O ministro da Saúde, Arthur Chioro, criticou a chamada taxa de disponibilidade, valor cobrado pelos obstetras para assistir a gestante durante o trabalho de parto e orientou que a prática seja denunciada à ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar).

— O Ministério da Saúde e a ANS não reconhecem [a prática]. É absolutamente ilegal e a cobraça da taxa de disponibilidade deve ser denunciada à ANS.

A recomendação foi feita nesta terça-feira (6), em Brasília, durante o anúncio de novas medidas para estimular o parto normal entre as usuárias de plano de saúde, com o objetivo de reduzir o número de cesarianas desnecessárias na rede suplementar.

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O presidente da ANS, André Longo, explicou que na maioria das vezes as pacientes e os médicos entram em acordo para que seja feito o pagamento do parto. Longo também condenou a prática e ressaltou que o procedimento pode aumentar o número de cesáreas desnecessárias.

— Para a ANS, essa taxa é indevida e ilegal. Hoje, não há na legislação nenhuma brecha para que se cobre por fora nenhum tipo de procedimento na saúde suplementar. Essas informações precisam chegar na agência.

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De acordo com o Ministério da Saúde, atualmente no Brasil o percentual de partos cesáreas chega a 84,6% entre usuárias de planos de saúde. Na rede pública, o número alcança 40%.

Sobre as novas medidas para estimular o parto normal, o acesso a informação pela gestante será a principal delas. Entre as alterações estão a obrigatoriedade das operadoras dos planos médicos fornecerem o cartão da gestante, no qual deverá constar o registro de todo o pré-natal. O cartão deverá ter orientações e informações para que a mulher possa tomar decisões durante a gestação.

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As operadoras também terão que orientar os obstetras a utilizarem o partograma, documento onde são feitos registros de tudo o que acontece durante o trabalho de parto. As novas normas também reduzem o prazo de 30 para 15 dias a disponibilização de informações sobre o percentual de cesarianas pela operadora. 

As propostas foram apresentadas em outubro do ano passado e disponibilizadas para consulta pública no portal da ANS entre os dias 24 de outubro a 23 de novembro. Foram colocadas para consulta dois textos sobre as informações prestadas pelas operadoras e sobre o Cartão da Gestante e a utilização do partograma. Foram registradas mais de 900 opiniões.

A análise de todas as propostas deu origem a Resolução Normativa, que deverá ser publicada nesta quarta-feira (7) no Diário Oficial da União. As operadoras terão 180 dias para se adaptarem às mudanças.

A gerente de atenção à Saúde da ANS, Karla Coelho, destacou que a cirurgia para a retirada do bebê só deve ocorrer em casos específicos e que essa decisão seja tomada apenas durante o trabalho de parto.

— Nós temos estudos que mostram que as cesarianas aumentam em 120 vezes a probabilidade de o beber ter a síndrome de angústia respiratória. Além disso, ela triplica o risco de mortalidade materna.

Segundo Chioro, o Brasil vive uma "epidemia de cesáreas". O ministro também afirmou que há um esforço para evitar a prática no SUS (Sistema Único de Saúde).

— É inaceitável a epidemia de cesareanas que nós vivemos hoje no País e não há outra opção de não tratá-la como grave problema de saúde pública. Isso impacta na prematuridade, impacta na produção de crianças que vivem a angústia respiratória, aumenta a mortalidade neonatal em 25% e aumenta a mortalidade materna em três vezes. Nós estamos tratando essa questão como uma questão de maior relevância.

Aconteceu nesta terça-feira, 06, no gabinete da Secretaria de Estado de Justiça (Sejus), a entrega de armamentos para os agentes penitenciários de diversas unidades prisionais. O ato contou com a presença do secretário de Justiça, Marcos Rocha; o gerente geral do sistema penitenciário, Adeilso da Silva e agentes da escolta judiciária.

Com um termo de cautela entre a Polícia Militar e a Sejus, foram entregues um total de 500 armas, que serão distribuídas para as 54 unidades prisionais do Estado. Esse armamento será utilizado em escoltas judiciária, hospitalar, interestadual, intermunicipal e na segurança dos estabelecimentos penitenciários.

Pistolas de calibre .40

De acordo com o secretário Marcos Rocha, a entrega de novos equipamentos vem para melhorar ainda mais as escoltas, a segurança no trabalho e o serviço dos agentes. “Nosso trabalho está em uma linha muito fina do que é certo e errado, temos que ter esse senso para fazer o certo.

As melhorias virão, mas não de uma vez, cada passo é uma conquista, e a entrega desses armamentos fazem parte desses passos, para os agentes que estão nas ruas escoltando, será de grande utilidade para o aumento da segurança”, explica.

Agentes da escolta penitenciária com o secretário Marcos Rocha

O gerente geral, Adeilso da Silva, informa que para a distribuição no interior, os diretores vêm até o patrimônio, assinam um termo responsabilidade e levam para as unidades. “Nós distribuímos para todas as unidades na capital e interior. Essas armas eram a muito tempo esperadas pelos agentes e estamos cumprindo mais um compromisso assumido com a categoria”, comenta.

O agente Francimar Lopes, 28 anos, está a cinco anos na escolta judiciária, e acredita que as novas armas serão de grande utilidade, dando maior segurança para o servidor desempenhar suas funções. ”Pela atual circunstância que se encontrava em termos de equipamentos de segurança e armamento, a entrega foi um grande avanço”, relata.

Segundo o agente André Marreiro, 30 anos, a escolta atende em média, por mês, cerca de 600 reeducandos, e o reforço na segurança é de muita importância, tanto para os colegas de farda, como para a sociedade. “A gente faz a condução diária de vários apenados para serem ouvidos no fórum criminal, por ser uma escolta de alto risco, acabou completando o nosso acervo de material bélico, tendo em vista que essas pistolas de calibre ponto 40, há muito tempo já vinham sendo aguardadas por nossa equipe, é com muita satisfação que recebemos através de nossa secretaria”.

Folia

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Fonte: RONDONIAGORA

Autor: RONDONIAGORA

Sem segurança

ESCOLA ARROMBADA PELA 10ª VEZ: CRIMINOSOS AGORA LEVARAM FIAÇÃO ELÉTRICA

Sem nenhuma providência por parte do Estado, o patrimônio público continua sendo alvo da ação de marginais, causando prejuízos à qualidade do ensino para os alunos da rede estadual. 

Pela décima vez a Escola Padre Mário Castagna, na Zona Sul de Porto Velho, foi arrombada esta semana e a direção já não sabe mais o que fazer para chamar atenção para o problema. “Eles estão destruindo a escola. Já comunicamos à Seduc, mas ainda não se manifestaram para resolver a situação. Desta vez levaram toda a fiação da escola e estamos sem energia por isso”, revelou o diretor, José Ramalho.

O ano letivo inicia em fevereiro, e uma nova instalação elétrica é a outra dificuldade a ser enfrentada pela direção para não atrasar o início das aulas para os mais de 500 alunos matriculados na escola de Nível Fundamental. Em dezembro, em apenas 12 dias, a mesma escola foi assaltada três vezes, e o diretor estimava um prejuízo de mais de R$ 40 mil, o que com o furto da fiação deve ser ainda maior.

Pais de alunos e professores temem pela segurança dos alunos inclusive em horários de aula, e ameaçam fechar a rua Campos Sales para exigir providências das autoridades.

Fonte: RONDONIAGORA

Enfermeira vai à polícia denunciar a falta de médico em hospital de Rondônia

Servidora de Guajará-Mirim registrou ocorrência na noite deste domingo, 4. Secretaria Municipal de Saúde realiza reunião para buscar soluções.

Uma enfermeira, que não quis se identificar, registrou um boletim de ocorrência no início da noite de domingo (4), quando verificou que não havia médico escalado no plantão do Hospital Regional Perpétuo Socorro, em Guajará-Mirim (RO), município a cerca de 330 quilômetros de Porto Velho. A Secretaria Municipal de Saúde afirma que está realizando, nesta segunda-feira (5), reuniões para resolver as questões de escala na unidade.

De acordo com o relato da enfermeira à polícia, quando ela chegou para cumprir o horário notou que não havia médico plantonista, apenas pediatra e cirurgião de sobreaviso, aguardando chamados. A enfermeira ainda relatou que não há escala médica e em outras oportunidades o hospital já ficou sem plantonista.

Procurada, a enfermeira afirma que resolveu registrar o fato com medo de não conseguir atender um paciente grave de emergência. "Isso aconteceu outras vezes. Fiz o boletim para ver se alguém toma uma providência. Se acontecesse algo grave, não teríamos como atender. Faria o meu máximo, mas não sou médica", afirma a servidora.

O secretário de saúde, Luiz Nascimento, passou a manhã no hospital para buscar soluções para os problemas. "Estou resolvendo a questão da escala ainda hoje. O médico responsável por isso entrou de férias, mas vamos solucionar esse problema. Não podemos ficar sem médicos em final de semana. Assim que soube da falta de plantonista no domingo, solicitei a ida de um médico e ele foi às 23h", afirma o secretário de saúde. A chegada do médico às 23h, fora da escala, foi confirmada pela enfermeira.