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Brasil : CAFÉ EM ALTA
Enviado por alexandre em 02/12/2021 08:27:30

Café pode ter maior preço em mais de 25 anos com problemas na produção

Efeitos climáticos afetam safra 2021-2022, com uma produção menor na anterior

Alta demanda por café também encarece preços
Alta demanda por café também encarece preços REUTERS/Carlo Allegri

João Pedro Malardo CNN Brasil Business

em São Paulo

O café é a segunda bebida mais consumida pelos brasileiros, mas em 2021 o sabor da bebida ficou mais amargo. No ano, o café em grão já subiu mais de 110% segundo dados da Associação Brasileira da Indústria de Café (Abic), e a tendência é que o produto continue a subir em 2022, podendo chegar ao valor mais alto em 25 anos.

A alta nos preços está ligada a uma série de fatores. Há, primeiro, os danos climáticos na safra 2021-2022, mas também uma produção pequena em 2020-2021, uma demanda que cresceu na pandemia e custos de produção maiores com a alta do dólar.

O cenário não é exclusivo do Brasil, e problemas de produção em outros grandes produtores, como Colômbia e Vietnã, também impactam nos preços. Criou-se, com isso, o que Celírio Inácio, diretor-executivo da Abic, considera ser um cenário raro, de grande especulação em torno dos preços do produto.

Crises do café

Segundo Inácio, o café é uma planta perene, que não costuma passar por grandes alterações de produções que levem a altas nos preços. Com isso, as crises ligadas ao produto são mais raras, e espaçadas temporalmente. Mas existe um fator em comum a elas: a causa é climática.

A última grande crise do café foi em 1994, quando uma geada atingiu os estados de Paraná e São Paulo, que na época ainda eram os maiores produtores. A saca do café ultrapassou US$ 200 à época com a queda na produção.

Antes disso, a chamada “geada negra”, também no Paraná, afetou a produção das safras para 1975, 1976 e 1977, e o cenário piorou com a disseminação de uma doença chamada ferrugem alaranjada. Com isso, a saca chegou a US$ 400.

Antes disso, em 1969, outra geada levou à perda de até 70% da safra daquele ano. Outra grande crise foi a da década de 1930, quando houve uma superprodução do produto, a oferta superou a demanda e os preços caíram.

O Brasil era o maior produtor mundial de café naquele período, com o produto com peso grande na economia, e o governo de Getúlio Vargas decidiu comprar e queimar estoques de café para manter os preços altos.

Comparativamente, a crise atual do café está seguindo o caminho das anteriores. Inácio afirma que, atualmente, a saca do café está em torno de R$ 1.200, ou cerca de US$ 213, em linha com preços de episódios anteriores.

Fatores para a alta

A análise dos preços do café leva em conta, primeiro, o fato dele ser um produto de cultura bianual. Ou seja, uma produção ruim em 2021 tende a impactar a de 2022, e a recuperação é vista apenas em 2023.

André Rolha, analista da Venice Investimentos, afirma que a falta de chuvas e as geadas no Brasil afetaram quase 589 mil toneladas de café, em especial em São Paulo e Minas Gerais, estado que concentra cerca de 50% da produção do grão.

A perspectiva ruim para a safra 2021-2022 se soma a uma produção baixa na safra de março de 2020 a setembro de 2021. “A safra passada [2019-2020] foi recorde, mas tivemos um aumento do consumo interno com a pandemia e um recorde na exportação. Ela foi em torno de 60 milhões de sacas. Essa safra foi menor, não deve passar de 47 milhões de sacas”, afirma Inácio.

A produção baixa e a perspectiva de números também reduzidos em 2022 criam um cenário especulativo, com os preços da safra 2021-2022 já sendo afetados. “Dependendo de como impacta o solo, a raiz, o produtor pode antecipar a produção e estocar prevendo uma alta de preços, e isso já tem sido repassado ao consumidor”, afirma Rolha.

Além das geadas, outro aspecto que tem afetado os preços do café é a alta do dólar. Por um lado, o real desvalorizado estimula os produtores a exportar o café, já que a lucratividade é maior, mas a baixa oferta no mercado interno faz os preços subirem.

Ao mesmo tempo, um dólar mais elevado encarece os custos de produção. “O dólar saltou de US$ 5,20 para US$ 5,70, e esse peso reflete na cadeia de precificação, porque insumos, defensivos e combustíveis são importados”, diz o analista.

Inácio cita como exemplo os defensivos agrícolas, que já subiram mais de 120% em 2021. Os produtores acabam repassando parte desses custos maiores para os consumidores, buscando manter ao menos parte das margens de lucro.

A combinação de represamento do que já foi produzido com espera pela melhor hora para vender, produção menor, demanda maior, impactos climáticos na próxima safra e o dólar valorizado está fazendo o preço do café chegar a níveis recordes.

Há, ainda, fatores externos ao Brasil. Segundo Inácio, “países produtores como Vietnã, Colômbia e Etiópia já declararam uma produção menor de safra. A Colômbia nem conseguiu entregar toda a quantidade prometida para exportação. Com isso, o mercado e os preços dispararam externamente e internamente”.

A expectativa, para ele, é que o mundo “consuma mais café brasileiro” em 2022 para compensar essas baixas, mas isso ocorre em detrimento da oferta no mercado interno.

Segundo o diretor-executivo da Abic, a perspectiva ainda é de alta nos preços. “Tivemos até uma boa notícia com a florada do café nas últimas semanas com boa chuva, e sem isso o café estaria ainda mais caro. É um bom indício, mas não é certeza”.

O problema, porém, é que não há perspectiva de o dólar baixar, e a tendência é que o consumo do café continue a subir, ou se mantenha no nível elevado, em meio a uma queda dos estoques em todo o mundo, incluindo no Brasil.

Os Estados Unidos, maior consumidor mundial, devem ter uma demanda maior, atraindo as vendas. A perspectiva, com isso, é que os fluxos de oferta e demanda fiquem desequilibrados, com os preços subindo.

“O produtor fica atento ao que paga mais. Nós brasileiros somos o maior produtor, e o segundo maior consumidor. A exportação deveria estar disparada, mas há problemas como frete marítimo até cinco vezes maior e falta de contêiner, então, o café prometido para exportação ainda nem foi exportado devido a isso, mas ele já tem dono”, diz Inácio.

Levando em conta esse cenário, Rolha afirma que 2022 deve ter a máxima em 25 anos do preço do café no Brasil. “Se considerar que vimos no ano uma saca até R$ 600 o quilo, o vencimento em dezembro já está a R$ 1.300 a saca do café arábico. O preço tem espaço para subir ainda mais”.


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Brasil : AIDS A LUTA
Enviado por alexandre em 01/12/2021 23:27:18

40 anos da Aids no mundo: estigma, ativismo e evolução científica

Em 5 de junho de 1981, um relatório do Centro para Controle de Doenças (CDC), dos Estados Unidos, documentava pela primeira vez uma infecção pulmonar incomum conhecida como pneumonia por Pneumocystis carinii (PCP). Cinco jovens homossexuais apresentavam o quadro, sendo que dois deles acabaram morrendo. Era o início da Aids no mundo, embora o termo só aparecesse depois.

A nova síndrome foi relacionada ao sangue e passou a ser identificada, inicialmente, como uma doença de homossexuais.

Nos anos seguintes, no entanto, a infecção se espalhou entre mulheres, homens heteros, usuários de drogas, hemofílicos, pessoas que recebiam transfusão de sangue e bebês. É a partir daí que a infecção passa a ser classificada como epidemia.

De lá para cá, 34,7 milhões de pessoas morreram de doenças relacionadas à Aids em todo o mundo, de acordo com levantamento da UNAIDS.

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Crédito: Klebercordeiro/istock40 anos da Aids no mundo

Avanços da ciência 

Nos anos 80 e 90, o diagnóstico da doença era quase uma sentença de morte, mas com o passar dos anos e com a evolução da ciência, surgiram tratamentos que hoje proporcionam para a pessoa que vive com o vírus uma expectativa de vida semelhante a de uma sem o HIV.

Atualmente, é possível ter o HIV, sem no entanto desenvolver a Aids. Isso significa que com o tratamento com medicamentos antirretrovirais, a carga viral fica tão baixa que é indetectável. Além da melhora na qualidade de vida, essa condição impede a transmissão sexual do HIV.

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Webinário “40 anos de Aids no mundo: o que fizemos, o que falta fazer?”

Nessas 4 décadas da doença, o ativismo em diferentes países foi o que ajudou a ampliar a defesa dos direitos das pessoas vivendo com HIV/Aids e na estruturação das mais variadas políticas públicas, como a distribuição gratuita de preservativos e tratamento pela rede pública.

Além disso, a união de grupos de pessoas que vivem com HIV tem ajudado a quebrar o estigma, estabelecer interlocuções que no passado eram inexistentes e dar visibilidade a uma luta tão necessária.

Ainda há muito o que se fazer para ampliar a prevenção e pôr fim ao preconceito e à discriminação. Debater o assunto é umas armas mais poderosas.

É por isso que no Dia Mundial de Combate a Aids, 1º de dezembro, a Agência Aids reúne especialistas para discutir essas quatro décadas de enfrentamento da pandemia da Aids, no Brasil e no mundo.

“Considero muito importante promovermos a reflexão de profissionais e ativistas, um time de primeira linha, sobre os 40 anos da pandemia no Brasil e no mundo. Construímos sim muitos avanços, mas seguimos tendo complexos e presentes desafios”, diz Roseli Tardelli, fundadora da Agência e curadora do webinário.

Confira a programação do webinário:

9h30: Surgimento do HIV, os primeiros 10 anos…infectar-se com HIV: uma sentença de morte! Com Dra. Rosana Del Bianco (Médica infectologista do Emílio Ribas desde 1984 época do primeiro caso internado com Aids); Dra. Marinella Dela Negra (supervisora de equipe técnica do Instituto de Infectologia Emílio Ribas); e Dra. Glória Brunetti (Médica infectologista do Instituto de Infectologia Emílio Ribas).

Mediação:  Américo Nunes Neto – fundador do Instituto Vida Nova, coordenador do Movimento Paulistano de Luta contra a Aids (Mopaids) e ex-presidente do Fórum das ONG/AIDS do Estado de São Paulo.

11h30 – Entrada dos antirretrovirais no cenário Global:  o desafio da adesão tema presente nos 40 anos.  Com Dra. Maria Clara Gianna (CRT Aids de SP); Veriano Terto (ABIA)

Mediação: Fabi Mesquita – monitora em incidência internacional da Rede Mundial de Pessoas Vivendo com HIV e representative of Peace Women Partners International Council of Leaders – representando Brazil e Myanmar.

14h30 – Ativismo no Brasil fundamental na construção da resposta brasileira. Com a participação de Rodrigo Pinheiro (Fórum Ongs Aids de SP); Javier Angonoa  (consultor independente com trabalhos para Unaids/Unicef, GAPA Bahia); e Alessandra Nilo (Gestos Pernambuco).

Mediação: Marina Vergueiro – autora do livro “Exposta”, que dá voz às mulheres gordas e/ou que vivem com HIV e são sexualmente ativas.

16h30: Da Camisinha a PrEP: Novas tecnologias de prevenção e o estigma que persiste. Com: Drew Persí (Youtuber, coautor do Som das Décadas); Carué Contreiras (médico e ativista); e Dra. Adele Benzaken (membro do comitê de certificação da eliminação da sífilis e do HIV da OPAS-Organização Pan-Americana de Saúde e vice-presidente do comitê de especialistas da OMS).

Mediação: Juny Kraiczyk – diretora geral da ECOS e pesquisadora do Núcleo de Pesquisa em Direitos Humanos e Saúde LGBT da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo.

O webinário “40 anos de Aids no mundo: o que fizemos, o que falta fazer? será apresentado pelo Youtube da Agência Aids – https://www.youtube.com/c/AgenciaAids

Brasil : CAPITAL DO CHURRASCO
Enviado por alexandre em 01/12/2021 14:40:00

Lagoa Vermelha, RS - capital nacional do churrasco

O Presidente da República, Jair Bolsonaro, sancionou o Projeto de Lei n° 2.436, de 2019, que confere ao Município de Lagoa Vermelha, no Estado do Rio Grande do Sul, o título de Capital Nacional do Churrasco.

Conforme a proposição legislativa, desde 1983, a Festa Nacional do Churrasco, que se realiza a cada dois anos, é conhecida nacionalmente pelo modo pioneiro do lagoense de se expressar por meio dos assados, o que fez de Lagoa Vermelha a Capital Nacional do Churrasco.

Em 2014, realizou-se uma ação conjunta no Município para promover o curso de extensão universitária “A arte e o segredo no preparo do tradicional churrasco de Lagoa Vermelha. O melhor churrasco do Brasil”, por meio da iniciativa do Instituto de Desenvolvimento do Alto Uruguai (IDEAU), campus Passo Fundo, do Centro de Tradições Gaúchas (CTG) Alexandre Pato (responsável pela realização da Festa Nacional do Churrasco e Comida Campeira) e da Associação Brasileira de Criadores de Devon (ABCDEVON).

Ademais, o Governo do Rio Grande do Sul declarou o município de Lagoa Vermelha como a Capital Gaúcha do Churrasco, em 18 de janeiro de 2019, por meio da Lei n° 15.256/19.

Desse modo, por conta de seu vínculo com a pecuária e sua favorecida posição geográfica, pela tradição e peculiaridade do povo lagoense, e por se tratar de um elemento cultural e fundamental à economia da região, o churrasco simboliza parte da história do município.

Assim, a sanção presidencial visa a conferir o título de Capital Nacional do Churrasco ao município de Lagoa Vermelha, como forma de prestigiar o empenho da população local em conservar e dar continuidade na tradição regional de prover um bom churrasco.

CONHEÇA LAGOA VERMELHA https://www.capitaldochurrasco.com/


A HISTÓRIA DO CHURRASCO

Churrasco de maneira geral pode ser definido como peça de carne aindain’natura ou já processada, assada sobre fogo ou brasas, com utilização deespetos ou grelhas.

“A Lei n° 11.929, de 20 de junho de 2003, institui o churrasco comoprato típico, e o chimarrão como bebida símbolo do Rio Grande doSul, entende-se por churrasco à gaúcha a carne temperada com salgrosso, levada a assar ao calor produzido por brasas de madeiracarbonizada ou in natura, em espetos ou disposta em grelha, e sobcontrole manual.”

O churrasco sofreu significativa evolução desde a caça dos animaisselvagens a conceituados sistemas de produção de bovinos nos dias atuais.O manuseio da carne também teve grande aperfeiçoamento e a maneira dese fazer o churrasco também recebeu inúmeras influencias que foramadaptações propiciadas pelas mudanças ocorridas na evolução do homem edo próprio ambiente. Mas, foi na mão dos gaúchos, que o churrasco tomouforma. Além de se consagrar como um dos pratos mais cobiçados daculinária universal, tornou-se símbolo e identidade de um povo.

Na época dos jesuítas, as reduções, como era chamado o sistema depovoação, os produtos de grande procura e grande valor comercial eram ocouro bovino (para confecção de calçados, vestimentas, chapéus, arreios eoutros tantos utensílios), e a graxa bovina que servia como combustívelpara lampiões e a calefação. Foi por causa deste grande rebanho formadona época das reduções que os portugueses voltaram a atenção para região.Causando a formação de grandes expedições que vinham abater animaispara levar o couro e a graxa. Após vários embates entre portugueses eespanhóis, iniciou-se a instalação de propriedades rurais com grandesextensões de terras, as chamadas sesmarias, estancias e fazendas. Fazendocom que a atividade pecuária se desenvolvesse amplamente. Essa tradiçãoganhou vida e fez de Lagoa Vermelha a Capital Nacional do Churrasco, porexpressar-se de forma única, peculiar e pioneira.

A CARNEAÇÃO

Para um bom churrasco fica evidente a qualidade da carne e seu preparo desde o abate até a brasa. As modificações no cruzar das gerações alteraram significativamente o modo de abate dos bovinos. A carneação nochão por sobre o couro deixou de existir. Agora o animal abatido é coureado e erguido através de roldanas com corda. Com a carcaça levantada usa-se uma serra de mão, abre-se o peito, osso externo e no posterior é serrado oarreio. Usa-se a faca para cortar os músculos da região abdominal e efetuara evisceração. São seccionados, as quatro patas, a cabeça, o rabo e apósserrada longitudinalmente separando a carcaça em duas metades. Sãoretiradas as duas paletas, o pescoço, o matambre, as duas costelas e os quartos.

Para o tradicional churrasco de Lagoa Vermelha, seguindo a forma pioneira,toda a carne é desossada e charqueada com exceção dos costilhares. Apaleta produz duas mantas, as costelas são cortadas no sentido docomprimento, permanecendo junto o contra filé e os quartos.

Os cortes especiais e característicos de Lagoa Vermelha.


a.Matambre
b.Costela
c.Filé Mignon
d.Coxão de Dentro
e.Coxão de fora + Tatu
f.Picanha
g.Patinho
h.Maminha + Alcatra( Chapéu de Bispo)
i.Vazio ou barrigueira
j.Granito ou churrasco do peito

LINGUIÇA CAMPEIRA

A linguiça campeira em Lagoa Vermelha é uma tradição que nasceu para ahistória e se eternizará no tempo. Tão boa foi a sua aceitação que pareceser uma identidade local presente em quase todas as situações quevisualizem uma confraternização.

Após o processo da desossa ocorre o charqueamento das peças para a suauniformização, sobrando dessa operação pedaços de carne que sãocortados com faca na forma semelhante ao guisado (carne moída), emdiâmetro aproximado de 1 cm.


LAGOA VERMELHA

Lagoa Vermelha é um município brasileiro do estado do Rio Grande do Sul. Sua população, de acordo com estimativas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), era de 28 443 habitantes em 2016.

A FORMAÇÃO PECUÁRIA DE LAGOA VERMELHA

O povoamento de Lagoa Vermelha e de toda região está ligado em razão de duas estradas: uma que ligava as Missões a Vacaria, atualmente a BR 285, e outra que ligava em direção a Santa Catarina e ao Paraná pelo Passo do Pontão, no rio Uruguai (Pelotas), a atual BR 470. Nesse cruzamento tropeiros passavam para descansar junto a Lagoa de águas vermelhas.

TROPEIRISMO

O município era ponto de passagem e descanso de tropas e tropeiros, por volta de 1840, alguns até formaram suas estâncias para criação de bovino se muares na região. Foi por volta de 1845 quando o fundador de Lagoa Vermelha José Ferreira Bueno construiu uma capela dedicada à São Paulo,doando um terreno para a formação do povoado.

Desde a origem, o município de Lagoa Vermelha só veio a comprovar a sua natureza pecuária, permanecendo por longo período ativa no ciclo tropeiro ena criação de gado espalhado por suas invernadas. Realizou e sediou grandes eventos como a Exposição Nacional da Raça Devon na primeira edição em 1985 e na quinta edição em 1992. Na atualidade, o Seminário Serrano sobre Pecuária de Corte nos Campos de Cima da Serra, o Simpósio da Carne Devon, o Rodeio Crioulo Internacional, a Festa Nacional do Churrasco e a Mostra de Doces e Comida Campeira, traduzem e reafirma messa identidade.

Provavelmente a fundação e a existência de Lagoa Vermelha, tenha ligação direta com seus campos naturais. Estes por sua vez são constituídos de um ecossistema biodiverso, com ampla diversidade de vida vegetal e animal.

O GADO

O mesmo gado a povoar primitivamente os campos da Lagoa Vermelha, não difere daquele trazido pelos jesuítas na primeira leva até o Mato Castelhano,nem do rebanho da segunda leva vindo para os campos da Vacaria. Nesses pouco mais de trezentos anos da presença dos bovinos nestes campos muitas raças de corte foram introduzidas e tiveram grandes desempenhos como o Charolês, Angus, Hereford, Braford e Santa Gertrudis, dentre outras.Por evidências históricas de adaptação, pioneirismo, tradição ao longo do tempo, aceitabilidade de raça pura ou de uso em cruzamentos nos Campos de Cima da Serra, destacam-se nesta oportunidade o Gado Franqueiro e o Devon.

A origem da raça na Inglaterra remonta à época das expedições dos fenício sem busca de estanho na região de cornwall. Os “Red Ruby Devon” Rubis Vermelhos no português, como são chamados popularmente os animais da raça, se adaptaram nos Campos de Cima da Serra, forjaram um estilo próprio de vida ao gaúcho Serrano, numa comunhão perfeita de campo,cavalo e boi. Também escreveram com o casco da raça, a história de campeiros e tropeiros, que fizeram sua vida no lombo do cavalo, repontando no rastro das tropas, a base da carne que consagrou no tempo, o“Churrasco de Lagoa Vermelha”.

Raça bovina de fácil adaptação encontrou ambiente com ótimas condições para expressar todo seu potencial de rusticidade, longevidade, fertilidade,habilidade materna, facilidade de parto, precocidade, conversão alimentar e capacidade leiteira. No entanto, a facilidade de manejo do rebanho pelo temperamento calmo, de mansidão e docilidade da raça é uma das principais virtudes que encanta e determina a opção dos criadores pelo Devon.

Brasil : LEITE CAIU!
Enviado por alexandre em 30/11/2021 09:43:03

Consumo de leite despenca 10% e setor prevê pior ano da história

A queda das vendas nos supermercados indica que o consumo de leite cairá até 10% em 2021 e o ano deve terminar com o pior desempenho da história para o setor. A projeção é da Associação Brasileira da Indústria de Lácteos Longa Vida (ABLV) que espera processar cerca de 6,5 bilhões de litros de leite tipo UHT, que é vendido em caixa tipo longa vida.

Com esse resultado, a média do consumo anual por brasileiro deve cair quase 3 litros na comparação com 2020. “Há 25 anos o setor crescia ano após ano, e devemos terminar o ano com retração entre 8% e 10%. É uma queda assustadora”, diz o presidente da ABLV, Laércio Barbosa. A estimativa de contração do setor foi antecipada pelo “Valor Econômico” e confirmada ao CNN Brasil Business.

Produção de leite / CNN

A série histórica da entidade mostra apenas um ano com queda das vendas: 2018, quando houve a paralisação dos caminhoneiros. Mesmo assim, aquela retração foi mais modesta, de 2%. Barbosa atribui a queda do consumo neste ano à queda da renda do brasileiro, especialmente com o fim do auxílio emergencial, e também ao aumento dos custos e preços do setor.

“Desde o início da pandemia, o preço dos lácteos subiu cerca de 30%, basicamente quase tudo no ano passado. Mesmo assim, as vendas seguiram firmes no ano passado por causa do auxílio emergencial”, diz.

Em 2021, porém, o efeito do auxílio começou a diminuir – com menor número de beneficiários e valor inferior – até que o programa chegasse ao último pagamento nos últimos dias. Diante dos números, Barbosa diz que a demanda pelos lácteos, especialmente leite, foi diretamente atrelado ao pagamento do auxílio emergencial durante a pandemia.“E olha que a queda do leite nem é o pior desempenho entre os segmentos. A venda de leite condensado em caixa longa vida deve cair 20% no ano”, diz o executivo.

Ele nota ainda que alguns segmentos de lácteos refrigerados indicam números ainda piores. “Alguns iogurtes têm apresentado queda superior a 20%”. Com vendas em queda, produtores têm mantido estoques mais elevados que o normal e direcionado mais matéria-prima para a produção de queijos. Além disso, o executivo diz que a indústria tem tentando reduzir custos com os produtores que têm o gado e vendem leite às fábricas.

Tópicos

Brasil : MAIS POBRE
Enviado por alexandre em 29/11/2021 15:19:36

Venezuela é o país mais pobre das Américas

Venezuela terminará 2021 como o país mais pobre da América Latina

PIB do país caiu 81,8% em sete anos

Presidente da Venezuela, Nicolás Maduro Foto: EFE/Prensa Miraflores

O Haiti sempre foi a nação mais pobre da América Latina. Devastado por terremotos e imerso em crises políticas, o país se acostumou com o poder do crime organizado e com o colapso econômico permanente, uma fábrica de refugiados. Mas, quando o ano acabar, o primo mais pobre dos latino-americanos será a Venezuela.

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Segundo projeções do FMI, este país de 28 milhões de habitantes, com uma das maiores reservas petrolíferas do mundo, terminará o ano com a menor renda per capita da região: US$ 1.627 – atrás do Haiti, com US$ 1.690. Dez anos atrás, a renda per capita do país era de US$ 12,1 mil.

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Venezuelanos e analistas econômicos não veem a notícia com surpresa. Para Erik de Bufalo, professor da Universidade Simón Bolívar, a posição da Venezuela é reflexo da política econômica chavista.

– Para um país que já teve a terceira maior economia da região, essa situação é lamentável. Mas não é uma surpresa, porque o modelo de exploração chavista tem levado a isso.

Em sete anos, o PIB da Venezuela caiu 81,8%. Alan Zamayoa, analista de risco da Control Risks para América Central e Caribe, surpreendeu-se com o fato de o Haiti sair da última posição.

– Aqui, no Haiti, não tivemos um crescimento econômico significativo em três anos. Antes da pandemia, o Haiti já não tinha uma boa performance econômica. Agora, a insegurança também impacta na economia. Devemos avaliar a performance em relação às oportunidades de cada país. A Venezuela é um dos maiores produtores de petróleo, por isso é um desastre muito maior, mesmo que o Haiti seja um pouco mais pobre. A situação econômica e social é tão dramática que, se a economia contraiu um pouco mais ou um pouco menos do que o Haiti, continua sendo um ponto muito fora da curva – afirma o economista chefe para a América Latina do Goldman Sachs, Alberto Ramos.

COLAPSO
Para quem vive na Venezuela, o cotidiano evidencia o que o FMI escancara em números. De acordo com um estudo recente elaborado por universidades venezuelanas, 76,6% da população vive com menos de US$ 1,2 dólar ao dia e 8 milhões de pessoas estão desempregadas.

– A indústria nacional está muito enfraquecida, não produzimos nada. Há muita insegurança com relação às empresas estatais, por exemplo. A projeção do FMI prova que a economia não se recuperou. Continuamos sem produzir bens e serviços e com uma hiperinflação que aumenta os preços a cada dia – afirma o radialista Nehomar Hernández, de 33 anos.

A Venezuela vive em hiperinflação há 47 meses, quase quatro anos, o maior colapso econômico de todos os tempos de um país que não está em guerra. No final de 2022, segundo o FMI, o país terá tido 79% de contração da economia desde 2013, mais do que o dobro da contração da Grande Depressão nos EUA (28%).

Durante seu governo, o presidente Nicolás Maduro realizou três reconversões da moeda e eliminou 14 zeros do bolívar nos últimos 13 anos. Recentemente, para tentar conter a crise, o chavista diminuiu os controles sobre as importações.

– Quem chega a Caracas hoje acredita que nossa situação econômica melhorou. Um dos motivos é o fenômeno das “bodegones”, lojas de produtos importados onde se vende tudo o que você vê nas prateleiras de Miami. Maduro apostou em gerar uma ilusão de bem-estar econômico, mas isso chega a 10% ou 20% da população. O restante vive com US$ 1 por dia – diz Hernández.

DOLARIZAÇÃO
Nas ruas, o dinheiro que mais circula é o dólar. Nas “bodegones”, a situação é a mesma. E o acesso ao dólar se massificou entre a maior parte da população, justamente em razão da desvalorização da moeda local.

– O bolívar está desvalorizado. É preciso muitas notas para pagar uma coisa simples. Agora, o acesso ao dólar está disseminado porque trabalhadores informais e independentes, desde mecânicos até médicos, cobram os serviços em dólar. Em geral, os serviços valem o mesmo que fora do país – afirma Hernández.

ALTERNATIVA
De Bufalo explica que essa dolarização informal da economia venezuelana foi uma opção do chavismo.

– Agora, o governo substitui o que se produzia por importações controladas pelo Estado. Esse modelo exclui a base da economia, as instituições, e até a indústria petrolífera sai afetada.

Hernández se considera privilegiado por integrar uma classe média alta, com casa própria e um carro para circular por Caracas. Trabalhando para uma rádio espanhola há três anos, ele recebe seu salário de fora do país e isso permite que ele “viva em certo conforto”.

– Mas isso não é comum. Eu sei que estou entre os 20% da população, no máximo, e sei como precisamos de um país melhor – afirma.

*AE

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