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Regionais : Covid-19: pesquisa indica desaceleração da epidemia na maior parte do país
Enviado por alexandre em 18/09/2020 09:25:31


Dados são da Epicovid-19, uma pesquisa coordenada pelo Centro de Pesquisas Epidemiológicas da Universidade Federal de Pelotas e financiada pelo Ministério da Saúde

 O percentual de brasileiros que apresentam anticorpos contra o novo coronavírus caiu de 3,8% em junho para 1,4% em agosto, segundo os dados mais recentes da pesquisa Epicovid-19 BR, divulgados na última terça-feira (15). Na avaliação dos autores, o resultado é um forte indício de que a epidemia está em desaceleração na maior parte do país.

 

A quarta fase da coleta de dados do projeto incluiu 33.250 participantes de 133 cidades e foi conduzida entre os dias 27 e 30 de agosto por uma equipe coordenada por Pedro Hallal, reitor da Universidade Federal de Pelotas (UFPel).

 

Nas três etapas anteriores - uma concluída em maio e outras duas no mês de junho, nas mesmas 133 cidades - a soroprevalência havia seguido tendência de elevação: 1,9%, 3,1% e 3,8%, respectivamente. A exceção foi a região Norte, onde em algumas localidades fortemente afetadas no início da pandemia os pesquisadores registraram queda na proporção de soropositivos entre a segunda e a terceira fases do estudo. Outras duas etapas de coleta devem ser realizadas nos próximos meses, com apoio da FAPESP.

 

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De acordo com Hallal, quando a pesquisa começou, acreditava-se que os anticorpos contra o SARS-CoV-2 permaneciam um longo tempo no organismo, assim como ocorre no caso do coronavírus causador da síndrome respiratória aguda grave (SARS-CoV), que é muito parecido. No entanto, evidências mais recentes indicam que o teste rápido - feito com uma gota de sangue extraída do dedo - capta com sensibilidade as infecções recentes, de até 45 dias, podendo também detectar infecções graves um pouco mais antigas.

 

"Inicialmente tratávamos a Epicovid como uma filmadora, que poderia mostrar a evolução da soroprevalência no país ao longo da epidemia, de forma cumulativa. Agora sabemos que os anticorpos têm duração limitada e, portanto, o que temos são várias fotografias de momentos diferentes. Embora não seja possível estimar o total de brasileiros que já teve contato com o vírus em algum momento da vida, conseguimos ver com precisão o percentual de pessoas que foram infectadas recentemente e esse número está claramente caindo", explica o pesquisador.

 

Tendências


Hallal destaca que os resultados mais recentes revelam uma mudança na faixa etária dos infectados entre junho e agosto. Nos primeiros meses da pandemia, a soroprevalência foi maior entre pessoas de 20 a 50 anos, justamente aquelas em idade produtiva e que tiveram mais dificuldade para aderir ao isolamento social. Agora, o percentual diminuiu nesse grupo e aumentou entre crianças e idosos. Do ponto de vista socioeconômico, a tendência se manteve estável em todas as fases da pesquisa: pessoas cujas famílias se encontram entre as 20% mais pobres da população apresentam prevalência mais de duas vezes superior à observada entre os 20% mais ricos.

 

Houve uma queda importante da prevalência entre indígenas nos últimos meses - reflexo da desaceleração da epidemia na região Norte. Por outro lado, pretos e pardos continuam a apresentar maior chance de infecção em comparação aos brancos.

 

"Nesta quarta fase ficou bem clara a interiorização da pandemia. Hoje o vírus está muito mais forte nos municípios do interior do que nas capitais - o que é muito diferente do observado nas fases anteriores", comenta Hallal.

 

As cidades com maior soroprevalência na última medição foram Juazeiro do Norte (8%) e Sobral (7,2%) - ambas no Ceará. Na sequência estão as paraenses Santarém (6,4%) e Altamira (5,2%). No Estado de São Paulo, a primeira colocada é Ribeirão Preto (2,8%), seguida por Araçatuba (2%), Campinas (0,8%) e capital (0,8%).

 

 

"Esse tipo de resultado é importante para guiar as políticas de saúde, pois revela a realidade sanitária de cada região", diz Hallal. "Lamentamos que tenha havido um hiato de dois meses na coleta de dados causado pela quebra no financiamento do Ministério da Saúde. Se tivéssemos dados coletados em julho e no início de agosto, provavelmente teríamos conseguido detectar tendências que infelizmente se perderam. Nossa história vai contar o começo e o fim da epidemia, mas uma parte do meio se perdeu. A FAPESP e o Todos Pela Saúde salvaram o Epicovid, estudo que é patrimônio da sociedade brasileira", afirma Hallal.

 

UOL



Mais da metade do suprimento futuro de vacinas contra a Covid-19 já está comprada pelos países mais ricos

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Foto: Reprodução

ONG alerta que pessoas não podem ser vacinadas apenas de acordo com o dinheiro que tem

 Os países mais ricos do mundo, que têm apenas 13% da população global, já compraram mais da metade (51%) das doses das vacinas contra a Covid-19 em desenvolvimento. E as grandes empresas farmacêuticas que estão na corrida para lançar o produto já fazem as contas de quanto vão lucrar. Enquanto isso, dezenas de países e centenas de milhões de pessoas, especialmente as mais pobres, poderão ficar sem a vacina até pelo menos 2022.

 

Esse é o alerta que a Oxfam faz nesta quinta-feira (17/9), dia em que ministros de Saúde e Economia dos países do G20 se reúnem virtualmente para discutir a pandemia global.

 

A Oxfam analisou, por meio de dados disponibilizados pela empresa AirIinity (https://www.airfinity.com/), os acordos que empresas farmacêuticas e laboratórios já fecharam com países pelo mundo para a aquisição das cinco principais vacinas em produção hoje – da AstraZeneca, Gamaleya/Sputnik, Moderna, Pfizer e Sinovac.

 

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As empresas envolvidas nos acordos não têm a capacidade de produzir vacinas suficientes para todos e todas que precisam dela. Mesmo que as cinco vacinas tenham sucesso, o que é bastante improvável, quase dois terços (61%) da população só terão acesso ao medicamento em 2022. Como é mais provável que algumas das vacinas não vinguem, o número de pessoas que poderá ficar sem imunização deverá ser maior.

 

Esse cenário revela um sistema que protege os monopólios e os lucros das grandes empresas farmacêuticas e favorece as nações mais ricas, restringindo a produção de medicamentos e deixando parte da população mundial esperando pela vacina por mais tempo do que o necessário.

 

Uma das vacinas, desenvolvida pela empresa Moderna, recebeu US$ 2,48 bilhões de dinheiro de impostos pagos por contribuintes. Apesar disso, a empresa tem afirmado que pretende lucrar com a produção de sua vacina, tendo vendido toda a sua produção para países mais ricos - a preços que variam de US$ 12 a US$ 16 a dose nos Estados Unidos e cerca de US$ 35 para outros países. Isso deixa a necessária proteção fora do alcance para muitos que vivem na pobreza. Ainda que a empresa esteja fazendo esforços para aumentar sua produção, conforme indicam informes, ela só tem a capacidade de produzir para cerca de 475 milhões de pessoas - ou 6% da população global.

 

O custo estimado para disponibilizar a vacina contra a Covid-19 para toda a população mundial é de menos de 1% do impacto que a pandemia teve na economia global. O mais recente relatório do FMI (World Economic Outlook, de junho de 2020) projetou uma perda acumulada para a economia global entre 2020 e 2021 devido à pandemia de cerca de US$ 12 trilhões. O custo de produção e distribuição de uma vacina contra o coronavírus para toda a população mundial, de acordo com os dados do Acelerador de Acesso às Ferramentas COVID-19 (uma iniciativa do G20), é de cerca de US$ 70,6 bilhões.

 

A Oxfam e outras organizações pelo mundo estão fazendo campanha para uma Vacina para Todos, sem custos e distribuída de acordo com a necessidade dos países. Isso só será possível se as empresas farmacêuticas permitirem que as vacinas sejam produzidas em toda a parte, compartilhando seu conhecimento sem patentes.

 

 

"Existem momentos em uma sociedade em que os interesses coletivos devem estar acima dos individuais. Tragédias como a que o mundo está vivendo hoje e que está afetando, de forma brutal, milhões de pessoas colocam o objetivo de lucrar em um lugar, para dizer o mínimo, inaceitável. A vacina para esse coronavirus deve estar disponível para todas as pessoas do planeta. Isso é uma questão de humanidade. ", afirma Katia Maia, diretora executiva da Oxfam Brasil.


Recuperada de dois infartos e tratando câncer, idosa de 107 anos comemora cura da Covid-19: 'Estou viva, graças a Deus'

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Foto: Arquivo familiar

Dona Maria Sirina, de 107 anos, com a filha e as netas

 Recuperada da Covid-19, a centenária Maria Sirina da Silva, moradora de Marumbi, no norte do Paraná, agradece aos médicos, enfermeiras, filhos e netas pelos cuidados que recebeu durante o período de isolamento. "Estou viva, graças a Deus. Fui muito bem cuidada”, disse.

 

Maria Sirina tem 107 anos e pode ser considerada uma guerreira. Ela trata um câncer na virilha há seis anos e, há um ano e meio, sofreu dois infartos em um período de 15 dias.

 

Desde o início da pandemia, ela e os familiares têm seguido as recomendações para evitar o contágio, mas uma das netas foi infectada e logo depois mais sete integrantes da família testaram positivo para a doença.

 

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O município de Marumbi tem 4.603 habitantes e, desde o início da pandemia, segundo a Secretaria Estadual de Saúde, registra 52 casos de Covid-19 e duas mortes provocadas pela doença.

 

As oito pessoas da família, inclusive a dona Maria Sirina, cumpriram o período de isolamento recomendado.

 

“Depois que a minha mãe foi diagnosticada com a Covid-19, decidimos fazer o exame na minha vó porque as duas moram juntas. Ela estava com sintomas leves, teve apenas vômito, não teve febre ou outro sintoma pior. O diagnóstico deu positivo e, de forma incrível, ela se recuperou muito bem. Está melhor do que a minha mãe”, contou a neta Tuquinha dos Santos.

 

Maria Sirina tem 107 anos e está recuperada da Covid-19 — Foto: Arquivo familiar

Foto: Arquivo familiar

 

A quarentena terminou na quarta-feira (16) e a centenária já sabe como vai comemorar mais essa vitória.

 

“Foi difícil passar pelo corona. Refrigerante eu bebo, mas não gosto. Vamos beber, se Deus quiser, umas duas cervejas”, disse Maria Sirina em um vídeo grava por uma das netas.


A neta mais velha de dona Maria Sirina diz que a avó se recuperou porque tem paixão pela vida.

 

 

“Ela disse esses dias que quer viver muito ainda, que tem os filhos para cuidar. Mesmo pela idade, ela vai completar 108 no mês que vem, a minha vó é uma pessoa lúcida e muito alegre”, concluiu Tuquinha dos Santos.


Dona Maria Sirina, de 107 anos, com a filha e as netas  — Foto: Arquivo familiar

Foto: Arquivo familiar

 

G1

Regionais : Médico veterinário acusado de assédio sexual e estupro contra seis estagiárias em sua clínica é preso
Enviado por alexandre em 18/09/2020 09:23:32


Médico veterinário chega na DECCM acompanhado com dois advogados

O médico veterinário Pedro Monteiro da Silva Júnior, que é acusado de assédio sexual e de tentativa de estupro, por um grupo composto de sete mulheres, foi preso na tarde dessa quinta-feira, 17, por uma equipe da Delegacia Especializada em Crimes Contra a Mulher (DECCM).


O médico foi localizado e o mandado de prisão preventiva foi cumprido nas proximidades de sua casa na Rua Aracy, Conjunto Manoa, bairro Cidade Nova, Zona Norte de Manaus, depois de correr para dentro de uma igreja evangélica onde tentou se esconder dos policiais civis.


A principal acusação de assédio sexual e tentativa de estupro é a da estagiária Bianca Lima Alves, 21, que teve de travar luta corporal para se desvencilhar das mãos do médico veterinário quando ele tentou manter sexo forçado com ela dentro de sua clínica no último dia 9 de setembro.

 

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Clínica verinária onde o médico teria assediado

e tentado estuprar várias estagiárias 


A estagiária afirma no depoimento prestado na DECCM após sua denúncia, que Pedro Junior trancou todas as portas e janelas da clínica durante um plantão noturno e antes de partir para a tentativa de estupro chegou a oferecer a quantia de R$ 1.000,00 para ela manter relações sexuais com ele.


Em sua oitiva a estagiária foi bem mais contundente em sua acusação quando declarou que o médico veterinário estava tão possuído por uma tara incontrolável que se despiu da cintura para baixo e se masturbou na sua frente, poucos momentos antes dela conseguir fugir da clínica.


A médica veterinária plantonista identificada como Doutora Júlia e a assistente veterinária Wilmara, que chegaram à clínica no momento que Pedro Júnior tentava estuprar a estagiária Bianca Lima, também prestaram depoimento na Delegacia Especializada em Crimes Contra a Mulher.

 

Igreja Evangélica onde o médico tentou se esconder

dos policiais da DECCM  (Fotos: Divulgação) 


Nesta quinta-feira, além de outras três mulheres que confirmaram a acusação, foi ouvida pela delegada Rita de Cássia, Berenice Oliveira, esposa do médico veterinário que posteriormente chegou preso na sede da DECCM, e estava acompanhado de dois advogados que exigiram a preservação da imagem do cliente.


No inquérito policialconstam todos os depoimentos de acusação e ficou evidenciado que o médico veterinário contratava estagiárias, exigindo entre outros critérios que fossem bastante jovens por sinal e passados alguns dias cometia os assédios sexuais e oferecia dinheiro em troca de sexo como aconteceu com Bianca Lima.


De acordo com a delegada que preside o caso, após os trâmites legais e encerramentos de depoimentos de vítimas e testemunhas o médico veterinário acusado de assédio sexual e tentativa de estupro iria para o Centro de Recebimento e Triagem (CRT) onde ficará a disposição da Justiça.

 

Regionais : Enquanto o Nordeste libera vaquejadas e eventos agropecuários em Rondônia governador Marcos Rocha fica em cima do murro
Enviado por alexandre em 18/09/2020 09:20:50

As realizações de vaquejadas e eventos agropecuários voltaram a ser autorizadas em todo o território paraibano. O decreto que estabelece mais esta flexibilização está publicado no Diário Oficial do Estado (DOE) desta sexta-feira (18).

Os eventos estão condicionados ao cumprimento de protocolo estabelecido pela Secretaria de Estado da Saúde da Paraíba. No caso das vaquejadas, não será permitida a presença de público nas arquibancadas acompanhando o evento.

Além disso, são obrigatórias outras medidas preventivas, como uso ostensivo de máscaras, lavagem das mãos e manutenção do distanciamento social.

As normas devem ser cumpridas levando em consideração o período de pandemia e o decreto de calamidade pública no estado, em virtude da disseminação do coronavírus.


G1

Regionais : Homem larga esposa para viver grande amor com a sogra
Enviado por alexandre em 18/09/2020 09:16:54

Clive Blunder, de 65 anos, largou Irene para viver um grande amor com sua sogra, Brenda, de 77 anos. Moradores de Warrington, Cheshire, os dois estão juntos há três décadas, mas casados oficialmente há 13 anos. Antes de se apaixonarem, Clive viveu por oito anos com Irene, que é filha de Brenda, e com quem teve duas filhas.

O casal se separou em 1985 e, em 1989, Clive começou a sair escondido com a mãe de Irene. “Nós conversamos, saímos para beber, comer, como em qualquer relacionamento normal”, afirmou ao jornal Mirror.

Quando anunciou que iria se casar com Brenda em 1997, Clive chegou a ser preso por causa de uma antiga lei que proibida o casamento de pessoas com seus sogros ou sogras. O britânico então promoveu uma campanha para que a lei fosse derrubada. Dez anos depois, um tribunal Europeu alterou a lei e, finalmente, eles puderam oficializar a união.

“As pessoas pensaram que não duraríamos, mas estamos mais fortes do que nunca. Estamos juntos 24 horas por dia, 7 dias por semana e há mágica nisso”, afirmou.

Eles contam que a notícia sobre o casamento foi inicialmente um choque para a família, mas depois o clima ficou mais amigável. Mesmo assim, a ex-esposa de Clive considera uma traição a atitude dos dois.


IG

Regionais : Bolsonaro e Moro traçam estratégias para depoimento
Enviado por alexandre em 18/09/2020 09:12:24


Moro e Bolsonaro

Enquanto o Supremo Tribunal Federal não decide a forma que será tomado o depoimento do presidente Jair Bolsonaro no inquérito que investiga se ele interferiu ou não na Polícia Federal, interlocutores dele e do ex-ministro da Justiça Sergio Moro já começam a delinear as estratégias para a oitiva.

Do lado de Moro, o roteiro de perguntas a serem dirigidas ao presidente já está pronto. Seus aliados dizem que foram esmiuçados todos os depoimentos prestados aos policiais no inquérito até agora com o objetivo de formular as perguntas dentro da linha de investigação adotada pela PF. Desse lado do campo, porém, a avaliação é a de que, qualquer que seja o resultado do depoimento, o destino da investigação já está traçado: o arquivamento pelo procurador-geral da República, Augusto Aras. Isso mesmo com a PF apresentando um relatório conclusivo deixando claro haver indícios de crime por parte do presidente, como o entorno de Moro acredita que será. 

Já do lado do presidente, há uma clara expectativa de que o STF não acompanhará Celso de Mello e irá barrar o depoimento. Mas, ainda que ele ocorra que o presidente se valha da regra legal de não responder às perguntas. Uma ideia que começa a circular dentre seus interlocutores é o de apresentar tão somente uma petição esclarecendo os fatos do inquérito e até mesmo se recusar a responder.



Blog do Vicente

A visão no Palácio do Planalto sobre o ministro da Economia, Paulo Guedes, é clara: ele tornou-se um estorvo útil para o presidente Jair Bolsonaro. Perdeu força, mas continua sendo um alicerce importante para o governo manter apoio junto ao mercado financeiro.

Para assessores de Bolsonaro, está cada vez mais claro que as ações do ministro da Economia estão se encaixando cada vez menos no governo. Não por acaso, abriu-se um fosso de ruídos entre o Palácio do Planalto e a equipe econômica. 

“Alguém pode dizer alguma notícia boa para o governo que tenha saído do Ministério da Economia mais recentemente?” Indaga um dos assessores mais próximos do presidente da República. “Pelo contrário, tudo o que está saindo da equipe econômica vem criando problemas para Bolsonaro”, acrescenta. 

Problemas, segundo esse assessor, que se resumem a polêmicas criadas junto ao público de mais baixa renda, justamente aquele que o presidente mais conta para elevar sua popularidade. “Pesquisas internas do Planalto apontam que disparou a aprovação do governo entre aqueles que ganham até 2,5 salários mínimos”, frisa. 

Apoio a Bolsonaro, mas com ressalvas 

As pesquisas internas indicam, porém, algumas ressalvas: o apoio desse público a Bolsonaro não é consolidado. Há uma certa desconfiança ainda em relação ao presidente. “Portanto, quando surgem notícias de que o governo quer prejudicar os mais pobres, acabar com a correção do salário mínimo, congelar as aposentadorias, o presidente reage”, assinala o assessor. 

Bolsonaro não pensa em outra coisa que não seja a reeleição. Portanto, reconhecem auxiliares, ele montou uma estratégia política que muitos dizem ser confusa, mas que conversa muito com os menos escolarizados e os mais pobres. O presidente manipula a opinião pública. 

Nessa manipulação, vale, inclusive, enfraquecer Guedes publicamente, criticá-lo em praça pública, dar cartão vermelho a integrantes da equipe dele. Ao mesmo tempo, o presidente passa a mão da cabeça do Posto Ipiranga, indicando a investidores e empresários que apoia a política liberal do ministro da Economia. 

A pergunta que mais incomoda os assessores próximos a Guedes é: até quando ele está disposto a ser o estorvo útil para Bolsonaro. Quem conhece o ministro sabe que ele tem o ego elevado, mas, por enquanto, está aceitando a fritura sem reclamar.

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