INSS de Ouro Preto humilha beneficiários da Previdência Social

A agência da Previdência Social de Ouro Preto do Oeste ainda não conseguiu superar o estigma que acompanha o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) há décadas: quem precisa dele está fadado a ter que exercitar a paciência e percorrer um verdadeiro caminho das pedras.

A alta demanda por atendimento ainda causa as longas filas de espera que fizeram a fama da previdência brasileira. Mesmo com a possibilidade de serem agendados por telefone, serviços vinculados à concessão benefícios como a solicitação de aposentadorias, pensões, auxílio reclusão, salário maternidade e perícias médicas podem custar meses.

A procura pela concessão de auxílio-doença, benefício que requer o laudo de um perito médico para ser concedido, está entre as mais altas. O resultado é a escassez de datas para a marcação procedimento.

E para exemplificar o descaso do INSS a reportagem obteve o relato da agricultora Maria das Graças Gomes Ferreira (foto) 53 anos, que reside na Linha C-02, gleba 10, lote 28 zona rural do município de Urupá.



Segundo a agricultora que recebe o auxilio doença desde o ano de 2002 no valor de R$ 510.00, ao procurar o INSS para passar pela perícia médica foi informada que o procedimento foi agendado para o dia 28 de junho o que implica em dizer que até lá a agricultora vai ficar sem receber.

“É uma luta o cidadão conseguir algo que tem direito junto ao INSS que humilha quem precisa de um atendimento, isso é uma vergonha e falta de respeito com o povo”, desabafou a agricultora.

A agência do INSS de Ouro Preto é conhecida por prestar um péssimo atendimento aos beneficiários da Previdência Social. As reclamações dão conta que alguns funcionários entre os quais uma médica perita vem humilhando os beneficiários ou as pessoas que buscam atendimentos.

A falta de infra-estrutura do prédio obriga as pessoas em sua grande maioria idosas a ficarem debaixo de sol e chuva a espera de ser atendido e o descaso continua na parte interna do prédio com banheiros fedidos, poucas cadeiras e a falta de bebedouro.

A reportagem procurou o responsável pela agência do INSS, para comentar sobre o assunto, mas ninguém no órgão quis falar com a imprensa.

Autor: Alexandre Araujo

Fonte: ouropretoonline.com