« 1 ... 136 137 138 (139) 140 141 142 ... 389 »
Justiça em Foco : STJ manda Justiça Federal avaliar processos sobre torturas
Enviado por alexandre em 02/12/2019 08:24:30


STJ manda determina que Justiça Federal avalie, oor ora, processos sobre torturas.

Foto: Agência Brasil

Da IstoÉ - Por Estadão Conteúdo

 

O ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ) Rogério Schietti Cruz determinou que, por ora, a Justiça Federal terá competência para analisar os processos apresentados pelo Ministério Público Federal sobre denúncias de tortura contra presos em penitenciárias da região metropolitana de Belém, no Pará. Os crimes teriam sido cometidos no âmbito da Força-Tarefa da Intervenção Penitenciária (FTIP), autorizada pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública em agosto.

O processo chegou ao STJ devido a conflito de competência entre as justiças estadual e federal do Estado: após a justiça federal autorizar acordo formado pelo MPF que autorizaria fiscalizações da situação de presos pelo Conselho Penitenciário do Estado do Pará, a justiça estadual determinou decisão suspendendo os termos e afirmando que o Ministério Público estadual não foi consultado sobre o caso.

O acordo firmado pela procuradoria e aprovado pela justiça federal previa que os presos seriam levados ao Centro de Perícias Científicas Renato Chaves a fim de averiguar evidências de crimes de tortura. Segundo o MPF, foram relatados casos de relatos de violência física e moral, privação de alimentação, de água e de medicamentos e falta de assistência à saúde. O acordo foi homologado pelo Jorge Ferraz de Oliveira Junior, da 5ª Vara Federal do Pará.

A justiça estadual, no entanto, suspendeu os termos para atender o Ministério Público estadual. A promotoria disse que o acordo “prejudica o sucesso da rotina proibida instaurada pela força-tarefa”, que restringia visita de familiares e advogados dos presos.

A divergência entre as decisões levou o ministro Rogério Schietti Cruz a determinar que, por se tratar de emprego de força-tarefa, cabe ao Ministério Público Federal atuar no “controle externo da atividade policial”. Por essa razão, determinou a suspensão da decisão da justiça estadual e a designação da 5ª Vara da Seção Judiciária do Pará para resolver, “em caráter provisório”, as medidas urgentes necessárias relativas ao caso.

O Ministério Público Federal ajuizou ação civil pública em agosto para levar à Justiça as denúncias de tortura sofrida por presos detidos em presídios da região metropolitana de Belém que estão sob foco da Força-Tarefa de Intervenção Penitenciária (FTIP). A procuradoria afirma ter recebido relatos de violência física e moral, privação de alimentos, água e medicamentos, falta de assistência à saúde e de materiais de higiene e suspensão de visitas de familiares e advogados.

Em nota, o MPF pede que pessoas que tenham tido acesso aos detentos, mas não tem vínculo de parentesco com eles, colaborem com as investigações prestando depoimentos de forma anônima ou sigilosa.

As denúncias podem ser feitas de maneira anônima, sem identificação alguma, mediante depoimento pessoal, diretamente com os procuradores da República que atuam no caso. Os encontros devem ser agendados pelos telefones (91) 3299-0119 e (91) 3299-0131.

Os relatos também podem ser feito de maneira sigilosa – quando os dados do denunciante ficam registrados, mas seu acesso não é concedido a terceiros.

Nesse caso, a manifestação deve ser enviada para a Sala de Atendimento ao Cidadão (SAC) do MPF, com referência ao caso e numeração do caso ao qual a denúncia se refere:

Complexo Penitenciário de Americano: procedimento nº 1.23.000.001583/2019-54

Centro de Reeducação Feminino: digi-denúncia nº 20190071002/2019

Justiça em Foco : Julgamento do STF pode mudar internet brasileira
Enviado por alexandre em 29/11/2019 09:07:06


O artigo deve ter a sua constitucionalidade julgada pelo STF em 2020

Estado de S.Paulo

O Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br), entidade responsável pela governança da internet no País, publicou nesta quinta-feira (28), uma carta em defesa do artigo 19 do Marco Civil da Internet, que define as responsabilidades de conteúdos de terceiros na internet. O artigo deve ter a sua constitucionalidade julgada pelo Supremo Tribunal Federal em 2020, na discussão sobre dois casos envolvendo remoção de conteúdo na internet – um envolve o Orkut e é anterior ao Marco Civil; outro diz respeito ao Facebook e é posterior à promulgação da lei. Segundo especialistas, a anulação do artigo 19 pode dar início a uma onda de censura na internet brasileira. 

O artigo 19 foi um dos principais pontos de discussão durante a criação da lei que rege a internet brasileira. Ele determina que empresas que atuam na internet, como provedores, redes sociais, veículos de imprensa, blogs, sites de comércio eletrônico, plataformas de streaming de podcast e outras empresas e startups online, só sejam obrigados a remover conteúdos após uma decisão judicial. É esse mecanismo, por exemplo, que impede que políticos determinem a remoção imediata de posts no Facebook que consideram problemáticos para a sua imagem. Ou que uma loja online derrube promoções de lojas concorrentes, que possam ser mais vantajosas para o consumidor. 

Parte do documento diz que o CGI “reconhece a importância do disposto no art. 19 do Marco Civil da Internet para a preservação da liberdade de expressão, para a vedação à censura e para a garantia do respeito aos direitos humanos”. 

Sem o artigo 19, bastaria uma comunicação extrajudicial, como um simples e-mail, para que as empresas derrubassem qualquer tipo de conteúdo. O temor entre diferentes setores da sociedade é que a derrubada do artigo 19 provoque uma onda de censura na internet brasileira. Sem o dispositivo de proteção, as empresas adotariam uma postura mais cautelosa e removeriam qualquer tipo de material sob a ameaça de serem multadas. Isso valeria de conteúdo jornalístico a humorístico, passando por resenhas de restaurantes em sites de entregas e por episódios de podcast no Spotify. Continue reading

Justiça em Foco : STF forma maioria para compartilhamento amplo de dados entre órgãos para investigações
Enviado por alexandre em 28/11/2019 22:50:00


Plenário do Supremo Tribunal

Com o voto da ministra Cármen Lúcia dado no início da sessão desta quinta-feira, o plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) formou maioria a favor do repasse amplo de dados de órgãos de controle como a Receita Federal e a Unidade de Inteligência Financeira (UIF), antigo Coaf, para instruir investigações criminais do Ministério Público e da polícia.

Como consequência direta dessa decisão ―cujo julgamento ainda não foi encerrado―, deverão ser retomadas as investigações contra o senador Flávio Bolsonaro (RJ), filho do presidente Jair Bolsonaro, e outros cerca de 900 casos, conforme levantamento divulgado pela Procuradoria-Geral da República.

Uma apuração contra Flávio Bolsonaro, que contou com um relatório do Coaf para embasá-la, havia sido suspensa em julho por decisão do presidente do STF, Dias Toffoli.

O voto de Cármen Lúcia foi o sexto a favor do repasse irrestrito das informações entre os órgãos. Em seu voto, a ministra disse que não é quebra de sigilo o repasse de informações da Receita, desde que se mantenham o sigilo dos dados nessas operações.

″É dever do agente público, ao deparar com indícios de pratica criminosa, comunicar ao Ministério Público”, afirmou. Continue reading

Justiça em Foco : STF retoma hoje caso envolvendo órgãos de controle e MPF
Enviado por alexandre em 27/11/2019 08:35:33

STF retoma hoje caso envolvendo órgãos de controle e MPF

STF retomará julgamento sobre uso de dados da Receita na próxima semana

Por Rosanne D'Agostino, G1

 

O Supremo Tribunal Federal (STF) retomará nesta quarta-feira (27) o julgamento que definirá se informações sigilosas de órgãos de controle podem ser compartilhadas com o Ministério Público sem autorização judicial.

Entre os órgãos de controle estão a Unidade de Inteligência Financeira (UIF), antigo Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras), a Receita Federal e o Banco Central.

O julgamento começou na semana passada e foi suspenso na quinta-feira (21). Já votaram o relator, Dias Toffoli, e Alexandre de Moraes, que divergiram sobre o compartilhamento de dados pela Receita Federal e pelo antigo Coaf. 

Confira a reportagem na íntegra aqui: STF retoma julgamento sobre compartilhamento de dados ...

Justiça em Foco : PF prende juiz em ação contra venda de sentenças para grilagem de terras
Enviado por alexandre em 24/11/2019 19:06:49

A Polícia Federal prendeu o juiz Sérgio Humberto de Quadros Sampaio, da 5ª vara de Substituições da Comarca de Salvador, em um desdobramento da Operação Faroeste, que apura um esquema de vendas de sentenças relacionadas à grilagem de terras no oeste do estado, que afastou o presidente do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA) e mais cinco magistrados. A prisão ocorreu na manhã deste sábado (23) e é válida por cinco dias.

De acordo com a Polícia Federal, o mandado de prisão temporária do juiz foi expedido pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), que também expediu o mandado de prisão temporária de José Valter Dias, que não foi localizado pela polícia. José Valter Dias é apontado como um dos maiores proprietários de terra do oeste baiano.

O juiz Sérgio Humberto de Quadros Sampaio estava afastado do trabalho desde a última terça-feira, quando começou a operação. Ele e outros quatro desembargadores, entre eles o presidente do TJ-BA, Gesivaldo Britto, são investigados no suposto esquema de venda de decisões judiciais, além de corrupção ativa e passiva, lavagem de ativos, evasão de divisas, organização criminosa e tráfico de influência no estado.

Segundo a decisão do STJ, essas duas prisões só foram decretadas agora porque os dois suspeitos não foram encontrados durante as buscas realizadas na última terça-feira. O ministro Og Fernandes destaca que a medida foi necessária para preservar a investigação e evitar fugas.

Ainda de acordo com a decisão do STJ, o juiz Sérgio Humberto mantinha uma vida de luxo em uma residência avaliada em R$ 4,5 milhões e aluguel mensal de R$ 10 mil, fora a taxa condominial. Foram encontrados na casa do juiz quatro carros de luxo, entre eles um porsche e uma BMW, além de três relógios rolex e joias. Segundo o ministro Og Fernandes, esse patrimônio ultrapassa o patamar normal financeiro de um servidor público.

O G1 não conseguiu contato com a defesa do juiz preso neste sábado até a última atualização desta reportagem.

« 1 ... 136 137 138 (139) 140 141 142 ... 389 »
Publicidade Notícia