"Um governo de merda, mas é meu" Postado por Magno Martins
Do presidente nacional do PT, Rui Falcão, na última terça-feira, em reunião com sindicalistas ligados ao partido, referindo-se à administração da presidente Dilma Rousseff: "É um Governo de merda, mas é o meu Governo". Rui Falcão não está sozinho. Há alguns meses, elogiando a professora Maria da Conceição Tavares por sua fidelidade partidária, o ex-presidente Lula lhe atribuiu a seguinte frase: "O PT é uma merda mas é o meu partido. Ele não presta mas é meu". A professora estava presente ao encontro. Nada desmentiu. (Carlos Brickmann) PT e PSDB já brigam por eleições de 2016 Postado por Magno Martins
Leandro Mazzini – Coluna Esplanada A mais de um ano das convenções para escolhas de candidatos, PT e PSDB já polarizam uma disputa de bastidores, cada qual a seu modo, a fim de arregimentar apoio político nas principais cidades do País, em capitais e interior. O PT escalou o deputado federal Reginaldo Lopes para mapear as potenciais candidaturas. ‘Tenho viajado duas capitais todo fim de semana’, revela. Um trabalho que os tucanos iniciaram em 2012 com o federal Rodrigo de Castro (MG), que articula com vereadores de todo o Brasil. Reginaldo Lopes foi o federal mais votado de Minas (310 mil votos) e ganhou da Executiva Nacional a Secretaria de Articulação, e aval de Lula e Dilma para a missão. Castro, vice-líder de votos em Minas, está à frente de uma secretaria da Executiva do PSDB que acompanha e articula candidaturas com milhares de vereadores tucanos. Partidos da base e oposição do governo federal sabem que a consolidação do projeto de 2018 passa pelas prefeituras, e lançam campanhas de filiação em massa este ano.
Salário de R$ 35 mil a defensores na segunda Postado por Magno Martins
Marcelo Sperandio - Época O projeto de lei que estipula em R$ 35.919 o salário de defensor público-geral federal foi pautado para entrar em votação na segunda-feira (30). Hoje, o salário pago aos ministros do Supremo Tribunal Federal é de R$ 29.462, valor que serve como teto de remuneração aos funcionários públicos de todo o país. A autoria do projeto de lei é da Defensoria Pública da União. A articulação para ser colocado em pauta se deu entre o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e a líder do PCdoB na Casa, Jandira Feghali (RJ)
A madrasta da crise Postado por Magno Martins
Bernardo Mello Franco - Folha de S.Paulo Alguém se lembra do PAC? Somadas, essas três letrinhas formavam o Programa de Aceleração do Crescimento. Turbinaram o segundo mandato de Lula e o ajudaram a vestir a faixa presidencial na pupila Dilma Rousseff. Há sete anos, em março de 2008, Lula chamou sua então ministra de "mãe do PAC". "É ela que cuida, acompanha, que vai cobrar junto com o Márcio Fortes [então ministro das Cidades] se as obras estão andando ou não estão", disse, em visita a uma favela do Rio. Dilma seguiu o script à risca. Para aparecer nas ruas, viajou o país e tirou fotos com chapéu de operário. Para aparecer nos jornais, apagou as luzes do palácio e pilotou sonolentas apresentações de PowerPoint, cheias de tabelas com números e cronogramas de obras. A oposição dizia que o PAC era um slogan eleitoreiro e que a ministra fazia campanha antes da hora. A imprensa mostrava que as obras estouravam prazos e orçamentos. Não tinha importância. A economia estava crescendo. Os empreiteiros estavam felizes ""naquele tempo, lava jato era só o lugar onde alguém lavava seus carros. A mãe do PAC, que nunca havia disputado uma eleição, virou presidente da República. Desde que Dilma assumiu, a economia patina. Os números divulgados na sexta-feira mostram que o PIB médio de seu primeiro mandato foi o menor desde a catástrofe do governo Collor. O ano passado, com crescimento de 0,1%, foi o pior de todos. O ministro Joaquim Levy avisou que 2015 será ainda pior. Nas palavras dele, o país deu uma "desacelerada forte". Se o trem estava parado, isso significa que começou a andar de marcha a ré. O arrocho não poupa nem o programa-símbolo de Dilma, que teve suas verbas cortadas em fevereiro. A mãe do PAC virou madrasta da crise. A sorte dela é saber que não será mais candidata em 2018. O azar pode ter passado para Lula, que contava os dias até a próxima eleição.
Por que não te calas? Postado por Magno Martins
Ficou para a História a indagação do rei Juan Carlos, da Espanha, ao presidente da Venezuela, Hugo Chaves: “por que não se cala?” A pergunta precisa ser feita ao ex-presidente Fernando Henrique, que todos os dias dá os mais desbaratados palpites sobre a realidade nacional. Deveria lembrar-se de sua responsabilidade na crise que nos envolve. O novo ministro da Comunicação Social, Edinho Silva, acaba de dar a tônica de sua atuação: distribuirá as verbas de publicidade sem ater-se às exigências de audiência e circulação dos veículos. Beneficiará os pequenos.Da mesma forma, lutará para reviver a proposta de regulamentação da mídia, com ênfase para impedir que grupos familiares dirijam aos mesmo tempo jornais, revistas, emissoras de televisão e rádio. Vai enfrentar forte reação. (Carlos Chagas)
Petistas vão a Lula se queixar de Dilma Postado por Magno Martins
Dirigentes do PT preparam um pacote de reclamações contra a atuação do governo federal para apresentar a Lula em reunião do partido nesta segunda-feira, em São Paulo, informa Vera Magalhães, hoje, na Folha de S.Paulo. O ex-presidente tem dito que separa os problemas do PT dos de Dilma --e a sigla deveria resolver suas questões "por si só". Petistas vão dizer que Dilma não faz acenos à base e Lula deveria ponderar que ela precisa do partido para reconquistar a juventude e os movimentos sociais.
"Mundo véio sem puliça" Postado por Magno Martins
Carlos Brickmann Café da manhã com pão fresquinho, manteiga, jornal. Já foi uma beleza! Hoje, o pãozinho subiu de preço, a manteiga sem pão pode dar ideias perigosas às autoridades (com sal é pior!), o jornal não tem notícias que não sejam de crimes. Na primeira página, o escândalo da Receita. Nas páginas de Política, a CPI do Petrolão, a CPI dos SwissLeaks, o debate sobre recursos não-contabilizados ocultos nas contas do HSBC suíço. Nas páginas de Economia, empresas que demitem porque, acusadas no Petrolão, não recebem o que lhes é devido (e, ao lado, reportagem sobre a quebra iminente de alguma grande construtora, com muitas demissões). Nas páginas de Investimentos, o enorme déficit do Postalis, o fundo de pensão dos Correios, que acaba de ser jogado nas costas dos segurados. Discute-se a possibilidade de algo semelhante em outros fundos de estatais, e a possível escolha do presidente da Vale para a Presidência do Conselho da Petrobras - embora as duas empresas, uma privada, uma estatal, possam vir a ter interesses conflitantes. Nos artigos, uma pergunta: qual desses é o maior escândalo de corrupção no Brasil, algo que nunca dantes nesse país tenha ocorrido? Este colunista, que jamais apreciou notícias de crime, vai para o Esporte, para saber do Corinthians. Mas aí acha a empresa alemã que diz ter pago propina para obter contratos na Copa do Brasil. Na área de entretenimento, discute-se o aparelhamento do Ministério da Cultura pelo Fora do Eixo - aquele, do Pablo Capilé. Há café da manhã que resista? Apesar de tudo, bom dia!
No forno reforma política tucana Postado por Magno Martins
O PSDB apresentará na semana após a Páscoa seu plano de medidas centrais para a reforma política, afirmou ontem o presidente nacional do partido, senador Aécio Neves (MG). O pacote tucano terá cinco eixos: fim da reeleição e mandato de cinco anos? voto distrital misto? cláusula de barreira? financiamento misto de campanha? e fim das coligações proporcionais. Já a presidente Dilma Rousseff "mostrou simpatia pela tese" da cobrança de um imposto maior para detentores de grandes fortunas na reunião com governadores do Nordeste nesta semana, afirma o governador do Maranhão Flávio Dino (PCdoB). "No momento de crise, isso se torna ainda mais necessário. Ela pareceu bem simpática à tese", disse o governador, que é autor de uma Ação Direta de Inconstitucionalidade por Omissão sobre o assunto.
EUA, salvação de Dilma, diz The New Yorker Postado por Magno Martins
A revista norte-americana The New Yorker desta semana publicou um artigo sobre a presidente Dilma Rousseff. Com o título, "O problema com Dilma Rousseff", o artigo lista que a petista enfrenta tantos problemas como qualquer outro líder mundial dos dias atuais. A diferença, segundo o texto, está na aprovação da presidente, que é pouco menos de 15%. Ainda segundo a revista, Dilma teria encontrado no vice-presidente dos EUA, Joe Biden, "um amigo" que pode auxiliar na retomada do crescimento econômico e, consequentemente, na melhoria dos índices de popularidade do seu governo. Dilma aceitou o convite feito por Biden para visitar os EUA, muito embora os detalhes da visita ainda não tenham sido acertados. A presidente planejava viajarem 2013, mas a visita foi cancelada após virem à tona uma série de acusações apontando que a Agência Nacional de Segurança (NSA) dos EUA havia espionado as comunicações pessoais da presidente do Brasil. "Não é provável que Dilma tenha perdoado os Estados Unidos, mas ela precisa de uma tábua de salvação, e não há muitas opções", diz o texto da The New Yorker. O artigo lista, ainda, que Dilma enfrenta uma série de problemas como os casos de desvios e corrupção na Petrobras, além do fato de o PT ter uma série de membros importantes envolvidos nas denúncias. A revista também destaca que o ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva foi beneficiado pelo bom desempenho da economia brasileira entre os anos de 2003 e 2011. "Lula teve um índice de aprovação de mais de 80% quando se aposentou, o que o fez, provavelmente, o chefe de Estado mais popular no mundo", destaca o texto. Em seguida, a revista acrescenta que "Dilma foi eleita em 2010 e reeleita em 2014, por margens modestas, e,especialmente desde sua reeleição, as coisas não foram tão bem para o Brasil." A análise da The New Yorker também traça um comparativo entre Lula e Dilma, considerada uma workaholic. "Embora seja inconcebível que alguém como Dilma Rousseff, que participou da resistência à ditadura como militante e passou anos na prisão, possa ser eleita para um cargo nos Estados Unidos, ela parece ser o tipo de pessoa que se quer no cargo: ela é brilhante, forte, trabalhadora, detalhista, formada em economia, e, pelo que sabemos até agora, pessoalmente honesta." A revista diz que com a economia em queda e ameaça de desemprego em alta, além da realização de uma série de protestos em todo o país, Dilma – que em muitas ocasiões criticou durante os EUA – agora está revendo suas posições. "Isso diz alguma coisa sobre o motivo dos Estados Unidos estarem festejando a sua visita, preocupada com sua popularidade em baixa". O texto também ressalta a dificuldade em montar uma base política coesa com a existência de inúmeros partidos políticos, além de um número excessivo de ministérios. "Levaria pelo menos uma geração para o Brasil para sair desse sistema, mesmo com muita boa vontade. Nesse meio tempo, como é o caso na maioria dos lugares do mundo, as coisas podem muito bem ficar melhor quando o poder está de volta nas mãos de alguém que opera a partir de instinto e emoção, em detrimento de alguém que pensa, analisa, planeja e dá ordens", diz o texto.
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