Mais uma do Cunha: embolso indevido de 900 mil Postado por Magno Martins
Da Folha de S.Paulo - Rubens Valente A área técnica da Comissão de Valores Mobiliários, órgão responsável pela fiscalização do mercado financeiro, apontou em relatório sigiloso de março passado que o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), obteve um "lucro indevido" de R$ 900 mil por operações realizadas entre 2003 e 2006 com fundos de investimento movimentados pela Prece, o fundo de pensão dos funcionários da Cedae, a companhia de água e esgoto do Rio de Janeiro. É a primeira vez que surge uma ligação direta entre Cunha e prejuízos de um fundo de pensão ligado a um órgão de sua área de influência política no Rio –um dos ex-presidentes da Cedae foi afilhado político do deputado. A CVM diz que Cunha é responsável por "ter anuído e se beneficiado de negócios realizados em seu nome" intermediados pela corretora Laeta DTVM, "caracterizada a realização de práticas não equitativas, estando configurada a conduta vedada" em instrução da CVM. A Prece operava em sete fundos de investimento por meio de corretoras, entre as quais a Laeta. Documentos obtidos pela Folha por meio da Lei de Acesso à Informação indicam que a CVM investigou o caso em duas etapas. No primeiro inquérito, aberto em 2005 para apurar operações da Prece realizadas entre 2002 e 2003, foram identificados prejuízos de R$ 17 milhões, com acusação a 93 pessoas e empresas. A segunda etapa, aberta em 2012, apontou prejuízos de mais R$ 39 milhões, com suspeitas sobre 37 pessoas e empresas, incluindo Cunha. A fraude, conforme a CVM, consistiu "na montagem de um esquema" que gerou "ajustes do dia negativos (perdas) para os fundos da Prece e ajustes do dia positivos (ganhos) para determinados clientes" das corretoras. A fraude foi possível, segundo a CVM, porque a indicação da identidade dos beneficiários finais das transações na antiga BM&F (Bolsa de Mercadorias e Futuros) de São Paulo ocorria apenas ao final do pregão, "podendo, assim, ser realizada a distribuição dos negócios de acordo com o que se mostrasse mais conveniente". Segundo a CVM, os lucros foram distribuídos entre pessoas jurídicas e físicas, entre as quais Cunha. Já os prejuízos ficaram com a Prece. O prazo para defesa dos acusados foi aberto em abril. Após o recebimento das defesas, o processo será julgado, em data não definida, pelo colegiado da CVM, formado pelo presidente do órgão e três diretores. Os investigados podem apresentar termos de compromisso, pelos quais reconhecem a culpa, pagam multas e encerram o caso na área administrativa. Dos 37 investigados no inquérito de Cunha, três já manifestaram intenção de firmar o compromisso —até o fechamento desta edição, o deputado não optou por esse caminho. Afinal, PMDB é governo ou oposição? Postado por Magno Martins
Ricardo Kotscho O impasse político vivido atualmente entre o PMDB e o governo da presidente Dilma Rousseff está levando o País para uma "anomalia social". É o que avalia o jornalista Ricardo Kotscho em sua coluna neste domingo, 27. "O PMDB, afinal, está no governo ou na oposição? De qual PMDB estamos falando? Com mais alas do que escolas de samba, o partido está com um pé em cada canoa, como de costume, e é o principal responsável pelo impasse político que o país está vivendo. Para contemplar a todas estas alas e seus respectivos caciques, a presidente Dilma corre o risco de aumentar em vez de diminuir o número de ministérios", afirma. Para o colunista, com Dilma Rousseff em viagem aos Estados Unidos, sem conseguir antes anunciar o novo ministério, o PMDB "deitou e rolou". "Primeiro, colocou no ar o seu programa de propaganda eleitoral no rádio e na TV, em que não citou nenhuma vez o nome da presidente e bateu pesado no PT, sem muita sutileza, anunciando o fim de um ciclo e o início de outro. "É hora de deixar os estrelismos de lado" e "o Brasil não pode ficar no vermelho" foram algumas das finas ironias dos peemedebistas a caminho do desenlace", afirma. "É tanta hipocrisia e cara de pau nestes tempos plúmbeos, sem rumo e sem perspectivas de mudanças, que passei a semana procurando a expressão certa para definir o momento que estamos vivendo. É anomalia social", define. Leia na íntegra o post de Ricardo Kotscho em seu blog no R7.
Gates nega a Dilma processo contra a Petrobras Postado por Magno Martins Da Folha de S.Paulo – Marina Dias, Marcelo Ninio e Thais Bilenky Em reunião com Dilma, fundador da Microsoft pediu desculpas pelo 'constrangimento' O fundador da Microsoft, Bill Gates, pediu desculpas à presidente Dilma Rousseff pelo "constrangimento" causado ao governo brasileiro com os boatos de que a Fundação Bill & Melinda Gates processara a Petrobras. A informação – desmentida por Gates – foi distribuída no Brasil por agências de notícias e publicada por vários veículos, entre eles a Folha. O processo foi também noticiado por veículos internacionais, como as redes de televisão CNN, dos Estados Unidos, e BBC, do Reino Unido. A fundação divulgou nota em sua página oficial para dizer que a ação judicial não foi movida pela empresa: "Ao contrário do que alguns veículos de comunicação reportaram, a Gates Foundation não está processando a Petrobras. A ação judicial se refere a investimentos feitos por um gerente externo que investe em favor de terceiros, que inclui ativos que mantêm as atividades da fundação. O gerente externo e os ativos são completamente separados da Gates Foundation". Gates e sua mulher, Melinda, reuniram-se durante cerca de uma hora com a presidente Dilma e falaram de parcerias na África, em projetos para a agricultura familiar. Após o encontro, Bill Gates deixou o hotel Plaza Athenee segurando o mascote mascote paralímpico Tom, que ganhou de presente. Atrás dele, sua mulher, Melinda, levava o mascote olímpico Vinicius.
"Cunha, Cunha, Cunha, estamos com você!" Postado por Magno Martins
Ao entrar na plateia do Tuca para o ato de filiação da senadora Marta Suplicy ao PMDB, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) foi ovacionado pela militância com gritos de "Cunha, Cunha!" e "Cunha, estamos com você!", conta Vera Magalhães, na sua coluna desta segunda-feira, na Folha de S.Paulo. Logo atrás do presidente da Câmara -- diz a colunista --, estava a senadora Vanessa Grazziotin (PC do B-AM), que, ao perceber o largo sorriso de Cunha com a aclamação, soltou: "Não se anima, não!". Na disputa pela indicação do PMDB para ser o candidato do partido à Prefeitura de São Paulo, Gabriel Chalita não foi convidado para o almoço que Marta ofereceu aos peemedebistas depois do evento no Tuca. |