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Política : O JULGAMENTO
Enviado por alexandre em 22/01/2018 20:50:56


Para Dilma, discutir plano B é como pedir renúncia

A presidente cassada Dilma Rousseff comparou as discussões sobre um possível plano B à pré-candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva aos pedidos pela sua renúncia, quando ainda estava no poder. Segundo Dilma, nos dois casos, o que está por trás é uma tentativa de legitimar o “golpe” que, conforme ela, foi iniciado com o impeachment e ainda está em andamento. “Essa discussão sobre o plano B é igual a discussão sobre 'renuncie, presidente'. Pediam, 'renuncie, presidente, é um gesto de grandeza'. Gesto de grandeza nada. É a tentativa de mascarar o golpe”, disse Dilma, no início da tarde de hoje.

A presidente cassada participou do seminário "Diálogos Internacionais Sobre a Democracia", promovido pelas fundações Perseu Abramo (PT) e Maurício Garbois (PCdoB), em Porto Alegre. O evento, que contou com a participação de dezenas de líderes sindicais, de movimentos sociais e partidos de esquerda da América Latina, faz parte das mobilizações em defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que será julgado quarta-feira, 24, pelo Tribunal Regional Federal da 4.ª Região (TRF-4), na capital gaúcha.

Conforme Dilma, a possibilidade de Lula ser impedido pela Justiça de participar das eleições deste ano é um reflexo do que chamou de “derrota do golpe” iniciado com o impeachment. Segundo ela, a partir do momento em que a (1) Operação Lava Jato se voltou contra lideranças de partidos que apoiaram o impeachment, como PSDB e MDB “inviabilizando todas elas”, (2) as forças que assumiram o poder não conseguem construir um nome para enfrentar Lula nas urnas e que o (3) ex-presidente recuperou a imagem e passou a liderar as pesquisas de intenção de voto, os adversários do PT passaram a apostar na ilegibilidade do petista.

“Este processo constrói a derrota do golpe e explica também o acirramento da disposição para atingir o presidente Lula”, disse ela.

Dilma repetiu o discurso de boa parte dos petistas segundo o qual um presidente eleito sem a participação de Lula nas eleições assumiria o cargo sem a legitimidade necessária para conduzir o País rumo à saída da crise.

De acordo com a presidente cassada, a crise econômica iniciada em 2008 não é “culpa nossa” e a questão fiscal que levou ao impeachment foi construída para justificar sua saída do poder.

“Se criminalizou a política anticíclica que nós fizemos chamando de gastança”, disse Dilma, que classificou a PEC do Teto aprovada pelo governo Michel Temer de “austericídio” e é alvo de críticas públicas do próprio Lula sobre a má condução da política econômica.

Manifesto pró-Lula bate marca de 200 mil assinaturas



Um abaixo-assinado aberto na internet em defesa da participação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva nas eleições presidenciais deste ano, batizado de "Manifesto Eleição sem Lula é fraude", acabou de bater a marca estabelecida pelos idealizadores de proposta: 200 mil assinaturas.

Aberto no site 'Change.org', o manifesto foi publicado em dez línguas diferentes, incluindo português, e argumenta que o processo contra o ex-presidente tem como objetivo impedi-lo de participar do pleito. "O Brasil vive um momento de encruzilhada: ou restauramos os direitos sociais e o Estado Democrático de Direito ou seremos derrotados e assistiremos a definitiva implantação de uma sociedade de capitalismo sem regulações, baseada na superexploração dos trabalhadores", afirma o documento.

No manifesto, são apontadas as supostas razões pelas quais o julgamento seria enviesado politicamente. "O 'golpe' do Impeachment de Dilma não gerou um regime político de estabilidade conservadora por longos anos. A reforma trabalhista e o teto de gastos não atraíram os investimentos externos prometidos, que poderiam sustentar a campanha em 2018 de um governo alinhado ao neoliberalismo", argumenta o texto. "Diante da impopularidade, esses setores não conseguiram construir, até o momento, uma candidatura viável à presidência."

Notáveis em diversos setores estão entre os signatários do manifesto, como o ganhador do prêmio Nobel da Paz, Adolfo Peres Esquivel; Noam Chomsky, linguista, filósofo e cientista; os cineastas Costa-Gavras e Oliver Stone; os ex-presidentes Rafael Correa (Equador), Pepe Mujica (Uruguai), Ernesto Samper (Colômbia) e Cristina Kirchner (Argentina); o cantor e compositor Chico Buarque, entre outros. Em sua página oficial no Twitter, o ex-presidente também Lula compartilhou o link para o abaixo-assinado.

Política : BLEFANDO
Enviado por alexandre em 22/01/2018 09:53:02


Políticos anti-Lula blefam querem mesmo enfrentá-lo

Leandro Colon – Folha de S.Paulo

Afinal, quem tem medo do ex-presidente Lula nas urnas? Sua presença como candidato à Presidência ameaça os adversários?

É curiosa a reação da elite política anti-Lula ao falar do futuro do petista após o julgamento do TRF-4, na quarta-feira (24), que vai delinear o enredo dos próximos capítulos da disputa pelo Palácio do Planalto.

Em entrevista à Folha, o presidente Michel Temer declarou que prefere uma derrota política de Lula ao risco de vê-lo ser transformado em vítima por um possível revés na Justiça. "Se o Lula participar (da eleição), vai ser uma coisa democrática, o povo vai dizer se quer ou não", afirmou. "A vitimização não é boa para o país e um ex-presidente", disse.

O mesmo tom foi adotado por outras figuras de alto calibre e que terão relevância no xadrez eleitoral. No discurso de posse na presidência do PSDB, em dezembro, o governador Geraldo Alckmin afirmou querer "derrotar Lula nas urnas". O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse recentemente à Folha: "Para o Brasil, é melhor Lula perder nas urnas".

Duas leituras naturais podem ser extraídas do palavreado acima:

1. Estão todos blefando. No fundo no fundo, morrem de medo de encarar o líder de intenção de voto nas pesquisas e adotam a retórica na base do "vamos ganhar dele nas urnas" para evitar a acusação de que estimularam o Judiciário a tirá-lo da corrida presidencial.

2. Ou, supostamente destemidos, preferem de fato enfrentar o petista cara a cara a lidar com a provável força que teria um fantasma de Lula rondando a campanha sob o discurso (populista e irreal) de vítima de um complô da elite para afastá-lo.

Mesmo com a condenação do ex-presidente, o PT promete ir até o fim na batalha jurídica por sua candidatura. O placar em Porto Alegre pode significar derrota importante para Lula, mas não vai impedi-lo de discursar por aí como candidato, nem que seja na condição de fantasma.

Política : TRIPLEX
Enviado por alexandre em 20/01/2018 19:52:35


Penhora não emite juízo sobre propriedade

Ordem de penhora de triplex não emite juízo sobre propriedade, afirma juíza Luciana Corrêa Tôrres de Oliveira, da 2ª Vara de Execuções de Títulos Extrajudiciais do Distrito Federal.

Estadão Conteúdo em IstoÉ

A juíza Luciana Corrêa Tôrres de Oliveira, da 2ª Vara de Execuções de Títulos Extrajudiciais do Distrito Federal, afirmou em nota que sua ordem de penhora do triplex do Guarujá, no litoral de São Paulo, “não emitiu qualquer juízo de valor a respeito da propriedade”. Investigação da Lava Jato sustenta que o imóvel é do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva – o que é negado pelo petista.

A defesa de Lula apresentou na terça-feira, 16, ao Tribunal Regional Federal da 4ª Região, documentos referentes à penhora do apartamento do Guarujá para “satisfação da dívida” da empreiteira OAS.

O TRF-4, corte de apelação da Operação Lava Jato, vai julgar o ex-presidente na quarta-feira, 24. O triplex e suas respectivas reformas, bancadas pela OAS, são pivôs da condenação do ex-presidente a 9 anos e 6 meses de prisão por corrupção e lavagem de dinheiro. Lula nega ter cometido qualquer irregularidade.

A defesa de Lula afirma que a OAS é a verdadeira dona do triplex do Guarujá. Ao Tribunal da Lava Jato, os advogados do petista apresentaram o termo de penhora e a matrícula atualizada do Cartório de Registro de Imóveis do Guarujá onde consta certidão sobre o empenho.

Para os defensores do ex-presidente, os documentos reforçam que a “propriedade do imóvel não apenas pertence à OAS Empreendimentos – e não ao ex-presidente Lula -, como também que ele responde por dívidas dessa empresa na Justiça”.

A penhora do imóvel do Guarujá foi determinada pela juíza em dezembro do ano passado. Na quarta-feira, 17, a juíza afirmou em nota que “a penhora do imóvel triplex, cuja propriedade é atribuída ao ex-presidente da República na Operação Lava Jato, atendeu a pedidos dos credores em ação de execução proposta contra a OAS Empreendimentos SA e outros devedores”.

“Tal decisão não emitiu qualquer juízo de valor a respeito da propriedade, e nem poderia fazê-lo, não possuindo qualquer natureza declaratória ou constitutiva de domínio. Trata-se de ato judicial corriqueiro dentro do processo de execução cível, incapaz de produzir qualquer efeito na esfera criminal”, anotou a magistrada.

“Importante esclarecer que cabe ao credor, e não ao Judiciário, a indicação do débito e bens do devedor que serão penhorados e responderão pelo pagamento da dívida, conforme o atual Código de Processo Civil.”



Plano B caso Lula não concorra ao Planalto

Petistas acham que partido deve ter plano caso Lula não concorra ao Paláco do Planalto.

Época - Coluna Expresso
Por Nonato Viegas

Petistas acham prudente preparar um candidato ao Planalto que venha a substituir Lula caso o ex-presidente não consiga se candidatar ou simplesmente desista de tentar voltar à Presidência da República.

O nome mais ventilado para substituí-lo é o do ex-ministro Jaques Wagner.

Política : NAS URNAS
Enviado por alexandre em 20/01/2018 19:50:21


Temer prefere Lula derrotado politicamente

Por AFP em IstoÉ

O presidente Michel Temer prefere que o ex-presidente Lula seja “derrotado politicamente”, diante da proximidade do julgamento que pode confirmar sua condenação à prisão e complicar a candidatura do líder da esquerda às eleições deste ano.

“Convenhamos, se (Lula) fosse derrotado politicamente, é melhor do que ser derrotado (na Justiça) porque foi vitimizado. A vitimização não é boa para o país e para um ex-presidente”, disse Temer em uma entrevista publicada neste sábado (20) no jornal Folha de S.Paulo.

Na quarta-feira (24), o Tribunal Regional Federal Nº4 (TRF4) de Porto Alegre decidirá se ratifica a condenação de nove anos e meio de prisão contra Lula por corrupção passiva e lavagem de dinheiro. A sentença foi ditada em julho pelo juiz Sérgio Moro.

Se o juiz de segunda instância confirmar a condenação, Lula, de 72 anos, líder das intenções de voto para outubro, estaria mais perto da prisão e de uma invalidação de sua eventual candidatura. A princípio, continuaria livre e poderia fazer campanha até se esgotarem todos os recursos em instâncias penais superiores e na Justiça eleitoral.

“Acho que, se o Lula participar, será uma coisa democrática. O povo vai dizer se quer, ou não”, manifestou Temer.

A expectativa em torno do julgamento de Lula é grande. As autoridades já anunciaram uma operação especial de segurança, visando a eventuais distúrbios em Porto Alegre, enquanto o PT se prepara para suas mobilizações sob o lema “Eleição sem Lula é fraude”.

O julgamento do ano

O PT quer transformar o julgamento de Lula, no próximo dia 24, em Porto Alegre, no julgamento o ano. A senadora Gleisi Hoffman (PT-PR) exagerou na dosagem ao defender o ex-presidente. Chegou a afirmar ao site Poder360 que “para prender o Lula, vai ter que prender muita gente, mas, mais do que isso, vai ter que matar gente. Aí, vai ter que matar”.

Após críticas, Gleisi disse que se tratava de uma “força de expressão”. Lindbergh, por sua vez, publicou um vídeo no qual avaliou que a colega de partido “elevou o tom do discurso” de maneira positiva ao dizer que “vai ter que matar gente” para cumprir um eventual pedido de prisão do ex-presidente.

Lindbergh também disse que “não é hora de uma esquerda frouxa, burocratizada, acomodada”. “Eu concordo com a posição da senadora Gleisi Hoffmann: nós não vamos aceitar a condenação do presidente Lula”, completou. Na verdade, o PT já está convencido de que Lula será condenado em segunda instância e por isso mesmo aliados do ex-presidente passaram a radicalizar no discurso para fazê-lo de vítima, sob alegação de inexistência de provas.

As declarações da senadora varreram o mundo e para o próprio réu não somou nada. Pelo contrário, só fez incitar o Judiciário, que está cumprindo o seu papel. Tanto repercutiu que cerca de 300 jornalistas nacionais e estrangeiros devem acompanhar o julgamento no Tribunal Regional Federal da 4.ª Região (TRF-4), em Porto Alegre. O julgamento é cercado de grande expectativa. Manifestações de grupos que apoiam e condenam o petista estão previstas no entorno do Tribunal da Lava Jato.

Profissionais de imprensa da Inglaterra, Estados Unidos, China, Japão, Alemanha, França, Espanha Dinamarca, Catar e Argentina estão credenciados para acompanhar o julgamento da apelação criminal número 50465129420164047000 – o processo do famoso tríplex, no qual, em primeira instância, Lula foi condenado a 9 anos e seis meses de prisão.

São 43 correspondentes estrangeiros e cerca de 250 profissionais de imprensa do Brasil, que poderão permanecer nas áreas destinadas à cobertura jornalística do julgamento. Para garantir a transparência e o trabalho da imprensa, o TRF-4 está organizando uma Sala de Imprensa para 100 profissionais, no andar térreo do prédio. Eles poderão acompanhar ao vivo a sessão de julgamento, por meio de telão. A mesma transmissão será disponibilizada também pela internet.

Além disso, os jornalistas de televisão, rádio, impresso e online que estarão na Sala de Imprensa poderão mandar o sinal diretamente para seus veículos. Os profissionais também vão acompanhar a movimentação em frente ao prédio do TRF-4, com credenciamento específico para este local.

Ministro e presidente do TRF-4 debatem segurança – O ministro da Justiça, Torquato Jardim, se reuniu com o presidente do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), desembargador Thompson Flores, em Porto Alegre, na tarde de ontem. Eles conversaram sobre as manifestações previstas e o esquema de segurança que será montado para quarta-feira (24), dia do julgamento do recurso do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no processo do triplex. A reunião entre o ministro e o desembargador foi marcada após Torquato ouvir de juízes que os três desembargadores da 8ª Turma do Tribunal vêm recebendo ameaças pela internet, telefone e cartas. Torquato quis saber detalhes do assunto. No entanto, nada de concreto até agora foi apurado para que se tome alguma medida específica, informou o ministro.

Vídeos de Garotinho na cadeia foram editados – Peritos do Ministério Público Estadual do Rio de Janeiro concluíram que as imagens das câmeras que filmavam o ex-governador Anthony Garotinho na cadeia pública de Benfica apresentam interferência humana e interrupções. Garotinho foi punido por não provar que foi agredido no cárcere, como alegou aos investigadores, e chegou a ser transferido para Bangu 8. Em dezembro, o presidente do Tribunal Superior Eleitoral, Gilmar Mendes, mandou soltar o ex-governador. O relatório, assinado pelos peritos João Souza, Marcos Cropalato, Eline Portela, e pela diretora da Divisão de Evidências Digitais e Tecnologia do Ministério Público do Rio, Maria do Carmo Gargaglione, conclui: “Há fortes indícios de interferência humana na gravação do fluxo de imagens por ocasião da suposta agressão ao ex-Governador Anthony Garotinho”.

Temer permite privatização da Eletrobras – O presidente Michel Temer assinou, ontem, o projeto de lei para privatizar a Eletrobras. Na segunda-feira, o texto será enviado ao Congresso Nacional, onde precisa ser aprovado para que a operação seja concluída. O governo tem pressa para enviar a proposta e concluir a desestatização da empresa neste ano, pois o Orçamento conta com R$ 12,2 bilhões em receitas provenientes do processo de privatização. O texto final do projeto foi discutido na última quinta-feira em reunião no Palácio do Planalto com a presença dos ministros Moreira Franco (Secretaria-Geral), Eliseu Padilha (Casa Civil), Dyogo Oliveira (Planejamento) e Fernando Coelho Filho (Minas e Energia) e do secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Eduardo Guardia. A avaliação foi que o envio do projeto neste momento seria uma sinalização positiva para o governo levar ao Fórum Econômico Mundial, em Davos (Suíça), para onde o presidente viaja na segunda-feira.

Justiça bloqueia R$ 3,6 mi de PE – O Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) determinou o bloqueio de R$ 3,6 milhões do governo do estado para que sejam comprados medicamentos utilizados por pessoas em tratamento contra infecção pelo vírus HIV, que estão em falta na Farmácia do Estado, no bairro da Boa Vista, no Centro do Recife. A determinação foi feita após um pedido do Ministério Público de Pernambuco (MPPE). Inicialmente, na terça-feira, o governo do estado havia sido intimado a se pronunciar a respeito da decisão. Ontem, no entanto, o juiz Djalma Andrelino Nogueira Junior, tornou sem efeito a intimação de pronunciamento da administração estadual a respeito do caso. Além do bloqueio do valor de R$ 3.606.526,44, a Justiça também determinou a intimação dos fornecedores de medicamentos ao estado para que entreguem os remédios à gestão estadual.

Cai o número de acidentes nas rodovias de PE – Ontem, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) divulgou os dados relacionados a acidentes, mortos e feridos nas estradas de Pernambuco. As rodovias federais que cortam o Estado foram cenário de 3.435 acidentes ao longo de 2017. Durante o ano passado, os acidentes ocorridos nas estradas federais no estado resultaram em 343 pessoas mortas e em 3.086 feridos. Em comparação com os dados de 2016, os números apresentam redução de 11,3% na quantidade de mortes, de 5,4% na de acidentes e de 1,9% na de feridos. Naquele ano, foram contabilizados 3.634 acidentes, com 3.146 pessoas feridas e 387 vítimas fatais nas rodovias federais em Pernambuco. Com relação a 2017, a principal causa dos acidentes nas estradas federais que cortam o estado foi a falta de atenção, tanto pelos motoristas na direção do veículo como pelos pedestres ao atravessarem as rodovias, correspondendo a 43% do total

CURTAS

DEMISSÃO – A demissão de Túlio Gadêlha do cargo de presidente do Iterpe foi provocada pela pressão de deputados estaduais da própria base do governador Paulo Câmara (PSB). Ao viajar para Petrolina nesta semana, o namorado da apresentadora global Fátima Bernardes fez vários anúncios e concedeu algumas entrevistas. Porém, esqueceu de avisar sobre a agenda aos políticos que possuem votos na região, como o deputado Lucas Ramos (PSB).

GREVE – Os médicos da rede municipal do Recife vão reavaliar o movimento grevista na próxima segunda-feira (22). A categoria que paralisou as atividades na última quinta-feira (17) se reúne para assembleia às 14h, no auditório da Associação Médica de Pernambuco (Ampe), que fica no bairro da Boa Vista, Recife.

Perguntar não ofende: Lula escapa da prisão após o julgamento?

Política : CAIXA
Enviado por alexandre em 20/01/2018 19:47:43


Temer não conhece pormenores da investigação

Polícia Federal sustenta que executivos afastados do banco público favoreciam a base aliada de Temer, incluindo políticos do PR, PRB, PP e PMDB.

Veja - Redação

O presidente Michel Temer disse que levou quase dois meses para afastar os quatro vice-presidentes da Caixa Econômica Federal envolvidos em desvios que vão desde facilitação de financiamentos bilionários em troca de propina até recebimento de favores pessoais simplesmente porque desconhecia o comunicado feito pelo Ministério Público Federal ao Palácio do Planalto. “Não recebi nenhuma comunicação. Foi um ofício ao chefe da Casa Civil que, por sua vez, encaminhou ao Ministério da Fazenda, que encaminhou à Caixa. Essas coisas você não faz a toque de caixa”, justificou o presidente em entrevista ao jornal Folha de São Paulo publicada neste sábado, 20. “Quando me chegou aos ouvidos que o Banco Central havia recomendado o afastamento, tomei a cautela de afastá-los para que o Conselho da Caixa possa examinar o assunto, dando-lhes o direito à ampla defesa”, concluiu.

Segundo investigações conduzidas pelo Ministério Público Federal e pela Polícia Federal, os quatro vice-presidentes foram indicados para os cargos por partidos políticos da base governista (PR, PRB, PP e PMDB) de Temer, muito embora eles sejam funcionários de carreira da instituição.

Procuradores que acompanharam as investigações chegaram a enviar um segundo ofício afirmando que o presidente poderia ser responsabilizado, na esfera cível, por ilícitos que eventualmente viessem a ser cometidos pelos 12 vices que a Caixa mantém em seu organograma. Só depois desse alerta o presidente voltou atrás e decidiu afastar apenas quatro vice-presidentes investigados: Antônio Carlos Ferreira (Corporativo), Deusdina dos Reis Pereira (Fundos de Governo e Loterias), Roberto Derziê de Sant’Anna (Governo) e José Henrique Marques da Cruz (Clientes, Negócios e Transformação Digital). Temer não justificou esse recuo, mas arrumou uma desculpa para justificar porque não os afastou imediatamente. “Não conhecia os pormenores da investigação. Como confesso que não conheço até hoje. Na minha função, não consigo acompanhar caso por caso”.

Temer rebateu também a afirmação do vice-presidente afastado da Caixa, Roberto Derziê de Sant’Anna, encarregado da relação do banco com o governo, que disse em auditoria que recebia pedidos de favores do próprio presidente e do ministro Moreira Franco (Secretaria-Geral da Presidência). “Em primeiro lugar, jamais, grife jamais, e coloque em sua cabeça em letras garrafais, pedi coisa de emenda ou dessa natureza. O Derziê conheço formalmente, não tenho relação pessoal. Eu jamais fiz nenhum pedido”, garante.

O afastamento dos quatro executivos da Caixa são apenas a ponta de uma investigação complexa que corre sob sigilo no seio da instituição. O Ministério Público Federal e a Polícia Federal mantém em diversos setores do banco três operações em pleno funcionamento: A Greenfield, que investiga desvio de recursos de fundos de pensão de bancos públicos e de estatal; Sépsis, que apura a liberação de recursos do Fundo de Investimentos do FGTS (FI-FGTS) em troca de propina; e a operação Cui Bono, que tenta estancar fraudes na liberação de créditos da Caixa em troca de propina.

Na entrevista, o presidente também comentou o polêmico encontro que teve com o diretor-geral da Polícia Federal, Fernando Segóvia, às vésperas de entregar as respostas para 50 perguntas feitas por investigadores que apuram irregularidades em portos envolvendo o próprio Temer. “Eu discuti sobre segurança pública. O que me surpreende é que o presidente não pode falar com o diretor-geral da Polícia Federal. Como se fosse criminoso. Eu já estava com as perguntas respondidas. São tão desarrazoadas, singelas, simplórias que não tinha nenhuma preocupação”

Caixa de surpresas



André Singer – Folha de S.Paulo

A ex-presidente Dilma Rousseff foi impedida, de maneira ilegítima, como se sabe, pelo "conjunto da obra". Nunca ficou provado crime de responsabilidade e, muito menos, corrupção. Ao contrário, foi Dilma quem mudou, em 2012, a diretoria da Petrobras, depois implicada na Lava Jato.

O impeachment adquiriu tons de eleição indireta, com o candidato ao cargo, Michel Temer, cabalando votos para chegar lá. Quantos não votaram contra Dilma em nome da moralidade? Compare-se agora a atitude de Temer com relação à diretoria da Caixa Econômica Federal (CEF), acusada das mesmas práticas que havia na estatal do petróleo (favorecimento em troca de recursos). Enquanto Dilma demitiu, Temer faz o possível para manter. Esperemos que o novo estatuto, aprovado nesta sexta-feira (19), impeça o seu êxito.

Diga-se em favor de Temer que apenas cumpre as regras do jogo político real, diferentemente daquelas que vigoram no mundo das leis. Os partidos que indicaram os implicados condicionam os votos na Câmara à retenção de vagas na instituição financeira. Incrível é que o façam com tamanha naturalidade quatro anos depois de iniciada a Lava Jato.

Parte da diretoria é remanescente daquela que a Polícia Federal investiga, publicamente, há um ano. No começo de 2017, a PF deflagrou a Operação Cui Bono? (Quem ganha?), para vasculhar um esquema de fraudes na liberação de créditos da CEF. Principal suspeito? Geddel Vieira Lima, que teria atuado em parceria com ninguém menos que Eduardo Cunha, ambos presos.

Em outubro passado, o doleiro Lúcio Funaro falou, em colaboração premiada, a respeito do caso. Afirmou que um dos vices da época tinha "meta mensal" de propina a distribuir para os políticos do seu partido. O que fez Temer, acusado pelo doleiro de conhecer o esquema? Transformou o mencionado vice em presidente do banco.

Em detrimento de Dilma, é preciso reconhecer que Geddel foi vice-presidente da instituição entre 2011 e 2013, durante o primeiro mandato da petista. Talvez consistisse no preço —que se mostrou inútil pagar— para manter algum equilíbrio na Câmara. Questão para os historiadores.

Em recente entrevista, Pedro Corrêa, ex-presidente do Partido Progressista (PP) condenado na Lava Jato, afirmou que esse tipo de esquema existe desde o Império. Sabe do que fala. O trisavô foi presidente do Banco do Brasil e das Províncias do Maranhão e de São Paulo. Quase dois séculos depois, não vai desaparecer tão cedo.

Por surpreendente que seja a boa parte do público, ocorreu aqui o mesmo que na Itália. A Mãos Limpas destroçou o sistema partidário e provocou a ascensão de figuras piores. Temer é o nosso Berlusconi.

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