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Coluna Meio Ambiente : Proteção de mata ciliar deve ser ampliada para proteger biodiversidade
Enviado por alexandre em 19/04/2024 00:34:11


Riachos situados em áreas florestais apresentam maior diversidade e quantidade de insetos aquáticos em comparação com aqueles localizados em regiões agrícolas – mesmo os que possuem 30 metros de suas matas ciliares protegidas, como exigido pelo Código Florestal. É o que aponta pesquisa desenvolvida na estação de pesquisa Tanguro, laboratório a céu aberto do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (IPAM), localizado na zona de transição entre Amazônia e Cerrado, no Mato Grosso.

Mesmo com a presença de mata ciliar protegida, os riachos em áreas agrícolas registraram metade do número de insetos em comparação com áreas florestais. Em riachos localizados em áreas agrícolas sem proteção da mata ciliar, a situação é ainda pior: nove gêneros de insetos identificados em riachos florestais não foram encontrados nas coletas, enquanto insetos adaptados às mudanças na vegetação se proliferaram – fenômeno conhecido como homogeneização biótica.

Foto: Reprodução/Depositphotos

A análise foi feita por meio de coleta de dados em nove riachos: três localizados em florestas, três em áreas agrícolas com matas ciliares conservadas e três em áreas agrícolas com mata ciliar desmatada.

Nubia Marques, pesquisadora associada ao IPAM e uma das autoras do estudo, explica que a extinção de insetos aquáticos pode desencadear uma série de consequências, como a diminuição de outras espécies que se alimentam desses insetos, o aumento de grupos consumidos por insetos aquáticos e até alteração da qualidade da água.

A pesquisadora alerta que a falta de proteção à mata ciliar também pode comprometer a produção agrícola:

"O desmatamento pode provocar uma alteração no ciclo hidrológico, diminuindo a quantidade e qualidade da água que poderia estar sendo usada na agricultura".

A pesquisadora sugere que aumentar a zona de proteção obrigatória em matas ciliares determinada pelo Código Florestal é um caminho para evitar a perda de biodiversidade, além da conscientização sobre a importância da conservação junto a produtores agrícolas. Outra medida apontada no estudo é a preservação de áreas florestais em propriedades rurais, possibilitando que as populações de insetos aquáticos se revitalizem.
Imagem: Reprodução/IPAM

Mudanças climáticas 

O estudo também verificou que, em riachos sem matas ciliares, a temperatura é maior do que aqueles cujas matas ciliares estão protegidas. Marques elucida que as mudanças climáticas podem intensificar o aumento da temperatura e a perda de biodiversidade.

"Com as mudanças climáticas, o mundo pode aquecer em média um ou dois graus. Esse aumento impacta a biodiversidade dos organismos de uma forma brutal pois existem espécies que podem desaparecer",

explica Nubia Marques.
O estudo foi realizado pelo IPAM, por meio do Programa de Pesquisas Ecológicas de Longa Duração (PELD), em parceria com o Woodwell Climate Research Center e a Universidade Federal do Pará (UFPA) e pode ser acessado online aqui.

Coluna Meio Ambiente : Programa de monitoramento ambiental da Universidade do Estado do Amazonas inicia expedição no rio Madeira
Enviado por alexandre em 18/04/2024 15:40:26

Denominada ?Iruri?, a campanha encerra no dia 30 de abril e terá um total de 932 quilômetros de extensão

Em uma campanha inédita, o Programa de Monitoramento de Água, Ar e Solos do Estado do Amazonas (ProQAS/AM), desenvolvido pela Universidade do Estado do Amazonas (UEA), iniciou, nesta terça-feira (16/04), nova expedição no rio Madeira.

 

A iniciativa, que conta com apoio do Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam), marca mais uma etapa das expedições de mapeamento de qualidade das águas dos rios da região amazônica.

 

Denominada “Iruri”, a campanha encerra no dia 30 de abril e terá um total de 932 quilômetros de extensão, seguindo até o município de Humaitá (distante 590 quilômetros de Manaus). Serão analisados 161 parâmetros de qualidade, por meio de 54 pontos de coleta. A expedição foi batizada com esse nome em homenagem aos povos nativos da região, que se referiam ao Madeira como Iruri, ‘O rio que treme’.

 

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O reitor da UEA, André Zogahib, explica que a universidade está sendo pioneira em mais uma expedição de larga escala e ressalta que os dados coletados serão fundamentais para a criação de estratégias de preservação ambiental na região.

 

Estão integrando a expedição sete pesquisadores do ProQAS/AM, dois pesquisadores de Harvard e dois repórteres que farão a cobertura da campanha.

 

Foto: Divulgação

 

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Além do Ipaam, o programa conta, ainda, com apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam), da Secretaria Estadual de Meio Ambiente (Sema), do Tribunal de Contas do Estado do Amazonas (TCE-AM) e do Ministério Público do Estado do Amazonas (MPE-AM).

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Coluna Meio Ambiente : Ibama prioriza educação ambiental para enfrentar perdas na biodiversidade e crise climática em 2024
Enviado por alexandre em 17/04/2024 09:49:28


Neste ano em que completa 35 anos, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) divulga o impacto do trabalho realizado em 2023 e aponta para uma mudança de comportamento, de forma inédita, com a definição da Educação Ambiental (EA) como prioridade no planejamento de suas ações.

No ano passado, o Ibama registrou aumento de 30,6% nas ações de fiscalização ambiental no país (em relação a 2022). No balanço de 2023, foram 21,4 mil operações fiscalizatórias realizadas. 

Com base nelas, o Instituto aplicou 16,49 mil infrações ambientais — aumento de 33,2% — e emitiu 5,88 mil embargos ambientais (crescimento de 20,4%). 

Dados divulgados em fevereiro pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), apontam que houve queda dos alertas de desmatamento na Amazônia e no Cerrado no mês de janeiro.

Foto: Divulgação/Arquivo Ibama

Em janeiro, cerca de 119 km² de vegetação nativa foram perdidos na Amazônia, o que representa queda de 29% ante o total de 166,5 km² observado em dezembro de 2023. Já no Cerrado, o desmatamento chegou a 295,9 km² no primeiro mês deste ano, uma redução de 33% em relação a janeiro de 2023, quando atingiu 440,5 km².

O impacto do trabalho do Ibama também foi sentido nos cofres públicos: um aumento de R$ 194,6 milhões na arrecadação, resultante da concessão de 1,3 milhão de hectares de florestas públicas federais para o manejo florestal sustentável.

Para 2024, o Ibama definiu, em seu planejamento, que dará prioridade para a Educação Ambiental (EA). O objetivo é garantir relevância para o tema por meio de maior autonomia de atuação, uma estrutura física melhor e um orçamento mais robusto, tornando-o transversal, com envolvimento de todas as diretorias da autarquia.

Apesar da atuação permanente do Ibama no combate aos crimes ambientais, a priorização da EA busca a mudança de comportamento da população. Ações de educação ambiental, inclusive a partir de procedimentos internos do Instituto, vão contribuir para essas mudanças na sociedade.

Para o presidente do Ibama, Rodrigo Agostinho, o órgão precisa "rever processos e a forma como com desafios que estão vivos neste país". Ele enfatizou a necessidade de prosseguir, em 2024, com a modernização e com uso de tecnologias para o enfrentamento à crise climática, à perda de biodiversidade, às contaminações, e à crise socioambiental.

 ComunicaBR

Todas as informações sobre ações, projetos e programas do Governo Federal na área de fiscalização e gestão ambiental passam a integrar a base do ComunicaBR, que ganhou atualização e ampliação no dia 12 de abril. Desde que foi colocada no ar, em dezembro de 2023, a ferramenta de transparência e comunicação pública já registrou mais de 1,5 milhão de consultas.

*Com informações da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República

 

Coluna Meio Ambiente : Fazendeiro é multado em R$ 2,8 bilhões por desmatar Pantanal com agrotóxico
Enviado por alexandre em 16/04/2024 11:23:21

O valor é o maior já aplicado pela Secretaria de Meio Ambiente de Mato Grosso (Sema-MT)

Um fazendeiro identificado como Claudecy Oliveira Lemes, proprietário de 11 propriedades no Pantanal, foi multado em mais de R$ 2,8 bilhões por desmatar uma área de mais de 80 mil hectares do Pantanal mato-grossense usando agrotóxicos. O valor é o maior já aplicado pela Secretaria de Meio Ambiente de Mato Grosso (Sema-MT).

 

O cumprimento de mandados e o sequestro de bens foram realizados durante a segunda fase da “Operação Cordilheira”, deflagrada pela Delegacia Especializada do Meio Ambiente (Dema) da Polícia Civil. A operação também contou com o apoio do Ministério Público Estadual (MPE), da Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec) e do Instituto de Defesa Agropecuária (Indea-MT).

 

O infrator possuía 11 propriedades no Pantanal e a investigação começou em 2022, quando foi registrada uma denúncia de que uma propriedade rural, localizada em Barão de Melgaço (a 109 quilômetros de distância de Cuiabá), estava utilizando agrotóxicos na região do Pantanal para realizar o chamado desmate químico.

 

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Os produtos químicos eram aplicados com aviões e, como resultado, mataram diversas espécies de plantas arbóreas. Foram utilizados 25 tipos de agrotóxicos em áreas de vegetação nativa, promovendo o desmatamento ilegal nas propriedades rurais. Os investigadores solicitaram a prisão preventiva do produtor, mas o pedido foi negado pela Justiça Estadual. O Ministério Público Estadual (MPE) informou nesta segunda-feira, dia 15, que recorreu da decisão.

 

Segundo os investigadores, devido à aplicação ter sido feita por via aérea, a situação é agravada, pois o Pantanal é uma área alagada, o que possibilita que as substâncias tóxicas se espalhem pelas águas e atinjam a fauna, a ictiofauna e até os humanos.

 

Os 81.223,7532 hectares dos imóveis rurais de propriedade do investigado, que sofreram desmatamento químico e estão localizados no Pantanal, estão comprometidos, segundo os peritos. O local desmatado foi usado para plantar capim, visando alimentar o gado.

 

Foto: Reprodução

 

Segundo a investigação da Dema e Sema, foram coletadas informações fiscais, financeiras, georreferenciadas e de campo, bem como mapeamentos dos imóveis rurais onde houve o dano ambiental. Foi constatado que no período de 1º de fevereiro de 2021 a 8 de fevereiro de 2022, foram adquiridos agrotóxicos de várias distribuidoras, totalizando mais de R$ 9,5 milhões em insumos.

 

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Durante as fiscalizações, os investigadores encontraram diversas embalagens de substâncias tóxicas. As amostras coletadas na vegetação e nos sedimentos detectaram a presença de quatro herbicidas: imazamox, picloram, fluroxipir e 2,4-D.O fazendeiro recebeu nove termos de embargo e interdição em suas 11 propriedades. A Sema estima que o custo da reparação dos danos ambientais, somado ao valor das multas cominadas pelo órgão ambiental, resulte no pagamento de R$ 5,2 bilhões pelo fazendeiro. Ele ainda será ouvido pela Polícia Civil nesta terça-feira, 16.

 

Fonte: Revista Cenarium  

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Coluna Meio Ambiente : Pesquisadores alertam para impactos de turbinas eólicas sobre morcegos
Enviado por alexandre em 15/04/2024 08:53:16

Artigo assinado por 12 pesquisadores de 9 países e territórios aborda efeitos das turbinas sobre morcegos ao redor do mundo, lista medidas de prevenção e pede maiores regulações

Com o mundo em busca de soluções para a diminuição nas emissões de carbono, a energia eólica vive um momento de forte crescimento. Segundo o Global Wind Energy Council, o mundo gerou 842 gigawatts (GW) de energia eólica onshore (excluindo turbinas em alto-mar) em 2022, sendo quase 10% (78 GW) fruto de novas fontes, instaladas naquele ano.

 

Só no Brasil, a modalidade registrou aumento de 4,9 GW em 2023. Mas, apesar da energia eólica ser uma fonte renovável, ela não é ambientalmente neutra, mostra um artigo produzido por pesquisadores de Brasil, Alemanha, Austrália, Estados Unidos, França, Porto Rico, Quênia, Taiwan e Reino Unido publicado na revista científica BioScience.

 

Segundo o estudo, quando as turbinas são instaladas sem preocupações com a biodiversidade, causam grandes impactos ambientais. Os morcegos, foco do artigo, são as maiores vítimas entre os vertebrados em todo o mundo, sofrendo consequências como a perda de habitat – no caso dos que vivem em baixas altitudes e vegetação densa – e a morte por colisão com as pás – risco maior para espécies que se alimentam de insetos e frutas, que voam no nível das hélices.

 

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O artigo estima que 30 mil morcegos morram vítimas de turbinas por ano no Reino Unido, 50 mil no Canadá, 200 mil na Alemanha e mais de 500 mil nos EUA. “Fatalidades podem ser ainda maiores nos trópicos, onde a abundância de morcegos e riqueza de espécies são maiores”, diz um trecho do artigo.“Os morcegos colidem com as pás das turbinas se voarem muito perto delas”, explica Christian Voigt, especialista em morcegos e chefe do Departamento de Ecologia Evolutiva do Instituto Leibniz de Pesquisa, na Alemanha. “Além disso, há uma perda direta de habitat nos locais de construção das turbinas, bem como uma perda indireta, já que algumas espécies de morcegos evitam as turbinas e, portanto, são afastadas do seu habitat tradicional”, completa o pesquisador.

 

 

A perda das populações de morcegos pode resultar em problemas também para os humanos. Segundo os pesquisadores, dezenas de estudos ao redor do planeta comprovam o alto benefício econômico proporcionado pelos morcegos. Eles são responsáveis pelo controle de espécies de insetos que podem virar pragas agrícolas, por exemplo, ou até vetores de doenças para rebanhos e humanos, além de polinizar sementes de centenas de espécies de plantas, inclusive de interesse comercial. “A conciliação da produção de energia eólica e a proteção dos morcegos – e dos serviços que eles prestam gratuitamente – é possível e deveria, portanto, ser do interesse da população e tomadores de decisão”, afirmam os responsáveis pelo estudo.

 

( Fotos; Reprodução)

 

Para prevenir os impactos, os pesquisadores sugerem uma série de ações. A mais eficiente é também a mais simples: não construir turbinas eólicas em locais ecologicamente valiosos e sensíveis, como florestas e suas bordas, próximas de corpos d’água e corredores de migração de aves e morcegos. O artigo propõe que as turbinas devam ser instaladas a pelo menos 500 metros de distância dessas áreas, distância que pode chegar a pelo menos 5 km no caso de grandes colônias de morcegos, com centenas de milhares de indivíduos.

 

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De acordo com o estudo, muitos corredores de migração e deslocamento dos morcegos estão localizados ao longo de vales de rios e da costa, locais muito utilizados para a produção de energia eólica. “Embora existam oportunidades para potencialmente reduzir a mortalidade de morcegos em turbinas eólicas por meio de sensibilidade na instalação, os locais são geralmente escolhidos de acordo com outros critérios, como o acesso a linhas de transmissão, regulações locais e preços de aluguel do terreno”, diz o artigo. “Critérios de biodiversidade deveriam ser tão importantes quanto os de infraestrutura na localização de turbinas eólicas”, avaliam os pesquisadores.

 

Fonte: G1

 

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