Furtado Coelho: pacote anticorrupção

Presidente da OAB desde 2013, Marcus Vinícius Furtado Coelho é hoje o candidato mais forte a ocupar a cadeira deixada por Joaquim Barbosa no STF.

Coelho tem a simpatia de Ricardo Lewandowski e de Renan Calheiros, que tem o poder de derrubar a indicação no Senado, se quiser (mas neste caso, não vai querer).

Cresce a possibilidade de Dilma Rousseff anunciar o nome de Coelho na sexta-feira.

Sigmaringa: influência nas escolhas para o STF

A propósito, de Luis Roberto Barroso, em conversa informal no STF sobre quem será indicado por Dilma Rousseff para a vaga de Joaquim Barbosa:

- Não sei quem será o novo ministro, mas sei que o Sigmaringa Seixas saberá antes de todos.

Sigmaringa, ou Sig, é o advogado ligado ao PT pelo qual passam todas as escolhas de ministros do STF.

Babilônia: lutando para subir

As principais novelas da Globo e Record tiveram resultados incomuns ontem. Babilônia registrou 25 pontos na Grande São Paulo, de acordo com números prévios do Ibope. Mais baixo do que espera a Globo para a trama das nove.

Dez Mandamentos alcançou treze pontos, também de acordo com números prévios. Uma audiência mais alta do que a Record costuma ter em sua teledramaturgia.

As duas novelas,  no entanto, praticamente não competem no mesmo horário – quando uma está acabando, a outra inicia. Dez Mandamentos concorre mesmo é com o Jornal Nacional.

Neymar será personagem de Maurício de Souza

Uma série animada sobre Neymar criada para o canal por assinatura Nickelodeon terá ajuda da Ancine. A agência acaba de aprovar a captação de meio milhão de reais para um projeto de Maurício de Souza, criador da Turma da Mônica. Nele, o jogador – dublado pelo cantor Thiaguinho – fala sobre temas como a importância da prática de esportes na infância e o respeito entre torcidas rivais.

Chalita: o favorito ao MEC

Pelo andar da carruagem, não passa de sexta-feira o anúncio de três novos ministros de Dilma Rousseff. Sairão os nomes dos ministros da Educação, da Secom e do Turismo. – dá uma média de um ministro por mês decorrido de mandato.

Para o lugar de Thomas Traumann, na Secom, até agora não há definição de um substituto. Mas como Dilma já bateu o martelo sobre a saída de Traumann, um interino deve sucedê-lo por uns tempos.

A turma de Ricardo Berzoini quer a Secom, mas não há decisão tomada. Traumann, está praticamente certo, irá para a Petrobras, cuidar da comunicação da encrencada estatal.

Já para o Ministério da Educação, o favorito é mesmo Gabriel Chalita.

Chalita reúne um predicado que não é para qualquer um: é ligadíssimo a Michel Temer e Eduardo Cunha ao mesmo tempo.

E Dilma não pode perder a oportunidade de agradar os dois. Ela é praticamente obrigada a fazer isso.

Henrique Eduardo Alves já disse para meia bancada do PMDB: será nomeado quinta-feira para o Ministério do Turismo.

Lula: para FHC, ele tem mais responsabilidade sobre a Petrobras

Não é só para FHC que Lula tem mais responsabilidade política sobre a lambança na Petrobras do que Dilma, conforme disse ontem em entrevista à Reuters.

No Palácio do Planalto, esta avaliação já vem sendo feita há tempos por auxiliares de Dilma.

Atrás de uma fórmula

Aloizio Mercadante está reunido neste momento com Dilma Rousseff para tratar da renegociação das dívidas dos estados e municípios. Joaquim Levy está irredutível quanto às mudanças aprovadas no Congresso no ano passado e Mercadante deseja arrumar uma fórmula para contemplar aliados como Fernando Haddad e Eduardo Paes.

Nesta manhã, Paes conseguiu uma liminar na Justiça do Rio de Janeiro autorizando-o a pagar a dívida conforme as novas regras do Congresso.

Jaime: de saída

O diretor presidente da Anvisa, Jaime César de Oliveira, anunciou ao governo que deixará a agência em abril. Sua data limite, disse ele, é o dia 26 de abril.

Na verdade, Oliveira atendeu um pedido de Arthur Chioro, ministro da Saúde. Chioro quis abrir uma vaga na Anvisa para Renan Calheiros indicar um afilhado. Motivo: não quer dor de cabeça para nomear o presidente do órgão, cargo também vago.

Tão logo ouviu dizer da saída iminente de Jaime César Oliveira, Renan já indicou um nome para a vaga. Trata-se de Fernando Mendes, que já é diretor adjunto da agência.

Mas Renan quer mais. Quer Mendes no comando da Anvisa.

Santana: campanha contra Cunha

O petista Camilo Santana, eleito governador do Ceará sob a bênção dos irmãos Cid e Ciro Gomes, entrou na campanha pela renúncia de Eduardo Cunha, no Facebook.

Endossa as palavras de Cid e diz que, pela ética na política, Cunha deve sair da presidência da Câmara.

Francenildo: filme sem patrocínio

Apesar de todos os reveses – e olha que foram muitos – o poder de Antonio Palocci ainda intimida.

Três anos depois de convencer o caseiro Francenildo dos Santos, pivô da queda de Palocci do Ministério da Fazenda, a autorizar que sua história virasse filme, o cineasta Marcus Baldini ainda pena para conseguir patrocínio para tirar o roteiro do papel.

Quase ninguém quer colocar dinheiro num filme que mostra Palocci em baixa.

A propósito, o Tribunal Regional Federal de Brasília julga amanhã a ação indenizatória em que o caseiro processa a Caixa por violação de seu sigilo bancário. Francenildo já venceu na primeira instância.

Romário: vem candidato?

Há duas semanas, em reunião do PSB em Brasília, Romário foi perguntado na lata por um companheiro de partido se iria se candidatar a prefeito do Rio. Respondeu que “dependeria do partido dar condições”.

Se fizer de fato este movimento, Romário estará descumprindo uma parceria construída recentemente com o PMDB – que culminou com a nomeação de um indicado seu para a secretaria de Esportes de Eduardo Paes. O jogo pode fazer com que o PMDB carioca entregue o cargo para o DEM.

Cunha: alvo no Facebook

Dois protestos contra Eduardo Cunha vêm sendo convocados pelo Facebook, para 30 de abril, no MASP e na Cinelândia.

Dez mil pessoas já confirmaram presença.

Térmicas: ainda acionadas

Em pleno período chuvoso, todas as termelétricas continuam acionadas. Não é um bom sinal.

No sábado passado, por exemplo, ocorreu o terceiro maior recorde de acionamento de termelétricas da história. Foram 17 306 megawatts (MW).

Caras e poluentes, as térmicas estão salvando o Brasil do apagão – com uma boa ajuda da recessão, claro.