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Política : LÁ NÃO
Enviado por alexandre em 04/06/2018 10:36:09

Lula rejeita transferência para presídio onde estão Cunha e Vaccari

A notícia que chegou aos petistas era de que o confinamento em um quarto adaptado como cela, no prédio da Polícia Federal, em Curitiba, estava afetando o humor do ex-presidente Lula. Acostumado a debater política e discursar para multidões, o petista está limitado a conversar com os poucos amigos e familiares que fazem visitas semanais -fora as consultas com os advogados.

Um visitante, porém, teve uma surpresa ao abrir a porta do aposento do quarto andar da Superintendência da PF. Lula, em pé, contava uma história a um policial que, sentado na beirada da cama do petista, ouvia com os olhos vidrados.

A história que retrata o ex-presidente falante, como era de costume, não desmente, porém, que ele esteja com o ânimo abalado. Pessoas do círculo de Lula e também policiais dizem que ele anda irritado.

Amigos aconselharam Lula a pedir transferência para o Complexo Médico Penal (CMP), em Pinhais (PR), que abriga outros presos da Lava Jato. A mudança foi inclusive sugerida pelo ex-ministro José Dirceu, em entrevista à Folha de S.Paulo. Dirceu, que já cumpriu pena no CMP, disse que lá o ex-presidente conviveria com outros presos, o que seria bom para ele.

Lula refutou a possibilidade. Não por avaliar que o presídio fosse inadequado, mas porque, ao fazer qualquer solicitação, estaria admitindo a condenação imposta pelos juízes da Lava Jato.

Em outro gesto simbólico, o ex-presidente recusou-se a receber alimentos de fora da prisão, uma oferta dos familiares e dos advogados. O petista segue a mesma dieta dos outros presos da carceragem.

Com tempo sobrando, Lula dedica boa parte do dia a escrever cartas. Coloca no papel sua avaliação sobre o país e recado a familiares. Entrega a papelada para os advogados, que depois distribuem para os destinatários.

O quarto onde o petista vive não fica com a porta trancada. Mesmo assim, Lula só sai de lá para as duas horas de banho de sol, numa varanda do prédio. Os agentes entram sempre para levar a ele água gelada ou ouvir as histórias do ex-presidente. Com informações da Folhapress.

Política : ACREDITE
Enviado por alexandre em 04/06/2018 10:22:16

Temer, o iluminado por Deus

Acredite: o presidente Michel Temer diz que, durante a paralisação dos caminhões, foi iluminado por Deus. Não deve ser verdade, claro. Se Deus o tivesse iluminado, tão logo visse aquela imagem de mordomo de filme

de terror apagaria a luz. Bela Lugosi, Boris Karloff, Vincent Price – nenhum dos astros de terror de Hollywood chegava aos pés de nosso presidente.

E vejamos as medidas tomadas pelo Iluminado para resolver seus problemas. Temer determinou a intervenção de tropas federais para enfrentar os problemas de segurança do Rio. Há quem diga que não aconteceu nada, mas aconteceu, sim.

Traficantes tomaram cinco estações do belo BRT, o ônibus de transporte rápido construído para os Jogos Olímpicos. E montaram quiosques para a venda de drogas ao longo do percurso. Temer reajustou a Bolsa Família em 5,67% a partir de 1º de julho. Atenção, beneficiários: não é para sair por aí gastando feito loucos.

Política : PATÉTICO
Enviado por alexandre em 02/06/2018 16:14:54

Greve deu um tiro nos reformistas de centro

Helena Chagas - Blog Os Divergentes

Comemorado de forma algo patética pelo presidente Michel Temer em seu pronunciamento na Assembléia de Deus – “graças a Deus!” – o fim da greve dos caminhoneiros está longe de ser o fim. Parece ser, na verdade, o início de uma nova e grande encrenca, na política e na economia. Afinal, os caminhoneiros desbloquearam as estradas, mas os 87% de brasileiros que, segundo o Datafolha, deram apoio ao movimento, continuam aí e vão votar em outubro.

São brasileiros muito insatisfeitos, e pode-se dizer até revoltados, como mostra a atitude de quem fica sem transporte, sem gasolina e sem verduras nos mercados e, ainda assim, hipoteca apoio e solidariedade a quem está causando tudo isso. É um sentimento que já se sabia existir – a rejeição ao governo nas pesquisas mostra isso há tempos -, mas talvez não se imaginasse tão forte, e é evidente que sua base não está apenas no aumento dos combustíveis, mas no conjunto da obra, que vai do desemprego à insegurança.

Ao lado do acirramento do sentimento de desânimo e revolta na população em geral – que mostra estar claramente descontente com a política econômica do pós-impeachment – está um novo ingrediente: a desilusão do andar de cima, o establishment, o chamado PIB.

O desfecho da greve dos caminhoneiros, quando o governo cedeu em tudo aos grevistas, trouxe de volta às conversas desse pessoal a palavra “populismo”. O que estão dizendo? Que perderam as esperanças de qualquer crescimento razoável da economia este ano e, principalmente, que estão jogando a toalha em relação a temas como ajuste fiscal, privatizações, reformas, etc.

Não que esse pessoal acreditasse que o baqueado Michel Temer fosse fazer ainda alguma coisa até sair do cargo. Não. Mas achavam que seria possível eleger alguém de centro, fiel a esse ideário, colocando no Palácio do Planalto um reformista a partir de 2019. A greve dos caminhoneiros, e o apoio popular que recebeu – indicando que o equilíbrio centrista não está com essa bola toda junto ao eleitor – foi uma espécie de tiro fatal nesse sonho.


Política : RABO DE CAVALO
Enviado por alexandre em 02/06/2018 16:12:25

Administração Temer entra em sua fase Titanic

Josias de Souza

Até poucos dias atrás, todas as avaliações negativas sobre o governo eram acompanhadas de uma conjunção linquística: “entretanto”. Admitia-se que o governo é corrupto e politicamente desastroso. Mas acrescentava-se: Entretanto, a gestão Temer avançou na economia. O caminhonaço e suas consequências, entre elas a saída de Pedro Parente da presidência da Petrobras, eliminou do enredo o “entretanto”. Generalizou-se o naufrágio. A água invade a área econômica.

A subvenção que fabricou uma redução do preço do óleo diesel aumentou o déficit público e desfigurou a gestão ortodoxa de Temer, agora de viés populista. Ao efetivar Ivan Monteiro como substituto de Parente, o presidente declarou que a política de preços da Petrobras não sofrerá mudanças. Mas já mudou no diesel. E pouca gente se anima a dar crédito irrestrito a Temer.

Os dez dias sem caminhão e com desabastecimento resultaram num baque com reflexos na economia, que já seguia uma curva descendente. Já não é improvável um PIB abaixo de 2%.

Se o governo de Michel Temer fosse um filme, seria fácil resumir o enredo. Bastaria dizer que o filme é sobre uma embarcação temerária, uma tripulação alienada e uma imensa pedra de gelo. Tudo muito parecido com Titanic. Enquanto o transatlântico afunda, Temer ordena à orquestra que continue tocando.

Serão sete meses a caminho do fundo. Sofrem mais os mais de 13 milhões de passageiros desempregados, que viajam no porão, perto da casa de máquinas. Quem observa os candidatos à sucessão presidencial fica com a incômoda impressão de que faltam ao Brasil principalmente botes salva-vidas.

O que sobrou do governo Temer?



Helena Chagas – Os Divergentes

A demissão de Pedro Parente era desejada por muita gente na área política e na base aliada do governo – que agora, em sua extrema fragilidade, vai ceder a tudo e a todos, em todas as circunstâncias.

Só que os políticos que pediam a cabeça de Parente não estavam esperando sua saída assim, pedindo demissão e dando a última palavra. Na verdade, eles estão se lixando com Petrobras, e usavam a conversa da demissão como uma forma de dizer que estavam do lado do público e dos caminhoneiros que reclamavam do preço extorsivo do combustível.

A conversa dos políticos contra Parente destinava-se sobretudo a mostrar, nesses meses pré-eletorais, que estão contra os aumentos e que a culpa era de Pedro Parente.

Só que não era. Quem decidiu colocá-lo lá, para as mudanças na estatal, foi Michel Temer e, obviamente, as forças que apoiaram o impeachment e o sustentaram.

Quem mais deve ganhar com a saída é o próprio Parente, que tem emprego garantido na BRF. Quem mais perde é o governo, ou o que sobrou dele. E sobrou pouco, depois das concessões da greve e do desmonte do “dream team” da economia que tanto impressionou mercado e o establishment no início do governo Temer.

Política : FICHA IMUNDA
Enviado por alexandre em 02/06/2018 16:08:34

Fux pede urgência na tramitação da Ficha Lima

Ministro quer que Supremo esclareça de vez aplicação da Lei da Ficha Limpa

Para Fux, plenário deve confirmar que condenado em 2ª instância não pode ter candidatura aceita

Carolina Brígido – O Globo

O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Luiz Fux, defende que o Supremo Tribunal Federal (STF) ratifique, em plenário, que um condenado em segunda instância não pode ter sua candidatura registrada pela Justiça Eleitoral, nem mesmo de forma provisória. A Lei da Ficha Limpa já determina que essas pessoas são inelegíveis, mas existem dúvidas sobre o momento de aplicação da regra. Fux entende que candidatos nessa condição não devem sequer ser registrados e, portanto, não poderiam fazer campanha, mas existe outra tese entre advogados criminalistas, amparada na Lei das Eleições.

Tradicionalmente, o termo sub judice contido na Lei das Eleições é aplicado para candidatos que têm o registro negado por um juiz eleitoral, mas recorrem dessa decisão. Pelo artigo 16-A, o político “poderá efetuar todos os atos relativos à campanha eleitoral, inclusive utilizar o horário eleitoral gratuito no rádio e na televisão e ter seu nome mantido na urna eletrônica enquanto estiver sob essa condição, ficando a validade dos votos a ele atribuídos condicionada ao deferimento de seu registro por instância superior”.

A partir desse artigo, advogados consideram que o réu pode ser considerado sub judice e obter o registro definitivo no futuro, se for absolvido do crime no julgamento do recurso criminal pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ). O exemplo mais notório dessa situação é o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que foi condenado por tribunal de segunda instância. Em tese, ele está enquadrado na Lei da Ficha Limpa. Mas a defesa do petista sustenta que, como ainda cabe recurso da condenação, ele poderia se candidatar, com base numa liminar.

Nos bastidores, os ministros do TSE concordam que Lula não pode receber registro nem provisório, nem definitivo. A preocupação de Fux é quanto a outras instâncias da Justiça Eleitoral, que podem aplicar entendimento diverso para situações semelhantes. Daí a necessidade de unificar a tese no STF. Para Fux, o Supremo precisa esclarecer dúvidas sobre essa interpretação antes de 15 de agosto, fim do prazo de registro na Justiça Eleitoral.

PARTIDOS OU MP PODERIAM PROPOR AÇÃO

Na avaliação do ministro, a condição de elegibilidade deve ser constatada no momento do pedido do registro, e não com base em eventuais absolvições do réu no futuro. Portanto, para ele, o condenado em segunda instância não pode receber registro algum, se sustentar essa condição no momento do registro.

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