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Regionais : Coletiva: ameaçado de impeachment, Temer se defende
Enviado por alexandre em 27/11/2016 20:35:29

Coletiva: ameaçado de impeachment, Temer se defende




Presidente Michel Temer, Presidente do Senado Federal Renan Calheiros e o Presidente da Câmara dos Deputados, Deputado Rodrigo Maia, durante coletiva de imprensa no Palácio do Planalto - 37/11/2016 (Beto Barato/PR/Divulgação)

Presidente disse que arbitrava conflito ‘administrativo’ quando foi gravado de modo ‘indigno’ por Calero e que pretende passar a gravar o seu gabinete

VEJA

O presidente Michel Temer concedeu uma entrevista coletiva neste domingo, organizada de última hora para tentar amenizar a crise que se abateu sobre o seu governo com a denúncia, feita pelo ex-ministro da Cultura Marcelo Calero, de que se envolveu pessoalmente no caso em torno do apartamento de outro de seus ex-ministros, Geddel Vieira Lima, derrubado pela suspeita de ter pressionado Calero a liberar a construção de um edifício próximo a uma área tombada de Salvador, no qual adquiriu um luxuoso apartamento.

Para reforçar a ideia de que age com lisura, Temer anunciou que pensa em passar a gravar todas as conversas realizadas no gabinete da Presidência. A crise se tornou mais grave na semana que passou pela notícia de que tramita no Congresso Nacional uma emenda parlamentar para anistiar o chamado caixa dois de campanha eleitoral, cuja aprovação foi negada tanto por Temer quanto por Renan Calheiros e Rodrigo Maia, presidentes do Senado e da Câmara dos Deputados, também presentes à coletiva.Temer ainda falou sobre a outra crise, a econômica, e disse que resultados animadores são esperados apenas para o segundo semestre de 2017.

“Agradeço a pergunta porque é o primeiro momento em que posso esclarecer essa questão”, disse Temer, ao ser questionado sobre a gravação que Marcelo Calero teria feito da conversa em que teria sido cobrado pelo presidente para encaminhar a questão da obra de Salvador à Advocacia Geral da União (AGU), que, segundo o ex-ministro da Cultura, daria um parecer favorável ao Iphan nacional, que, ao contrário do Iphan da Bahia, é a favor da liberação do prédio onde Geddel comprou apartamento. “Ele parece que gravou a conversa. Com toda a franqueza, acho que gravar clandestinamente é algo irrazoável. Eu diria que é indigno, de uma indignidade absoluta. Um ministro gravar o presidente da República é gravíssimo. E, se gravou, espero que logo venha a luz. Os senhores sabem que sou cuidados com as palavras”, disse.

“Eu estava arbitrando um conflito de ordem administrativa, entre dois órgãos públicos. O Iphan da Bahia tinha uma posição e o nacional, outra. Então, eu disse, mande para a AGU. Não estava patrocinando nenhum interesse privado, data vênia”, afirmou Temer, em seu linguajar de advogado.

“Estou pensando em pedir, não é uma decisão ainda, ao Gabinete de Segurança Institucional que grave todas as audiências do presidente da República”, acrescentou depois. A acusação de Calero levou a oposição a falar em um processo de impeachment de Michel Temer.

Sobre as temidas delações premiadas de executivos da construtora Odebrechet, Temer disse que não se pode ser “ingênuo” de não as recear. “Claro que fala que vai alcançar 100, 150 pessoas da classe política, claro que há uma preocupação de ordem institucional. Claro que há, não poderíamos ser ingênuos.”

Por fim, defendeu o governo dizendo que “nunca houve lua de mel” com a opinião pública e a sociedade — “nunca houve lua de mel”, disse, poético — e que é preciso conquistar esperança e depois confiança para mudar o quadro econômico. Também disse que tem conversado sobre a possibilidade de redução na taxa básica de juros. “Eu vejo que eventuais resultados se darão lá pelo segundo semestre do ano que vem.”

O conjunto da obra ameaça Temer


Os políticos não entenderam que o país mudou. Eles se matam por um apartamento de luxo?

Época - Ruth de Aquino

Não é um tríplex, mas o apartamento embargado de Ged­del Vieira Lima (que pediu demissão na sexta-feira, dia 25) já desabou em cima do presidente Michel Temer. A política tem dessas coisas, Temer, esse tipo de pressão popular. Não basta saber ajeitar o nó da gravata e falar bem o português. Num país traumatizado pela corrupção, apostar todas as suas fichas numa figura pretérita como Geddel é pedir para ser crucificado neste Black December.

O presidente não podia blindar Geddel antes mesmo de a Comissão de Ética abrir processo. As “ponderações” do ministro da Secretaria de Governo para o então ministro da Cultura Marcelo Calero tinham um peso imoral. O talento de “articulador” do baiano Geddel virou poeira, aquele pó de obra que suja até a alma. Os aliados correram para dar apoio irrestrito a um ministro acusado de tráfico de influência em benefício pessoal. O condenado arranha-céu La Vue, em Salvador, tem as digitais de amigos e parentes de Geddel desde sua concepção. Um espigão em área tombada arranhou Congresso e Planalto – por tibieza do presidente.

Parece que os políticos não entenderam que o país mudou. Eles se matam por um apartamento de luxo com “la vue” total da Baía de Todos-os-Santos? Ao dar o caso por “encerrado”, todos que apoiaram Geddel colocaram seus dedos na tomada. Foi falta de visão, uma irresponsabilidade com um momento em que o Brasil deveria focar na estabilidade econômica e na recuperação do emprego. Com amigos como Geddel, Renan Calheiros e Rodrigo Maia, nenhum presidente precisa de inimigos.

Ao assumir a Presidência há seis meses, após longo e doloroso impeachment de Dilma Rousseff, Temer disse que era “hora de tentar pacificar o país”. Agora, ao nomear Roberto Freire para a Cultura, Temer nem se referiu ao antecessor Calero. Estava amuado. O próprio Temer havia intercedido com Calero em favor de Geddel, que andava “muito irritado” com o embargo de seu apartamento. Na posse de Freire, Temer disse que vai “salvar o Brasil”, “ganhar céu azul e velocidade de cruzeiro”. Não, presidente. O céu está enfarruscado, e sua forma de menosprezar o caso Geddel é mais do mesmo. Só ajuda a inflamar as ruas.

Em setembro, Geddel havia constrangido o governo, ao declarar: “Caixa dois não é crime. Quem se beneficiou deste mecanismo no passado não pode ser punido”. Será que Temer ponderou com Geddel? Depois, a imprensa deu a lista dos salários acima do teto constitucional de R$ 33.763. Olha o Geddel ali, gente! Ele ganha R$ 51.288 por mês, acumulando dois vencimentos. Fora privilégios e benefícios.

O ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, decidiu abrir mão de parte do salário para se adequar ao teto. Geddel nem pensou: “Os meus vencimentos estão dentro da lei. A lei é para todos”. Geddel, o grande articulador, não convenceria servidores a abrir mão de vencimentos para ajudar estados falidos. Onde vive Geddel? Nas nuvens, e faz tempo. Você lembra o vídeo Geddel vai às compras, que mostrava, a partir de um helicóptero, as fazendas adquiridas por ele de maneira antiética? As imagens são do ano 2001. Quem divulgou foi o então presidente do Senado, o também baiano Antônio Carlos Magalhães. O que mudou foi só a tecnologia. Naquele tempo, o vídeo era distribuído em fita.

“Vamos trabalhar! O Congresso nos espera”, disse um comovido Geddel com o apoio de seus pares. Rodrigo Maia, presidente da Câmara, foi impiedoso com o ex-ministro Calero: “Ele enlouqueceu (...) O ministro sai atirando para desestabilizar o Brasil”. O presidente do Senado, Renan Calheiros, também saudou a blindagem de Geddel por Temer: “O bom é que isso fique para trás”. Essa dobradinha Rodrigo-Renan é o retrato do Brasil reciclável na política.

Temer ajustou posição sobre anistia três vezes


Josias de Souza

No intervalo de apenas 13 dias, Michel Temer promoveu três ajustes em suas manifestações sobre a pretensão dos congressistas de aprovar algum tipo de anistia para o crime de caixa dois. Como presidente da República, Temer tem o dever constitucional de deliberar sobre projetos aprovados no Legislativo. Pode sancioná-los ou vetá-los. Daí a relevância de saber o que pensa sobre o tema.

No início, Temer trazia sua opinião sobre a anistia na coleira, evitando soltá-la em público. Em entrevista ao programa Roda Viva, exibida pela TV Cultura em 14 de novembro, fugiu do assunto: “Esta é uma decisão do Congresso. Eu não posso interferir nisso.”

Reiterou sua posição em conversa com o blog, veiculada aqui em 16 de novembro: “Se eu dou uma opinião desde já, quando surgir a hipótese de sanção ou veto, já estou comprometido com a opinião que eu dei, sem ter uma discussão final do Congresso Nacional. Tenho uma cautela extraordinária, até um pouco exagerada em relação a isso. Quero evitar qualquer espécie de autoritarismo do tipo: ‘eu estou decidindo assim ou assado’.”

No início da semana, Temer foi consultado por seus aliados na Câmara. Privadamente, sinalizou que não teria dificuldades em sancionar um artigo perdoando os políticos que receberam verbas para suas campanhas via caixa dois, diferenciando-os daqueles que embolsaram propinas.

Súbito, Temer passou a difundir posição oposta. Autorizou seus interlocutores a espalharem que vetará qualquer tipo de anistia que lhe chegue à mesa. Simultaneamente, combinou com Renan Calherios e Rodrigo Maia, presidentes do Senado e da Câmara, um esforço para tentar matar o assunto no próprio Congresso. Assim, Temer nao precisaria passar pelo desgaste do veto.

Deve-se o posicionamento mais incisivo de Temer a um fenômeno que um de seus ministros chamou de “Efeito Geddel.” Acusado de se envolver no esforço para liberar a construção do prédio onde seu ex-coordenador político Geddel Vieria Lima tem um apartamento, Temer é malhado no noticiário e nas redes sociais.

O endurecimento da posição sobre a anistia do crime de caixa dois, outro foco de desgaste, é uma tentativa de Temer de atenuar a pancadaria que transforma a crise atual no pior momento de sua curta gestão de seis meses.

Temer :“E indigno e gravíssimo” gravar o presidente



Marcelo Calero diz que gravou conversa com presidente.
Calero diz que foi pressionado a liberar obra de apartamento de ministro.

Luciana Amaral - Do G1 em Brasília

O presidente Michel Temer afirmou neste domingo (27) que é "indigno" e "gravíssimo" um ministro gravar o presidente da República. A afirmação foi feita em referência às notícias de que o ex-ministro da Cultura Marcelo Calero gravou conversas com Temer e com ministros do governo sobre uma suposta interferência política em uma decisão técnica do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, órgão vinculado ao Ministério da Cultura.

Calero se demitiu depois de denunciar ter sido pressionado por Geddel Vieira Lima, ex-ministro da Secretaria de Governo, para liberar a obra de um edifício no centro histórico de Salvador no qual Geddel tem um apartamento. Calero disse que Temer também intercedeu na questão e que gravou as conversas.

"Espero que essas gravações venham a público", disse o presidente, que afirmou que é muito cuidadoso com o que fala e que a atitude de Calero foi de uma "indignidade absoluta".

O presidente disse que "não estava patrocinando nenhum interesse privado" ao "arbitrar" a divergência entre Marcelo Calero e Geddel Vieira Lima e ter sugerido ao então ministro da Cultura encaminhar o caso para a Advocacia Geral da União (AGU).

"Você verifica que eu estava administrando conflitos de natureza pública. Quando ele [Calero] falou que não queria despachar, falei para mandar para a AGU", disse.

Temer disse que ainda não tomou uma decisão, mas cogita fazer gravações oficiais das audiências na Presidência da República. "Estou pensando em pedir ao Gabinete de Segurança Institucional que grave – aí publicamente –, que grave todas as audiências do presidente da República", declarou.

Crise no governo
O pedido de demissão de Marcelo Calero no último dia 18 e as denúncias contra Geddel abriram uma crise no governo Temer. Na sexta-feira (25), Geddel pediu demissão e deixou o governo.

Temer afirmou que, se Geddel tivesse pedido demissão antes, "talvez teria sido melhor". "É claro que ganhou uma dimensão extraordinária. A demora não foi útil", disse.

O presidente da República disse também que está "examinando com muito cuidado" o perfil do novo ocupante da Secretaria de Governo, em substituição a Geddel Vieira Lima. Segundo ele, é preciso alguém com "lisura absoluta" e com facilidade para conversar com os integrantes do Congresso.

Regionais : "Temer deveria seguir passos de Geddel e se demitir"
Enviado por alexandre em 27/11/2016 20:30:23

"Temer deveria seguir passos de Geddel e se demitir"


Clovis Rossi - Folha de S.Paulo
Presidente Michel Temer, siga o exemplo do ex-ministro Geddel - O presidente Michel Temer deveria seguir os passos de Geddel Vieira Lima e se demitir. Afinal, bem feitas as contas, praticou a mesma irregularidade de seu então auxiliar (advocacia administrativa).
Trata-se de uma expressão técnica que, desbastada do juridiquês, significa uma violação da República, da coisa pública.

Pior: trata-se de irregularidade publicamente admitida, primeiro por Geddel e depois pelo próprio Temer, pela boca de seu porta-voz.

Chega a ser revoltante a desfaçatez com que ambos tentam minimizar a gravidade dos atos praticados. Geddel negou que tivesse pressionado o então ministro da Cultura, Marcelo Calero, para liberar um prédio em que comprara um apartamento e que havia sido embargado pelo Iphan (Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional).

Disse que fizera apenas "ponderações". Qualquer pessoa com um dedo de sentido comum sabe que, quando o ministro mais poderoso do governo, até pela proximidade com o presidente, faz "ponderações" junto a um colega, está pressionando-o a adotar a posição desejada pelo "ponderador".

Da mesma forma, Temer, segundo o porta-voz, tentou apenas "arbitrar" entre dois ministros em conflito. De novo, o mais elementar bom senso diz que não cabe a um presidente da República intrometer-se em interesses privados de qualquer um de seus auxiliares —a não ser para demitir quem desafiasse os valores republicanos, no caso Geddel Vieira Lima. Sempre haverá, entre os defensores do já velho novo governo, quem diga que a falta não é tão grave quanto os crimes em penca que estão sendo expostos dia sim, outro também, pela Lava Jato e outras investigações

Não é assim. O episódio Geddel e as tentativas de minimizá-lo demonstram precisamente a cultura política que está na raiz do assalto aos recursos públicos praticado em conjunto por agentes privados, públicos e políticos.

Quando um ministro e, pior ainda, um presidente acham admissível usar o cargo para advogar em favor de interesses privados viola-se a República. É simples assim. A partir desse desprezo pelos valores republicanos, abrem-se as portas para todas as demais violações.

Nunca é demais lembrar que essa cultura deletéria precede o governo Temer e os do PT, o que, evidentemente, não os absolve.

Geddel Vieira Lima foi um dos 37 deputados investigados, em 1993, pela CPI dos chamados "anões do Orçamento", parlamentares acusados de desviar dinheiro público por meio de fraudes com o Orçamento.

Desses todos, o relator, deputado Roberto Magalhães, do então PFL de Pernambuco, pediu a cassação de 18, entre eles, adivinhe, Geddel Vieira Lima, que, no entanto, acabou absolvido.

Mas seis perderam mandatos, clara indicação de que o esquema funcionava. O então senador Antônio Carlos Magalhães (1927-2007) disse, à época, que Geddel só foi inocentado porque implorara ao filho de ACM, Luiz Eduardo, para ser poupado. Enfim, o fato de um "anão" ter sido promovido à cúpula da República acaba dando a dimensão real do governo.

País derrete e Temer vê apartamento que sequer existe


Janio de Freitas - Folha de S.Paulo

É ao menos original, para não dizer que é cômico. O país derrete, com as atividades econômicas se desmilinguindo, o desemprego crescendo, cai até a renda dos ricos, a maior empresa do país é vendida em fatias, pouco falta para trocarem de donos os trilhões do pré-sal –e o presidente da República passa a semana ocupando-se com um apartamento que nem existe. Ou só existe no tráfico de influência de um (ex)ministro e na advocacia administrativa do próprio presidente.

Se Dilma foi processada por crime de responsabilidade, como quiseram os derrotados nas urnas, Michel Temer é passível de processo, no mínimo, por crime de irresponsabilidade. É o que explica a pressa de Aécio Neves e Fernando Henrique para cobri-lo com uma falsa inocência. "Isso [a ação de Geddel] não atinge Temer nem de longe", diz Aécio, que na presidência da Câmara foi o autor de algumas das benesses mais indecentes desfrutadas pelos deputados.

Fernando Henrique define os atos de Geddel e de Temer como "coisas pequenas". Comparados à entrega, por ele, do Sistema de Vigilância da Amazônia à multinacional Raytheon, ou confrontados com as privatizações que manipulou até pessoalmente (e com gravação), de fato as ordinarices atuais são "coisas pequenas". Mas se "o importante é não perder o rumo", só isso, Temer, Geddel, Moreira e outros não o perderam. Nem desviam o país do rumo desastroso, único que lhe podem dar com sua incompetência e leviandade.

O comprometimento de Michel Temer com a manobra de Geddel não precisaria ser mais explícito. Sua acusação a Marcelo Calero, de que "a decisão do Iphan criou dificuldades ao [seu] gabinete" porque "Geddel está bastante irritado", diz o que desejava de Calero: a ilegalidade de uma licença incabível, para não "criar dificuldades" ao gabinete e, portanto, ao próprio Michel. Apresentar a ilegalidade como a forma correta de conduta, quando está em causa um interesse contrário à responsabilidade e à lei, é um comprometimento inequívoco com o interesse e com o tráfico de influência que o impulsiona.

Tem a mesma clareza a igualdade de ideia, e até de palavras, que Calero ouviu de Temer, de Eliseu Padilha e do secretário de Assuntos Jurídicos, Gustavo Rocha, em ocasiões diferentes. Todos lhe falaram em "construir uma saída", mandando "o processo para a AGU", a Advocacia-Geral da União. Lá, como disse Temer a Calero, "a ministra Grace Mendonça tem uma solução". A igualdade demonstra a combinação de uma estratégia para afinal impor a ilegalidade. Fosse por já terem a concordância de Grace Mendonça, como sugere a afirmação de Temer, fosse por a verem como maleável.

Michel Temer não poderia mesmo ser "atingido nem de longe". Está chafurdado na manobra de Geddel, a quem buscou servir em autêntica advocacia administrativa em nível presidencial. Corrupção, nada menos.

Onde tudo começou – o cerne do Iphan no caso Geddel


Leandro Mazzini - Coluna Esplanada

Para entender o imbróglio que causou a queda do ministro Geddel Lima é preciso recordar um pouco da história política da Bahia – ou seja, por que o Iphan no cerne da crise.

Em 1972, o então governador Antonio Carlos Magalhães desapropriou a mansão de Clemente Mariani, seu adversário político e dono do Banco da Bahia, ao saber, segundo contam testemunhas dos bastidores, que ele vendeu a instituição para o Bradesco em vez de dar preferência para o banco dos Calmon de Sá, amigos dos Magalhães.

ACM ainda conseguiu a canetada do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) à época e tombou todo o conjunto no chamado Morro do Clemente. O resto é que o que se sabe desde ontem.

Caso suba (está na base), o prédio de Geddel é o único do bairro que vai devassar a vista da chácara com mata atlântica intacta há mais de 40 anos. E os Mariani não querem especulação por ali.

O Morro do Clemente fica em área nobre, com 100 mil metros quadrados de vegetação nativa e em frente ao Yacht Club.

Em tempo, o falecido patriarca, Clemente Mariani, foi mais longe politicamente que Geddel. Foi ministro da Educação (Governo Dutra) e ministro da Fazenda (Governo Jânio).

Mostrar "unidade": Temer, Renan e Maia falam hoje


O Globo - Isabel Braga

Os presidentes da República, Michel Temer, da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL) farão pronunciamento neste domingo para tentar mostrar que há unidade entre os dois poderes e disposição para votar projetos que tentam retirar o país da crise financeira. A declaração, um recado para o mercado, que reagiu mal à demissão do ministro Geddel Vieira Lima, responsável justamente pela articulação política do governo no Congresso.

A entrevista dos três também servirá para garantir que não há disposição de aceitar anistia para crimes vinculados às eleições. Agora há pouco, Rodrigo Maia deixou a residência oficial de Temer mas não quis falar sobre o anúncio que será feito no domingo. Ele afirmou que a Câmara não vai votar a emenda que anistia de crimes.

— Em nenhum momento se discutiu anistia, e a sociedade vai entender que do ponto de vista majoritário nunca se quis anistiar crimes. Isso nunca entrou em nossas discussões. O que se tratou foi de tipificação do caixa dois. E isso só vai ter fim se votarmos e deixarmos isso claro — disse Maia.

Regionais : Pnad: volta a misérias revoltantes, novas e antigas
Enviado por alexandre em 27/11/2016 20:26:22

Pnad: volta a misérias revoltantes, novas e antigas




Vinicius Torres Freire - Folha de S.Paulo

É Natal. Ou Black Friday. Vamos reservar pelomenos 10% do tempo do nosso estresse natalino para sentir um pouco da culpa tradicional.

Vamos pensar nos 10% mais pobres do Nordeste, ainda uma tradição ou lugar-comum em termos de miséria: o décimo mais pobre dos nordestinos vive em média com uns R$ 3 por dia. Não dá para o cafezinho em padaria de São Paulo.

Por algum tempo, a gente parou de prestar atenção a essas estatísticas, que aparecem a cada ano quando começa o clima opressivo das festas. São os números da Pnad anual do IBGE, que saíram na semana passada.

O "crescimento chinês" da renda dos mais pobres não era pouco, mas se quebrou. A pobreza remediada ainda era grande e voltou a crescer.

A vida da metade mais pobre de fato melhorou com mais de 50% de aumento da renda na década anterior à Grande Recessão brasileira. Mas nos ocupamos de problemas essenciais e persistentes da pobreza e do crescimento? Quanto regredimos por causa desse descaso e de Dilma, a Ruinosa?

Começando pelo fim. O rendimento das casas que estão entre as 50% mais pobres do país regrediu ao que era em 2011, por aí. Os mais ricos perderam mais, diz a Pnad, embora os métodos dessa pesquisa acabem por produzir uma subestimação da renda no topo da pirâmide.

Os pobres do Nordeste continuam os mais pobres. A renda média da metade nordestina mais pobre equivale a 50% da metade mais pobre do Sudeste (na renda domiciliar per capita). Na metade mais pobre do Nordeste, uma casa com três pessoas vivia em 2015 com o equivalente a R$ 910 de hoje, em média. Pouco mais de um salário mínimo.

Há pobres por toda a parte do país, claro. Mas o exemplo do Nordeste serve para dar uma dica de que nos anos "chineses" não se pensou em mudança a fundo, "abalar estruturas".

O desemprego no Nordeste continua cronicamente maior que no restante do país. Em média, dois pontos superior ao do Sudeste, por exemplo (em setembro, era de 14,1% no NE e 12,3% no SE). A parcela de pessoas em idade de trabalhar que entram na força de trabalho é bem menor no Nordeste. A renda do trabalho é 60% da média das demais regiões, fora o Norte.

Qual o problema? Complicado demais para tratar nestas colunas modestas. Mas falta de escola e de infraestrutura, a distribuição horrenda da propriedade e política devem estar entre as explicações.

Apenas redistribuir renda (cobrar imposto e distribuir em forma de benefícios sociais) não resolve. A certa altura, se torna contraproducente, como se pode ver no estrago causado nos anos Dilma.

Conviria alterar economia e sociedade nordestinas: transferir renda (via impostos progressivos, sim), mas também para mudar o padrão do crescimento, investir para tirar tanta gente do isolamento empobrecedor (de falta de escola, estrada, infra social, o óbvio), de desemprego e subemprego.

Não se trata da bobice de "ensinar a pescar, em vez de dar peixe". Mas de reduzir diferenças regionais de produtividade. De aumentar a produtividade geral no país, aliás. O Nordeste é só caso mais extremo.

Mudar o padrão do nosso crescimento ou mesmo crescer deixou de ser assunto "progressista". É um motivo das derrotas da esquerda

Regionais : Em Miami há 50 anos, irmã de Fidel não vai ao funeral
Enviado por alexandre em 27/11/2016 20:24:36


Em Miami há 50 anos, irmã de Fidel não vai ao funeral


Juanita Castro deu entrevista ao jornal 'El Nuevo Herald'. Líder cubano morreu aos 90 anos, em Havana.

Por France Presse

Juanita Castro, a irmã de Fidel que vive no exílio em Miami desde os anos 1960, disse à imprensa local neste sábado (26) que não irá ao funeral do líder cubano, em Havana, embora lamente sua morte.

"Diante dos rumores pouco saudáveis de que me dirigia para Cuba para os funerais, quero esclarecer que, em nenhum momento, voltarei para a Ilha, nem tenho planos de fazê-lo", declarou Juanita ao jornal "El Nuevo Herald".

"Lutei ao lado desse exílio, braço com braço nas etapas mais ativas e intensas em décadas passadas, e respeito os sentimentos de cada um", insistiu a dissidente cubana.

Fidel Castro morreu na sexta-feira à noite, aos 90 anos, uma notícia que inundou de alegria os cubanos exilados em Miami.

"Não me regozijo da morte de nenhum ser humano, muito menos posso fazê-lo com alguém com meu sangue e meus sobrenomes", disse Juanita ao Herald.

"Como irmã de Fidel, estou vivendo, nesse momento, a perda de um ser humano que teve meu sangue", completou.

Fidel e o atual presidente, Raúl, foram dois de sete irmãos. Deles, Juanita, nascida em 1933, é a única a criticar publicamente o rumo comunista tomado pela Revolução Cubana.

Ela se exilou em Miami, em 1964, de onde denunciou publicamente o governo dos irmãos e colaborou com a CIA sob o nome-código de "Donna" nos planos para derrubá-lo, como ela mesma confessou depois.

Juanita Castro acrescentou que se exilou, assim como "todos os cubanos que saíram para encontrar um espaço onde lutar pela liberdade de seu país" e que, para isso, teve de pagar "um alto preço de dor e isolamento"

Regionais : Fidel Castro morre em Cuba aos 90 anos de idade
Enviado por alexandre em 26/11/2016 20:58:44


O ex-presidente e líder da revolução cubana, Fidel Castro, morreu anos 90 anos de idade, confirmou na madrugada de hoje (26) seu irmão e sucessor, Raúl Castro. As informações são da agência Ansa.

Em um anúncio na televisão, Raúl disse que era "com profunda dor" que confirmava a "morte do comandante Fidel Castro Ruz", falecido às 22h29 de Havana do dia 25 de novembro de 2016.

"Em cumprimento da expressa vontade do companheiro Fidel, seus restos mortais serão cremados", afirmou Raúl, demonstrando emoção ao ler o breve comunicado.

Fidel Castro foi o herói histórico da esquerda moderna, o homem que mais desafiou os Estados Unidos. Mas, na opinião de líderes de centro-direita, Fidel era um ditador sanguinário e o culpado por isolar a ilha de Cuba por quase 60 anos de todo o mundo.

Conhecido como "Comandante" pelos cubanos, Fidel era personagem de várias histórias e boatos. "Ele não dorme", "ele não esquece de nada", "é capaz de te penetrar com o olhar e descobrir quem você é".

Fidel sempre teve uma saúde de ferro, até quando enfrentou uma hemorragia intestinal durante uma viagem à Argentina aos 80 anos de idade. Em 31 de julho de 2006, os problemas de saúde provocados pelo avanço da idade o fizeram delegar temporariamente o poder a seu irmão Raúl.

Em fevereiro de 2008, Fidel renunciou oficialmente ao cargo de presidente cubano e, desde então, era o principal conselheiro do Partido Comunista e do novo governo.

A era Fidel Castro vem se dissolvendo pouco a pouco, enquanto uma nova Cuba surge devido a uma série de reformas econômicas e da retomada das relações bilaterais com os Estados Unidos, rompidas há mais de meio século.

Fidel assistia a tudo isso de longe, mas não deixava de fazer suas análises em artigos publicados no jornal oficial cubano Granma. A fragilidade da sua saúde já tinha provocado boatos sobre sua morte várias vezes nas redes sociais.

Fonte: Agência Brasil

Veja o que políticos brasileiros falaram sobre a morte de Fidel Castro



Políticos brasileiros se manifestaram em nota ou pelas redes sociais

A morte do líder cubano Fidel Castro ocorrida na madrugada deste sábado (26), aos 90 anos de idade, repercutiu no Brasil. Políticos brasileiros se manifestaram em nota ou pelas redes sociais.



Michel Temer



Em nota à imprensa, o presidente Michel Temer disse que "Fidel Castro foi um líder de convicções. Marcou a segunda metade do século XX com a defesa firme das ideias em que acreditava".



Renan Calheiros



Em nota oficial, o presidente do Congresso Nacional, senador Renan Calheiros (PMDB-AL), lamentou a morte de Fidel ressaltando que ele marcou a história mundial. “Em nome do Congresso Nacional, lamento a morte de Fidel Castro que, a despeito de suas convicções e ideologias políticas, foi um homem que marcou a história mundial. Em momentos como este, devemos nos lembrar que posições políticas diferentes, desde que respeitados valores democráticos, contribuem para enriquecer nossa história”, diz a nota.



Rodrigo Maia



O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), também destacou que Fidel foi uma figura marcante do século 20 "e, independentemente de crenças políticas, é preciso reconhecer sua importância para o povo de Cuba", disse em nota.



Dilma Rousseff



A ex-presidenta Dilma Rousseff lamentou a morte do líder cubano e apresentou suas condolências e solidariedade à família Castro e ao povo cubano. “Fidel foi um dos mais importantes políticos contemporâneos e um visionário que acreditou na construção de uma sociedade fraterna e justa, sem fome nem exploração, numa América Latina unida e forte. Um homem que soube unir ação e pensamento, mobilizando forças populares contra a exploração de seu povo. Foi também um ícone para milhões de jovens em todo o mundo”, diz nota de Dilma.



Lula



O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva lamentou a morte de Fidel e comparou-a como se tivesse perdido um irmão. Lula diz que Fidel foi uma voz de luta e esperança. “Seu espírito combativo e solidário animou sonhos de liberdade, soberania e igualdade. Nos piores momentos, quando ditaduras dominavam as principais nações de nossa região, a bravura de Fidel Castro e o exemplo da revolução cubana inspiravam os que resistiam à tirania”, diz trecho da nota de Lula. “Sinto sua morte como a perda de um irmão mais velho, de um companheiro insubstituível, do qual jamais me esquecerei. Será eterno seu legado de dignidade e compromisso por um mundo mais justo”, acrescenta a nota do ex-presidente.



Fernando Henrique Cardoso



Ao da morte de Fidel Castro, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso disse em nota que a “luta simbolizada por Fidel dos "pequenos" contra os poderosos teve uma função dinamizadora na vida política no continente. "O governo brasileiro se opôs a todas as medidas de cerceamento econômico da Ilha e, desde o governo Sarney até hoje as relações econômicas e políticas entre o Brasil e Cuba fluíram com normalidade”. Em outro trecho da nota, FHC diz que a morte de Fidel “marca o fim de um ciclo, no qual, há que se dizer que, se Cuba conseguiu ampliar a inclusão social, não teve o mesmo sucesso para assegurar a tolerância política e as liberdades democráticas”. FHC também expressou no documento os votos de que a transição pela qual a Ilha passa "permita que a prosperidade aumente, mas que se preserve, num ambiente de liberdade, o sentimento de igualdade que ampliou acesso à educação e à saúde.



Francisco Dornelles



O vice-governador do Rio de Janeiro, Francisco Dornelles, se manifestou sobre a morte do líder socialista. Em nota, Dornelles citou a capacidade de liderança de Fidel. “Fidel Castro passa para a história pela sua grande capacidade de liderança, coragem nos processos de tomada de decisão, coerência em suas ideias e seus princípios”, disse Dornelles.



Jair Bolsonaro



Em vídeo, o deputado Jair Bolsonaro (PSC-RJ) comemorou a morte de Fidel e questionou a cremação do corpo do líder cubano. “Cremar porque Raúl [Raúl Castro, presidente cubano e irmão de Fidel] se ele já está ardendo nas profundezas do inferno. Fidel Castro, um grande exterminador de liberdade e promotor da miséria no mundo todo certamente terá [...] uma estadia eterna nas profundezas do inferno”, postou Bolsonaro em seu Twitter.



Fonte: Agência Brasil

Morre Fidel Castro: veja 9 frases célebres do polêmico líder da Revolução Cubana


Fidel Castro foi um dos personagens da política internacional durante mais de seis décadas

Até os mais críticos admitem que Fidel Castro Ruz, o homem que liderou a Revolução Cubana e que morreu na noite desta sexta-feira, é um grande orador.

Fidel Castro foi um dos personagens da política internacional durante mais de seis décadas


É claro que os longos discursos também já foram motivo de muitas piadas, mas nas mais de seis décadas que Fidel esteve na linha de frente da política internacional e entre as reflexões que compartilhou desde que deixou o poder em 2006, o revolucionário cubano disse várias frases memoráveis.



Veja abaixo algumas das frases mais famosas de Fidel Castro.



1."A história me absolverá"


Uma das frases mais conhecidas de Fidel Castro é também uma das primeiras que o público conheceu.



Ele falou isso aos 26 anos, quando ainda era um jovem revolucionário.



Depois do ataque ao quartel Moncada de Santiago de Cuba, em 26 de julho de 1953, e depois de passar 76 dias "preso em uma cela solitária", como denunciou na época, ele fez a própria defesa no julgamento. E encerrou com estas palavras:



"Sei que a prisão será dura como nunca foi para ninguém, cheia de ameaças, de enfurecimento ruim e covarde, mas não a temo, como não temo a fúria do tirano miserável que arrancou a vida de 70 dos meus irmãos. Condene-me, não importa, a história me absolverá."



Fidel Castro foi condenado no dia 16 de outubro daquele mesmo ano. Depois de passar 22 meses na prisão, foi libertado graças a uma anistia e partiu para o exílio no México.



2. "Se saio, chego; se chego, entro; se entro, triunfo"


De acordo com os que conviveram com ele durante o exílio no México, estas foram as palavras mais repetidas por Fidel antes de partir, em 1956, no iate Granma com um grupo de 80 pessoas.



Eles estavam indo iniciar a luta guerrilheira em Cuba e derrotar Fulgêncio Batista: "Se saio, chego; se chego, entro; se entro, triunfo", era o que dizia o revolucionário.



Esse otimismo era uma das suas características marcantes. Fidel sempre disse que, para ser revolucionário, não se pode ser pessimista.



3. "Vou bem, Camilo?"


A pergunta acima foi feita ao companheiro de guerrilha e um de seus colaboradores mais próximos, o comandante Camilo Cienfuegos. Era o dia 8 de janeiro de 1959 e Fidel Castro fazia seu primeiro discurso para o povo cubano depois da vitória da revolução, em sua chegada à Havana.



"Vou bem, Camilo?", perguntou Fidel em uma pausa do discurso.



"Vai bem, Fidel", respondeu Cienfuegos, que foi aplaudido pelo público.



4. "Que sejam como o Che!"

No dia 18 de outubro de 1967, nove dias depois da morte de Che Guevara na Bolívia, Fidel Castro participou de uma vigília em homenagem ao guerrilheiro argentino na Praça da Revolução.



Durante a vigília ele definiu Che como "um exemplo" e o "modelo ideal" para o povo cubano.



"Se queremos falar como queremos que sejam nossos combatentes revolucionários, nossos militantes, nossos homens, devemos dizer sem hesitação de nenhuma espécie: Que sejam como o Che! Se queremos falar como queremos que sejam os homens das futuras gerações, devemos dizer: Que sejam como o Che! Se queremos dizer como desejamos que sejam educadas nossas crianças, devemos dizer sem vacilar: Queremos que sejam educados no espírito do Che!"




5. "Tenho um colete moral (...) que tem me protegido sempre"


Em 1979, antes de viajar para a ONU em Nova York, um jornalista perguntou a Fidel Castro a respeito de um boato de que ele "sempre estava protegido pela roupa".


"Que roupa?", perguntou de volta Fidel, já se preparando para abrir a camisa.



"Todo mundo diz que você tem um colete à prova de balas", disse o jornalista.



"Não. Vou a desembarcar assim em Nova York. Tenho um colete moral que é forte. Este tem me protegido sempre", respondeu o líder cubano rindo, enquanto abria a camisa e mostrava o peito.



6. "Todos os inimigos podem ser vencidos"



Em 1995, durante uma entrevista na missão cubana das Nações Unidas com a apresentadora de origem cubana María Elvira Salazar para o canal americano Telemundo, Fidel Castro respondeu desta forma a uma pergunta que questionava quem ele considerava seu pior inimigo.



"Meu pior inimigo? Acho que não tenho inimigos piores, porque acredito que todos os inimigos podem ser vencidos."



7. "Não pretendo exercer meu cargo até os cem anos"


"Que os vizinhinhos do norte não se preocupem, não pretendo exercer o meu cargo até os cem anos", disse Fidel em Bayamo, no dia 26 de julho de 2006, em um discurso para o Dia da Rebeldia Nacional.



Cinco dias depois, no dia 31 de julho, ele anunciou que deixaria temporariamente o poder por motivos de saúde. Ele tinha se submetido a uma operação e o irmão dele, Raúl, assumia o poder.

8. "Não tenho nem um átomo de arrependimento"


"Cometi erros, mas nenhum estratégico, simplesmente tático. Não tenho nem um átomo de arrependimento pelo que fizemos em nosso país", explicou Fidel ao jornalista espanhol Ignacio Ramonet, de acordo com o livro Cem Horas com Fidel , publicado em 2006.

9. "O melhor amigo que tive"


Como vinha ocorrendo nestes últimos anos depois que deixou o poder em Cuba, a despedida de Fidel ao presidente da Venezuela, Hugo Chávez, depois de sua morte em 2013, foi feita em uma de suas Reflexões , os artigos publicados pela imprensa estatal cubana.



"Hoje guardo uma lembrança especial do melhor amigo que tive em meus anos de político ativo - que, muito humilde e pobre, formou o Exército Bolivariano da Venezuela - Hugo Chávez Frías."



"Homem de ação e ideias, um tipo de doença extremamente agressiva o surpreendeu e o fez sofrer muito, mas enfrentou com grande dignidade e com uma dor profunda para familiares e amigos próximos que tanto amou. Bolívar foi seu mestre e o guia que orientou seus pasos na vida. Ambos reuniram a grandeza suficiente para ocupar um lugar de honra na história humana."



* Texto originalmente publicado em 13 de agosto de 2016, quando Fidel Castro completou 90 anos, e atualizado após sua morte nesta sexta-feira.



Fonte: BBC BRASIL.com

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