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Brasil : PIZZA DE CUSCUZ
Enviado por alexandre em 07/07/2022 10:10:59

Paraibano lança pizza de cuscuz com ovo e faz a entrega a cavalo
O proprietário de uma lanchonete, José Adailton, de 32 anos, tem reinventado a forma de fazer pizza, com sabores inusitados, e tem feito a alegria dos internautas com suas aventuras culinárias. Veja fotos ao longo do texto.
sso porque, no perfil da lanchonete no Instagram, o Pará Lanches, é possível encontrar pizzas de bife de fígado, chilitos Fandangos e muitas outras brincadeiras para chamar a atenção dos clientes.

José, que é natural da Paraíba, conta que veio ao Rio de Janeiro para tentar uma vida melhor, e que após sair de seu emprego abriu seu próprio negócio no ramo alimentício.

Segundo o rapaz, o início não foi tão fácil. No mês de maio, durante uma de suas brincadeiras que tinha como o intuito o marketing da lanchonete, acabou caindo do cavalo que usava para fazer as entregas e machucando o braço.

“Sempre fui uma pessoa bem humorada, e por isso postei as fotos das pizzas com sabores diferentes, mas não esperava essa proporção toda. Já estou me recuperando do acidente”, conta José.

Marketing do negócio

O jovem empreendedor relata que, no começo do funcionamento da lanchonete, contratou pessoas que acabavam queimando as pizzas, e que quando postava fotos delas queimadas percebia o engajamento crescer mais do que quando postava imagens da comida em bom estado.

“A loja tinha dado uma enfraquecida e as vendas diminuíram, porque eu postava fotos de pizzas bonitas e ninguém curtia, nem comentava e muito menos interagia. Quando eu postei a foto da pizza queimada deu muito engajamento e vendas, e eu fiz disso uma oportunidade”, lembra José.

José fala que suas expectativas para o futuro da lanchonete são as melhores. Com o engajamento que as postagens deram para o perfil da lanchonete que fica em Bangu, no Rio de Janeiro, ele espera aumentar o faturamento e ser um empreendedor conhecido.

A expectativa é que a marca cresça para que ele possa ajudar a família na Paraíba.

Sobre os sabores milaborantes que ele vende, o dono da Pará Lanches também explica que não passam de uma estratégia de marketing que, até o momento, apesar dos imprevistos, vem dando certo.

“A ideia era uma brincadeira para dar engajamento, assim como a ideia da entrega de cavalo, esta que acabou causando o meu acidente e me impedindo de trabalhar. Os sabores especiais são mais para internet mesmo para atrair clientes para nossa página”, explica.

Fonte: O Povo

Créditos: O Povo

Brasil : GAVIÃO REAL
Enviado por alexandre em 06/07/2022 15:44:12

Voluntários monitoram ninhos para evitar extinção de harpias em Rondônia

Do banho ao acasalamento de harpia, o projeto Núcleo RO monitora os ninhos para saber mais sobre o comportamento da espécie.


Há 14 anos atuando em Rondônia, o Projeto Harpia Núcleo RO já fez os mais diversos flagrantes do gavião-real no meio da floresta. Um dos mais recentes (e raros) foi o banho de uma harpia dentro de um pequeno rio. Dos 21 ninhos de harpias monitorados pelo projeto no Estado, atualmente há 10 em atividade. 

De acordo com o coordenador do projeto, Carlos Tuyama, além da coleta de dados sobre os hábitos do animal, a pesquisa busca evitar a extinção dessa que é considerada uma das maiores aves de rapina do mundo.

O projeto é formado por 15 voluntários que possuem especializações nas mais diversas áreas, como biologia e medicina veterinária. Professores e estudantes de outras áreas também ajudam na preservação.

Harpia tomando banho é registro raro realizado em Rondônia. Foto: Carlos Tuyama

Projeto Núcleo Rondônia

O coordenador do projeto em Rondônia, Carlos Tuyama, conta que antes de surgir o Núcleo de Rondônia, os primeiros estudos sobre as harpias no Brasil foram realizados por cientistas ligados ao Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA). À época, o projeto levava o nome de Programa de Conservação do Gavião-Real.

"Em 2008, um grupo de graduandos de biologia de Cacoal fundou um grupo de trabalho que posteriormente veio a integrar o projeto nacional, tornando-se o Núcleo Rondônia, que é composto por 15 colaboradores voluntários, que de acordo com a possibilidade de cada um, contribui com as ações do projeto. Não é uma atividade remunerada, cada um faz por amor a causa", 

conta.
Os ninhos das harpias ficam em lugares remotos e de difícil acesso, as câmeras ajudam na captura de informações os hábitos dessa ave. Foto: Carlos Tuyama

Além dos 15 colaboradores em Rondônia, o projeto tem o apoio de outros grupos ligados a instituições de pesquisa e universidades em outros estados da Amazônia e da Mata Atlântica. "São biólogos, veterinários, professores, estudantes e pessoas sem formação específica na área, porém que desejam contribuir com a conservação ambiental e da fauna da região", fala Tuyama.

Mesmo com os 14 anos do Núcleo Rondônia mostram, Tuyama diz que o projeto é novo. Segundo ele, por haver poucos estudos sobre a ave de rapina (que é uma espécie de baixíssima densidade populacional) e por ela ter hábitos discretos em um território vasto, isso acaba dificultando a captação dos dados.

"Estudar espécies assim é por si só um enorme desafio. Existem aspectos do comportamento que ainda são desconhecidos em função da dificuldade de se observar ou registrar. Além disso, dada a raridade da espécie, algumas conclusões só são possíveis com alguns anos de estudo, já que o número amostral sempre tende a ser bastante baixo. Nesse aspecto, qualquer dado coletado pode ser importante para pesquisas atuais ou futuras, pesquisas essas que em alguns casos nem estão planejadas, mas que surgem em função de descobertas ou evidências que se apresentam até inesperadamente", declara.

Quanto mais informação, ressalta o coordenador, mais estratégias podem ser adotadas na luta contra a extinção da harpia: "Evidentemente, a coleção do máximo de aspectos permite um raio-x cada vez mais apurado das características da espécie e da sua relação com o seu habitat, o que é de grande importância também para desenvolver estratégias de ação, visando a conservação".

Dos 21 ninhos conhecidos pelo Projeto Núcleo Rondônia, somente 10 estão ativos e seguem sendo suporte para a reprodução da espécie. O coordenado destaca que esforços são concentrados para que ninhos alternativos, próximas as localidades, sejam descobertos para serem mapeados.

"Nos sítios reprodutivos ativos fazemos o monitoramento, buscando acompanhar as nidificação [que a ação de construir o ninho] e conhecer o índice de sucesso ou não de cada uma dessas áreas",

pontua.

Na luta contra a extinção

A harpia é uma ave em extinção e o objetivo principal do projeto é evitar o fim da espécie. Para isso, o estudo realizado no projeto analisa os hábitos da ave, que segundo Tuyama, é uma das mais lentas quando se refere a reposição.

"Um casal de harpia cria, em média, um único filhote a cada três anos. O nascimento é apenas uma etapa do desafio. Nos 14 anos que monitoramos ninhos, contabilizamos cerca de duas dezenas de nascimentos ou descobrimentos de ninhos com filhotes", diz.

Os dados coletados pelo projeto analisam as informações e buscam alguns pontos como: época de acasalamento, nascimento, dispersão do filhote, dieta usada na alimentação, qualidade da floresta do entorno, e interação com as outras espécies.

O monitoramento dos ninhos acontece de forma individualizada por causa de suas localizações. Alguns deles mais distantes acabam recebendo a visita dos especialistas uma vez por ano. "Existem também alguns poucos ninhos que nos permitem fazer uma visita por semana. Portanto, são situações que requerem métodos diferentes de trabalho", diz Tuyama.

Métodos esses que tem a tecnologia como principal aliada. Câmeras instaladas perto dos ninhos, GPS carregados pelo filhotes que tenham sido capturados (ou resgatados), marcados e soltos novamente na natureza, telemetria ou rádio transmissor são alguns dos equipamentos utilizados pelo grupo.

"Esses diferentes métodos nos trazem informações que nem sempre podem ser comparáveis, contudo, permite-nos uma visão de como a espécie se comporta e quais os riscos que ela corre em ambientes mais ou menos alterados pela ação humana", afirma.

Diante de todo o esforço, dedicação aos estudos, e o objetivo na luta contra a extinção da harpia em Rondônia, quando há o nascimento de um filhote, a equipe de voluntários vibra e comemora.

"É uma vitória da natureza. Afinal, na grande maioria dos casos, essas aves deparam-se com enormes desafios para criar com sucesso seus filhotes. A caça e a perda de habitat promovida pelos desmatamento são os principais motivos do declínio populacional da espécie, o que tem levado a extinção em vários estados do Brasil e em algumas regiões do estado", fala Tuyama.

Desmatamento que destrói

Além das dificuldades de logísticas, apoio para manutenção de equipamentos, questões financeiras, o desmatamento é a principal ameaça para a extinção do gavião-real. O coordenador pontua que trabalhar com ações que visam diminuir o risco da extinção do animal em Rondônia é um desafio. 

Dos 21 ninhos mapeados pelo Projeto Núcleo Rondônia, apenas 10 estão em atividade. Foto: Carlos Tuyama

"Estamos encarando hoje exatamente as situações que levaram à extinção da harpia em outras regiões do país, algumas décadas atrás. As causas principais continuam sendo as mesmas: o desmatamento, a caça e o desconhecimento", 

revela.

Desde o inicio do projeto foram monitorados 21 ninhos da ave. No entanto, com o aumento do desmatamento nas áreas de floresta, cerca da metade desses ninhos foram destruídos: "Em alguns deles ocorreram a queda da árvore ou o desmatamento da floresta onde se localizavam. Existem ainda aqueles ninhos que não se têm mais a presença das aves. Atualmente, dos 21 ninhos conhecidos, somente 10 estão ativos e seguem sendo suporte para a reprodução da espécie".

A principal estratégia no combate da extinção dessas aves está em atividades de educação ambiental e sensibilização que, segundo Tuyama, é promovido pelo Projeto. "Talvez estejam entre as mais importantes para que possamos, no futuro, continuarmos tendo as harpias voando entre as copas das árvores nas nossas florestas", declara.

Por Jheniffer Núbia, do g1 Rondônia 


 

Brasil : EMAGRECIMENTO
Enviado por alexandre em 06/07/2022 15:39:54

Como emagrecer com saúde? 4 coisas que você precisa saber

Você já percebeu que o que mais existe por aí são fórmulas de como emagrecer que parecem, no mínimo, milagrosas? Pois é! O problema é que essas promessas de emagrecimento rápido não são saudáveis e podem colocar a sua vida em risco, viu?

 

Recentemente repercutiu o caso de uma mulher que morreu devido a ingestão de cápsulas de um chá emagrecedor. Antes de chegar a óbito, a enfermeira deu entrada em uma unidade de saúde precisando de um transplante de fígado, já que o uso contínuo das cápsulas de chá provocaram uma hepatite fulminante.

 

Nesse sentido, vale lembrar que para chegar a resposta de como emagrecer com saúde, é necessário ter em mente esse objetivo e traçar metas para chegar lá. Nesse sentido, as mudanças internas – como as de pensamento, por exemplo – surgem como um dos primeiros processos para o emagrecimento. Afinal, perder peso é o resultado de diversas mudanças no estilo de vida, incluindo alimentação saudável, principalmente, além de aprender a lidar de maneira positiva com a comida.

 

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Mas, se engana quem acha que somente essa mudança de mindset é o suficiente para emagrecer. É necessário muita garra, força de vontade e determinação para chegar onde se pretende, viu?! É por isso que a nutricionista Fernanda Larralde separou 4 coisas que todo mundo precisa saber para chegar ao processo de emagrecimento saudável. Confira:

 

1. É NECESSÁRIO ADOTAR UM ESTILO DE VIDA SAUDÁVEL


É comum que as pessoas se perguntem: "como emagrecer com saúde, hein?". Mas, muito mais do que a vontade de emagrecer, é necessário rever todo o conceito de vida e aderir práticas saudáveis no dia a dia.

 

“O processo pode começar nas pequenas escolhas diárias, como preferir refeições com alimentos saudáveis, como frutas, legumes, verduras e carnes magras. E, claro, sempre manter o equilíbrio, sem exageros”, comenta a nutricionista.

 

2. CADA ORGANISMO É ÚNICO


Independentemente do cenário de perda de peso que você esteja, o acompanhamento de especialistas é indispensável para que você obtenha os melhores resultados, tudo de forma saudável, é claro! Contudo, vale lembrar também que cada pessoa é única. Ou seja, sempre vão existir aqueles que vão conseguir chegar em um objetivo mais rápido do que outros por diversos fatores, como a genética, por exemplo.

 

“Cada organismo é único e precisa de uma dieta personalizada. Por isso, é muito importante consultar um nutricionista, pois ele saberá unir o útil ao agradável, respeitando o estilo de vida da pessoa. Além disso, ele também verificará se há necessidade ou não de entrar com suplementos ou estratégias dietéticas mais específicas”, reforça Fernanda.

 

3. A PRÁTICA DE EXERCÍCIOS AJUDA MUITO NO PROCESSO DE COMO EMAGRECER


Considerada fundamental, a prática de exercícios físicos contribui para a perda da gordura corporal e reduz o excesso de peso.

 

Além disso, exercícios físicos são benéficos à saúde, pois o corpo passa a ter mais disposição e melhora o sistema imunológico. Sem falar que diminui o risco de doenças cardiovasculares e combate doenças crônicas.

 

4. PESQUISE E ESTUDE


No processo de emagrecimento, a informação correta sempre será a sua melhor aliada.

 

Então, antes de iniciar qualquer processo, estude, pesquise e tire dúvidas com especialistas. Por mais que a internet ofereça várias informações, é necessário entender o que realmente é correto e se isso vale para o seu estilo de vida.

 

 

Por isso, se você está determinada a melhorar de vida e emagrecer de verdade, é válido consultar um especialista. Assim, você terá informações precisas de um profissional e também terá metodologias adequadas para o seu corpo e sua saúde.

 

Fonte: Alto Astral 

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Brasil : FREUD EXPLICA!
Enviado por alexandre em 05/07/2022 09:09:23

Como Freud criou um dos maiores mitos sobre o orgasmo feminino

No mesmo ano em que o alemão Albert Einstein (1879-1955) publicou sua inovadora Teoria Especial da Relatividade (ou Teoria da Relatividade Restrita), o austríaco Sigmund Freud (1856-1939) lançou sua teoria do orgasmo feminino.

 

A do pai da física moderna revolucionou nossa compreensão do cosmos; a do pai da psicanálise desencadeou uma tempestade.

 

Em sua obra "Três ensaios sobre a teoria da sexualidade" — publicada em 1905 e revisada várias vezes até sua edição final em 1925 — ele decretou que o prazer e o orgasmo feminino de uma mulher madura e saudável estavam centrados na vagina.

 

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Freud sabia que muitas mulheres gozavam através de um órgão pequeno, mas ultrassensível, conhecido como clitóris.

 

No século 19, vários especialistas homens haviam debatido o papel que o clitóris deveria desempenhar na sexualidade feminina, entre outros motivos, porque muitos estavam preocupados que sua manipulação pudesse levar as mulheres a excessos, como masturbação compulsiva ou ninfomania, ou à rejeição da relação sexual.

 

Para Freud, esses orgasmos clitorianos eram imaturos, infantis e evidência de um distúrbio mental.

 

POR QUÊ? 

 

Textos de anatomia do início do século 19 notaram a existência do clitóris, mas acreditavam que não era importante para a expressão sexual feminina (Sistema reprodutor feminino com detalhe mostrando o clitóris em 1827) — Foto: Wellcome Collection via BBC

Textos de anatomia do início do século 19 notaram a existência do clitóris,

mas acreditavam que não era importante para a expressão sexual feminina

(Sistema reprodutor feminino com detalhe mostrando o clitóris em 1827)

( Foto: Wellcome Collection via BBC)

 

O austríaco explicou que, ao contrário dos homens que desde a infância tinham a mesma zona erógena orientadora — a glande, as mulheres começaram a vida tendo o clitóris como sua zona erógena orientadora, mas "no processo pelo qual uma menina se torna mulher", ela acaba sendo transferida para a vagina.

 

"Muitas vezes leva algum tempo para que a transferência ocorra. Durante esse tempo, a jovem fica anestesiada (frígida, entorpecida)", disse ele.

 

E acrescentou: "Nesta mudança da zona erótica orientadora, (...) residem as principais condições da propensão das mulheres às neuroses, em particular à histeria".

 

Se uma mulher não movia seu centro de sensibilidade para a vagina, ela era rotulada de frígida.

 

Esse diagnóstico de frigidez, definido como ausência de orgasmo durante a relação sexual, tornou-se o padrão para definir a heterossexualidade feminina normal.


Marie Bonaparte, bisneta de Napoleão e discípula freudiana que ajudou a introduzir a psicanálise na França, ficou tão fascinada com a teoria de seu professor que passou por três cirurgias para aproximar o clitóris da vagina na esperança de remediar sua incapacidade de ter um orgasmo vaginal "adequado", embora Freud tivesse lhe implorado para não realizar os procedimentos.

 

Marie Bonaparte: seu papel de princesa não a impediu de realizar pesquisas sobre a sexualidade feminina — Foto: Getty Images via BBC

Marie Bonaparte: seu papel de princesa não a impediu de realizar pesquisas

sobre a sexualidade feminina (Foto: Getty Images via BBC)

 

REVELAÇÕES ÍNTIMAS 


O ponto de vista freudiano dominou o pensamento médico e psicanalítico por décadas.

 

Como resultado, inúmeras mulheres que tiveram dificuldade em atingir o orgasmo ao serem penetradas durante o sexo (apesar de não tê-lo ao se masturbar) foram levadas a acreditar que seus orgasmos não eram "reais".

 

Detalhe da primeira edição de 'Três Ensaios sobre a Teoria da Sexualidade' — Foto: Getty Images via BBC

Detalhe da primeira edição de 'Três Ensaios sobre a Teoria

da Sexualidade' ( Foto: Getty Images via BBC)

 

Na década de 1950, os resultados da pesquisa do sexólogo americano Alfred Kinsey (1894-1956) sobre o orgasmo feminino desafiaram a ortodoxia freudiana.

 

Como resultado de entrevistas com mais de 18,6 mil homens e mulheres, nas quais eles revelaram seus segredos sexuais mais íntimos, Kinsey descobriu que a grande maioria das mulheres que se masturbava usava estimulação do clitóris.

 

Menos de 20% incluíram alguma forma de penetração vaginal e só porque sentiram terem que fazê-lo.

 

Kinsey concluiu que a insistência em um orgasmo vaginal era um reflexo da presunção dos homens "quanto à importância da genitália masculina".


No entanto, a publicação de seu livro "Comportamento Sexual em Mulheres" em 1953 foi recebida com tamanha rejeição que o conteúdo do trabalho foi rapidamente suprimido.

 

Portanto, nem isso nem a confrontação direta dos americanos William Masters e Virginia Johnson (casal de ginecologistas que ajudou a detonar a revolução sexual dos anos 60) às opiniões de Freud sobre a frigidez em 1957 mudaram muito a situação das mulheres.

 

Seriam elas mesmas que se encarregariam de desafiá-las.

 

O freudismo foi um dos principais alvos das escritoras do movimento das mulheres; ele foi atacado como sexista pela francesa Simone de Beauvoir (1908-1986) em "O Segundo Sexo" (1949), pela americana Betty Friedan (1921-2006) em "A Mística Feminina" (1963) e pela também americana Kate Millett (1934-2017) em "A Política Sexual" (1970).

 

Feministas como as francesas Monique Wittig (1935-2003) e Luce Irigaray denunciaram a obsessão de Freud pelo prazer feminino através da vagina como um estratagema para subjugar as mulheres.

 

E a americana Anne Koedt, em seu artigo "O Mito do Orgasmo Vaginal" (1968), argumentou que os orgasmos clitóricos eram, de fato, a única maneira pela qual as mulheres podiam atingir o orgasmo verdadeiro.

 

Ele postulou que a alta taxa de "frigidez feminina" era, na verdade, uma alta taxa de ignorância dos homens sobre a anatomia do orgasmo feminino e o desejo de reduzir as mulheres a papéis sociais e sexuais prescritos.


Muitas outras expoentes dessa onda de feminismo exploraram a relação entre sexualidade e dominação.

 

Se para Freud o sexo era a chave para compreender o homem, para aquela legião de mulheres era a chave para libertá-las.

 

'CONTINENTE NEGRO'


O orgasmo vaginal voltou à moda com a "descoberta" do ponto G, uma espécie de "botão de prazer" erótico descrito pela primeira vez em 1953 por um médico alemão chamado Ernst Gränfenberg (eis por que é chamado ponto G) e popularizado em 1982 com o best-seller "Ponto G".

 

A existência dessa área erógena que supostamente estaria na parede vaginal anterior é aceita entre a população, mas controversa na literatura médica.

 

Uma pesquisa recente intitulada "Ponto G: Fato ou Ficção?: Uma Revisão Sistemática" examinou 31 estudos e observou que alguns concordavam consistentemente com a existência do ponto G, mas não havia acordo sobre sua localização, tamanho ou natureza.

 

"A existência dessa estrutura continua sem comprovação", concluiu.

 

Já em 2014, o endocrinologista e sexólogo Emmanuel Janni, da Universidade Tor Vergata, em Roma, havia divulgado descobertas visando pôr fim às discussões sobre o "assustador ponto G".

 

O prazer feminino, como sua pesquisa mostrou, não era exclusivamente vaginal ou clitoriano, mas estava englobado no que é conhecido como complexo clitoruretrovaginal, o conceito de que a relação dinâmica dentro da vagina, clitóris e uretra pode estimular a liberação sexual.

 

A ciência também descobriu que a capacidade de atingir o orgasmo depende da neurologia.

 

Apesar da luta pela libertação feminina e pesquisas científicas, estudos constataram que as mulheres heterossexuais são o grupo demográfico com menos orgasmos durante a relação sexual, o que pode ser devido à falta de compreensão sobre a anatomia feminina.

 


Décadas após ser postulada, ainda permanecem resquícios da desacreditada teoria de Freud, que por tanto tempo permeou a percepção da sexualidade feminina, embora ele próprio aparentemente aceite que não a compreendia de verdade, descrevendo-a de "continente negro". 

 

Fonte: G1

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Brasil : ORGASMO!
Enviado por alexandre em 05/07/2022 09:06:47

9 tipos de orgasmo feminino e como chegar lá

Engana-se quem pensa que é impossível atingir o clímax do prazer explorando diferentes regiões do corpo. Na verdade, existem diversas maneiras de chegar ao orgasmo — e você pode nem precisar de sua vagina para isso.

 

Seja sozinha ou acompanhada, aqui estão nove tipos de orgasmos que seu corpo pode ter e como chegar lá; confira a seguir com informações da “POPSUGAR”.

 

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1 — Orgasmo vaginal

Pode ser difícil atingir o orgasmo vaginal por meio de penetração — mas é possível. De acordo com a ginecologista e obstetra Kate Shkodzik, a posição da “mulher em cima” pode facilitar o orgasmo vaginal, pois estimula o ponto G “dependendo do ângulo do(a) penetrador(a)”.

 

Além disso, indo por cima, você conseguirá controlar “o ritmo, a profundidade e o ângulo durante o sexo”, nota ela.

 

2 — Orgasmo clitoriano

O clitóris é uma região cujo único propósito é o prazer, por isso, ele deve ser utilizado como um aliado. De acordo com o portal, 70% das mulheres precisam da estimulação clitoriana para ter um orgasmo.

 

Um estudo publicado pela Universidade de Indiana (EUA) estimou que mulheres têm orgasmos em até 70% das vezes em que combinam penetração com estimulação do clitóris.

 

3 — Orgasmo combinado

O termo deriva do resultado da estimulação interna e externa, que podem ser feitas com a ajuda de sex toys.

 

4 — Orgasmos vaginais de zonas erógenas

Boas notícias: existem outras zonas erógenas na vagina que, quando estimuladas corretamente, podem levar ao chamado “orgasmo vaginal profundo”.

 

O primeiro ponto, tecnicamente conhecido como zona erógena do fórnix anterior (ponto A), é um pedaço de tecido sensível nas extremidades internas do tubo vaginal, entre o colo do útero e a bexiga. Ele pode ser encontrado um pouco mais longe do ponto G e, quando tocado, provoca uma sensação que pode estimular o orgasmo vaginal.

 

O segundo ponto é o ponto O (O de orgasmo), que pode ser encontrado na parede posterior da vagina, quase atrás do colo do útero. A estimulação nesta área é ótima para aumentar a excitação e pode levar a um orgasmo mais intenso.

 

5 — Orgasmo anal

O sexo anal com penetração pode ser particularmente efetivo para alcançar o ponto A, além de, para muitas, ser uma experiência nova e instigante.

 

6 — Orgasmo de mamilos

Sim, você pode ter um orgasmo mesmo que nem toque suas genitais. Os mamilos são uma zona erógena altamente sensível que, quando estimulados o suficiente, “disparam raios no córtex sensorial”, como explica o “Healthline”. Trata-se da mesma área do cérebro que reage aos estímulos vaginais e clitorianos.

 

7 — Orgasmos múltiplos

Diferentemente dos homens, mulheres podem ser estimuladas diversas vezes após o orgasmo e “continuar tendo aumento do fluxo sanguíneo para a vagina e aumento da frequência cardíaca”, segundo a terapeuta sexual Amanda Pasciucco.

 

A especialista explica que, para algumas mulheres, os orgasmos múltiplos acontecem naturalmente, enquanto outras precisam se esforçar mais se quiserem experimentá-los. Se você estiver interessada em tentar, após o primeiro orgasmo, mantenha a excitação no ar e continue com os estímulos.

 

8 — Orgasmo do ponto G

O ponto G está localizado cerca de 2,5 centímetros dentro da abertura vaginal, na parede vaginal superior — mais próximo do umbigo. Para encontrá-lo, experimente fazer um movimento de “venha aqui” com os dedos até encontrar a superfície esponjosa.

 

 

9 — Orgasmo do core

Trata-se de um orgasmo que ocorre enquanto você pratica exercícios físicos. De acordo com o portal, ele acontece por causa do “aperto dos músculos do assoalho pélvico”, que “desencadeia impulsos nervosos”. Ou seja, o “coregasmo” provavelmente decorre das contrações do assoalho pélvico e é involuntário.

 

Fonte: Istoé

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