Regionais : Datafolha: 61% quer que Dilma saia; 58%, Temer
Enviado por alexandre em 09/04/2016 23:21:11


Datafolha: 61% quer que Dilma saia; 58%, Temer



Folha de S.Paulo - Fernando Canzian

Nova pesquisa Datafolha realizada na semana passada mostra que a maioria da população é favorável tanto ao impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT) quanto de seu vice, Michel Temer (PMDB). Os brasileiros em sua maioria também apoiam a renúncia dos dois.

A taxa dos que defendem a renúncia de Dilma e de Temer é a mesma: 60%. Já o apoio ao impeachment de Dilma caiu de 68% no levantamento realizado nos dias 17 e 18 de março, para 61% nesta última pesquisa, feita nos dias 7 e 8 de abril.

A taxa dos que hoje defendem o impeachment de Temer é semelhante, de 58%. São contrários à saída do vice-presidente 28%, os indiferentes somam 5% e os que não opinaram, 9%.

Foi a primeira vez em que o Datafolha perguntou à população a respeito do apoio à renúncia e ao impeachment do vice-presidente da República.

Para o levantamento, foram realizadas 2.779 entrevistas em 170 municípios. A margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos.

A pesquisa também detectou uma redução, de 65% para 60%, no apoio à renúncia da presidente Dilma. As taxas dos que apoiam seu afastamento via o processo de impeachment ou pela renúncia voltaram para os patamares de fevereiro.

No caso de vacância dos cargos de presidente e vice-presidente, 79% dos brasileiros são favoráveis à realização de uma nova eleição para a Presidência da República. Uma parcela de 16% é contrária, e 4% são indiferentes ou não opinaram a respeito.

O levantamento indica que, em março, quando o apoio à saída da presidente chegou ao patamar mais elevado, a população estava sob o impacto da maior manifestação contra o governo registrada até agora, quando cerca de 500 mil pessoas, segundo o Datafolha, protestaram contra Dilma e o PT na av. Paulista, em São Paulo.

Além da capital paulista, várias outras cidades tiveram manifestações no dia 13 de março. O campo da pesquisa no mês passado foi feito logo depois, nos dias 17 e 18.

GRAMPO E DEPOIMENTO

Na véspera do início da pesquisa de março, também haviam sido divulgadas gravações entre Dilma e o ex-presidente Lula combinando a ida do petista para o governo como ministro da Casa Civil.

Dias antes, Lula havia sido levado para depor de forma coercitiva na Polícia Federal por suspeitas de ter sido beneficiado por empreiteiras envolvidas na Lava Jato na reforma de um sítio em Atibaia e de um apartamento tríplex em Guarujá (SP).

Já neste mês de abril, em especial nos últimos dias, o Palácio do Planalto e o ex-presidente Lula lançaram uma ofensiva para tentar convencer a população de que o impeachment seria um "golpe contra a democracia", tese também apoiada por vários segmentos políticos e algumas personalidades.

A reprovação ao governo Dilma recuou entre março e abril, e atualmente é avaliado como ruim ou péssimo por 63% dos brasileiros, ante 69% no último levantamento. Com o recuo, o percentual dos que desaprovam sua gestão volta ao patamar de fevereiro (64%).

Na consulta espontânea sobre qual o melhor presidente que o Brasil já teve, Lula foi citado por 40%, índice superior ao registrado em março (35%) e mais próximo também aos 37% apurados na pesquisa feita em fevereiro.

O índice atual, porém, segue distante do alcançado pelo petista em novembro de 2010, penúltimo mês de seu segundo mandato, quando era apontado por 71% como o melhor presidente da história brasileira.

O segundo colocado na pesquisa espontânea é o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, com 14%.

Saída de Dilma não resolve, diz ex-banqueiro



Para o ex-editor da revista Foreign Policy e ex-diretor do Banco Mundial Moisés Naim, a crise política brasileira é uma manifestação "extrema" das tendências globais que ele define em seu último livro, o Fim do Poder (Ed. Leya).

Do Portal Uol
BBC Brasil - Ruth Costas


“(No Brasil de hoje) você tem muitos indivíduos, instituições e grupos com força para bloquear uma agenda (que vinha sendo implementada), mas a questão é que ninguém tem poder para impulsionar uma nova agenda. E o resultado é essa paralisação do país”, disse Naim em entrevista à BBC Brasil.

"Mas não é só no Brasil. A questão da fragmentação do poder, que eu descrevo em meu livro, é uma tendência global da qual o Brasil é apenas um exemplo extremo."
Questionado sobre como um eventual impeachment da presidente Dilma Rousseff poderia ser percebido no exterior, Naim responde que “no geral, já está se esperando o afastamento - e se ele não ocorrer será uma surpresa”.

“Acho que muita gente tem a sensação de que Dilma não é a líder que o Brasil precisa neste momento, mas o problema é o que fica, porque não há alternativa. Todos os que poderiam substituí-la depois desse processo estão tão contaminados, são tão tóxicos quanto ela", opina.

Para Naim, é "insólito" que cerca de metade dos integrantes da comissão de impeachment sejam réus em processos que vão de corrupção a crimes mais graves.

Ele opina que um eventual governo do vice-presidente Michel Temer "não seria a solução". E faz a ressalva: "O problema do Brasil já é tão grande que não há um só indivíduo que possa resolver a situação. Não adianta buscar uma figura messiânica que chegue e resolva, isso não vai acontecer. É preciso um grande acordo nacional e alguém capaz de construir uma coalizão ampla para governar."


Datafolha: Lula e Marina lideram corrida para 2018



Folha de S.Paulo

O ex-presidente Lula (PT) e a ex-senadora Marina Silva (Rede) lideram a corrida eleitoral para presidente da República em 2018.

Entre as opções do PSDB (o senador Aécio Neves, o governador Geraldo Alckmin e o também senador José Serra), todas têm demonstrado tendência de queda nas intenções de voto.

Segundo nova pesquisa Datafolha, em três dos quatro cenários eleitorais pesquisados, Lula e Marina estão empatados dentro da margem de erro. Em apenas um, o ex-presidente lidera.

Na comparação com a pesquisa anterior, de março, a intenção de voto em Lula cresceu em três cenários, voltando ao patamar observado em fevereiro, enquanto Marina se manteve estável em todas as simulações.

No cenário de uma disputa entre Lula, Marina e Aécio Neves, por exemplo, o petista tem 21%, a ex-senadora, 19%, e o tucano, 17%.

Entre meados de dezembro e agora, Aécio perdeu dez pontos percentuais em suas intenções de voto, enquanto Lula e Marina se mantiveram no mesmo patamar. Já Geraldo Alckmin, em um cenário alternativo, encolheu cinco pontos no mesmo período.

Na simulação com Lula, Marina e Aécio, o Datafolha também tem incluído o nome do deputado federal Jair Bolsonaro (PSC-RJ), que aparece com 8% das intenções de voto. O percentual é o dobro do que o deputado registrava em dezembro do ano passado.

No cenário em que o senador José Serra aparece como o candidato do PSDB, Marina e Lula aparecem empatados com 22%, o dobro do tucano, que caiu 4 pontos percentuais desde fevereiro —quando registrava 15% de intenção de voto.

Em todos os cenários testados para 2018, o vice-presidente Michel Temer, que assumiria em caso de impeachment de Dilma Rousseff, aparece com apenas 1% ou 2%.

Em relação a um eventual governo Temer no caso de Dilma ser afastada, a pesquisa Datafolha mostra que apenas 16% acreditam que ele faria uma gestão ótima ou boa, mesmo índice do levantamento realizado em março.

REJEIÇÃO ELEITORAL

O Datafolha também mediu a rejeição eleitoral dos candidatos. Assim como nos últimos levantamentos, o ex-presidente Lula é o mais rejeitado. Não votariam de jeito nenhum nele 53%.

Na comparação com os levantamentos anteriores, a taxa de rejeição recuou em relação à de março (era 57%); porém, segue acima da fevereiro (49%).

Na sequência vêm Aécio e Temer, com taxas de rejeição em crescimento.

Não votariam no tucano 33% (eram 23% em fevereiro e 32% em março) e no atual vice-presidente, 27% (eram 21%, em fevereiro, e 23%, em março). A rejeição de Marina é de 20% (em março e em fevereiro, era de 15%).

MANIFESTAÇÕES

Dois terços dos brasileiros (66%) são a favor das manifestações pró-impeachment da presidente Dilma, enquanto há uma divisão em relação aos movimentos contra o afastamento: 45% são favoráveis a eles, e 47%, contrários.

O Datafolha também quis saber dos brasileiros se eles já tiveram alguma discussão, com amigos ou parentes, por causa do atual momento político.

Três em cada quatro (74%) disseram que não. As discussões são mais comuns entre os que têm entre 16 a 34 anos (32%) e os mais instruídos (42%). Para 95%, elas não levaram a rompimento de relações.

Regionais : A história como ela é: Collor x Ulysses e impeachment
Enviado por alexandre em 09/04/2016 12:08:05

A história como ela é: Collor x Ulysses e impeachment



Em jantar com aliados, Collor chamou Ulysses de senil e expôs ira contra impeachment

Rodrigo Vizeu – Folha de S.Paulo

Um jantar em que Fernando Collor proferiu palavrões contra adversários se tornou símbolo da ira presidencial contra o impeachment.

Na noite de 16 de setembro de 1992, a duas semanas do afastamento, o encontro regado a leitão assado e uísque reuniu cerca de 60 deputados e quatro senadores de uma base governista que se esvaía na casa do deputado Onaireves Moura (PTB-PR).

Em seu discurso, Collor, segundo relatos, chamou oposicionistas de “cagões” e “bundões”.

Classificou Ulysses Guimarães (PMDB-SP) de “senil, esclerosado e bonifrate de interesses de grupos econômicos de São Paulo”.

Ao presidente da Câmara, Ibsen Pinheiro (PMDB-RS), que aceitara o pedido de impeachment, coube a acusação de “canalha, escroque e golpista imoral”.

Collor já chamara antes a tramitação do pedido de “golpe” por supostamente não lhe garantir direito de defesa.

Ele atacou no jantar ainda seu antecessor José Sarney e a filha dele, Roseana, que articulava pelo afastamento. “Sarney e a família são ladrões da história.”

Sobrou para a imprensa, que relatava os escândalos. “Essa imprensa de merda. Esses cagalhões vão engolir pela boca e pelo outro buraco o que estão falando contra mim.”

Sobre o impeachment, Collor cerrou os punhos e gritou: “Não passará!”.

Aliados minimizaram o destempero:

“Ele falou como um homem, não como presidente” disse o senador Ney Maranhão (PRN-PE).

O porta-voz da Presidência, Etevaldo Dias, negou que o presidente estivesse “desesperado” e que se tratou só de um “desabafo”.

Ulysses reagiu: “Quando acaba a razão começa o grito. É a insânia”.

“Se tudo isso é verdade, é uma demonstração do descontrole do presidente. Ao invés do impeachment, é hora de se pedir a interdição de Collor”, disse José Genoino (PT-SP).

O faro da vitória ou da derrota



Ilimar Franco - O Globo

“O governo Dilma sai abalado a cada ato de corrupção denunciado, mas não se consegue quantificar seu efeito"

A cada dia sua agonia. A situação do governo tem sido uma gangorra nesses dias que antecedem à votação do impeachment no plenário da Câmara dos Deputados. O fator de desequilíbrio nessa luta política tem sido as revelações da Operação Lava-Jato na sociedade e entre os próprios políticos.

É fato que o governo Dilma sai abalado a cada ato de corrupção denunciado pelo escândalo da Petrobras, mas não se consegue quantificar seu efeito. A revolta na sociedade sempre corre o risco de não ter o mesmo peso no Parlamento. Os partidos e os políticos são pragmáticos. A história, desde a redemocratização, mostra que eles não se posicionam por razões morais. Os motivos eleitorais falam mais alto.

Poder, cargos e recursos do orçamento pesam mais para a reeleição de parcela importante dos deputados do que as ruas. O ex-presidente José Sarney alimentou o Centrão para garantir um mandato de cinco anos. O ex-presidente Fernando Color entregou seu governo para o PFL para tentar evitar o impeachment.

O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, após reunião no Alvorada na qual o PFL se queixou da ampliação do poder do PMDB, acabou criando e nomeando o senador Freitas Neto para o Ministério Extraordinário das Reformas Institucionais. O ex-presidente Lula depois de ter esnobado o PMDB, quando o mensalão bateu na sua porta, entregou o ministério da Saúde para os peemedebistas.

A presidente Dilma também anda em zigue-zague. Menosprezou o petrolão e quando ele foi em direção ao Planalto ampliou o poder do PMDB, entregando a Saúde para o aliado. Mas antes disso ela perdeu o aval da direção do aliado. O desastre veio no movimento em que convocou o vice Michel Temer para assumir a coordenação política e depois o chutou da função.

As ruas, o petrolão, os cargos, o orçamento da União etc estão dentro de um liquidificador. Quando essa mistura chegar ao plenário da Câmara, os deputados vão votar ao sabor do cheiro, do faro da vitória ou da derrota. Manter-se no poder é preciso.


Impeachment: após 12 horas comissão encerra 1º debate



Deputado Paulo Pimenta (PT-RS) come pão com mortadela ao lado do deputado Zé Geraldo (PT-PA), durante sessão da comissão do impeachment (Foto: Gustavo Garcia/G1)

Reunião teve bate-boca, discursos acalorados, pão com queijo e mortadela.
Debate será retomado na próxima segunda; votação ocorrerá no mesmo dia.

Nathalia Passarinho e Gustavo Garcia - Do G1, em Brasília

Após 12 horas de discussão, a comissão do impeachment encerrou às 4h43 da madrugada deste sábado (8) o primeiro debate sobre o parecer do deputado Jovair Arantes (PTB-GO), que é favorável à continuidade do processo de afastamento da presidente Dilma Rousseff.

Apesar de a sessão ter sido aberta às 15h39, o debate começou às 16h25. A reunião tevemomentos de bate-boca entre deputados, além de pausa de parlamentares para comer pão com queijo e mortadela.

A discussão será retomada na segunda-feira (11), quando ocorrerá a votação do parecer. Depois da análise pelo colegiado, o relatório seguirá para votação no plenário da Câmara. Inicialmente, a sessão iniciada nesta sexta-feira duraria até 3h, mas líderes partidários entraram em acordo para estendê-la até 4h30. A reunião acabou sendo prolongada em mais 13 minutos, para que todos os deputados presentes pudessem falar.

Ao todo, foram registradas inscrições de 116 deputados na lista de discursos, sendo 72 para falar a favor do processo de impeachment e 46, contra. Dois parlamentares se inscreveram tanto na lista dos favoráveis quanto na dos contrários ao processo de impedimento.

Ao final da sessão, 61 deputados haviam discursado. 40 deles foram a favor do relatório e, portanto, defenderam a abertura do processo de impeachment, enquanto 20 se manifestaram contrariamente ao parecer. Somente um parlamentar disse estar indeciso. (Veja ao final desta reportagem o nome dos deputados que se pronunciaram na sessão iniciada neste sexta e como cada um se posicionou.)

Na segunda-feira, haverá somente discursos de líderes. Em seguida, a Advocacia-Geral da União poderá se pronunciar novamente em defesa de Dilma. De acordo com o presidente da comissão, Rogério Rosso (PSD-DF), o próprio advogado-geral da União, José Eduardo Cardozo, fará a defesa da presidente Dilma na sessão.

A votação do parecer está prevista para ocorrer a partir das 17h de segunda. A data de análise do processo de impeachment pelo plenário da Câmara ainda não foi definida, mas existe a possibilidade de a discussão ser iniciada na sexta (15) e que a votação ocorra no domingo (17). Cada um dos 25 partidos políticos com representação na Câmara terá direito a uma hora de pronunciamentos no plenário.

Debates
Ao longo das 12 horas deputados governistas saíram em defesa da presidente Dilma Rousseff, enquanto parlamentares da oposição não pouparam ataques ao governo da petista. Veja o posicionamento (a favor ou contra o impeachment) e frases dos deputados que falaram na comissão nesta sexta.

O primeiro a discursar foi Evair de Melo (PV-ES), que é a favor do impeachment. Ele criticou o “desespero” da presidente Dilma Rousseff “para terceirizar o governo”, enquanto se “esconde na sombra do ex-presidente” Lula. Para o parlamentar, Dilma está com a reputação moral “totalmente destruída”.

“As violações praticadas pela presidente, em grave desvio de seus deveres fundamentais, e a queda da confiança não nos deixa dúvida de que o melhor para o Brasil é o seu afastamento. Isso será o oxigênio que os brasileiros de bem precisam para seguir em frente”, afirmou Evair.

Na sequência, o deputado governista Arlindo Chinaglia (PT-SP) questionou itens do relatório produzido por Jovair Arantes e afirmou que o parecer “não conseguiu” caracterizar um suposto crime de responsabilidade que tivesse sido cometido pela presidente Dilma no exercício do mandato.

“E a bandeira do impeachment começou sem nenhum fato determinado. Era só uma bandeira no ar. […] A presidente não cometeu crime de responsabilidade”, disse.

O deputado Onyx Lorenzoni (DEM-RS) elogiou o relatório e sugeriu que Jovair Arantes o transformasse em um livro. O parlamentar de oposição disse que o "patrimônio público foi flagrantemente desrespeitado pela presidente, que não teve limites nas suas ações".

"O governo Dilma se valeu de crimes para chegar ao poder, para exercer o poder, e se valeu de crimes de responsabilidade para se manter no poder. [...] Basta ver a questão da Petrobras, que é o maior escândalo de corrupção do planeta. Votar contra o impeachment é concordar com os crimes", afirmou Lorenzoni.

O líder do PMDB, Leonardo Picciani (RJ), iniciou seu pronunciamento por volta de 2h45 e disse que falaria como deputado e não em nome da bancada. Ele afirmou ter “convicção” de que Dilma não cometeu crime de responsabilidade.

“Devemos primeiro começar pelo exame da peça inicial. Tive a oportunidade de examinar a peça. Não encontrei na peça, na argumentação de seus autores, o fundamento que nos levasse a formar a convicção de que a presidente em algum momento tenha cometido crime de responsabilidade. Tenho a convicção de que ela não cometeu. E tendo convicção pergunto. Seria, por qualquer outra razão, aceitável que a estabilidade do presidencialismo pátrio fosse rompida?”, questionou.

Bate-boca
Durante a discussão houve um bate-boca acalorado entre parlamentares, com troca de ofensas entre os deputados Silvio Costa (PTdoB-PE) e Danilo Forte (PSB-CE), que se chamaram de “imbecil” e “palhaço”.

A discussão ocorreu após a fala de Silvio Costa, que é vice-líder do governo. Ao fazer o discurso, o deputado do PT do B disse que a votação do relatório pela comissão do impeachment já estava vencida pelos favoráveis ao processo. Antes disso ele criticou o vice-presidente Michel Temer, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e o relator do processo, deputado Jovair Arantes.

Alguns deputados oposicionistas se manifestaram e o presidente da comissão suspendeu o tempo de Sílvio Costa, pedindo silêncio para que o vice-líder do governo na Câmara pudesse continuar o discurso. Sílvio Costa pediu que fosse devolvido um minuto do seu tempo. O que gerou um princípio de discussão entre os parlamentares.

O deputado Sóstenes Cavalcante (DEM-RJ), que é pastor evangélico, contestou, em voz alta, que fosse concedido mais um minuto para Sílvio Costa. Sem adição de tempo, Sílvio Costa retomou o depoimento dizendo que nunca tinha visto um “pastor tão mal-educado” e disse que apesar da vitória da oposição na comissão do impeachment, em plenário, os oposicionistas não conseguiriam os 342 votos necessários para a continuidade do processo contra Dilma Rousseff.

Quando terminou sua fala, Sílvio Costa foi criticado por deputados oposicionistas e trocou acusações e ofensas com o deputado Danilo Forte, que chamou o vice-líder do governo de "palhaço". Silvio Costa respondeu chamando Danilo Forte de "imbecil" e de “ladrão da Funasa [Fundação Nacional de Saúde, vinculada ao Ministério da Saúde]".

Pão com queijo X mortadela
Após mais de cinco horas de sessão da comissão do impeachment, pães com manteiga e queijo foram levados, a pedido do presidente do colegiado, Rogério Rosso (PSD-DF), para serem distribuídos a deputados, assessores e jornalistas. Do lado de fora da comissão, manifestantes e deputados contrários ao afastamento da presidente Dilma Rousseff comeram pão com mortadela.

Essa presidência mandou comprar pão com manteiga e queijo”, anunciou Rosso. “Mortadela também?”, gritou um deputado presente à sessão. Uma hora depois, a chegada do pão com queijo foi anunciada. “Ao lado da comissão, tem pão com queijo para todos os deputados, os assessores, os jornalistas, os cinegrafistas e fotógrafos que estão aqui, há mais de cinco horas”, disse o presidente da comissão.

Parlamentares presentes à reunião disseram que também havia mortadela do lado de fora. Manifestantes contrários ao impeachment, que assistem à sessão por uma televisão pequena, vibraram quando foi citada a presença da mortadela. Na semana passada, grupos contrários e favoráveis ao impeachment bateram-boca no Salão Verde da Câmara chamando uns aos outros de “coxinha” e “mortadela”.

Deputados que se pronunciaram a favor do relatório:
Evair de Melo (PV-ES)
Rogério Marinho (PSDB-RN)
JHC (PSB-AL)
Lelo Coimbra (PMDB-ES)
Vanderlei Macris (PSDB-SP)
Benito Gama (PTB-BA)
Onix Lorenzoni (DEM-RS)
Elmar Nascimento (DEM-BA)
Goulart (PSD-SP)
Evandro Roman (PSD-PR)
Izalci (PSDB-DF)
Laudívio Carvalho (SD-MG)
Mariana Carvalho (PSDB-GO)
Fábio Sousa (PSDB-GO)
Júlio Lopes (PP-RJ)
Jhonatan de Jesus (PRB-RR)
Rocha (PSDB-AC)
Marco Feliciano (PSC-SP)
Marcos Rogério (DEM-RO)
Marcelo Aro (PHS-MG)
Sóstenes Cavalcante (PSD-RJ)
Bruno Covas (PSDB-SP)
Luiz Carlos Heinze (PP-RS)
Jerônimo Goergen (PP-RS)
Caio Nárcio (PSDB-MG)
Mendonça Filho (DEM-PE)
Rodrigo Maia (DEM-RJ)
Osmar Terra (PMDB-RS)
José Carlos Aleluia (DEM-BA)
Danilo Forte (PSB-CE)
Mauro Mariani (PMDB-SC)
Shéridan (PSDB-RR)
Nilson Leitão (PSDB-MT)
Paulo Abi-Ackel (PSDB-MG)
Jutahy Junior (PSDB-BA)
Carlos Marun (PMDB-MS)
Marcelo Aguiar (DEM-SP)
Mauro Pereira (PMDB-RS)
Victório Galli (PSC-MT)
Gaguim (PTN-TO)

Deputados que se pronunciaram contra o relatório:
Arlindo Chinaglia (PT-SP)
Jandira Feghali (PCdoB-RJ)
Pepe Vargas (PT-RS)
Wadih Damous (PT-RJ)
Ivan Valente (PSOL-SP)
Henrique Fontana (PT-RS)
Chico Alencar (PSOL-RJ)
Weverton Rocha (PDT-MA)
Carlos Zarattini (PT-SP)
Paulo Pimenta (PT-RS)
Sílvio Costa (PT do B-PE)
Benedita da Silva (PT-RJ)
Orlando Silva (PC do B-SP)
Alessandro Molon (Rede-RJ)
Paulo Teixeira (PT-SP)
José Mentor (PT-SP)
Assis Carvalho (PT-PI)
Zé Geraldo (PT-PA)
Vicente Cândido (PT-SP)
Leonardo Picciani (PMDB-RJ)

Deputado que se declarou indeciso:
Bebeto (PSB-BA)

Justiça : NO TOPO
Enviado por alexandre em 09/04/2016 12:04:08


Pesquisa mostra que a PF é a instituição melhor avaliada do país
Diante dos escândalos políticos e o papel da Polícia Federal que deflagrou a 27º fase da Operação Lava Jato, a jornalista Mônica Bergamo e o cientista político Antonio Lavareda entrevistam, neste sábado (9), à meia-noite, o policial federal Luiz Boudens, presidente da Federação Nacional dos Policiais Federais (Fenapef).

Lavareda apresentou pesquisa mostrando que a PF é a instituição melhor avaliada do país. Realizada pela AMB, de 2015, em uma amostra de 3.663 entrevistas, a Polícia Federal tirou 7,5 de uma nota que vai de 0 a 10. O Ministério Público aparece em segundo lugar (7,2); logo em seguida, o Ministério Público Estadual (6,7); Forças Armadas (6,5) e o Ministério Público do Trabalho (6,4) em último lugar.

Outra pesquisa do CNT-MDA, em julho de 2015, com 2.002 amostras, levantou que 40,4% acreditam que o maior responsável pela corrupção investigada pela Lava Jato é o governo; 34,4% responderam partidos políticos; 14,2%, diretores ou funcionários da empresa; 3,5%, construtoras; 2,8% disseram outro. As reprises do Ponto a Ponto acontecem no domingo (10), às 17h30; na terça (12) e na quinta (14), às 3h.

MAGNO MARTINS

Regionais : Alegria do 'Tonelada do Crime' ao ser preso pela PM
Enviado por alexandre em 09/04/2016 11:10:49


Policiais da Companhia de Trânsito da Polícia Militar, com base fixa na ponte Rio Negro, prenderam no começo da tarde desta sexta-feira um "peso-pesado" do crime.
O que acabou transformando a prisão em flagrante numa ocorrência um tanto quanto engraçada foi a resposta que o preso deu aos policiais militares, que queriam saber o nome dele.

"O meu nome? Eu sou o famoso Tonelada do Crime”. E caiu na gargalhada.

PORTAL HOLANDA

Regionais : Bandidos que planejavam executar policial morrem em confronto com a polícia
Enviado por alexandre em 09/04/2016 11:08:10


Três homens morreram em confronto com equipes do Complexo de Operações Policiais Especiais (Cope).

A ação aconteceu na noite de ontem (8) na cidade de Japoatã, em Sergipe, quando os policiais investigavam uma denúncia anônima sobre um plano para executar um policial.

Os criminosos estavam em um veículo Polo de cor prata e dois deles foram identificados apenas como o ex-presidiário Marcos Silva Santos, o "Quequinho", e "Cadáver".

De acordo com informações da Polícia Civil, na noite desta sexta-feira, o Cope recebeu a informação de que criminosos estariam planejando matar um policial na região de Japoatã.

A denúncia indicava que os desconhecidos planejavam simular um assalto para executar a vítima. Diante da situação, equipes do Complexo rumaram para região do Baixo São Francisco, onde passaram a realizar levantamentos.

No final da noite, os policiais se depararam com três homens que estavam na estrada de acesso a Japoatã, em um Polo de cor prata.

Ao tentar realizar a abordagem, as equipes do Cope foram recebidas à bala. Houve troca de tiros e no confronto e os homens acabaram baleados.

Eles foram encaminhados a um hospital da região, mas não resistiram aos ferimentos e morreram enquanto recebiam atendimento médico.

Com o trio foram encontrados três revólveres calibre 38.

Os corpos foram encaminhados ao Instituto Médico Legal (IML) Dr. Augusto Leite, em Aracaju.

Fonte: AJN / Juruna Notícias Policiais

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