Bolsonaro elogia Pazuello e diz que o mesmo cumpriu com sua missão
Presidente afirmou que ele fez um "brilhante trabalho no Ministério da Saúde"
O presidente Jair Bolsonaro elogiou o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, e disse que ele irá deixar o comando da Pasta nesta sexta-feira (19). A declaração foi dada durante transmissão ao vivo pelas redes sociais nesta quinta-feira (18).
– Quero cumprimentar o Pazuello, que está nos deixando amanhã [sexta-feira] e fez um brilhante trabalho no Ministério da Saúde – destacou.
Em carta, presidente dos EUA chama a atenção de Bolsonaro para o combate a pandemia
Presidente dos Estados Unidos respondeu os cumprimentos de Bolsonaro pela sua vitória nas eleições e propôs cooperação entre os dois países
Weslley Galzo, da CNN, no Brasil
18 de março de 2021 às 07:35 | Atualizado 18 de março de 2021 às 07:45
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O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, enviou uma carta ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido) no último dia 26 de fevereiro. De acordo com a nota divulgada pela Secretaria Especial de Comunicação Social (Secom), o teor da carta é de estabilidade e cooperação diplomática entre os dois países, bem como a intenção de união de esforços no combate à pandemia de Covid-19 e no enfrentamento das mudanças climáticas.
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"O Presidente Biden saudou a oportunidade para que ambos os países unam esforços, tanto em nível bilateral quanto em fóruns multilaterais, no enfrentamento aos desafios da pandemia e do meio ambiente, em alusão ao caminho para a COP26 e para a Cúpula sobre o Clima", diz um trecho da nota da Secom.
Segundo a Secretaria, o presidente norte-americano dirigiu a carta a Bolsonaro em agradecimento aos cumprimentos enviados pela Presidência da República após a ratificação do democrata como presidente eleito dos Estados Unidos.
O governo do Brasil foi o último dos países que integram o G20 -- grupo das maiores economias do mundo -- a reconhecer a vitória de Biden nas eleições norte-americanas. Bolsonaro parabenizou o novo presidente dos Estados Unidos em 15 de dezembro de 2020, pouco mais de um mês após o resultado do pleito.
Ainda segundo a nota da Secom, "o presidente Biden sublinhou que não há limites para o que o Brasil e os EUA podem conquistar juntos". O informe finaliza dizendo que "Biden salientou que seu governo está pronto para trabalhar em estreita colaboração com o Governo brasileiro neste novo capítulo da relação bilateral".
O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) solicitou um levantamento do espaço que os partidos têm no seu governo, com o objetivo de verificar como assegurar uma maior lealdade da base aliada no momento mais crítico de sua gestão. Auxiliares admitem à CNN sob reserva que se trata do “pior momento” do governo.
Pesquisa Datafolha publicada nesta quarta-feira (17) mostra que ele está no auge da reprovação popular e que sua condução da pandemia é muito mal avaliada.
Além disso, o retorno do ex-presidente Lula à arena eleitoral fez o governo se atentar à possibilidade de parte da base flertar com o petista, uma vez que grande parte dela já foi base dos governos do PT.
Há uma especial preocupação com o PL, de Valdemar da Costa Neto, que tem mandado recados de que deseja ocupar um ministério sob pena de liderar uma revolta na base.
Interlocutores do presidente admitem a possibilidade de abrir mais espaço à legenda, mas não no curto prazo. Eles pretendem esperar por mais tempo, quando o cenário eleitoral de 2022 estiver mais claro.
Uma possibilidade é oferecer o ministério do Turismo, uma vez que seu atual ocupante não integra nenhum partido. O ministro Gilson Machado é um amigo de Bolsonaro.
O incômodo no PL é com o fato de alguns dos seus parceiros com menor bancada do que a legenda terem postos de mais destaque no governo do que ele. Caso de Republicanos, que ganhou recentemente a Cidadania; e do PSD, que ocupa a Comunicações. Além do PP, que embora não tenha ministérios, ocupa autarquias importantes, como o bilionário Fundo nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE).
Todos foram base aliada de Lula e de Dilma Rousseff e, com o retorno de Lula, integrantes de seus partidos conversaram com petistas nos últimos dias. De acordo com o PT, o próprio Valdemar falou com integrantes do partido parabenizando Lula pelo seu discurso.
Procurada, a assessoria de Valdemar disse que “não há registro de agenda do presidente do PL, Valdemar Costa Neto, com dirigentes do PT”.
Procurada, a Secretaria de Comunicação Social da Presidência disse que não recebe este tipo de informação.
Dívidas de igrejas: Senadores confirmam derrubada de veto
Senadores confirmaram a decisão tomada nesta quarta-feira (17) por deputado federais, que derrubaram o veto do presidente Jair Bolsonaro a um dispositivo que permitia o perdão de dívidas em tributos de igrejas. Na avaliação do Ministério da Economia, o impacto pode chegar a R$ 1,4 bilhão nos próximos quatro anos. As informações são do portal Metrópoles.
Bolsonaro vetou o dispositivo em setembro do ano passado após um pedido do ministro da Economia, Paulo Guedes. A medida altera a lei de 1988 que instituiu a Contribuição Social sobre Lucro Líquido (CSLL). O dispositivo vetado retirava templos da lista de pessoas jurídicas sobre as quais incidia a contribuição e ainda anulava autuações que descumprissem a proposição.
O presidente explicou que se não vetasse poderia ser alvo de um processo de impeachment, por desrespeito à Lei de Diretrizes Orçamentárias e também à Lei de Responsabilidade Fiscal. Na época, ele sugeriu que parlamentares evangélicos derrubassem o veto.
Quando derrubados, os vetos seguem para promulgação por parte do presidente Jair Bolsonaro. Se o presidente não promulgar no prazo de 48 horas, a tarefa caberá ao presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG).
Roberto Jefferson critica o STF e teme uma nova Venezuela no Brasil
O presidente nacional do PTB, Roberto Jefferson, criticou as recentes ações do Supremo Tribunal Federal (STF) e apontou que o Brasil pode estar se encaminhando para virar uma espécie de Venezuela. A declaração foi dada durante uma entrevista ao site Jornal da Cidade Online.
– Como foi o processo na Venezuela? A Corte Constitucional Venezuelana foi comprada pelo tráfico de entorpecentes, que financiou o regime de esquerda. A narcoditadura venezuelana do coronel Chávez e a narcoditadura do Maduro foram instaladas no poder pela Corte Constitucional. Os traficantes compraram a Corte Constitucional porque era mais barato pagar 13, 11 do que pagar 600 congressistas. E o que eles fizeram? Soltaram todos os traficantes e bandidos. Os bandidos foram fazer os coletivos armados para bater nas pessoas de família que faziam ‘fora Chávez e fora Maduro’ – revelou.
Roberto Jefferson então continuou revelando o que aconteceu no país vizinho.
– [Depois] prenderam todos os líderes de mídia social. Um cara como eu, como Oswaldo Eustáquio. Todo blogueiro, todo twitteiro de mídia social. Prenderam todos os líderes de oposição. Fecharam as rádios, as TVs e os jornais que eram liberais, cristãos e conservadores. E o que fizeram? Fraudaram as eleições. Três eleições consecutivas. A Suprema Corte, financiada pelo narcotráfico na Venezuela, fraudou. O que está acontecendo no Brasil? Igualzinho. Olha o que está fazendo o nosso Supremo, se já não foi feito na Venezuela. Agora eles querem soltar o criminoso Lula – apontou.