Sem espaço no Conselho

Dias Toffoli e a nova presidente do Superior Tribunal Militar (STM), ministra Maria Elizabeth, andam numa cruzada para arrumar um espaço no Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

Embora estejam embaixo do guarda-chuva de fiscalização do colegiado, o STM e o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) não possuem representantes no Conselho.

Recém-eleita, Maria Elizabeth passou parte da tarde de anteontem no Senado. Procurava suas excelências e pedia apoio a um projeto que garante assentos permanentes a representantes do STM e do TSE no CNJ.

Mais problemas na Justiça

Depois de ser acionado nos tribunais brasileiros por dois ex-seguranças (leia mais aqui), o ex-jogador Roberto Carlos está às voltas com a Justiça da Espanha.

Em 2006, durante sua passagem pelo Real Madrid, o ex-lateral da seleção teve um filho com uma húngara. O garoto e sua mãe, concluiu o juiz espanhol, não recebem pensão alimentícia de Roberto há mais de um ano. O valor acordado inicialmente era de 1 500 euros por mês, aproximadamente 4 500 reais, e agora a mãe do garoto pede 30 000 euros mensais de pensão.

Se continuar inadimplente, Roberto Carlos pode ter a prisão pedida. Os advogados da mãe do garoto aguardam a fixação do valor para pedir o bloqueio do patrimônio de Roberto Carlos no Brasil.

Franklin Martins: posições fortes

O clima interno na campanha de Dilma, estremecido desde o embate da presidente com Franklin Martins  na noite de quinta-feira (leia mais aqui), continua em ebulição.

Ferraço: no time de Aécio

O senador peemedebista Ricardo Ferraço foi convidado hoje por Aécio Neves para coordenar sua campanha no Espírito Santo. Convite feito, convite aceito. É mais um peemedebista a migrar para a campanha tucana.

A expectativa do Palácio do Planalto para o Datafolha que será anunciado logo mais no Jornal Nacional é que tudo permaneça como na última pesquisa, de duas semanas atrás.

Por lá, acredita-se que possíveis mexidas estarão dentro da margem de erro. Se for assim, Dilma Rousseff, ficaria entre 36% e 40%, Aécio Neves, entre 18% e 22% e Eduardo Campos entre  7% e 11%.

Ou seja, a derrota contra a Alemanha na Copa não teria consequências negativas, assim como o sucesso da Copa não teria servido para melhorar a vida de Dilma.

Lobby pesado no Plenário

Sob as bênçãos de José Sarney e Renan Calheiros, Bruno Dantas passou o dia de ontem fazendo lobby no Plenário da Câmara.

A cada excelência com quem cruzava, Dantas, postado na área exclusiva de parlamentares, pedia uma forcinha para não ficar na chuva. Conseguiu o que queria.

Os deputados aprovaram sua indicação para uma cadeira do Tribunal de Contas da União (TCU).

Ricardo Espírito Santo: de saída

Ricardo Espírito Santo Salgado, que deixou ontem a presidência do Banco Espírito Santo em meio a um calote, tem bens pessoais no Brasil, onde morou entre 1976 e 1982, e está tentando transferir para familiares. Mais especificamente, um apartamento em São Paulo para um irmão.

O poeta maior

Ferreira Gullar caminha para uma quase unanimidade em sua corrida para ocupar uma cadeira na Academia Brasileira de Letras. De acordo com um acadêmico que conhece a alma da ABL:

- O Gullar já está com 23 votos, mais oito quase garantidos e os oito restantes com boas chances de conquistar.

Disposto a negociar

Ricardo Berzoini recebeu hoje o presidente da Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho, Paulo Schmidt.

A dupla avançou nas negociações para barrar a aprovação da PEC dos Magistrados, que cria uma bonificação por tempo de serviço à categoria e está prestes a ser aprovada no Senado?

Nada disso. A pauta do encontro passava por pontos da Lei de Diretrizes Orçamentárias referentes à magistratura.

Schmidt, porém, não perdeu a oportunidade: perguntou a Berzoini se o governo tinha alguma contraproposta para evitar a aprovação da PEC, que cairá como uma bomba no caixa federal – coisa de 3 bilhões de reais por ano.

Berzoini repetiu que não falta disposição em negociar e encontrar uma saída, mas, até agora, o Executivo não tem nada para oferecer, além de mais conversa.

A propósito, da base aliada aos ministros de Dilma Rousseff envolvidos no assunto, no cenário atual, ninguém acredita ser possível impedir a aprovação da PEC no Senado.

Reação, só mais adiante

Não foi bem digerido na Agência Nacional de Viigilância Sanitária (Anvisa) a aprovação na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado do projeto liberando a venda de medicamentos inibidores de apetite (Leia mais aqui).

Presidente da Anvisa, Dirceu Barbano evita o confronto, diz não querer embate com o Congresso, mas dá seu recado, em tom enigmático:

- Os parlamentares sabem exatamente quais são suas responsabilidades.

As substâncias em questão saíram das prateleiras das farmácias em 2011, após uma decisão da Anvisa. Os técnicos da agência argumentam que os inibidores de apetite não têm eficiência 100% comprovada e podem causar danos à saúde dos pacientes.

A Anvisa não baterá de frente, por enquanto.

Se o projeto for aprovado no Plenário do Senado, última etapa da tramitação antes de virar lei, a agência trabalhará para derrubar a volta dos medicamentos aos mercado.

Nada impede a diretoria colegiada da Anvisa de elaborar outra medida – resolução ou coisa que o valha – com texto diferente, proibindo novamente a venda dos inibidores, por exemplo.

Ou seja, a guerra entre Congresso e Anvisa mal começou.

Pescando colegas

Edison Lobão Filho segue em plena campanha, inclusive dentro do Plenário do Senado. Ontem, Lobão Filho passou boa parte da sessão pescando colegas para gravar depoimentos ao seu programa eleitoral de TV.

Lobão Filho buscava a turma em meio às cadeiras reservadas às excelências e as levava ao fundo do plenário, onde já havia uma equipe de sua campanha com uma câmera montada.

Os principais alvos eram os petistas: a ideia é tentar convencer o povo maranhense que o PT não está com Flávio Dino, seu adversário na disputa pelo governo estadual.

A propósito, assim como fez com José Sarney, Edison Lobão, o ministro, está encarregado de costurar para Lula também gravar um depoimento para a campanha de seu filho.

Se Lula vai topar, são outros quinhentos…