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Brasil : AVC
Enviado por alexandre em 05/11/2020 01:18:26

Rápido atendimento é fundamental na recuperação
O rápido atendimento a uma pessoa que sofre o Acidente Vascular Cerebral (AVC) pode reduzir as suas sequelas e melhorar a capacidade de recuperação. O AVC é o entupimento ou rompimento dos vasos que levam sangue ao cérebro, em que o paciente apresenta os sintomas e os déficits neurológicos de uma maneira abrupta.

A importância do tempo está relacionada à condição de avaliação que a equipe médica terá e a realização do tratamento, podendo ser o de trombólise endovenosa, e/ou cirúrgico (trombectomia mecânica) para liberar o fluxo de sangue novamente.

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O Dr. Paulo Henrique Aguiar, neurocirurgião do hospital Samaritano Paulista, explica os tipos de AVC e seus fatores de risco. O AVC isquêmico é responsável por 80% deles de acordo com a literatura médica, onde a artéria cerebral apresenta uma parada súbita do fluxo sanguíneo, causando infarto cerebral por falta de sangue na área nutrida pela artéria obstruída. Já o AVC hemorrágico é responsável por 15% dos casos de AVC, e ocorre por causa da ruptura da artéria, causando uma hemorragia dentro do tecido cerebral.

A Hemorragia Subaracnóidea é responsável por 5% dos casos de AVC, geralmente causada por ruptura de um aneurisma cerebral, localizado nos espaços de passagem dessas artérias, entre os tecidos cerebrais. A incidência anual de hemorragia subaracnóidea aneurismática é em torno de 1 pessoa para cada 10.000, com maior incidência entre fumantes, em homens mais jovens (25 – 45 anos), mulheres entre 55 e 85 anos e homens acima de 85 anos

FATORES DE RISCO
Os fatores de risco mais comuns para um AVC são: hipertensão, diabetes tipo 2, colesterol alto, sobrepeso e obesidade, tabagismo, uso excessivo de álcool, idade avançada, sedentarismo, histórico familiar, além de doenças cardiovasculares como arritmias cardíacas, doenças das válvulas cardíacas, endocardite, insuficiência cardíaca e infarto agudo do miocárdio.

SINTOMAS COMUNS
Entre alguns sintomas comuns estão a perda da força no braço, perna, de um lado do corpo; sensação de formigamento; dor de cabeça súbita e intensa sem causa aparente; alteração aguda da fala; e perda súbita de visão.

SOCORRO RÁPIDO
Quanto mais rápido o atendimento e tratamento do AVC, menores são as sequelas. O acionamento de um resgate e ida ao pronto-socorro são de extrema importância ao sentir sinais do Acidente Vascular Cerebral, assim como o encaminhamento para um hospital preparado para receber pacientes graves de AVC.

*Estadão

Brasil : TAMPA DO VASO
Enviado por alexandre em 04/11/2020 00:10:25

Fotos mostram para você sempre fechar a tampa do vaso sanitário ao dar descarga

Você dá descarga com a tampa do vaso sanitário aberta? Se a resposta foi sim, talvez você se interesse por uma pesquisa realizada no Reino Unido por uma empresa de produtos de limpeza.

 

Em uma série surpreendente de imagens, é possível ver bactérias sendo expelidas de um vaso sanitário. Uma descarga do vaso sanitário produz milhares de minúsculas gotículas de aerossol, que podem conter bactérias e vírus e contaminar superfícies a até dois metros de distância.

 

Segundo o jornal The Independent, a pesquisa da Harpic revelou que 55% dos adultos do Reino Unido não fecham a tampa ao dar descarga, apesar de quase 72% dizerem que estão mais preocupados com a higiene do que nunca.

 

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Para mostrar os perigos de dar descarga, a empresa que conduziu a pesquisa usou tecnologia de câmera de alta velocidade para capturar as gotas e partículas que saem do vaso.

 

O que parecem fogos de artifício explodindo são, na verdade, gotículas de aerossol sendo catapultadas para fora do vaso sanitário, que podem voar em superfícies e até no rosto das pessoas.

 

Empresa mostra perigos de dar descarga com tampa aberta (Foto: Reprodução/Harpic)

 

Algumas das partículas são capazes de atingir o trato respiratório inferior, o que pode levar à infecção. Se uma pessoa tocar em uma superfície contaminada pela descarga do vaso sanitário, pode se infectar ao tocar o nariz ou a boca.

 

Na pesquisa, quando os entrevistados foram questionados sobre o motivo de não fecharem a tampa ao dar descarga, os principais foram: não ter consciência dos riscos (47%), sentir medo de tocar na tampa (24%) e esquecimento (15%).

 

Empresa mostra perigos de dar descarga com tampa aberta (Foto: Reprodução/Harpic)

Fotos: Reproduções

 

No entanto, quase todos os 2 mil entrevistados (95%) admitiram que começarão a fechar a tampa depois de serem informados dos riscos.

 

 

"Nunca houve um momento mais importante para tomar cuidado extra em nossas casas, embora os riscos associados à propagação de germes em banheiros anti-higiênicos sejam altos, a solução para mantê-los limpos é simples", disse um funcionário de pesquisa e desenvolvimento da Harpic.

 

Glamour

Brasil : O SIGILO
Enviado por alexandre em 04/11/2020 00:05:42

Como funciona o programa de proteção a vítimas e testemunhas

Com tantos crimes que acontecem atualmente, é comum várias denúncias serem feitas e elas são muito importantes porque permitem que os órgãos responsáveis tomem as medidas cabíveis.

 

Vários dos crimes cometidos ao decorrer da história acabaram sendo presenciados por pessoas que muitas vezes não denunciam, mas chegam a testemunhar sempre que necessário.

 

Vítimas de vários tipos de crimes sofrem bastante carregando cicatrizes profundas, as que sobrevivem acabam necessitando de proteção, assim como as testemunhas também. Nem todos sabem, mas tanto as vítimas quando as testemunhas podem integrar um programa de proteção, você já ouviu falar ou sabe como ele funciona? Caso não saiba, continue lendo, pois iremos explicar tudo agora mesmo.

 

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Programa de Proteção a Vítimas e Testemunhas

 

Criação


Desde 1994 a matéria sobre um programa de proteção para vítimas e testemunhas já estava na pauta do Congresso Nacional, o projeto previa que o Brasil adotasse um modelo de programa similar ao que já havia na Itália. Em 1996, o Gabinete de Assessoria Jurídica a Organização Populares (Gajop) que é uma ONG pernambucana, criou o Programa de Proteção a Testemunhas, Familiares e Vítimas da Violência, ele ficou conhecido como o Provita.

 

O modelo criado pela ONG se baseou em programas similares que já existiam em outros países, como a Inglaterra, Itália, Holanda e Estados Unidos. Mas por aqui houveram algumas adaptações para poder se encaixar na realidade brasileira.

 

Em 1997, Fernando Henrique Cardoso era o presidente do Brasil encaminhou para o Congresso Nacional um novo projeto de lei. 2 anos após, mais precisamente em 13 de junho de 1999 foi finalmente promulgada a lei que prevê a criação de um Programa Nacional de Proteção a Vítimas e Testemunhas.

 

 

 

Como funciona?


O programa oferece medidas de proteção quando requeridas por vítimas ou testemunhas de crimes que estejam expostas a graves ameaças por estarem colaborando com uma investigação ou processo criminal. A União, os Estados e o Distrito Federal são os responsáveis por aplicarem a proteção, cada um nas suas respectivas competências.



Dependendo do tamanho da exposição ou possíveis perigos corridos, a proteção poderá ser também dirigida ou estendida a cônjuges ou companheiros. Além disso, ascendentes, descendentes e até mesmo dependentes que tenham uma convivência habitual com a vítima ou testemunha de cada caso podem fazer parte do programa.

 

Programa de Proteção a Vítimas e Testemunhas

 

Programa de Proteção a Vítimas e Testemunhas

 

As pessoas que passam a participar do Programa de Proteção recebem uma nova identidade, além de serem relocadas para uma outra cidade. Em alguns casos, os protegidos podem até mesmo se mudar para outro estado, dependendo da gravidade da situação. Se por algum acaso o protegido fique impossibilitado de trabalhar e não tenha uma outra fonte de renda, ele começa a receber uma ajuda financeira mensal. Caso ele seja um servidor público ou um militar, as atividades são interrompidas, mas continua ganhando os vencimentos normalmente.

 

Outros Benefícios


Além de serem acompanhados pelo governo juntamente com a Provita, o protegido recebe auxílio médico, psicológico. Além disso, recebe também apoio social, jurídico e orientação profissional para ser recolocado no mercado de trabalho se for o caso. Se conseguir voltar a trabalhar, uma escolta armada pode ser solicitada para o acompanhar na ida e volta e até mesmo quando precisar prestar algum depoimento.

 

Fotos: Divulgação 

 

 

O programa tem duração de 2 anos, caso o protegido ainda corra algum risco, é solicitada a renovação e o caso é reanalisado desde o princípio. Quando sai definitivamente do programa, a vítima ou testemunha volta à vida antiga e conta por 4 anos com o a poio do Programa Rede Solidária e de serviços socioafetivos.

 

 

Quem entra no programa para participar, por estar colaborando com as investigações, deve manter sigilo total. Sendo assim, a pessoa não pode nem mesmo entrar em contato com velhos amigos ou ex-vizinhos. O novo lar é vigiado 24 horas, assim como todos os meios de comunicação para que não coloque o protegido em mais riscos ainda.

 

Tricurioso 

Brasil : BIZARRO
Enviado por alexandre em 02/11/2020 23:28:10

Conheça 5 das lojas mais bizarras do mundo

As bizarrices estão espalhadas pelo mundo inteiro e não é de hoje. Como bem sabemos, essas bizarrices podem ser encontradas nos mais variados setores, principalmente no comércio em geral, como em lojas, por exemplo.

 

Aqui no TriCurioso já falamos sobre as planta mais bizarras do mundo, os restaurantes mais bizarros do mundo, os museus mais bizarros do mundo, dentre tantas outras coisas.

 

Você já viu que as bizarrices não possuem limites, não é mesmo? Bom, hoje chegou a hora de conhecermos 5 das lojas mais bizarras do mundo. Está pronto? A lista começa agora mesmo.

 

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Conheça 5 das lojas mais bizarras do mundo

 

Conheça 5 das lojas mais bizarras do mundo


Mercado Lomé de Vodu


Esse é considerado um dos mercados mais assustadores do mundo. Localizado em Togo, no oeste da África, o mercado é especializado em itens para rituais de vodu. Por lá podem ser encontrados algumas coisas bem bizarras, como por exemplo: pés de elefante, cabeças mumificadas de leopardos, mãos de chimpanzé e várias outras partes de animais.

 

Mas engana-se quem pensa que por lá só vão pessoas para comprar os itens. O mercado também recebe turistas para ver todos os “produtos” de perto. Bem bizarro, não acha?

 

Conheça 5 das lojas mais bizarras do mundo

 

Loja de Contêineres Freitag


A Freitag é uma conceituada fábrica de bolsas européia que decidiu construir uma loja fora dos padrões em Zurique, na Suíça. A marca usou 17 contêineres reaproveitados para construir a loja que tem quase 26 metros de altura.

 

No topo do edifício há ainda um mirante que dá para observar a cidade. Mas engana-se quem pensa que a loja é somente chamativa por essa questão. Bom, por lá, ao todo há cerca de 1.600 bolsas recicladas para vender.

 

Conheça 5 das lojas mais bizarras do mundo


Mercado de Noivas Cigano


A maior parte das pessoas sonham em casar algum dia, mas nem todas parece que encontram o amor da sua vida. Na Bulgária existe um mercado que pode resolver esse problema, bom, pelo menos é o que ele promete. O Mercado de Noivas não é um tipo de comércio comum, em nenhuma da hipóteses, para começar, ele acontece anualmente após o início do jejum de páscoa ortodoxo.

 

Além disso, por lá são apresentadas várias mulheres jovens que se vestem com roupas bem chamativas e usam bastante joias de ouro. Algumas noivas chegam a custar milhões de euros. Essa é uma tradição do povo cigano que se chama Kalaidzhi.

 

 

Condomerie


Você já deve ter visto lojas especializadas nos mais variados produtos, não é mesmo? Mas você já viu lojas especializada em camisinhas? Desde 1987 existe na Holanda uma loja que vende somente preservativos masculinos e isso não é o mais curioso.

 

Por lá podem ser encontradas camisinhas foras dos padrões, como por exemplo, com formato de elefante e da estátua da liberdade. Bem bizarro, não acha?

 


Necromance


Muito provavelmente essa seja uma das lojas mais bizarras dessa lista, por isso deixamos ela por último. A Necromance possui duas lojas na Melrose Avenue, na Califórnia e por lá podem ser adquiridos produtos bem bizarros, desde animais conservados em formol até acessórios dark.

 

Tudo o que se encontra na loja é voltado para o lado macabro e também para a comunicação com os mortos para desvendar o futuro. A loja pode ser visitada, mas você tem que ser bastante corajoso para isso.

 

Conheça 5 das lojas mais bizarras do mundo

Fotos: Divulgação 

 

 

Bom, essas foram apenas algumas das lojas mais bizarras do mundo que conseguimos encontrar, mas existem muitas outras espalhadas por aí. Continue nos acompanhando, pois sempre estamos postando várias matérias sobre coisas bizarras que podem ser encontradas no mundo.

 

Tricurioso 

Brasil : VOTO ONLINE
Enviado por alexandre em 31/10/2020 00:09:44



Prático, barato, mas pouco seguro?. Porque  voto online ainda não é realidade

O Brasil vai se juntar ao crescente grupo de países que está realizando experimentos para desenvolver o voto online — alternativa que permite ao eleitor escolher seus governantes e representantes legislativos através de poucos cliques na tela do celular ou no teclado do computador, algo especialmente vantajoso em tempos de pandemia de coronavírus.

Por enquanto, a Estônia, nação de apenas 1,3 milhão de habitantes do Leste Europeu, é o único país a colher parte significativa dos votos pela internet, a despeito de críticas sobre a segurança do sistema — em 2019, 44% dos eleitores votaram online para escolher seus parlamentares.

Outros como Suíça e Estados Unidos estão fazendo experimentos em pequena escala, mas a tentativas também têm enfrentado resistência de acadêmicos que apontaram falhas capazes de comprometer a integridade de eleições.

Os críticos reconhecem que qualquer sistema de votação está sujeito a fraudes — o problema do voto online, argumentam, é que a conectividade das informações aumenta o risco de uma manipulação em larga escala capaz de modificar o resultado.

No Brasil, sob supervisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), 31 empresas realizarão simulações de votações pela internet — usando celular, tablet ou computador — em algumas seções eleitorais no dia 15 de novembro, quando haverá eleições municipais. Os testes com candidatos fictícios ocorrerão em São Paulo (SP), Curitiba (PR) e Valparaíso de Goiás (GO), onde eleitores poderão participar de forma voluntária.

Após essa experiência, o TSE deve avaliar se desenvolve um sistema para fazer votações piloto na disputa presidencial de 2022 — isso significaria usar o voto online na eleição real, mas em poucas seções eleitorais, como um teste.

A iniciativa foi determinada pelo presidente da Corte, ministro Luís Roberto Barroso, com objetivo de buscar uma alternativa mais barata à urna eletrônica. A última compra fechada pelo TSE neste ano prevê o gasto de R$ 699 milhões na aquisição de 180 mil unidades. O modelo envolve ainda custos de transporte, armazenamento e manutenção das urnas.

Outra vantagem do voto online seria permitir que eleitores que estejam fora de suas cidades no dia da eleição possam votar, reduzindo as abstenções.

"Do ponto de vista teórico, não temos dúvida que o modelo online é mais barato e eficiente. Agora temos que fazer os estudos para ver se, do ponto vista prático, ele é viável, se nós conseguimos evitar as fraudes, se conseguimos garantir que o eleitor tenha respeitada sua vontade no momento da eleição", disse à BBC News Brasil Sandro Vieira, coordenador do projeto "Eleições do Futuro" no TSE.

"Essa solução nunca será colocada em um projeto piloto sem que sós tenhamos trabalhado com toda a transparência possível e tenhamos certeza do ponto de vista técnico de que ele é uma solução confiável", reforçou.

'Enormes riscos', diz organização internacional

Voto online em tablet
Legenda da foto,

Aos poucos, diversos países têm começado a adotar a votação online

Em relatório sobre o uso do voto online no mundo publicado em abril, a Fundação Internacional para Sistemas Eleitorais (IFES, na sigla em inglês) reconhece que a "pandemia de covid-19 aumentou o interesse e a demanda por tornar serviços online, incluindo a votação", mas desencoraja iniciativas apressadas, alertando para os "enormes riscos" envolvidos na introdução de novas tecnologias.

"A votação pela internet ainda é uma tecnologia emergente, com poucos casos de sucesso para estudar e aprender", diz também a publicação.

Segundo o relatório, os países que já adotam o voto online em geral o oferecem para poucos eleitores, como cidadãos que moram no exterior. É o caso de Armênia, Austrália, Canadá, Estados Unidos, México, Nova Zelândia, Panamá e Suíça.

Na Estônia, a alternativa online já existe há mais de uma década e foi usada por 44% dos eleitores que votaram para escolher seus parlamentares em 2019. O país tem condições muito particulares, por estar na vanguarda do governo digital.

Lá, cada cidadão tem um cartão de identidade com um chip e senha usado para acesso a diversos serviços públicos online, e que permite também votar por meio de um computador, usando um dispositivo que lê esse chip.

Para contornar um dos problemas do voto fora da sessão eleitoral — a possibilidade de o eleitor sofrer alguma coerção ou oferta de dinheiro para escolher determinado candidato —, o sistema permite que a mesma pessoa vote diversas vezes e contabiliza apenas a última escolha. O eleitor pode, inclusive, optar por depois comparecer a uma sessão eleitoral para votar presencialmente, anulando seus votos online.

Mas, apesar do uso consolidado do sistema, ele não é isento de críticas. Em 2014, um grupo de especialistas liderados pela Universidade de Michigan apontou falhas que permitiriam alterar o resultado da eleição.

Segundo esses especialistas, seria possível, por exemplo, infectar o computador do eleitor com um malware (software malicioso) que copiaria a senha do cartão digital quando ele registrasse seu voto. Posteriormente, quando o cartão fosse inserido no leitor do computador para outro serviço, o malware conseguiria alterar a votação do eleitor.

"As autoridades da Estônia se recuperaram da crise adotando uma política de máxima transparência sobre o impacto da vulnerabilidade e as medidas adotadas para mitigá-la. Isso só é possível em um contexto onde o público confia nas autoridades e onde a população é relativamente pequena e homogênea — a Estônia tinha 887.420 eleitores em 2019", nota o relatório de abril da Fundação Internacional para Sistemas Eleitorais.

EUA registram seu 1º voto por celular em eleição presidencial

Donald Trump e Joe Biden
Legenda da foto,

Eleição presidencial nos Estados Unidos teve primeiro voto por celular neste ano

Nos Estados Unidos, onde o sistema de votação é fragmentado, podendo variar de acordo com o Estado ou a cidade, o aplicativo de votação Voatz vem sendo usado desde 2018 em algumas localidades, de forma experimental, para colher votos de militares e civis que vivem no exterior ou de pessoas com alguma deficiência.

A empresa privada americana que desenvolveu a plataforma diz que a integridade do voto e a identidade do eleitor é protegida com tecnologias como blockchain e criptografia. O eleitor autorizado a usar o aplicativo confirma sua identidade fotografando um documento pessoal com foto e realizando reconhecimento facial (por meio de um vídeo em modo selfie) e biométrico (impressão digital).

Depois de votar, recebe por email um "recibo" com os candidatos que escolheu, como forma de confirmar que suas escolhas foram registradas corretamente. Esse mesmo "recibo" (sem a identificação do eleitor para manter a privacidade do voto) é enviado à autoridade eleitoral para que possa ser feita, caso necessário, auditoria dos votos contabilizados online.

Usando essa plataforma, o Condado de Utah (subregião do Estado de Utah) foi o primeiro na história a registrar um voto por celular para a eleição presidencial americana em 13 de outubro, segundo o portal da rede de TV Fox News.

Embora o pleito esteja marcado para 3 de novembro, diversos Estados e cidades nos EUA permitem o voto antecipado, que tradicionalmente é feito por correio ou presencialmente em sessões eleitorais. Neste ano, mais de 50 milhões de americanos já votaram dessa forma, para reduzir o risco de contrair covid-19.

A segurança do Voatz, porém, é contestada por especialistas. O Condado de Utah manteve o uso do aplicativo neste ano para eleitores no exterior ou com certas deficiências, a despeito de pesquisadores do prestigiado Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT, na sigla em inglês) terem publicado em fevereiro um estudo apontando uma série de vulnerabilidades de segurança na plataforma, desenvolvida por uma empresa privada americana.

Segundo essa análise, o aplicativo tem falhas que podem ser usadas por hackers para alterar, interromper ou expor o voto. Além disso, os pesquisadores afirmam que o uso de um fornecedor terceirizado pela Voatz para identificação e verificação do eleitor apresenta possíveis riscos à privacidade dos usuários.

A empresa questionou os resultados, dizendo que o estudo analisou uma versão antiga do aplicativo, o que os pesquisadores refutam. O Estado da West Virginia, pioneiro do uso do Voatz em 2018, preferiu cancelar seu uso neste ano após a publicação do MIT.

Suíça quer teste a partir de 2021

Já a Suíça — que costuma realizar cerca de três votações por ano, tanto para eleger representantes políticos como para consultar a população em referendos — vem realizando alguns experimentos de votação por internet na última década.

Lá, mais de 80% dos votos já é colhida remotamente, mas em papel, por correio. Uma tentativa de implementar o voto online para ao menos 18 dos 26 cantões do país em 2019 foi interrompida quando especialistas em segurança apontaram falhas graves no sistema que estava sendo desenvolvido com tecnologia da empresa espanhola Scytl.

A análise — realizada por Sarah Jamie Lewis (diretora da ONG canadense Open Privacy) e os acadêmicos Olivier Pereira (Universidade Católica de Louvain, na Bélgica) e Vanessa Teague (Universidade de Melbourne, na Austrália) — verificou que era possível alterar votos sem que essa interferência fosse detectada.

O Swiss Post (Correio Suíço), responsável pela implementação do voto online, reconheceu o problema, mas disse que a falha identificada não permitia que agentes externos se infiltrassem no sistema. Ou seja, para que o resultado fosse alterado seria necessária a participação de funcionários dos Correios com conhecimento especializado. Após a interrupção da iniciativa, a nova previsão é ter um sistema de voto online para uso experimental no país a partir de 2021.

"Não vamos minimizar isso (a falha detectada). Este código se destina a garantir eleições nacionais. A segurança eleitoral tem um impacto direto na distribuição de poder em uma democracia", escreveu Sarah Jamie Lewis, em uma série de publicações no Twitter divulgando o resultado da análise.

No Brasil, urna eletrônica não é conectada à internet

Urna eletrônica
Legenda da foto,

No Brasil, urnas eletrônicas não são conectadas à internet e por isso, segundo especialista, não é vulnerável a ataques externos

Questionado por apoiadores sobre a iniciativa do TSE de experimentar o voto online, o presidente Jair Bolsonaro voltou a defender o voto em papel. Ele é ferrenho crítico da urna eletrônica e chegou a dizer em março que tinha "provas" de que venceu a eleição de 2018 em primeiro turno. No entanto, nenhuma evidência disso foi apresentada.

"Eu prefiro o papel. O papel não tem como (ser) acoplado ao eletrônico, é uma forma ideal de você não ter fraudes em eleições", afirmou, em 13 de outubro.

Ao responder críticas como a de Bolsonaro ao sistema de votação usado no Brasil há mais de vinte anos, o TSE usa como um dos argumentos o fato de a urna eletrônica não se conectar à internet. No atual sistema brasileiro, cada urna é uma dispositivo isolado (não conectado a outros) — ao final da votação, os votos registrados naquela urna são impressos em um boletim em papel ao mesmo tempo em que são enviados ao TSE por meio de uma rede de transmissão de dados criptografados de uso exclusivo da Justiça Eleitoral. O boletim impresso permite depois a auditoria dos resultados.

"Muito se fala da possibilidade de hackers invadirem as urnas no dia da votação, mas a urna eletrônica não é vulnerável a ataques externos. Esse equipamento funciona de forma isolada, ou seja, não dispõe de qualquer mecanismo que possibilite sua conexão a redes de computadores, como a Internet", diz o site do TSE.

Devido a argumentos como esse, o especialista em segurança de sistemas Diego Aranha, professor do departamento de Engenharia da Aarhus University, na Dinamarca, se diz "surpreso" com o anúncio de testes para uso de voto online pelo TSE.

Aranha ficou conhecido por ter apontado vulnerabilidades no sistema de votação eletrônico brasileiro em 2012 e 2017. Para ele, o voto online representaria riscos maiores porque a maioria dos eleitores é leiga em segurança computacional e não saberia proteger seu celular ou computador contra invasão de malwares (softwares maliciosos) programados para alterar votos.

Na sua avaliação, uma fraude eleitoral é mais grave que fraudes bancárias, por exemplo, porque, mesmo se detectada, sua reversão depois é mais complicada, exigindo novas eleições, com o impacto de gerar desconfiança no pleito e na democracia.

"O mundo não está pronto pra votações em internet em escala razoável. Problemas não estão resolvidos", disse à BBC News Brasil.

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