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Política : FALOU NA LATA
Enviado por alexandre em 13/07/2021 09:43:03

Datena ataca Bolsonaro, Lula e governadores
Em entrevista exclusiva ao Frente a Frente, gravada, há pouco, o apresentador José Luiz Datena, da Band São Paulo, recém filiado ao PSL, afirma que sua intenção, inicialmente, seria disputar o Senado por São Paulo, mas admite entrar no páreo presidencial por uma convocação do seu partido, num movimento liderado pelo presidente nacional da legenda, o deputado pernambucano Luciano Bivar.

"O Brasil assiste, hoje, passivamente, a uma polarização nociva entre Bolsonaro e Lula. O Brasil cansou da mesmice e dos arranjos eleitorais. Se Bolsonaro não vai bem, nem atende aos anseios da construção de uma nação nova e diferenciada, apostar no Lula é um retrocesso, é passar uma borracha em tudo que o PT e Lula fizeram de mal ao País no campo ético e da moralidade", disse.

Na sua primeira fala ao Nordeste, Datena foi comedido em relação aos prognósticos de uma terceira via, capaz de quebrar a dicotomia Bolsonaro X Lula. "Só posso dizer que serei essa alternativa de terceira via se houver de fato uma disposição do povo brasileiro em apostar numa grande mudança. Eu pergunto ao povo nordestino: o que esse Governo tem feito para reduzir as disparidades sociais, acabar com o flagelo da seca? Que eu saiba, nada. Esse auxílio emergencial é muito pouco para atender tamanhas necessidades provocadas pela pandemia", desabafou.

Sobre Lula, Datena disse que ele e vários integrantes do seu Governo só estão livres da cadeia, pela roubalheira que promoveram, graças a interpretação equivocada do STF em relação à prisão em segunda instância. A entrevista vai ao ar às 18 horas no Frente a Frente para 44 emissoras no Nordeste, com transmissão pela Rede Nordeste de Rádio, que tem como cabeça de rede a Nova FM 98,7, no Recife.

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Coluna da terça-feira

As verdades de Datena

Ao falar, ontem, com exclusividade para o Nordeste, numa entrevista ao Frente a Frente, o apresentador José Luiz Datena, da Band em São Paulo, não se inibiu em bater no presidente Bolsonaro nem tampouco no ex-presidente Lula. Datena é uma aposta do PSL de construção da terceira via na disputa pelo Planalto, num movimento deflagrado pelo presidente nacional da legenda, Luciano Bivar, coincidentemente pelo mesmo partido que Bolsonaro se elegeu em 2018.

Datena já tem o discurso alinhado na ponta da língua para entrar no embate frente a Bolsonaro e Lula. Sobre o presidente da República, disse que há um processo claro de derretimento do Governo, principalmente depois das denúncias de cobrança de propinas na compra de vacinas. “Hoje, Bolsonaro já perdeu 25% dos eleitores que votaram nele e apostaram numa grande mudança, segundo apontam as pesquisas de intenção de voto”, assinalou.

Quanto a Lula, disse que não pretende entrar, de imediato, numa guerra aberta, mas fica claro, segundo ele, que o Supremo o tirou da cadeia para derrotar Bolsonaro. “Soltaram Geddel, Palocci e Eduardo Cunha para beneficiar Lula com a anulação da leitura de prisão em segunda instância pelo STF. Não quero uma briga aberta com o Lula, mas tiraram ele da cadeia para derrotar Bolsonaro”, afirmou.

Para Datena, no momento em que o Supremo salvou Lula, abriu as portas do inferno na cara da sociedade sem proteção. “Até chefe do PCC tiraram da cadeia com o fim da prisão em segunda instância. Lula, que montou uma das maiores quadrilhas dos últimos tempos no Brasil, não foi inocentado. Foi apenas anistiado, porque foi mal julgado e mal investigado. Sabe quando haverá um novo julgamento das penas graves que ele cometeu? Nunca mais”, desabafou.

O apresentador diz que não tem medo de enfrentar nenhum dos dois candidatos bem posicionados na pesquisa, mas que não pode se apresentar como candidato de si próprio, atrair o maior número de partidos aliados e aceitação popular. “Política é destino, dizia Tancredo. Primeiro, tem que aparecer os partidos que me apoiem. Já tentei sair prefeito de São Paulo, meu nome chegou a ser ventilado a vice do prefeito Bruno Covas, mas só entro com segurança esse caminho, não vou me ferrar por causa desses caras. “A maior malandragem é o cara ser honesto”, dizia meu pai”.

Paixão pernambucana – Simpático e acessível, Datena revelou, ontem, antes da entrevista, sua paixão por Pernambuco. Relembrou o tempo em que esteve com muita frequência no Recife apresentando o Verão Vivo, na praia de Boa Viagem, criado pelo saudoso Luciano do Vale, que morou por muito tempo no Estado, com residência fixa em Porto de Galinhas. “Eu sobrevoava o litoral, esse litoral lindo e maravilhoso na cobertura do Verão Vivo”, disse. O apresentador também atuou muito no Nordeste, segundo ele, na transmissão de jogos pelo campeonato brasileiro como narrador. 

Pau nos governadores – Na mesma entrevista, Datena fez um duro ataque aos governadores em geral, principalmente os nordestinos que, segundo ele, desviaram recursos federais da pandemia e cometeram o crime de comprar respiradores para porcos. “Esses (os governadores) acusam Bolsonaro de Genocida, mas são, igualmente, negacionistas”, disse. Para ele, o Brasil continua com políticos que confundem o que está na Constituição, de que se governa para o povo. “Muitos governam para o bolso e pelo bolso”, ironizou.

Visão de Ciro – O ex-ministro e presidenciável Ciro Gomes (PDT) endossou, ontem, a convicção que dirigentes partidários manifestaram depois das últimas pesquisas eleitorais. Para ele, Jair Bolsonaro passará por um derretimento ainda maior e "qualquer um" irá derrotá-lo. O pedetista tem aparecido em terceiro nos levantamentos, atrás do atual mandatário e do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT)."Qualquer um de nós vai derrotar o Bolsonaro. Mas não vamos abaixar a arma, porque ele é muito perigoso. Nós só vamos abaixar as armas quando ele estiver enterrado politicamente", disse em encontro com o babalaô Ivanir dos Santos e outras lideranças negras no Rio de Janeiro.

Vacinação avança – Ao todo, 30.675.030 de pessoas completaram o esquema vacinal contra a covid-19, ou seja, tomaram a segunda dose ou a dose única de vacinas e estão imunizadas no Brasil. O número representa 14.49% da população, conforme a projeção de habitantes para 2021 feita pelo IBGE. Dos quatro imunizantes contra a doença utilizados no País para combater a doença, três necessitam da aplicação de duas doses. São elas: Pfizer, AstraZeneca e CoronaVac. Apenas a Janssen é administrada em dose única. Até ontem, 2.501.158 pessoas receberam a Janssen, enquanto 28.173.872 receberam a segunda dose de uma das três vacinas disponíveis no País. Outras 55.948.182 aguardam para completar o esquema vacinal.


Datena: Não tenho medo de ser candidato à Presidência

Na entrevista concedida hoje ao programa Frente a Frente, o comunicador José Luiz Datena falou sobre a conjuntura política. Ele tratou da disputa eleitoral em 2022 e ratificou que é pré-candidato à Presidência pelo PSL, atendendo a um desejo do presidente nacional da sigla, o deputado federal pernambucano Luciano Bivar. Datena também comentou o fato de o Supremo Tribunal Federal (STF) ter colocado o ex-presidente Lula no páreo.

"Não quero entrar com briga aberta com possíveis candidatos, se eu for candidato, antes do tempo, mas ficou claro que os caras tiraram o ex-presidente Lula das últimas eleições para o Bolsonaro ser eleito. Viram a bobagem que fizeram e acabaram com a prisão em segunda instância. Com isso, abriram as portas do inferno porque não saiu só o Lula da cadeia. Saíram outros políticos, chefes do PCC, violentadores...", disse.

Datena, contudo, afirmou que Lula "não foi inocentado”: “Segundo o Supremo, pelos crimes que cometeu, ele talvez tenha montado uma das maiores quadrilhas de Estado de todos os tempos, que começou com o Mensalão e daí por diante. Ele foi tornado ficha limpa porque teve, segundo o STF, uma investigação malfeita pela Lava Jato, Polícia Federal e foi mal julgado por (Sergio) Moro e o pessoal de Curitiba, que teriam tido uma relação incestuosa com os promotores."

Sobre a polarização em curso, Datena declarou que “há um processo claro de derretimento do presidente Bolsonaro”. O apresentador aponta que “há uma falta de aprovação” do governo e que “tem gente que deixou de acreditar no presidente da República”. Ele reconhece que a situação econômica vai melhorar, mas pondera que “o reaquecimento será lento e traumático”. O apresentador também disse que "não tem medo de sair candidato à Presidência, lute com quem lutar. Até hoje o Brasil não teve um político a representá-lo de forma definitiva".

Para José Luiz Datena, “houve negacionismo de todos os lados” no combate à pandemia. “Não foi só o presidente que foi negacionista. Ele foi, é negacionista, despreza o uso de máscara desde o começo. Outra coisa: as eleições municipais não eram para ter acontecido. O vírus já estava voltando para a Europa e Estados Unidos. Os governadores que disseram que o presidente é negacionista também foram porque permitiram as eleições. Jogaram 100 milhões de brasileiros nas ruas votando. Mais do que isso: fizeram campanhas presenciais, provocando aglomerações", disparou.

As inúmeras suspeitas de corrupção com os recursos para combate à Covid-19 nos estados, municípios e no próprio governo federal também foram alvo de comentário do apresentador: "Quando anunciaram regime emergencial no mundo inteiro por causa da pandemia, eu até fiz um comentário e disse: 'Não acredito que vai ter político que vai roubar durante o período emergencial'. 'Pô', começou com compra de respirador. O sujeito morrendo de falta de ar, os caras roubaram com respiraror, EPIs (equipamentos de proteção individual)."

"Quantos médicos e enfermeiros, que eram essenciais, perderam a vida porque não tinham equipamentos para se proteger da Covid? E agora, parece haver evidências de que houve superfaturamento e possibilidade de propina com vacina, o que é um absurdo”, prosseguiu.

O apresentador do Grupo Bandeirantes também fez um aceno ao Nordeste, exaltando a região. "O Nordeste até hoje só deu ao Brasil. O Brasil precisa estabelecer um governo com prioridade para devolver ao nordestino o que eledeu ao Brasil. Amo o Nordeste de paixão e o povo nordestino é a alma do povo brasileiro”, declarou Datena.

Política : REPROVADOS
Enviado por alexandre em 13/07/2021 09:40:00

Datafolha: 38% reprovam o desempenho do Congresso
Uma pesquisa do instituto Datafolha, divulgada hoje, pelo jornal "Folha de S.Paulo", revela que 38% dos entrevistados avaliam como ruim ou péssimo o desempenho do Congresso Nacional. Na pesquisa anterior, eram 37%.

Veja o resultado:

  • Ruim/péssimo: 38%
  • Regular: 43%
  • Bom/ótimo: 14%
  • Não sabe: 5%

No levantamento anterior, divulgado em agosto de 2020, 37% classificavam o Congresso como ruim ou péssimo, 43% o avaliavam como regular e 17% apontavam o desempenho dos deputados e senadores como ótimo ou bom. Outros 4% não sabiam opinar.

A pesquisa divulgada agora ouviu 2.074 pessoas nos dias 7 e 8 de julho em 146 cidades brasileiras. Foram entrevistadas pessoas acima de 16 anos. A margem de erro é de dois pontos para mais ou para menos, dentro do nível de confiança de 95%.

Desempenho do STF

A pesquisa também quis saber dos entrevistados a avaliação do desempenho dos ministros do Supremo Tribunal Federal.

Veja o resultado:

  • Ótimo/bom: 24%
  • Ruim/péssimo: 33%
  • Regular: 36%
  • Não sabe: 7%

Reprovação aos ministros do STF cresce e vai a 33%, diz Datafolha

Uma das explicações é a anulação das condenações do ex-presidente Lula


Ministros do Supremo Tribunal Federal são reprovados por 33% dos brasileiros Foto: STF/Nelson Jr

Uma nova pesquisa do Instituto Datafolha, publicada nesta segunda-feira (12), indicou que a reprovação aos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) cresceu. Segundo o levantamento, 33% dos entrevistados consideram a atuação dos magistrado “ruim ou péssima”. Já 24% afirmam que os 11 ministros têm “boa ou ótima” atuação. Para 36%, é regular. E 7% não souberam responder.

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Em pesquisa semelhante, em agosto de 2020, o índice de reprovação era de 29%. E 27% dos entrevistados avaliavam positivamente o trabalho do STF.

Leia também1 Bolsonaro: "Datafolha recebeu pouca grana dessa vez"
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4 Silas Malafaia rebate Datafolha: "Cambada de cretinos manipuladores"
5 Presidente Bolsonaro: 'Não acredito em pesquisa eleitoral'

Apesar do crescimento, os quatro pontos percentuais de diferença estão no limite da margem de erro. No entanto, é improvável que, na prática, a avaliação tenha se mantido estável.

A pesquisa demonstra que o índice de reprovação é ainda maior entre os eleitores do presidente Jair Bolsonaro, com 49% deles afirmando que os ministros exercem sua função de maneira “ruim ou péssima”.

Os ministros também são mais rejeitados pelos entrevistados homens (37%), com nível superior completo (41%) e que não têm a intenção de se vacinar contra a Covid-19 (46%).

O recorte por região do país aponta que o Sul é o que tem o maior índice de reprovação (37%), enquanto no Nordeste o índice cai para 30%.

Entre os fatores que podem ter contribuído para o aumento da rejeição aos ministros está a decisão de tornar o ex-juiz Sergio Moro suspeito nos processos contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Em março deste ano, a Corte anulou as condenações do petista na Lava Jato, tornando-o elegível para se candidatar nas próximas eleições.

Na contramão dos críticos, os ministros gozam de boa reputação entre os entrevistados com escolaridade de nível fundamental (27%), assalariados sem carteira assinada (28%) ou eleitores do PT (31%).

A pesquisa do Datafolha foi realizada presencialmente nos dias 7 e 8 deste mês e ouviu 2.074 pessoas de 146 municípios. O nível de confiança é de 95%, com margem de erro de dois pontos percentuais para mais ou para menos.

Renan fala que Bolsonaro faz apologia ao golpe

Poder 360

O senador Renan Calheiros (MDB-AL), relator da CPI da Covid do Senado, fez críticas ao presidente Jair Bolsonaro, hoje. Segundo o congressista, “tudo é possível vindo de Bolsonaro”, inclusive “apologia ao golpe”.

“Palavrão? Xingamento a autoridades? Apologia ao golpe? Cloroquina? Crise de soluços? Tudo é possível vindo de Bolsonaro. Espírito público e decoro, não. Mais uma semana”, escreveu em publicação no Twitter.

Na última semana, Bolsonaro fez declarações contra o presidente do Tribunal Superior Eleitoral, ministro Roberto Barroso. Na ocasião, o presidente também sugeriu que as eleições de 2022 podem não acontecer.

Além disso, o mandatário disse que não vai responder a carta enviada à Presidência da República pelo secretário da CPI da Covid, Leandro Bueno, na quinta-feira. No documento, senadores cobram explicações do presidente sobre o caso Covaxin.


Após ameaças, Mourão diz que eleições serão realizadas

Na contramão das declarações do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), o vice-presidente Hamilton Mourão (PRTB) disse, na manhã de hoje, que haverá, sim, eleições no ano que vem. A afirmação foi feita em entrevista à CNN.

Na última quinta-feira, durante conversa com apoiadores no Palácio da Alvorada, Bolsonaro afirmou que as “eleições do ano que vem serão limpas”, em referência ao voto impresso, “ou não teremos eleições”.

O titular do Palácio do Planalto tem colocado o voto impresso como condição para legitimar o sistema eleitoral. O de hoje – pelo qual o atual chefe do Executivo nacional foi eleito para consecutivos mandatos como deputado federal e para presidente da República, em 2018, – tem urnas eletrônicas sem impressão dos votos e, segundo Bolsonaro, permite fraudes.

Os ataques de Bolsonaro não se limitam às urnas e se estendem a autoridades da Suprema Corte, como o ministro Luís Roberto Barroso, que também preside o Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Bolsonaro já afirmou que o magistrado tem “interesse pessoal” em barrar a impressão do voto.

“Por que o Barroso não quer mais transparência nas eleições? Porque tem interesse pessoal nisso. Ele está se envolvendo numa causa como essa e interferindo no Legislativo. Isso é concreto, porque, depois da ida dele ao Parlamento, várias lideranças trocaram os integrantes por parlamentares que vão votar contra o voto impresso”, acusou Bolsonaro.

O Supremo Tribunal Federal respondeu às provocações de Bolsonaro, que, segundo Barroso, foram “lamentáveis quanto à forma e ao conteúdo”. “A realização de eleições, na data prevista na Constituição, é pressuposto do regime democrático. Qualquer atuação no sentido de impedir a sua ocorrência viola princípios constitucionais e configura crime de responsabilidade”, salientou o ministro.

Política : VAI TER SIM ELEIÇÃO
Enviado por alexandre em 12/07/2021 08:44:01

"As eleições serão realizadas", diz Mourão após fala de Bolsonaro

O vice-presidente disse ainda à CNN que não tem opinião formada sobre a adoção de um regime semipresidencialista em 2026

Por Gustavo Uribe, CNN  

Vice-presidente Hamilton Mourão com o presidente Jair Bolsonaro ao fundo
Vice-presidente da República, Hamilton Mourão, com o presidente Jair Bolsonaro ao fundo durante Solenidade Militar de Entrega de Espadins dos Cadetes da Força Aérea Brasileira em Pirassununga (SP)
Foto: Divulgação/Bruno Batista/ VPR

O vice-presidente Hamilton Mourão disse à CNN que as eleições presidenciais serão realizadas no ano que vem mesmo que não seja aprovada a proposta do voto impresso auditável.

Na última sexta-feira (9), o presidente Jair Bolsonaro acusou, sem provas, o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) de participar de fraudes e disse que "corremos o risco de não termos eleições no ano que vem".

Em conversa com a CNN, o general da reserva refutou a hipótese de não haver o pleito nacional. "As eleições serão realizadas", afirmou.

A declaração de Bolsonaro gerou reações tanto no Judiciário como no Executivo. Em resposta ao presidente, o presidente do TSE, Luís Roberto Barroso, garantiu também o pleito de 2022.

"Cumpro o meu papel pelo bem do Brasil. Mas eleição vai haver, eu garanto", afirmou, em mensagem enviada ao jornalista Josias de Souza, do portal UOL, e posteriormente confirmada pela CNN.

Mourão disse ainda que ainda não tem opinião formada sobre a adoção, a partir de 2026, de um sistema semipresidencialista no Brasil. "Ainda não me debrucei sobre o assunto. Portanto, não tenho opinião formada", disse.

Em entrevista à CNN, o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), sugeriu que, para o Brasil alcançar a estabilidade política, uma das opções seria a mudança do sistema de governo, como a adoção do “semipresidencialismo” a partir de 2026.

"Nesse regime, se for o caso, é muito menos danoso que caia um primeiro-ministro do que um presidente. Quando um presidente cai, assume um vice-presidente que pode não estar alinhado com as propostas do eleito", disse.

A proposta, no entanto, foi vista com desconfiança no Palácio do Planalto. Para o entorno do presidente, por trás da mudança, estaria um interesse do Congresso Nacional em ter um controle absoluto sobre o Orçamento, esvaziando o poder do presidente sobre a administração dos recursos.

O semipresidencialismo mescla elementos do parlamentarismo e do presidencialismo. Neste modelo, há um presidente- geralmente eleito diretamente pelo povo - e um primeiro-ministro - eleito indiretamente, pelo parlamento - dividindo funções no Poder Executivo. A gestão de demandas internas e o comando do governo caberia ao primeiro-ministro.

A adoção de um regime semipresidencialista também não conta com apoio entre dirigentes da oposição, para os quais a aprovação da mudança limitaria a atuação, em uma reeleição, de um eventual novo presidente eleito em 2022.

Política : O SUS SALVA
Enviado por alexandre em 12/07/2021 08:38:12

O sistema que mais salva vidas na pandemia pede atenção

Por Roberto Claudio*

Mesmo com toda a polarização e a irracionalidade que têm obstruído os debates públicos no Brasil, a pandemia tem servido para engrossar opiniões sobre a relevância do Sistema Único de Saúde (SUS). Mesmo aqueles que podem contratar planos ou seguradoras neste momento percebem na própria pele a necessidade do sistema. Não há momento mais relevante que este para se valorizar a saúde pública.

O IBGE estima que 71,5% da população brasileira depende exclusivamente do SUS para ter acesso a serviços de saúde. Em algumas regiões o índice passa de 80%. Os dados por si determinam a necessidade dessa política social, produto da Constituição de 1988.  No entanto, mais que nunca, está claro que o restante da população se beneficia, seja diretamente pelos serviços de alta complexidade e de altos custos não cobertos por planos de saúde ou mesmo pelas campanhas nacionais de imunização ou medidas preventivas e sanitárias dos órgãos de vigilância epidemiológica e sanitária.

Está cada vez mais claro que sem o SUS o nosso já trágico e desnecessário recorde de 530 mil mortes por covid-19 seria ainda mais gigantesco. Foram os agentes comunitários de saúde e as equipes do Programa de Saúde da Família, presentes em todos os municípios brasileiros, que garantiram as primeiras informações e as orientações sanitárias, o acesso às medidas de prevenção e, muitas vezes, o primeiro atendimento aos pacientes. As estruturas hospitalares públicas já existentes ou as mobilizadas temporariamente, em especial no momento de mais alta incidência da doença, também foram utilizadas por todos.

Mas, especialmente, tem sido esse sistema público de saúde que vem garantindo, a despeito de todos os graves equívocos, da desídia e da omissão do atual governo federal, a aquisição, a produção, a distribuição e a administração das vacinas nos equipamentos públicos de saúde de todo o país.

Enquanto política pública nacional o SUS fica definitivamente mais forte, mais respeitado e sob a certeza de que é cada vez mais necessário. Entretanto, fica a questão: e depois, quando finalmente todos estiverem imunizados e a pandemia estiver em outro patamar de controle, o que será do nosso SUS?

Temos, agora, a oportunidade de avançar no debate sobre o financiamento adequado do SUS para fazer dele um sistema ainda mais inclusivo e resolutivo. Por muito tempo pairou no país um discurso simplório, pouco informado e excludente de que o problema do SUS não é de novos recursos financeiros, mas sim de ineficiência gerencial e de corrupção.

Realmente, há espaço para melhoraria da performance administrativa do sistema, para aprimorar os atuais mecanismos de auditoria, controle e combate ao desvio de recursos públicos. Entretanto, a comparação de indicadores de financiamento da saúde utilizados como referência internacional __sejam o de gasto público com saúde como percentual do PIB ou o de gasto público per capita com saúde, demonstram que é ainda muito baixo o compromisso nacional com o financiamento de algo tão valioso quanto a saúde da população brasileira.

Segundo cálculo do Conselho Federal de Medicina (CFM), são gastos por dia, em média, R$ 3,83 para cobrir as despesas médicas de cada brasileiro. Investimento este quase oito vezes menor que o de países desenvolvidos. No Brasil, a despeito da existência de um grande sistema público nacional que tem 71,5% da população como clientela exclusiva, apenas 42% dos gastos com saúde de toda população são de recursos públicos. No Reino Unido, o percentual de participação pública nos gastos com saúde chega a 80% e na vizinha Argentina a 72%.

A balela liberal de “voucher” para a saúde do povo ou os cortes de tributos cujas receitas são fundamentais para financiarem a saúde, como aconteceu em 2007, são inviáveis. Definitivamente, é necessário lutar por um financiamento mais justo e digno que impacte o acesso e a qualidade da atenção à saúde da população, muito especial da população mais pobre, vulnerável e de maior risco epidemiológico.

O que é necessário agora

A escassez de insumos médicos e hospitalares de produção nacional, fruto da genérica desindustrialização nacional, tem ampliado nossos problemas. É fundamental um novo compromisso nacional com a reindustrialização nacional do setor de saúde, isso aliado a uma consequente redução da nossa dependência internacional e com ganho de soberania em área tão crítica e vital. Em paralelo, torna-se igualmente importante o país financiar adequadamente as instituições de pesquisa em saúde. Devemos muita gratidão à Fiocruz e ao Instituto Butantan que têm sido essenciais ao País, mas necessitamos de muito mais!

É necessário que a ciência, a produção de patentes e de novas tecnologias, os testes e o desenvolvimento de medicamentos e de inovações médicas caminhem segundo as necessidades do SUS. Temos que nos preparar para as novas prioridades assistenciais no período pós-pandemia. Por um lado, pelo déficit de conhecimento das consequências e sequelas da doença, e, por outro, no próprio atendimento à demanda represada por exames, consultas médicas e cirurgias eletivas.

É urgente e fundamental que exista a liderança e o apoio do Ministério da Saúde junto a estados e municípios para assegurar o desenvolvimento de um grande plano nacional para direcionar respostas a essas necessidades. O Brasil, mais que nunca, necessita ampliar e fazer avançar o SUS. E agora toda a população brasileira sabe disso.

*Médico sanitarista com PhD em Saúde Pública pela Universidade do Arizona. Ex-prefeito de Fortaleza e presidente municipal do PDT.

Política : ORÁCULO DE DELFOS
Enviado por alexandre em 12/07/2021 08:34:23

A era dos insultos é só o começo

Num belíssimo e oportuno artigo postado neste blog, sábado passado, o jornalista Marcelo Tognozzi lembrou o papel que o ex-presidente Sarney vem exercendo, em reserva, aos 91 anos, em Brasília, cidade que adotou para viver após seu último mandato de senador. “Virou uma espécie de Oráculo de Delfos”, definiu, ao explicar que a casa de Sarney passou a ser frequentada por quem precisa de respostas, aplacar medos e angústias.

Sarney é uma das últimas pérolas do reinado da conciliação de um Brasil que assistiu Tancredo Neves, um dos seus ícones, a estender a mão para consolidação, sem traumas, do processo de redemocratização do País. Como vice de Tancredo, a quem sucedeu antes mesmo da velha raposa mineira chegar ao poder, arrastado para sepultura às vésperas da sua posse, Sarney comeu o pão que o diabo amassou, engoliu sapos, mas fez a transição.

Tudo isso com a ajuda de um grande brasileiro, que marcou a sua vida pelo diálogo, verdadeiro apagador de incêndios: Marco Antônio de Oliveira Maciel, o Marco de Pernambuco. Fernando Henrique Cardoso, que há pouco completou 90 anos, vivia agradecendo a Deus por ter caído do céu um vice de atributos invejáveis. Ulysses Guimarães, que morreu no mar sem seu corpo nunca ter sido achado, dizia que Maciel era imprescindível ao Brasil.

A era Bolsonaro instalou o Brasil dos insultos, dos ataques entre poderes, da agressividade verbal, quase física. Ninguém se dá mais ao respeito, ninguém constrói pontes alicerçadas em palavras sábias, que busquem, em primeiro lugar, o bem do País. As instituições estão vilipendiadas, ultrajadas. Dizem que o hábito faz o monge.

Na verdade, quando olhamos para um monge, não imaginamos o processo que o levou até ali. O segredo é o hábito. Essa frase sugere que, a partir do uso frequente de bons hábitos, é possível alcançar o estado desejado. No Brasil de hoje, se persegue os maus hábitos. Um poder xinga outro. Ouvi muito de Marco Maciel algo que, nos dias atuais em Brasília, está fora de mora: a liturgia do poder.

Sem liturgia, cada governante cria e exercita suas manias. Idi Amin, ditador de Uganda, dizia que conversava com Deus “sempre que necessário”. Outros se colocavam em pé de igualdade com Deus. Em Gana, o ditador Nkrumah era comparado a Confúcio, Maomé, São Francisco de Assis e Napoleão. Franco proclamava-se “Caudilho da Espanha pela graça de Deus”. Bolsonaro não poderia ser diferente. Há quem diga que seu estilo de ir para a ofensiva, usando um linguajar fora do padrão da liturgia, é obra do seu próprio universo. Ouvi em Brasília, por esses dias, que o presidente fala para o seu público, para a sua seita.

Cada governante, a seu modo, se esforça para lustrar a imagem, trocando a semântica pela estética. Quando exageram, a imagem se esfarela. O povo percebe. Por isso, alguns sobem, outros descem. No caso de Bolsonaro, se esfarela, conforme apontam as pesquisas. Talvez lhe falte um conselheiro da estirpe de Marco Maciel.

Fica o recado – Um presidente, um magistrado ou um parlamentar, qualquer autoridade deve vestir o manto litúrgico sob os valores do respeito, da ordem, da credibilidade, da disciplina, da norma. Quando um deles maltrata essa liturgia, rebaixa o seu conceito. Deve-se respeitar as pessoas como elas são. Mas todos devem preservar a ordem para o cumprimento de suas tarefas.

A face oculta – Gilberto Kassab, presidente nacional do PSD, afirma que Jair Bolsonaro mostra uma face que ficou escondida nas eleições de 2018 ao ter “arroubos autoritários”. Ainda assim, diz considerar que o presidente da República vá chegar a dezembro de 2022 sem que um processo de impeachment seja aberto contra ele. “O presidente Bolsonaro faz uma leitura totalmente equivocada da relação dele com a sociedade”, disse, ontem, ao Estadão. “Ele assusta, está amedrontando o eleitor, mostra uma face que ele não mostrou na campanha eleitoral em 2018. Na democracia, as pessoas querem ver o presidente dando exemplo. Isso afasta ele do eleitor”, acrescentou.

Bateu, levou! – O presidente do Tribunal Superior Eleitoral, Luis Roberto Barroso, disse, em nota, que é crime de responsabilidade tentar impedir a realização das eleições. Foi uma resposta ao presidente Jair Bolsonaro, que sugeriu que o Brasil pode não ter eleição em 2022 se até lá não houver voto impresso auditável. “A realização de eleições, na data prevista na Constituição, é pressuposta do regime democrático. Qualquer atuação no sentido de impedir a sua ocorrência viola princípios constitucionais e configura crime de responsabilidade”, afirmou o ministro.

Gastos com energia - A atual crise hídrica fez o Ministério de Minas e Energia aumentar a previsão de uso e gastos com usinas termelétricas para geração de energia. A estimativa de custo com essa fonte energética passou de R$ 9 bilhões para R$ 13,1 bilhões. A previsão anterior de R$ 9 bilhões foi informada em junho. Na comparação com a nova estimativa, o aumento foi de 45%. O cálculo é baseado em simulações do ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico), que considera o uso adicional das usinas entre os meses de janeiro e novembro deste ano.

Novo ataque – A motociata com Jair Bolsonaro em Porto Alegre, sábado passado, terminou com um discurso a apoiadores, a maioria deles vestidos de verde e amarelo e com bandeiras do Brasil, onde o presidente atacou de novo o ministro Luís Roberto Barroso, a CPI da Covid-19 e o governador Eduardo Leite (PSDB), além de mais uma vez defender o voto impresso para 2022. "Se aquele de nove dedos tem 60%, segundo o Datafolha, vamos fazer o voto impresso e auditável da deputada Beatriz, que está aqui, para ver se ele ganha realmente na opinião do povo", afirmou se referindo a pesquisa recente do instituto que mostra o ex-presidente Lula na liderança da corrida eleitoral.

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