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Política : USAR OU NÃO!
Enviado por alexandre em 11/06/2021 08:55:43

Bolsonaro quer desobrigar o uso de máscara por vacinados
O presidente Jair Bolsonaro afirmou, hoje, que pediu ao ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, um "parecer" para desobrigar o uso de máscaras por quem estiver vacinado contra a Covid ou por quem já tiver contraído a doença.

Bolsonaro deu a declaração no Palácio do Planalto, ao discursar durante solenidade de lançamento de programas do Ministério do Turismo. O presidente usou máscara antes e depois do evento – ele só retirou a proteção para discursar.

"Acabei de conversar com um tal de Queiroga – não sei se vocês sabem quem é –, nosso ministro da Saúde. Ele vai ultimar um parecer visando a desobrigar o uso de máscara por parte daqueles que estejam vacinados ou que já foram contaminados. Para tirar esse símbolo, que obviamente tem a sua utilidade, para quem está infectado", declarou.

Bolsonaro repetiu a pregação que costuma fazer contra o isolamento social. Disse que provoca depressão, fome, violência doméstica e elimina empregos. "A quarentena é para quem está infectado, não é para todo mundo. Isso destrói empregos, mata de outra forma o cidadão, mata de fome, de depressão, aumenta violência em casa, abuso contra criança."

Em outras ocasiões, Bolsonaro já demonstrou não ter apreço pelas máscaras como forma de proteção contra a Covid.

Em fevereiro, ele usou uma enquete alemã distorcida para criticar o uso de máscaras. Em agosto do ano passado, contrariando a opinião da maioria dos cientistas e especialistas, ele disse a apoiadores que a eficácia de máscara é "quase nenhuma". Um mês antes, havia vetado parte de uma lei que estabelecia o uso de máscaras em locais públicos – vetou a obrigação no comércio, em escolas, igrejas e templos.


Bolsonaro: Saúde irá desobrigar uso de máscara por vacinados

Curados da Covid-19 também estariam 'liberados' do acessório


Presidente Jair Bolsonaro e o ministro da Saúde Marcelo Queiroga Foto: PR/Alan Santos

O presidente Jair Bolsonaro anunciou, nesta quinta-feira (10), que o ministro da Saúde Marcelo Queiroga aprovou um parecer desobrigando o uso de máscaras para as pessoas que já foram vacinadas contra a Covid-19.

Bolsonaro revelou a mudança durante um evento do Ministério do Turismo.

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– Por coincidência, olha a matéria para a imprensa, acabei de conversar com um tal de Queiroga. Ele vai ultimar um parecer visando a desobrigar o uso de máscara por parte daqueles que estejam vacinados ou que já foram contaminados. Para tirar esse símbolo, que obviamente tem sua utilidade, para quem está infectado — disse o presidente.

Bolsonaro não informou quando a nova orientação entrará em vigor. Ainda na cerimônia, ele voltou a criticar as medidas de isolamento social impostas por prefeitos e governadores. Ele também citou uma suposta supernotificação dos casos e mortes por Covid-19 no Brasil.

No evento do Ministério do Turismo, a pasta anunciou medidas para ‘desburocratizar’ a obtenção de licenças junto ao Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional), além do lançamento de um portal de investimento para o setor de Turismo.

Política : NÃO ASSISTA!
Enviado por alexandre em 10/06/2021 09:08:49

Bolsonaro "Se você assisti a Globo está desinformado"
Em conversa com apoiadores em frente ao Palácio da Alvorada, nesta quarta-feira (9), o presidente Jair Bolsonaro foi questionado sobre a postura da imprensa. Após um homem chamar a Globo de “lixo”, o presidente afirmou que quem “assiste Globo está desinformado”.

– Se você assiste a Globo, você não está informado; e se você assiste, está desinformado. É vergonhoso! Impressionante a imprensa. – disparou.

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Em seguida, ele citou nomes como Alexandre Garcia e Augusto Nunes, para indicar que ainda tem “gente boa” no jornalismo. Porém, ele destacou que “grande parte da mídia virou partido político”.

– Grande parte da mídia virou partido político, [e] quer impor a sua vontade – avaliou.


Bolsonaro: Se eu não estivesse lá, estaria um poste no meu lugar

Presidente deu declarações durante um culto na Church in Connection, em Anápolis

Bolsonaro na Church in Connection Foto: Reprodução

Nesta quarta-feira (8), o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) participou de um culto na Church in Connection, no munícipio de Anápolis, em Goiás.

A igreja é liderada pelo pastor Thiago Vinicius Cunha e por sua esposa, pastora Késia Dayane. Thiago é também o diretor de Cultura da cidade de Anápolis.

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Durante seu discurso, Bolsonaro lembrou de quando começou a pensar em se tornar presidente. Sem citar o nome do Partido dos Trabalhadores (PT), ele listou posturas que viu no governo petista e falou que decidiu se tornar líder para fazer a diferença.

Bolsonaro relatou ainda o apoio que recebeu das lideranças evangélicas para conseguir chegar ao posto de presidente.

– Estou muito honrado de estar entre vocês. É uma satisfação muito grande falar com aqueles que têm Deus no coração. Nós [brasileiros] estivemos à beira do abismo, [mas] um milagre aconteceu no Brasil. Temos um bem maior: a nossa liberdade. Devemos nos preocupar em preservá-la. Uma pessoa sem liberdade não tem vida. Somos um país [com] mais de 90% [da população] de cristãos. Essa fé nos mantém vivos e esperançosos. Só uma coisa me conforta: se eu não estivesse [na presidência], estaria um poste no meu lugar, um poste vermelho. E, aí, com toda certeza, estaríamos no caminho da Venezuela e da Argentina. Deus nos salvou. Ele tem um propósito para cada um de nós. Dobrando os joelhos, conseguiremos o nosso objetivo: uma grande nação para todos nós – declarou.

A Church in Connection é uma igreja voltada para jovens, inspirada na Church By the Glades (CBG), localizada na Flórida (EUA). De acordo com a instituição, suas principais missões se baseiam em “amar a Deus, amar o próximo e servir no mundo”.

Política : EM CAUSA PRÓPRIA
Enviado por alexandre em 10/06/2021 09:05:42

Como funciona a federação dos partidos
Recebi muitas ligações de políticos desinformados em relação ao projeto de lei que Institui a chamada federações de partidos, cuja urgência foi aprovada pela Câmara dos Deputados, há pouco. Ninguém entendeu, mas é fácil de explicar.

Trata-se de mais um casuísmo do Congresso para facilitar a reeleição dos deputados federais e estaduais em 22. Na prática, as coligações voltam a ser permitidas na eleição proporcional.

A federação se dará assim: a aliança partidária fechada para presidente da República será obrigatória nos Estados. Um exemplo: PT, PSB e PCdoB se unem para presidente. Nos Estados, esses partidos têm que se unir na mesma aliança estadual. Sendo assim, na eleição para deputado fica formada uma coligação de três partidos, o que hoje é proibido. Aliás, já foi proibido na eleição municipal de 2020.

Aprovada urgência para PL que institui federações de partidos

A Câmara dos Deputados aprovou o regime de urgência para o Projeto de Lei 2522/15, do Senado, que institui as federações de partidos políticos a partir de mudanças na Lei dos Partidos Políticos (Lei 9.096/95) e na Lei das Eleições (Lei 9.504/97).

Por meio de uma federação, os partidos associados agem como se fossem uma única legenda, tanto nas eleições quanto durante a legislatura.

Política : LULOPETISTA
Enviado por alexandre em 10/06/2021 09:03:33

Obama e Amado Batista os sinceros

O cantor Amado Batista, que ontem voltou a recepcionar o presidente Bolsonaro numa chácara em Goiás, reagiu com ironia em relação à ameaça de ser processado pela presidente do PT, Gleisi Hoffman, por ter chamado o ex-presidente Lula de ladrão. “Se realmente isso ocorrer, vou recorrer a Barack Obama para me auxiliar na defesa”, disse o maior fenômeno musical do País, que já bateu o rei Roberto Carlos em venda de discos.

A declaração de Amado Batista foi repassada ao blog por uma relevante fonte que esteve com ele recentemente. A entrevista do cantor irritou profundamente a cúpula do PT, Lula e seus asseclas. É um dos assuntos mais comentados nas rodas políticas do Congresso, na Esplanada dos Ministérios e no coração do poder, o Palácio do Planalto. A mídia nacional, em quase sua totalidade, reproduziu trechos e o áudio que foi ao ar no Frente a Frente pela Rede Nordeste de Rádio.

Não se sabe quando, mas Barack Hussein Obama, ex-presidente americano, declarou em seu livro de memórias (Uma Terra Prometida), que tinha conhecimento de suspeitas de corrupção bilionárias no governo do corrupto e lavador de dinheiro, Lula da Silva, a quem, certa vez, tadinho, chamou de “o cara”.

Antes tarde do que nunca, né? Mas Obama que não venha, agora, posar de ludibriado, pois não é. Seria impossível que o presidente dos EUA, simplesmente a maior potência econômica e militar do planeta, não soubesse de todos os mega esquemas de propina que abasteciam a cleptocracia lulopetista.

O democrata escreveu sobre o presidiário (provisoriamente em liberdade, por conta e graça de seis ministros do STF): “Ex-líder sindical grisalho e cativante (eu: quase todo criminoso é cativante), com uma passagem pela prisão por protestar contra o governo militar (eu: prisão de um mês), e eleito em 2002”.

E continuou, Obama: “Constava também que tinha os escrúpulos de um chefão do Tammany Hall (organização política criminosa que dominou Nova Iorque por 200 anos), e circulavam boatos (eu: boatos??) de clientelismo governamental, negócios por baixo do pano e propinas na casa dos bilhões”.

Ataque na Globo – Obama deu declarações também no programa de Pedro Bial, na TV Globo. Afirmou: “Soube dos relatos de corrupção que surgiram e que afetaram o sistema brasileiro. Na época, quando falei que Lula era o cara, não sabia de todos esses problemas envolvendo-o com corrupção. Acho que o dom que o Lula tinha ao se conectar com o povo brasileiro e o progresso econômico que realmente aconteceu, quando ele tirou as pessoas da pobreza naquela época, são coisas que não podem ser negadas, mas são coisas que tento fazer no livro, descrever as complexidades de todas as figuras, inclusive de Lula”.

A caneta é de Teobaldo – Presidente nacional do Podemos, a deputada Renata Abreu (SP) reforçou, ontem, ao blog, a liderança e o poder do deputado Ricardo Teobaldo como presidente da legenda em Pernambuco. Disse, enfaticamente, que qualquer liderança que manifeste interesse em ingressar no partido no Estado para disputar as eleições tem que sentar com Teobaldo. “É ele que decide”, disse. Foi um recado à deputada Clarissa Tércio, que tem sinalizado uma possível filiação ao Podemos para disputar o Governo do Estado.

O Novo tem líder – Candidato a vereador mais votado no Recife pelo partido Novo, mas não eleito por causa do voto de legenda, Técio Teles, que é sertanejo de Calumbi, mostrou, ontem, em Brasília, que é uma liderança em ascensão na legenda não apenas em Pernambuco, mas nacionalmente. Circulou com desenvoltura entre o salão verde da Câmara e azul do Senado, fazendo gestões já com vistas às eleições do próximo ano.

Sem recurso – Sob pressão, o Cidadania e o PSB desistiram de ações no Supremo Tribunal Federal (STF) que pediam a suspensão dos pagamentos de verbas do orçamento secreto, esquema montado pelo presidente Jair Bolsonaro para obter apoio político. O recuo das legendas causou estragos internos nos partidos. Um dos parlamentares insatisfeitos, o senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE) disse ao Estadão que se desfiliará da legenda. Em nota, o senador Alessandro Vieira classificou de “escândalo de dimensão nacional” o chamado orçamento secreto e disse discordar “frontalmente” da desistência da ação.

Aposta no Distritão – A possível adoção do Distritão para 2022, sistema na eleição proporcional que, no fundo, se traduz na chamada verdade eleitoral, está ganhando mais adeptos no Congresso. Segundo o deputado Silvio Costa Filho (Republicanos), a proposta pode ser aprovada na Comissão da Reforma Política, já para vigora em 22. Quanto à versão de que passaria na Câmara, mas seria barrada no Senado, diz que é mera especulação. “O Senado é uma casa revisora e não ia contrariar uma grande maioria formada na Câmara”, afirmou.

CURTAS

OS AGRESSORES – De acordo com o boletim de ocorrência sobre a agressão à vereadora Liana Cirne, da bancada do PT na Câmara do Recife, os policiais militares envolvidos na agressão à parlamentar com spray de pimenta foram o sargento Ronaldo Santos de Lima e os soldados Paulo Henrique Ferreira Dias, Aberlryton José Mendes de Aguiar e Lucas França da Silva.

A COMPROVAÇÃO – A agressão ocorreu no dia 29 de maio, durante a violenta repressão policial ao protesto pacífico contra Bolsonaro (sem partido). A truculência policial resultou em diversos feridos e na perda da visão de um dos olhos por dois homens atingidos por balas de borracha. Os quatro policiais aparecem nos documentos que estão sendo investigados pela Delegacia do Bairro do Recife.

Perguntar não ofende: Que tipo de punição sofrerão os policiais envolvidos na agressão à vereadora?


EUA devem doar 500 milhões de doses de vacinas

O governo Biden planeja doar 500 milhões de doses de vacinas da Pfizer para cerca de 100 países nos próximos 2 anos, segundo informações da Reuters. Ainda este ano, 200 milhões de doses devem ser distribuídas, e 300 milhões no 1° semestre de 2021.

A prioridade é a União Africana e mais 92 países de baixa renda. As doações vão para o consórcio mundial Covax Facility, que distribui vacinas contra a covid-19 para países de baixa e média renda e tem o apoio da OMS (Organização Mundial da Saúde) e da Aliança Global para Vacinas e Imunização.

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, deve anunciar o acordo na 5ª feira (10.jun.2021) na reunião do G7, grupo dos 7 dos países mais ricos do mundo, na Grã-Bretanha. Fontes informaram a Reuters que o acordo foi negociado nas últimas 4 semanas pelo coordenador de resposta a covid-19 da Casa Branca, Jeff Zients, e a equipe da força-tarefa do coronavírus.

A Casa Branca e a Pfizer não quiseram comentar. Biden disse a repórteres antes de embarcar no avião presidencial, com destino a Grã-Bretanha, que ele tinha uma estratégia global de vacinas e iria anunciá-la, mas não deu detalhes.

O New York Times informou que os EUA comprarão as doses a um preço “sem fins lucrativos”. Eles também relataram que o CEO da Pfizer, Albert Bourla, acompanhará Biden durante o anúncio.

O acordo se soma aos 300 milhões de doses que o país já comprou da Pfizer e eleva o número total para 800 milhões de doses compradas pelos EUA, disse o Times. O governo Biden já anunciou que deve compartilhar 80 milhões de doses de vacinas em todo o mundo até o final de junho de 2021.

Política : PRIVATIZAR/CAERD
Enviado por alexandre em 09/06/2021 08:37:03

Caerd tem contas ruins e pode ser privatizada conforme prevê o Novo Marco Legal do Saneamento
Juliana Elias, do CNN Brasil Business, em São Paulo

Estação de Tratamento (ETA) do Guandu, no Rio de Janeiro
Estação de Tratamento (ETA) do Guandu, no Rio de Janeiro
Foto: Reprodução/Instagram/CedaeRJ

Pelo menos 10 das 26 companhias públicas estaduais de saneamento do país não cumprem os requisitos mínimos de saúde financeira exigidos pelo Novo Marco Legal do Saneamento, em vigor desde julho do ano passado. Pelas novas regras, elas podem ter que ser privatizadas pelo governo de seu estado caso não cumpram esses requisitos e não comprovem que têm capacidade de fazer os investimentos necessários para universalizar seus serviços de água e esgoto nos próximos anos. 

A conta foi feita pela consultoria GO Associados, que analisou quantas das principais estatais do setor no país atendem a esses novos critérios definidos na nova lei. São recortes que verificam o nível de lucratividade, endividamento e geração de caixa da empresa e que, com isso, avaliam se, na maneira como está, a operação gera recursos suficientes para investir ou para ter crédito aprovado junto aos bancos públicos e privados.

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Preliminar, o estudo da GO Associados analisou a situação econômica de 20 companhias estaduais, dentro do universo de 25 estados mais o Distrito Federal que possuem a sua empresa pública local de água e esgoto. Destas, dez, ou 39% do total, seriam reprovadas em pelo menos um dos quatro critérios de sustentabilidade financeira que foram definidos, o que indica que estão altamente endividadas ou que, por exemplo, têm despesas recorrentemente maior do que as receitas. 

Nove delas estão em estados do Norte e do Nordeste, como Maranhão (Caema), Rio Grande do Norte (Caern), Pará (Cosanpa) e Amazonas (Cosama), além da Casan, a companhia de águas de Santa Catarina. 

As finanças das outras dez companhias analisadas no levantamento cumprem os quatro critérios estabelecidos e têm, portanto, a situação financeira mais robusta. Entre elas, estão estatais com capital aberto e já consolidadas na bolsa de valores, como a Sabesp (de São Paulo), a Sanepar (Paraná) e a Copasa (Minas Gerais).

A análise foi feita com base nos resultados financeiros dos últimos cinco anos das companhias registrados no Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS).

“A fragilidade financeira das empresas estatais de saneamento é um problema histórico”,  disse Gesner Oliveira, sócio da GO Associados e ex-presidente da Sabesp. “Muitas não têm capacidade de investir, têm um patrimônio líquido negativo. A situação delas é de penúria e quem paga são os cidadãos, já que a cobertura não avança.”

Universalização até 2033

A exigência de comprovação da saúde financeira das estatais de saneamento como condição para continuar prestando os serviços foi uma das mudanças promovidas pelo Novo Marco Legal do Saneamento, aprovado há pouco menos de um ano

Na semana passada, o governo editou o decreto que faltava para a regulamentação desse trecho, definindo quais serão os critérios financeiros e também os prazos que passam a ter que ser cumpridos por essas estatais

As companhias terão até março de 2022 para apresentar os documentos que demonstrem a sua solidez financeira, bem como para mostrar que têm capacidade de fazer os investimentos necessários para cumprir as metas atuais do país de universalização: chegar, até 2033, a 99% da população com acesso a água potável e 90% com esgoto coletado e tratado.

Aquelas que não forem aprovadas terão seu contrato de prestação de serviços considerado irregular e terão que ser reformuladas.

As possíveis saídas incluem tanto a realização de uma parceria público-privada (PPP), em que uma empresa privada entra como parceira nos investimentos e na administração da rede, ou um plano de desestatização, para privatização ou concessão de parte ou a totalidade dos serviços, em moldes semelhantes ao que foi feito recentemente com a Cedae, a estatal de água e esgoto do estado do Rio de Janeiro.

7% com coleta de esgoto

Hoje, 84% de toda a população urbana no país recebe água tratada em casa e pouco mais da metade, 54%, tem coleta de esgoto. Para alguns estados, porém, a tarefa de elevar os números para perto dos 100% é especialmente mais difícil: no Amapá, por exemplo, onde está a companhia com a pior avaliação pelo levantamento da GO Associados, a rede de água chega a 30% das casas e a coleta de esgoto só está em 7%. 

As finanças da Caesa, companhia de saneamento do estado, seriam reprovadas em três dos quatro critérios exigidos pela nova lei. É lá também que o processo de desestatização já está mais avançado: o governo do Amapá, com o apoio do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), já publicou o edital da concessão dos serviços da empresa para a iniciativa privada, e o leilão está previsto para 2 de setembro.

Critérios de avaliação

As regras definidas pelo decreto editado na semana passado dividiram o processo de avaliação da saúde financeira das estatais de saneamento em duas fases de exigências. As companhias terão até março de 2022 para apresentar os documentos necessários. 

Nos quatro critérios que formam o primeiro filtro, elas devem mostrar que têm: 

  • margem líquida de lucro superior a zero (lucro líquido, descontado da depreciação e da amortização, dividido pela receita total);
  • índice de grau de endividamento inferior ou igual a um (passivos em relação aos ativos totais);
    índice de retorno sobre patrimônio líquido (ROE, em inglês) superior a zero (lucro líquido em relação ao patrimônio líquido);
  • índice de suficiência de caixa superior a um (arrecadação total em relação às despesas operacionais, financeiras e tributárias).
  • Esses recortes, explica Oliveira, da GO Associados, indicarão se ela é lucrativa, não está altamente endividada (com uma dívida maior do que o valor total de seu patrimônio) e tem dinheiro disponível em caixa, que é uma das principais condições para investir ou conseguir financiamentos. 

Os números deverão levar em consideração o resultado dos últimos cinco anos da empresa e estar auditados.

No segundo filtro, as companhias devem possuir um planejamento do quanto e como irão investir para cumprir as metas de universalização em sua região de atendimento. Os planos serão avaliados pelas agências regionais de regulação, de acordo com as condições financeiras apresentadas pela estatal. Caso seja constatado que uma coisa não cobre a outra, o contrato dela passa a ser considerado irregular e deve ser suspenso ou reformulado.


https://www.cnnbrasil.com.br/business/2021/06/09/40-das-estatais-de-saneamento-tem-contas-ruins-e-podem-ser-privatizadas

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