderoso reservatório de idéias e pensamentos – tem uma zona, denominada de subconsciente, em que guardamos as lembranças do passado. Se as imagens gravadas, na infância, são negativas, é possível que esta pessoa, na idade adulta, tenha uma visão também negativa do mundo.

Os filmes de efeitos especiais, como Matrix e, mais recentemente, oSpeed Racer, ajudam-nos a prever o futuro. O ser humano deve se preparar para se adaptar ao mundo dos computadores, da terceira dimensão, da velocidade, dos jogos de ação, pois é isso que está nos mostrando a realidade. Projetando ainda mais o uso da tecnologia, podemos imaginar o que se nos espera. É possível que não tenhamos capacidade de saber como se faz, como funcionam essas máquinas. Como, porém, negar a sua existência?

Para detectar os futuros possíveis e prováveis, podemos fazer um pequeno exercício. Suponha que você tenha saído com um barco e, já em alto mar, o motor falhe. Como voltar a terra? Idéia 1: chamar a Guarda Costeira pelo rádio. Não há rádio à bordo; idéia 2: remando. Não há remos; idéia 3: içando uma vela. Não há velas. Idéia 4: saltar do barco e empurrá-lo. Há tubarões no mar. Essas dificuldades obrigam-nos a pensar em uma nova solução, obrigam-nos a desenvolver o pensamento criativo.
Ninguém é uma ilha. Todos nós dependemos do coletivo. Esta postura de interdependência é muito útil para o futuro, pois o mundo se tornará cada vez mais globalizado.

Luiz Carlos Polini

Colaborador do ouropretoonline.com
Graduado em Geografia e História
Especialista em Educação e Gestão Ambiental

Educação Em Foco : Apresentando a proposta pedagógica às famílias dos estudantes.
Enviado por alexandre em 15/01/2015 16:32:54

Nas redes de ensino públicas, é comum os familiares matricularem os filhos na instituição mais próxima de casa. Portanto, eles não optam necessariamente pela proposta pedagógica ou pelos espaços e serviços oferecidos, algo bastante comum no caso da rede particular. Por conta disso, pode acontecer de muitos pais terem uma ideia estereotipada do dia a dia da escola, vendo-a como um lugar que vai apenas cuidar dos pequenos ou dos adolescentes. Além dessa visão equivocada, alguns familiares acreditam que os professores devem dar tarefas ou que os estudantes podem entrar e sair no horário que quiserem.

Para esclarecer qual é o papel, a proposta pedagógica e o funcionamento diário da instituição, é interessante reunir os responsáveis após o fim do período de matrícula. A divulgação do encontro fica mais fácil se, no ato da matrícula, for entregue a todos um impresso com os dias e horários disponíveis para a reunião e qual será a pauta abordada. Dessa maneira, os responsáveis podem se organizar para participar de alguma delas.
Quando bem planejada, essa ação contribui muito no acolhimento e na construção de um relacionamento com as famílias, além de, é claro, ajudar na adaptação dos estudantes no início do próximo ano.

A pauta do encontro

Destaco que o ideal é que a reunião de pais não ultrapasse uma hora de duração – mais que isso fica cansativo e difícil, já que a maioria das famílias tem seus compromissos ou mães que com ausência de creches tendem a levarem crianças nestas reuniões. Portanto, é preciso planejar e priorizar quais são os aspectos mais importantes a serem tratados naquele momento.
Ressalvo minha opinião e tendo experiência, fazer uma reunião antes do fim do ano vale muito a pena, porque o início do ano seguinte fica mais organizado e as famílias ficam mais confiantes. Além disso, tudo se reflete na sala de aula e na aprendizagem dos estudantes, que é o mais importante de tudo, não é mesmo?

Luiz Carlos Polini

Colaborador do ouropretoonline.com
Graduado em Geografia e História
Especialista em Educação e Gestão Ambiental

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