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Regionais : Arom oferece curso de Previdência Própria no próximo dia 2
Enviado por alexandre em 24/08/2015 17:24:26


A Associação Rondoniense de Municípios (Arom), por meio da Escola Rondoniense de Gestão Pública (EGP-RO), está promovendo um novo curso que tem como tema “Previdência Própria dos Municípios - vantagens e desvantagens”. Marcado para o próximo dia 2 de setembro, o curso tem como objetivo levar à discussão as alternativas legalmente viáveis para a manutenção do sistema previdenciário necessário para dar cobertura aos servidores municipais, atentando-se, sobretudo ao disposto na Constituição Federal.


Outro ponto importante deste novo curso da EGP-RO é realizar um comparativo crítico entre a adoção de um regime próprio de previdência social (RPPS) ou a manutenção do vínculo dos servidores efetivos ao Regime Geral de Previdência Social (RGPS). O presidente da Arom, Mário Alves da Costa, também prefeito de Machadinho d'Oeste, ressalta a importância do curso para as administrações públicas – que passam por um momento delicado com relação à crise econômica brasileira.


O curso é disponibilizado pela entidade sem custo algum para os municípios associados à Arom e as vagas são destinadas aos servidores envolvidos com a gestão dos RPPS, membros dos Conselhos de Previdência e de Cargos Diretivos, servidores do Setor de Recursos Humanos, servidores das Secretarias de Administração e da Fazenda, Assessores, Procuradores Jurídicos, Contadores, Técnicos Contábeis responsáveis pela escrituração das contas do regime e, também, é aberto aos demais interessados pelo assunto.


É importante lembrar que as inscrições somente poderão ser feitas mediante ao cartão de acesso distribuído aos gestores municipais. Caso o gestor ainda não tenha o cartão ou não saiba como utilizá-lo, pode entrar em contato com a Arom pelo telefone (69) 2182-3030, que também está disponível para maiores. O curso acontece no dia 2 de setembro, das 8h às 18h, no auditório do Ministério Público do Trabalho (MPT-RO) na capital rondoniense.

ASCOM

Regionais : Investigada pela PF, seita obteve R$ 60 mil de fiel
Enviado por alexandre em 24/08/2015 14:17:18



A Polícia Federal prendeu um pastor acusado de manter os fiéis como trabalhadores escravos, enquanto os dirigentes da igreja são investigados por negócios milionários. O nome é "Comunidade Evangélica Jesus, a Verdade que Marca". Confira os relatos de ex-fiéis que escaparam da seita.

“Eu estava sendo aniquilado perante o país. Perante a nação evangélica. E perante a própria igreja”, disse o pastor Cícero em um vídeo.

O pastor Cícero Vicente de Araújo foi preso esta semana pela Polícia Federal, com mais cinco pessoas. No vídeo, até este domingo (23) inédito, gravado em São Paulo em 2008, o pastor reclama das primeiras investigações sobre a igreja que ele fundou.

“Eu estava sendo exterminado, meus irmãos. Esta é a palavra certa”, disse o pastor, rindo.

Faz tempo que o Ministério Público do Trabalho e a Polícia Federal investigam o pastor.

“Todo mundo disse: Agora, o Araújo e a igreja dele acabou”, afirmou o pastor no vídeo.
Mas só agora descobriram como funciona a igreja dele, chamada Comunidade Evangélica Jesus a Verdade que Marca, e o que está por trás dela.

Depois que começou a ser investigada, a comunidade fechou quase todos os locais de culto. Sobrou um, em São Paulo.

As investigações mostram que muitas pessoas que foram até lá atraídas pelas promessas de paz espiritual caíram, na verdade, numa armadilha. Perderam tudo que tinham, foram afastadas das famílias e até submetidas a trabalho escravo.

“Então elas são trazidas até o templo e são convencidas a adentrarem em uma seita onde haveria o desapego aos bens materiais”, contou o delegado Polícia Federal de Varginha João Carlos Girotto.

Um homem diz que ficou dez anos na igreja.

“Você acaba acreditando que realmente tem que fazer isso logo porque o mundo vai acabar”, explicou o ex-fiel.

Além de doar tudo o que tinha à igreja, o homem conta que ainda pediu ajuda à mãe. Fez com que ela fosse ao banco. “Ela foi lá, tirou empréstimo de R$ 60 mil”, contou.

Segundo ex-fiéis, é uma história que se repete.

Ex-fiel: Eu vendi meu terreno. Na época foi R$ 7.900. Eu doei para a igreja o meu tempo de serviço também, que eu tive na empresa que eu trabalhei.

Fantástico: O seu FGTS?

Ex-fiel: Isso.

Fantástico: Quanto que o senhor doou?

Ex-fiel: Na época foi R$ 5 mil.

Segundo a Polícia Federal, São Paulo era o centro de recrutamento da seita. Depois de doarem casas ou apartamentos, muitos fiéis passaram a viver em alojamentos da própria comunidade.

Um ex-fiel diz que os alojamentos eram horríveis. “Tinha a parte da oficina, a parte do refeitório que nunca existiu e os ratos que andavam pra lá e pra cá. A gente dava veneno pro rato, pra exterminar o rato pra gente poder dormir”, lembrou.

Estima-se que a comunidade tenha seis mil fiéis em pelo menos três estados: São Paulo, Minas e Bahia.

Para um psiquiatra, essas pessoas têm uma coisa em comum.

“São aquelas pessoas que estão esperando por milagres. Quando a pessoa busca isso, ela tem certeza absoluta que o outro lado é capaz de realizar o desejo, de suprir aquela necessidade, de realizar aquele milagre que ela busca, por isso ela se entrega piamente”, disse Antônio Geraldo da Silva, presidente da Associação Brasileira de Psiquiatria.

“Essa é a visão que os irmãos têm, que o pastor faz tudo certinho, e a perseguição da Polícia Federal em cima do pastor é o diabo. É o diabo usando a Polícia Federal”, conta um ex-fiel.

De doação em doação, os negócios por trás da seita viraram um império. Segundo a PF, o pastor, usando laranjas, tem negócios em dez cidades mineiras e seis baianas. São 12 fazendas e 35 estabelecimentos comerciais. Valor estimado pela investigação: R$ 100 milhões.

Uma das fazendas da seita está em São Vicente de Minas. De acordo com as investigações, a produção de frutas e verduras das fazendas abastece os restaurantes do grupo nas cidades.

Para a PF, tudo na base do trabalho escravo. Os fiéis eram iludidos pela promessa de uma vida tranquila longe de São Paulo.

“Eu achava que estava um bem pra minha família. E achava que ia viver num lugar melhor”, afirmou um ex-fiel.

E assim, segundo as investigações, foi se formando a mão de obra escrava em Minas e na Bahia. Com aparência de legalidade.

“Essas fazendas são constituídas sob a forma de associação. Formalmente, aquilo é uma associação. Não haveria necessidade do vínculo empregatício”, explicou o delgado João Carlos Girotto.

Por conta de eventuais fiscalizações, nas lojas e nos restaurantes o esquema era outro, diz um ex-fiel. “A gente foi no contador lá e assinou rapidinho a carteira e devolveu só que a gente trabalhava, trabalhava. A gente não recebia nada”.

“Minha filha é superdoente, levanta às três da manhã para fazer queijo e recolher verdura para venderem na cidade. E à tarde os líderes vão lá e recolhem”, contou a aposentada Waldete Ferreira da Silva.

Dona Waldete tem duas filhas, e ela diz que as duas vivem há nove anos em uma fazenda da seita.

“Minha filha aprendeu a fazer queijo, aprendeu a ser escravo deles”, disse Waldete.

“A gente só trabalhando, trabalhando, trabalhando na enxada, trabalhando no duro. E eu vendo os líderes, não só os líderes, mas como suas mulheres, seus filhos, em carros de luxo, no passeio, comendo do bom e do melhor, shopping”, afirmou outro ex-fiel.

“Se você questionar isso, o pastor já olha que você já está olhando com outros olhos. Você já não faz parte, você já não é mais ovelha”, contou um ex-fiel.

Os fiéis que vivem nessas condições não têm liberdade para falar com a família, como conta o pai de uma moça que vive há quatro anos numa das fazendas. “Fiz algumas visitas a ela, mas eu percebi que eu estava sendo monitorado o tempo todo”, afirmou.

“Eles dão telefone, sim, que você liga, mas nunca existe ninguém, ninguém atende, ninguém conhece ninguém”, contou Waldete.

“E também em caso de deslocamento de algum fiel à cidade ocorre o acompanhamento de alguém do comando da seita. Ou seja, há uma vigilância constante”, disse o delegado.

O Fantástico tentou visitar algumas fazendas, mas não teve permissão para entrar. Em uma delas, em Minduri, interior de Minas, um funcionário defendeu a comunidade.

“Aquilo que é necessário, aquilo que a gente precisa, nós temos de tudo. Aqui não tem serviço escravo”, defendeu.

Neste sábado (22), uma equipe do Fantástico foi até a sede da seita tentar falar com fiéis.

Normalmente, cultos são realizados nas noites de sábado. Mas neste o templo estava fechado. A equipe encontrou uma senhora que se apresentou como fiel. Ela defende o pastor Araújo.

“Faz 15 anos que eu estou junto, nunca vi nada de errado da parte dele”, afirmou a doceira Irani Ribeiro.

De repente, apareceu um homem ligado à seita.

Homem: Isso dá cadeia o que vocês tão fazendo. Vou chamar a polícia pra vocês.

Fantástico: Por quê? A gente está na rua perguntando...

Homem: Porque vocês estão atrapalhando um lugar de religião.

Fantástico: Mas a gente não está atrapalhando ninguém.

Homem: Está sim, senhora.

A equipe não estava em frente à sede da seita, e sim em frente ao estabelecimento que fica ao lado da igreja. Apareceram mais homens.

Homem: Vocês estão levando as pessoas ao constrangimento.

Fantástico: Não, não estou constrangendo ninguém. Eu fiz uma pergunta, ela quis responder.
Como um carro com mais homens parou pouco mais adiante, a equipe decidiu, então, ir embora.

Todos os presos foram soltos na sexta-feira (21), depois de cumprida a prisão temporária.

Vão responder em liberdade por seis crimes: estelionato, falsidade ideológica, lavagem de dinheiro, organização criminosa, aliciamento de trabalhadores e trabalho escravo.

O advogado do pastor Cícero Araújo, Leonardo de Campos, disse que a comunidade é investigada desde 2005 e que até hoje a Polícia Federal e o Ministério do Trabalho não conseguiram comprovar a existência de trabalho escravo nas propriedades do grupo. O advogado nega a existência de laranjas nos negócios da comunidade.

“Ele partiu a minha vida, ele acabou com a minha vida, ele derrotou a minha vida, o Cícero”, disse Dona Waldete.


Fonte: Globo-Fantástico

Tags: seita investigada pela pf

Regionais : Cursos de medicina em Porto Velho é motivo de denúncia na mídia nacional
Enviado por alexandre em 24/08/2015 13:55:54


Que médicos estão sendo formados pelas faculdades de medicina? Um levantamento inédito do Conselho Federal de Medicina mostrou que elas viraram um balcão de negócios. A qualidade do ensino fica em segundo plano. O Fantástico percorreu o país e encontrou escolas sem nenhuma estrutura para formar um médico. E até estudantes atendendo pacientes sozinhos, sem a supervisão de professores.

Não é Natal, nem réveillon. Mas a rodoviária da pequena Mineiros, no interior de Goiás, está lotada.

É fim de julho e quem chega com as malas são todos jovens, com uma mesma expectativa. O objetivo é um só: fazer vestibular para medicina.

Mais de três mil alunos vieram de longe pro vestibular da faculdade particular Fama.

Há dois anos, Marcela tenta entrar em medicina. Já encarou mais de vinte vestibulares.

E quando soube de um curso novo em Goiás, ficou animada e viajou 1.200 quilômetros. O vestibular é só o primeiro passo de uma longa carreira. Mas o que esses estudantes podem encontrar pela frente está longe de ser um sonho.

Um estudo inédito do Conselho Federal de Medicina fez uma radiografia do ensino médico no Brasil.

E expôs uma realidade preocupante: o número de faculdades disparou nos últimos anos. São instituições em sua maioria particulares, com mensalidades muito altas, que chegam a R$ 11 mil. Só que preço nem sempre quer dizer qualidade.

“Lamentavelmente hoje virou um balcão de negócios a abertura de cursos médicos. Isso é triste. A medicina brasileira está em decadência”, afirma José Hiram Gallo, conselheiro do Conselho Federal de Medicina.

Na nova faculdade de Mineiros, as salas de aula e os laboratórios já estão prontos. Os bonecos de plástico estão no lugar. Mas falta o espaço para a formação prática. Os últimos dois anos do curso de medicina são dedicados ao estágio, chamado de internato.

“Fundamentalmente a medicina precisa de campo de prática, os alunos precisam ser levados para as enfermarias”, Carlos Vital, presidente do Conselho Federal de Medicina.

Internato é diferente de residência, que vem depois da formatura, como especialização.
O MEC exige que, para cada vaga do curso de medicina, deve haver um mínimo de cinco leitos do SUS, ou conveniados, para o internato.

A Fama abriu 200 vagas. Portanto seriam necessários mil leitos. Mas no lugar do futuro hospital universitário, por enquanto, só tem mato. No lugar onde serão os consultórios, também. E onde será construído um campus exclusivo pra faculdade de medicina, só se vê terra.

A rede pública da região também não comportaria os alunos. Só tem 379 leitos. Faltariam mais de 600 leitos para cumprir a exigência do MEC.

O diretor da faculdade garante que fez convênios para ter todos os mil leitos. Para atingir a cota, a faculdade promete vagas de estágio em Goiânia, a mais de 400 quilômetros de distância.
Alessandro Rezende, diretor da Faculdade Mineirense - Fama: A gente tem 1050 leitos conveniados em Goiás.

Fantástico: E são quais hospitais?

Alessandro Rezende: São três em Mineiros, 14 hospitais no interior de Goiás e são mais três grandes hospitais aqui de Goiânia.

“Não precisa ser uma pessoa que viva na área da saúde para saber que essa distância é absolutamente incompatível com esse processo de ensino de aprendizado”, observa Carlos Vital.

Além disso, a Secretaria Estadual de Saúde de Goiás diz que o convênio não existe. “Não foi feito nenhum contato conosco, até o momento, dessa faculdade para a busca de nenhuma possibilidade de nenhuma oferta de campo de estágio”, afirma Nelson Bezerra, da Secretaria Estadual de Saúde de Goiás.

Por causa da falta de leitos para o estágio, o MEC não autorizou a abertura do curso. Mas a faculdade conseguiu uma liminar na Justiça para funcionar. Os alunos que passaram no vestibular começam as aulas nesta segunda (24), pagando R$ 7 mil por mês.

Fantástico: O aluno que vai estudar lá pode sair mal formado?

Maria do Socorro de Souza, presidente do Conselho Nacional de Saúde: Pode. Pode sair mal formado sim. E é lamentável porque é um custo caro pra família, é um custo caro para a sociedade porque muitos deles podem dispor do crédito educativo.

Só nos últimos cinco anos, foram abertas 81 escolas médicas. Quase a metade do total de faculdades de medicina criadas em mais de 200 anos. O governo federal diz que a abertura de novas faculdades é necessária porque faltam médicos no Brasil.

“Nós estamos ainda muito abaixo do que se espera para que nós possamos atender a nossa população com o número de médicos que queremos”, diz Luiz Cláudio Costa, secretário executivo do Ministério da Educação.

Atualmente, o Brasil tem 1,8 médico por mil habitantes. A média das Américas, incluindo Estados Unidos, é de 2,2. E a da Europa é 3,3.

“O Brasil está muito abaixo ainda do desejável no mundo, até dos nossos países vizinhos”, afirma Luiz Cláudio Costa.

Um especialista em educação médica estudou o surgimento recente de escolas de medicina. E afirma que o número de faculdades existentes hoje já seria suficiente para ultrapassar até os padrões europeus.

“Não há mais necessidade de nenhum curso de medicina novo no Brasil. O Brasil tem falta de médicos, com certeza, mas já houve uma expansão tão grande no número de cursos de medicina que essa falta de médicos vai ser resolvida com os cursos de medicina que já existem. O que o Brasil precisa é de médicos com formação de qualidade”, informa professor titular de Faculdade de Medicina da USP Milton de Arruda Martins.

E qual será a qualidade dos médicos que o Brasil está formando? Uma das respostas pode estar nos estágios que as faculdades oferecem.

Em Porto Velho, existem três faculdades de medicina. Nenhuma tem um local próprio para estágio.
O estudante João Otavio Salles Braga está quase se formando pela Universidade Federal de Rondônia. Ele faz estágio no Hospital Estadual João Paulo II, que está abarrotado de estudantes.

“Tem um excesso de alunos, às vezes sete, oito ali para dez leitos”, conta.

Segundo João, os pacientes às vezes se sentem incomodados com tantos alunos: “Imagina, sete, oito pessoas apalparem aquele mesmo lugar. Eu tive paciente que falou: ‘Não, não, não aperta mais não. Já tá doendo, eu sei que tá doendo’. É um ambiente relativamente pequeno para acomodar todos os pacientes ali, mas os médicos, se você bota mais acadêmicos ali dentro, fica mais sobrecarregado", afirma.

Um funcionário diz que os alunos ficam a maior parte do tempo sem supervisão.

Funcionário: Foi um corte que ele teve na face, então foi feita a sutura de forma inadequada.
Fantástico: Mas o estudante fez a sutura sozinho?

Funcionário: Sozinho.

Um professor alerta.

Professor: As pessoas que estão se formando ali vão atender seres humanos daqui a pouco e isso é muito desagradável, pois vão dar um mau atendimento.

Fantástico: Qual pode ser a consequência disso?

Professor: A morte do doente.

O Fantástico visitou o Hospital Infantil Cosme e Damião, também em Porto Velho. Durante duas horas, nossa equipe flagrou vários estudantes, como uma jovem examinando uma criança na emergência, sem nenhum professor acompanhando. Outra aluna atendia uma criança que passava mal.

Mostramos as imagens para o representante de Rondônia no Conselho Federal de Medicina.

“Apalpou, auscultou, fez tudo que não era da competência dela. E sim do médico. Ela poderia até fazê-lo, mas do lado do médico professor”, avalia José Hiram Gallo.

E o segundo caso? “Essa criança precisava de um atendimento médico que estivesse um médico próximo, essa criança poderá ter até a morte por falta de um atendimento”, alerta José Hiram Gallo.
“Se esse tipo de denúncia chega pra gente, a primeira coisa que se faria, se houvesse, era demitir o professor preceptor”, afirma Nina Lee Magalhães, coordenadora acadêmica da Faculdades Integradas Aparício Carvalho.

“Eu vou apurar e será... Esse supervisor será desligado do serviço”, garante Maria Eliza de Aguiar, diretora da Faculdade São Lucas.

O coordenador de estágio da Universidade Federal de Rondônia diz que a presença do professor é indispensável.

“Se ele realizar alguma conduta isso é absolutamente ilegal porque ele não é médico, ele é um aprendiz e está ali pra aprender uma profissão”, diz José Ferrari.
Condições precárias de estágio são apenas uma das deficiências de escolas médicas brasileiras.

Dados inéditos do Conselho Federal de Medicina mostram que nenhuma faculdade de medicina do país tirou a nota máxima na última avaliação do Inep, o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais. Numa escala de um a cinco, mais da metade teve nota menor ou igual a três.

Além das notas baixas, o estudo chama atenção para a abertura de escolas em cidades pequenas, que não têm estrutura para estágio. Nos últimos dois anos, foram 20 casos assim.

“A interiorização dos cursos de medicina com condições de fixação é que nos vão garantir que esses médicos não vão ser atraídos somente para trabalhar nas capitais”, afirma Luiz Cláudio Costa.

O professor da Faculdade de Medicina da USP Mário Scheffer analisou médicos formados no interior, nos últimos 30 anos. E concluiu: apenas um em cada cinco permanece na cidade onde se formou.

“A interiorização dos cursos de medicina é totalmente insuficiente para fixar médicos no lugar. Os médicos formados nesses pequenos municípios migram para os grandes centros em busca de empregos e condições de trabalho e remuneração mais atraentes”, diz Mário Scheffer.

O estado de São Paulo concentra o maior número de escolas médicas do país: 44. O Conselho Regional de Medicina do estado é o único que aplica uma prova para recém-formados. Nos últimos três anos, o desempenho das particulares foi bem pior que o das públicas.

No ano passado, 67% dos alunos da rede pública foram aprovados na avaliação. Na rede privada, apenas 35% passaram.

Da universidade Camilo Castelo Branco, em Fernandópolis, onde a mensalidade custa cerca de R$ 6 mil, só 23% dos alunos passaram na prova. O curso está entre os três piores do estado.

“O risco de um médico mal formado são 43 anos, é a média que um médico depois de formado exerce a profissão, fazendo uma medicina de má qualidade”, diz Bráulio Luna Filho, presidente do Conselho Regional de Medicina de São Paulo.

O número de denúncias de erros médicos no Conselho Regional de Medicina de São Paulo cresceu de 5 para 18 por dia, nos últimos 20 anos. O presidente do conselho atribui o aumento à má formação dos profissionais.

“Antigamente eram denunciados médicos com mais de 15, 20 anos de formado. Agora, não. São médicos com três, quatro, cinco anos de formado. Foi o que nos levou a fazer o exame do conselho”, diz Bráulio Luna Filho.

Pelas leis atuais, aprovados ou reprovados, todos os formados podem exercer a medicina. Mas o Cremesp propõe que só possam trabalhar como médicos os que forem aprovados no exame do conselho.

Em Cuiabá, num dia de festa tão simbólico, essa ideia divide opiniões.

“O bom aluno que estudou, que dedicou, ele não vai ter medo dessa prova, dessa avaliação, visando o bem comum, que é a melhora da medicina e consequentemente da qualidade de vida das pessoas”, opina Pedro Vitor Magalhães, formando em medicina.

“Depois da nossa faculdade, muitos fazem a residência, e pra você passar na residência é necessário passar por um novo processo seletivo, uma nova prova. Então acho que seria desnecessário”, comenta a formanda Camila Leite Teixeira.

Para esses recém-formados, existem duas certezas: o caminho até aqui não foi fácil. E o futuro é cheio de sonhos.

E a Marcela, aquela estudante do começo da reportagem, ainda não passou no vestibular de Mineiros, em Goiás. Já houve seis listas, e ela ainda não foi chamada.


Fonte: Globo-Fantástico

Tags: denúncia sobre os cursos de medicina

Regionais : Peão de 19 anos vence etapa da PBR no rodeio de Barretos e leva R$ 100 mil
Enviado por alexandre em 24/08/2015 10:38:09


O peão Luciano Henrique de Castro, de 19 anos, é o mais novo campeão do circuito nacional de montaria em touros da Professional Bull Riders (PBR), cuja final aconteceu na noite deste domingo (23) durante a 60ª Festa do Peão de Barretos (SP). Além do prêmio de R$ 100 mil, Castro foi classificado para o mundial que acontece em outubro em Las Vegas, nos Estados Unidos.

Nascido em Guzolândia (SP), Castro conquistou a nota 90,5 na noite de domingo. Em junho, o jovem peão também venceu a disputa contra o touro Agressivo durante o "Desafio do Bem" na 29ª Festa do Peão de Americana (SP). A prova de montaria arrecadou cerca de R$ 150 mil, que foram destinados ao Hospital de Câncer de Barretos.

"Para mim, é uma emoção muito grande. Eu fico muito feliz por isso, nem estou acreditando. Viajar para os Estados Unidos vai ser uma experiência muito importante para a minha carreira e para a minha vida. Quando eu chegar lá, vou ficar até bobo", disse Castro, que também recebeu o título de "atleta revelação" da montaria em touros.

Participaram da competição os 35 melhores peões do ranking da PBR no Brasil.

Luciano Henrique de Castro recebeu a nota 90,5 após montaria na final da PBR (Foto: Érico Andrade/G1)

Outras provas
A quarta noite de rodeio da 60ª Festa do Peão de Barretos também foi marcada pela etapa classificatória das provas de team penning, três tambores e montaria em cavalos no estilo cutiano para o Rodeio Internacional de Barretos, que acontece entre os dias 27 e 30 de agosto.

Na modalidade team penning, o trio de cavaleiros formado por Diogo Enrick Vieira de Almeida, Iuly Assis de Lima e Danniely Marques de Lima levou a melhor: o grupo conseguiu conduzir os animais designados pela arbitragem até o curral montado na arena em 23,340 segundos, o menor tempo da noite.

Já na montaria em estilo cutiano, o peão Patrick Nascimento Santos, de Santópolis do Aguapeí (SP), ficou em primeiro colocado no ranking final com nota 162,5 - a pontuação é calculada pela somatória das notas recebidas em quatro dias de competição. Além dele, também se classificaram Luis Felipe Carigure, de Mirassol (SP), e Flávio Renan Nogueira Camilo, de Bálsamo (SP).

Luciano de Castro levou para casa R$ 100 mil e o título de 'atleta revelação' (Foto: Érico Andrade/G1)

Peoas brilharam
Nos três tambores, a única prova em que as mulheres podem participaram, foram classificadas para o Rodeio Internacional as peoas Patrícia Ávila e Ana Beatriz do Amaral, ambas de Catanduva (SP), além de Keyla Polizello, de São José do Rio Preto (SP). Elas conseguiram percorrer o circuito na arena em 18,113 segundos, 18,556 segundos e 18,329 segundos, respectivamente.

A arena também recebeu a final da Associação Nacional de Três Tambores (ANTT). Na categoria "Gold Race", a peoa Fatiana Ferreira, de Guaíra (SP), ficou em primeiro lugar e levou para casa um carro zero quilômetro. Na categoria Silver Race, Daiane Sudário levou R$ 6 mil e no estilo "Mirim", a jovem Tarcila Fergusson, de Rio Verde (GO), ficou em primeiro lugar, ganhando R$ 3 mil.

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Regionais : Vereador: "Recebeu Bolsa Família não deve votar"
Enviado por alexandre em 24/08/2015 09:24:08

Vereador: "Recebeu Bolsa Família não deve votar"

 Os beneficiários do programa social Bolsa Família, do governo federal, não deveriam ter permissão para votar para presidente da República, defende o vereador Péricles Deliberador (PMN), de Londrina, Paraná.

"O cidadão que recebe Bolsa Família, que são mais de 15 milhões de pessoas, não deveriam votar para presidência. É meu ponto de vista e tenho certeza que muita gente concorda. Isso para mim é voto de cabresto, voto comprado", declarou o parlamentar.

O comentário, feito na Câmara Municipal de Londrina, foi rebatido pela vereadora Lenir de Assis, do PT. "Pobre não poder votar porque não recebe transferência de renda? Por um acaso somos representantes apenas de quem tem poder aquisitivo? Na minha opinião, nós, enquanto vereadores, deveríamos no mínimo respeitar os pobres. Respeitar quem sempre foi colocado à margem desta sociedade e passou fome neste país".  (D potal Paraná 247)

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