Brasil : NARCOTRÁFICO
Enviado por alexandre em 19/06/2016 20:00:33




Guerra ao narcotráfico no Paraguai afeta o Brasil

Leandro Mazzini - Coluna Esplanada

O Exército, a Agência Brasileira de Inteligência e órgãos de segurança monitoram 24 horas a situação na fronteira do Brasil com o Paraguai na cidade de Ponta Porã (MS) com Pedro Juan Cabalero, após a morte do traficante Jorge Rafaat. A Polícia Federal já sabe que mais de 100 homens de uma facção criminosa de São Paulo aliada a uma do Rio de Janeiro articularam o cerco numa rua de Pedro Juan. A guerra é pelo bilionário controle da vergonhosa entrada de armas e drogas no Brasil. O Exército posicionou blindados Urutu na fronteira.

Após a troca de tiros que resultou na morte de Rafaat, atingido várias vezes por balas de calibe .50, criminosos do cerco entraram em hospital armados e obrigaram médicos a socorrer um colega ferido.

Com a notícia do assassinato do pai, um herdeiro de Rafaat uniu um grupo de capangas e invadiu a casa do preposto da facção rival em Pedro Juan. A residência estava vazia e a metralharam toda.

Há dias, Rafaat escapou de um atentado – seus seguranças mataram os rivais, que estavam num carro-forte. O traficante passou a circular com 30 seguranças. Em entrevista a um canal de TV paraguaio, acusou o senador Robert Acevedo de controlar o crime organizado na região e o chamou de “mulherzita''.

Uma coincidência, no dia seguinte à morte de Rafaat, o senador Acevedo tornou-se presidente do Congresso Nacional paraguaio, lamentou a morte e negou qualquer envolvimento com o crime organizado.

Regionais : Ex-ministro Edinho Silva diz que eleição de 2016 deve ser a pior vivida pelo PT
Enviado por alexandre em 19/06/2016 19:56:50


Ex-ministro da Comunicação Social do governo Dilma Rousseff, Edinho Silva prevê que as eleições de 2016 "serão as piores da história do PT", devido à falência dos modelos de funcionamento e financiamento partidário no Brasil.



Em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo, Edinho defendeu um "pacto político" para que o Brasil saia da crise e volte a crescer. Ele prega a continuidade da Lava Jato, mas diz que deve se estabelecer um prazo por meio do diálogo entre poderes para que o país retome o equilíbrio.



O petista, que será candidato à Prefeitura de Araraquara (SP), é investigado na operação. Ele disse que se sente "injustiçado" por ser acusado de pressionar empreiteiros por doações para a campanha de Dilma em 2014.



Afirma ainda que se arrependeu de ter atuado como coordenador financeiro.

O PT sofreu muito com a crise política e a Lava Jato. Qual sua previsão para as campanhas deste ano?


Edinho Silva - Vivemos uma crise geral do modelo político-partidário e de financiamento partidário, por isso tenho certeza que todas as grandes siglas serão afetadas. A que mais sofrerá é o PT, por ser governo e estar no quarto mandato. Então nas eleições municipais desse ano é o partido que mais vai perder, sem dúvida. Será a pior eleição da nossa história.

Como o PT pode reconstruir sua imagem?


Havia uma expectativa de que o PT poderia ser o diferente, o novo. E um partido, para ser competitivo, crescer, cada vez mais se move pela lógica eleitoral. Esse foi o nosso grande erro, não romper com o modelo de financiamento político-partidário do país. Em algum momento o PT terá que fazer uma autocrítica perante à sociedade.

Não deveria já ter feito?


Talvez, para que possamos efetivamente reconhecer nossos erros, seja necessário que esse processo todo [a Operação Lava Jato] avance para termos dimensão até onde ele chega. Mas o partido terá que fazer esse diálogo.

Por que o PT não conseguiu viabilizar-se como o diferente?


O PT combateu a corrupção, criamos instrumentos de controle e fiscalização da estrutura administrativa. O equívoco foi não fazer diferente em relação ao modelo público de financiamento. Esse é o modelo da relação do Estado com o mundo empresarial. Nos Estados Unidos, a ingerência das empresas na política talvez seja maior, mas a legislação deles é diferente. Nós fizemos da relação empresarial com os governos em diversas instâncias um modelo, e ele perdurou até os dias de hoje.



Um modelo promíscuo, não?


Promíscuo porque a legislação brasileira é hipócrita. Nunca entendi porque o lobby não foi regulamentado no Brasil, ele existe. Em qual modelo econômico semelhante ao nosso o lobby não é institucionalizado?



Tem arrependimento de ter sido tesoureiro da campanha de Dilma de 2014?


Seria hipócrita se falasse que não. Estou pagando um desgaste que não mereço, porque não cometi irregularidades. Assumi essa tarefa por ter certeza que poderia fazer diferente, como fiz. Sabia que era um momento difícil.



Tem medo de ser preso?


Não tenho receio de ser preso, não cometi nenhum crime e nem vou cometer. Esse risco para mim não existe.



Mas o senhor foi citado em delações de empreiteiros.


Recebi o convite para ser coordenador financeiro para blindar a campanha da presidente Dilma e não para reproduzir o que já existia e era investigado. Por isso me sinto injustiçado. Criamos um sistema de auditoria interna, fazendo varreduras no CNPJ das empresas que nos doaram. Vou provar. E foi a própria Dilma quem me orientou.



Delatores dizem que o senhor os pressionou a doar.


Criou-se a tese de que eu arrecadei pressionando empresário. Quem me conhece sabe que não sou capaz de pressionar ninguém, não é meu perfil. Agora, tudo que vem da campanha de Dilma é oriundo de pressão ou ilegal, e dos outros candidatos não?



Acredita que o caixa dois aumentará com a proibição da doação empresarial?


Os candidatos terão muito receio de usarem laranjas ou fazer caixa dois. É a primeira eleição após essa crise ficar explícita. Mas não acredito que a legislação atual perdure. É um avanço, mas não tem como financiar campanha nacional com doação de pessoa física. Defendo uma saída via financiamento público de campanha.

Os áudios anulados pelo STF de conversas de Lula e Dilma ajudaram no processo de impeachment?


Eles impediram a posse do ex-presidente Lula como ministro. Se ele tivesse ido para a Casa Civil naquele momento, poderia ter criado outra expectativa em relação ao governo Dilma, tanto do ponto de vista da base parlamentar, como empresarial e da sociedade de forma geral. Seria uma união de forças entre a presidente Dilma e o ex-presidente Lula.



O que pode acontecer no país com uma eventual prisão do ex-presidente Lula?


Não é bom para o país a ideia de que a pessoa que é investigada será presa. As pessoas têm o direito de se defender. A prisão temporária ou preventiva só se justificam se o indivíduo traz risco à sociedade ou pode obstruir a Justiça. O Lula é ainda a maior liderança popular da história do Brasil. Quando for chamado para prestar esclarecimento, explicará o que o envolve. Não tenho dúvida de que vai provar sua inocência.



Os governos estão pautados pela Lava Jato?


A crise econômica se explica pela instabilidade política. É fundamental que tudo seja investigado, mas é importante que esse processo seja concluído o mais rápido possível para que o país volte a funcionar. É importante também que o processo de impeachment seja resolvido. A presidente Dilma está fazendo a sua defesa. Estamos falando de uma mulher que não tem denúncias que atinjam sua honra.



Acredita mesmo que a volta de Dilma pode resolver a crise?


Ela mesma tem manifestado abertura para a construção de uma saída para crise. Muita gente defende o plebiscito para que se consulte a sociedade sobre a antecipação das eleições. Essa é uma possibilidade com que muita gente trabalha, inclusive do entorno da presidente Dilma.



Para o senhor, o plebiscito é uma saída?


Pode ser, desde que seja construído de forma democrática, e isso tem que ser com a presidente no cargo. O plebiscito não pode ser uma medida unilateral. Se houver um pacto político canalizado para a convocação de um plebiscito para que a sociedade escolha o caminho de saída da crise é legítimo.



Acredita no diálogo com siglas como PMDB e PSDB?


Se queremos ter maturidade para superar esse momento, temos que sentar juntos. As investigações têm que continuar, mas é importante estabelecer um prazo para restabelecer a estabilidade política. A saída dessa crise também passa pelo diálogo entre os poderes, o Legislativo, Executivo, o Ministério Público.



Seria desacelerar a Lava Jato?


Não, ela deve continuar. Mas há grandes empresas envolvidas. Se queremos retomar o crescimento, não podemos abrir mão da estrutura de engenharia que o Brasil construiu. A leniência é uma saída para que as empresas paguem o preço que tiverem que pagar. Elas têm que voltar a gerar emprego.



Fonte: Folha de S.Paulo

Gladiadores



Elio Gaspari

No poder, o PT assustava a plateia. Dilma Rousseff impacientava-se com aplausos. Guido Mantega, Edinho Silva e Ricardo Berzoini pareciam estar com sono, e Aloizio Mercadante, à beira de um ataque de nervos.

Fora do poder, os adoradores de holofotes recolheram-se e veio uma boa surpresa. Durante os debates da comissão que trata do impeachment, brilham a senadora Vanessa Grazziotin (PC do B) e o ex-ministro José Eduardo Cardozo, no papel de advogado de defesa do governo passado. Ela se revelou uma parlamentar de rara combatividade. Ele, um verdadeiro professor.

Quando o comissariado dirigia o espetáculo, Grazziotin ficava em segundo plano, por não ser petista, e Cardozo vivia debaixo de chumbo porque deixava a Polícia Federal trabalhar.

À MODA RUSSA

Um curioso achou na história da Rússia czarista um episódio que poderia ajudar os juízes que lidam com os poderosos réus da Lava Jato.

Aborrecida com o príncipe Golitsyn, a czarina Ana (1693-1740) mandou que ele vestisse uma fantasia de galinha e ficasse acocorado numa cesta, cercado de ovos. A um sinal, devia cacarejar.

Os Golitsyn eram e continuariam a ser uma das famílias mais poderosas do país.

Regionais : PM ANUNCIA NA INTERNET QUE TINHA UM REVÓLVER PARA TROCAR POR UM VIDEOGAME E ACABA PRESO EM FLAGRANTE
Enviado por alexandre em 19/06/2016 19:50:23


Parece mentira, mas infelizmente não é. Preste atenção nesta história: Um soldado da Polícia Militar do Amazonas não achou o que fazer e pôs um anúncio no "OLX" dizendo que queria trocar um revólver calibre 32 por um videogame. Verdade verdadeira.

O nome dele? Samuel da Silva Lemos, lotado na 21ª Companhia Interativa Comunitária (Cicom).

Samuel, claro, acabou preso neste domingo, no bairro do Tarumã, após ir ao encontro de um taxista para fazer a troca.

Apesar da gravidade do que Samuel fez, em se tratando de um policial militar, ele já está solto, após pagar fiança de 2 mil reais. É a lei.

O texto que você vai ler abaixo (contando detalhes da ocorrência) foi enviado por um PM ao WhatsApp (92 - 99335-3954) do PORTAL DO ZACARIAS. Aconpanhe:

"Durante patrulhamento de rotina pelo bairro do Tarumã, a viatura 9231 foi abordada por um taxista, que não quis de identificar, mostrando uma imagem de um anúncio no sítio virtual OLX em que o anunciante estava vendendo uma arma de fogo.

Que havia marcado hora e local nas proximidades do Parque Riachuelo, no mesmo bairro, e procurado a viatura mais próxima para apurar a denúncia.

Após contato com o denunciante, a guarnição deslocou-se até o local marcado e abordou o indivíduo com as mesmas características repassadas via contato telefônico.

Que ao proceder a busca pessoal no indivíduo fora encontrado um revólver marca Imbel calibre 32 com 6 munições intactas.



Que após a busca pessoal, o indivíduo identificou-se como sendo o soldado PM Samuel da Silva Lemos, lotado na 21ª Cicom. De pronto o Oficial ROCAM CMD fora acionado e ao chegar ao local e questionar o militar sobre a venda e registro e porte da arma de fogo informou que estava precisando de dinheiro e também não possui registro do armamento.



Dada voz de prisão, o militar foi encaminhado ao 19° DIP para as providências legais.



O oficial da DJD fora informado logo após a constatação do ocorrido e sob sua orientação, que os autos e oitivas foram encaminhados ao próprio oficial da DJD logo após os procedimentos no 19° DIP."

PORTAL DO ZACARIAS

Regionais : Cabaré Brasil: Supremo já investiga 134 na Lava-Jato
Enviado por alexandre em 19/06/2016 19:43:08

Cabaré Brasil: Supremo já investiga 134 na Lava-Jato



Na primeira instância, apuração da força-tarefa foi além dos campos de petróleo e refinarias

Um terço do Congresso já foi implicado na Lava-Jato pela Odebrecht

O Globo – Bruno Góes, Daniel Biasetto e Juliana Castro

Em seus depoimentos de delação premiada, o ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado fez uma comparação inusitada: a Petrobras é “a madame mais honesta dos cabarés do Brasil". Em seguida, colocou na dança outros seis órgãos, apenas para citar que há organismos estatais com práticas menos ortodoxas do que a estatal de petróleo, alvo da Operação Lava-Jato. A investigação na “madame mais honesta" já fez brotar, no Supremo Tribunal Federal (STF), 59 inquéritos contra 134 investigados. No Supremo e no Superior Tribunal de Justiça (STJ), há ainda 11 denúncias contra 38 pessoas — números que poderão alcançar um patamar ainda mais elevado, caso a apuração se alastre por outras áreas do governo.

Na primeira instância, a apuração da força-tarefa da Lava-Jato foi além dos campos de petróleo e refinarias. Chegou a outros palcos, como usinas nucleares, caso da Eletronuclear e a construção de Angra 3, e a ministérios, como o do Planejamento e da Saúde. Cresceu tanto que saiu de Curitiba, onde as ações são julgadas pelo juiz Sérgio Moro, e passou para outros estados, como o Rio. São 41 acusações criminais instauradas pelo país no primeiro grau da Justiça contra 207 pessoas, desde que a Lava-Jato foi deflagrada em março de 2014.

Um ano depois da primeira fase da operação, completado em março de 2015, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, pediu ao Supremo a abertura de 28 inquéritos contra 50 pessoas com e sem foro privilegiado. Desde então, pelo levantamento obtido pelo GLOBO junto à Procuradoria-Geral da República, o número de alvos de inquéritos no STF já aumentou 168%. Passou de 50 a 134. As delações do ex-senador Delcídio Amaral, do ex-presidente da Transpetro e a derrubada de sigilo dos inquéritos podem fazer o número crescer ainda mais. Machado, por exemplo, citou 25 políticos em seus depoimentos aos procuradores, incluindo o presidente interino Michel Temer.

— Esses números refletem uma situação que, espero, seja excepcional — disse o professor Joaquim Falcão, da FGV Direito Rio. — O Supremo não consegue dar conta de várias atividades, e não somente dessa (julgar pessoas com foro privilegiado). Tem que haver uma descentralização para instâncias inferiores.

O ex-presidente da Transpetro fala sem pudores do cabaré do Brasil. Diz ele que, desde 1946, havia um padrão para a roubalheira, o chamado “custo político”, em que empresários pagam um percentual de propina a agentes públicos. De acordo com Machado, esse percentual é de 3% no nível federal, de 5% a 10% no estadual e de 10% a 30% no municipal. Na CPI da Petrobras, em dezembro de 2014, o ex-diretor de Abastecimento da estatal Paulo Roberto Costa também escancarou as relações pouco republicanas entre políticos e empresários:

— O que acontece na Petrobras acontece no Brasil inteiro, em rodovias, ferrovias, portos, aeroportos, hidrelétricas.

OBRAS DE VÁRIAS ‘MADAMES EM LISTA DE DOLEIRO

Outros elementos mostram que o descalabro era generalizado. Uma lista do doleiro Alberto Youssef, com 750 obras que somam quase R$ 12 bilhões, nas mais diversas áreas, chancela as afirmações de Machado e de Paulo Roberto sobre esses esquemas ilegais. Ao ter a planilha do doleiro em mãos, o juiz Sérgio Moro a classificou como perturbadora. Para ele, a lista sugere que os casos “vão muito além” da estatal.

No cabaré brasileiro, Machado disse que há damas menos honestas do que a Petrobras, como o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), a Fundação Nacional de Saúde (Funasa), o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), o Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (Dnocs), a Companhia Docas e os bancos públicos, como o Banco do Nordeste. Todos são órgãos velhos conhecidos do noticiário policial.

O Dnit, por exemplo, nasceu de um escândalo. A autarquia foi criada com a extinção do Departamento Nacional de Estradas de Rodagem (DNER). O órgão implodiu no governo de Fernando Henrique Cardoso, após a descoberta da "máfia dos precatórios", em 1999. A mudança de nome não fez cessar as denúncias.

Desde então, é escândalo atrás de escândalo. Um dos que mais ganhou os holofotes aconteceu em 2011, quando o então presidente do Dnit, Luiz Antonio Pagot, foi um dos quatro afastados pela então presidente Dilma Rousseff após a denúncia da revista “Veja” sobre um esquema de corrupção que incluía superfaturamento de obras e recebimento de propina por alguns funcionários do Ministério dos Transportes e de órgãos vinculados à pasta. A denúncia culminou com a demissão do então ministro Alfredo Nascimento, do PR.

Mas não faltam casos mais recentes. No início do mês, os Ministérios Públicos Federal e estadual do Ceará estimaram que as fraudes na concessão de empréstimos pelo Banco do Nordeste, uma das damas citadas por Machado, chegam R$ 683 milhões, em operações de crédito que totalizam R$ 1,5 trilhão. As investigações indicam que pelo menos 11 empresas estão envolvidas no esquema, algumas têm ligação com as investigações da Lava-Jato. Sinal de que as cortinas desse cabaré vão demorar a se fechar.

NA LAVA-JATO

Petrobras

A “madame mais honesta”, segundo Sérgio Machado, é o centro das investigações da Lava-Jato. Descobriu-se, com a ajuda de delatores, um cartel de empreiteiras que firmou contratos com a Petrobras e, em troca, pagou propina para agentes públicos e partidos políticos.

Eletrobras

A estatal do setor elétrico acumula denúncias na Lava-Jato. Nas obras de Angra 3, empreiteiros admitiram repasses de propina ao ex-presidente da Eletronuclear. Outras grandes obras do setor elétrico, como Belo Monte e Jirau, são investigadas pelo pagamento de propina.

Caixa Econômica

O ex-deputado André Vargas e mais duas pessoas já foram condenadas por recebimento de propina. Eles desviaram verbas de contratos firmados com a Caixa e a Saúde. Em outra frente, o ex-vice-presidente do banco Fábio Cleto já teve delação homologada e deve implicar Eduardo Cunha.

BNDES

Os empréstimos concedidos pelo BNDES a empresas brasileiras para bancar obras no exterior são alvo de investigação na Operação Lava-Jato. A suspeita da força-tarefa é que parte do valor emprestado foi convertido em doação oficial ao Partido dos Trabalhadores pelas empreiteiras.

Planejamento

A Lava-Jato investiga o desvio de até R$ 52 milhões em contratos do Ministério do Planejamento. Empresas do Grupo Consist Software, que assinaram, sem licitação, contratos com a pasta, repassaram o valor a operadores do esquema, segundo a investigação da força-tarefa.

OUTRAS INVESTIGAÇÕES

Banco do Nordeste

O Banco do Nordeste é alvo constante de escândalos de corrupção, envolvendo em alguns casos cifras bilionárias. No início do mês, ao apresentar denúncia, o Ministério Público do Ceará estimou que as fraudes na concessão de empréstimos pela instituição chegam R$ 683 milhões.

Funasa

São muitas as denúncias envolvendo, há anos, a Fundação Nacional de Saúde (Funasa) em vários estados. Em 2014, por exemplo, o Ministério da Saúde afastou oito servidores por suspeita de participação em um esquema de fraude e superfaturamento em contratos.

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Dnit

O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) nasceu de um escândalo. Após a descoberta da “máfia dos precatórios”, no governo FH, o órgão foi criado para substituir o Departamento Nacional de Estradas de Rodagem, mas também acumulou denúncias.

Valec

A Valec, estatal das ferrovias, há anos está no centro de casos de corrupção. Em apuração ligada à Lava-Jato, suspeita-se de propina na obra da ferrovia Norte-Sul. A Camargo Corrêa admitiu ter pagado.

Dnocs

O Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (Dnocs) também já foi alvo de denúncias. Em março de 2013, a Polícia Federal descobriu uma quadrilha especializada em desviar recursos transferidos pela União para municípios por meio de convênios R$ 800 mil ao ex-presidente da Valec, José Francisco das Neves, o Juquinha.

Dilma ataca corrupção no PMDB; e sob o seu nariz?



Josias de Souza

“Não compactuei nem compactuo com a corrupção”, disse Dilma Rousseff, na sexta-feira, ao discursar para militantes petistas na cidade de Recife. A oradora enganou-se. Entusiasmada com a delação de Sérgio Machado, ex-presidente da Transpetro, Dilma criticou os “usurpadores” do PMDB com tanto entusiasmo que esqueceu de mencionar um detalhe: a pilhagem ocorreu sob o seu nariz.

Além das confissões de Sérgio Machado, um apadrinhado de Renan Calheiros, há na praça outro corrupto confesso ligado ao PMDB: Fábio Cleto, um afilhado de Eduardo Cunha que serviu aos interesses partidários como vice-presidente de Fundos do Governo e Loterias da Caixa Econômica Federal. Embora já tenha sido avalizada pelo ministro Teori Zavaschi, relator da Lava Jato no STF, a delação de Fábio Cleto permanece sob sigilo.

Na Presidência, Dilma foi condescente com Machado e Cleto. Governar o Brasil não é de todo ruim. O horário é bom, o dinheiro dá para o gasto, viaja-se muito e há sempre a possibilidade de poder demitir os protegidos de Renan e Cunha, que deve proporcionar uma sensação boa. Mas Dilma manteve a dupla de delatores nos respectivos cargos até o limite da irresponsabilidade.

Machado não chegou a ser demitido por Dilma. Caiu de podre, em novembro de 2014. Quanto a Cleto, só foi enviado ao olho da rua em dezembro de 2015, depois que seu padrinho político deflagrou na Câmara o processo de impeachment de Dilma. Foi afastado por retaliação, não por corrupção. Ouvido à época, Cunha tripudiou: “Para o currículo dele, é melhor não estar nesse governo.''

A vida ofereceu a Dilma várias oportunidades para se livrar Sérgio Machado. E ela desperdicou todas. Em setembro de 2014, época de eleição presidencial, a Procuradoria da República denunciou Machado por improbidade. Fraudara licitação para a compra de oito dezenas de barcaças destinadas ao transporte de etanol. Dilma fingiu-se de morta.

Dias depois, em 10 de outubro, às vésperas da sucessão, veio à luz depoimento do delator delator Paulo Roberto Costa, ex-diretor de Abastecimento da Petrobras. Ele contou que recebera R$ 500 mil em verbas sujas das mãos de Machado. Dinheiro de propina. Dilma tachou de “estarrecedora” a divulgação do depoimento no período eleitoral. Sobre o conteúdo das denúncias, declarou o seguinte na ocasião:

“Em toda campanha eleitoral há denúncias que não se comprovam. E assim que acaba a eleição ninguém se responsabiliza por ela. Não se pode cometer injustiças.” E seguiu em frente, como se nada tivesse sido descoberto sobre o homem de Renan. Deu-se, então, o inusitado: a empresa PricewaterhouseCoopers, que audita as contas da Petrobras, disse que não assinaria o balanço anual da companhia enquanto Machado fosse presidente da Transpetro.

Dilma não se deu por achada. Foi preciso que Machado tomasse a iniciativa. Pediu licença do cargo. Em nota, escreveu que a acusação de Paulo Roberto era “francamente leviana e absurda, mas mesmo assim serviu para que a auditoria externa PwC apresentasse quedtionamento perante o Comitê de Auditoria do Conselho de Administração da Petrobras.”

Acrescentou: “Decido de forma espontânea requerer licença sem vencimentos pelos próximos 31 dias. Tomo a iniciativa de afastar-me temporariamente para que sejam feitos, de forma indiscutível, todos os esclarecimentos necessários.” Machado ainda renovou a licença um par de vezes antes de bater em retirada.

Hoje, Dilma se escora na corrupção confessada do PMDB para reforçar a tese do “golpe” e defender a sua volta triunfal ao Planalto. Mal comparando, madame age como o homem da anedota, que matou pai e mãe e, no seu julgamento, pediu misericórdia para um pobre órfão.

É como se Dilma quisesse a compreensão de todos para o sacrifício da sanidade nacional em nome da eliminação do mal que ela mesma criou com sua conivência com a roubalheira. No fundo, deve lhe doer a ideia de que fez o papel de uma rainha desastrada, numa peça confusa, em que o protagonista foi o Renan e cujo epílogo é o Cunha.

Na delação, Odebrecht cita 175 deputados e senadores



Advogados da Odebrecht citaram até o momento aos investigadores da Operação Lava Jato os nomes de nada menos que 175 deputados federais e senadores envolvidos no esquema de corrupção da Petrobras – um terço do Congresso Nacional.

O número foi divulgado pelo colunista Lauro Jardim, do Globo, neste sábado.

Segundo ela, também serão envolvidos nos depoimentos o presidente interino, Michel Temer – que terá sua segunda citação, depois da menção do ex-presidente da Transpetro, Sérgio Machado – e ainda 13 governadores.

O acordo de delação da empresa de Marcelo Odebrecht, que está preso, concorre com a de Léo Pinheiro, da OAS. Procuradores têm dito que só há espaço para uma das duas, e por isso os acertos não foram concluídos ainda.

Até agora, as delações da Lava Jato já derrubaram três ministros de Temer em pouco mais de um mês de mandato. Aparentemente, muita bomba ainda está por vir.


Regionais : Justiça determina que cinemas não podem proibir consumidor de entrar com pipoca comprada fora
Enviado por alexandre em 19/06/2016 19:32:33


Os ministros do Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiram que os cinemas não podem proibir o consumidor de entrar com produtos iguais ou similares aos vendidos no local, entre eles a pipoca.



A corte entendeu é prática abusiva obrigar a compra exclusiva de alimentos no estabelecimento, mas a decisão ficou restrita à Comarca de Mogi das Cruzes (SP), onde se originou o processo.


A sentença também proibiu a fixação de cartazes alertando os consumidores a não entrar nas salas de cinema com bebidas ou alimentos adquiridos em outros estabelecimentos



A decisão negou um recurso que tentava anular a sentença do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) proibindo a rede de restringir a liberdade dos clientes e aplicando uma multa de R$ 30 mil por caso de descumprimento.



O recurso da rede de cinema foi parcialmente provido quanto aos limites da jurisdição. A decisão do tribunal estadual havia estendido os efeitos da sentença para todo o território nacional.



O ministro Villas Bôas Cueva citou precedentes do STJ para limitar os efeitos do julgado de acordo com os limites da competência territorial do órgão que iniciou a decisão; no caso, a Comarca de Mogi das Cruzes. A sentença, contudo, abre precedente para outras decisões similares.



O pedido inicial foi formulado pelo Ministério Público estadual, que considerou abusiva a prática da rede de cinema de limitar a aquisição, a preços superiores à média de mercado, de alimentos e bebidas em seu interior.



A sentença também proibiu a fixação de cartazes alertando os consumidores a não entrar nas salas de cinema com bebidas ou alimentos adquiridos em outros estabelecimentos – G1.

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