Jesus : O pentecostalismo é uma heresia? Dons de línguas e curas não procedem de Deus?
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Enviado por alexandre em 13/11/2013 00:56:55 |
Saliento que não tenho nada contra meus irmãos tradicionais, até porque boa parte deles são muito mais crentes e conscientes que muitos pentecostais e renovados. Mas como pentecostal convicto o que exponho nesta argumentação é minha posição (e creio que a de todo pentecostal) contra colocações sérias e inescrupulosas que alguns fazem sobre nossa fé e doutrinas. Jesus, porém, respondendo, disse-lhes: Errais, não conhecendo as Escrituras, nem o poder de Deus (Mt 22:29). O motivo para a controvérsia da vez foi o recente debate teológico sobre as colocações do influente pastor John MacArthur Junior, que classificou também o movimento pentecostal de “heresia”. Ele afirmou que as igrejas pentecostais e neopentecostais não são cristãs e classificou seus ensinamentos como desvios bíblicos. John ainda rejeitou a atualidade da manifestação dos dons de línguas e de cura como algo vindo de Deus. A questão mais polêmica é quando MacArthur considera que existe uma “adoração inaceitável a Deus” entre o movimento pentecostal e de renovação. Para ele esses movimentos abriram a porta para um erro teológico maior que qualquer outra aberração doutrinária nos dias de hoje. E curai os enfermos que nela houver, e dizei-lhes: É chegado a vós o reino de Deus (Lc 10:9). Do lado pentecostal, quem se pronunciou em resposta as declarações de MacArthur foi o presidente da Associação Mundial da Assembleia de Deus, pastor George O. Wood. O líder assembleiano publicou uma carta aberta após a conferência “Fogo Estranho” (organizada pelo ministério do pastor MacArthur) dizendo entre outras coisas: “Reconheço que desde o século passado surgiram aberrações isoladas no comportamento e na doutrina dos que se identificam como pentecostais ou renovados. Mas o movimento como um todo provou ser uma força vital na evangelização mundial, o cumprimento da promessa que Jesus fez aos seus discípulos em Atos 1:8. Em nome dos 66 milhões de adeptos e mais de 360 mil igrejas da Assembleia de Deus em todo o mundo, agradeço a Deus que a fé e a vida da igreja de Atos 2 ainda estão sendo seguidas e vividas até hoje”. E há de ser que, depois derramarei o meu Espírito sobre toda a carne, e vossos filhos e vossas filhas profetizarão, os vossos velhos terão sonhos, os vossos jovens terão visões. E também sobre os servos e sobre as servas naqueles dias derramarei o meu Espírito (Jl 2:28-29). Veja o cumprimento parcial desta profecia em Atos 2:4-39, tendo como evidência inicial o falar em línguas de vários povos presentes na festa de Pentecostes. Discussões a parte, os pentecostais representam 70% de todos os protestantes do planeta (588 milhões). Mesmo sendo um movimento melhor desenvolvido e acompanhado a partir do início do século XX, o pentecostalismo foi o segmento protestante que mais cresceu na história da igreja desde a reforma. No Brasil a quantidade de membros de igrejas pentecostais também vem crescendo, o Censo 2010 do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) notou este aumento em todas as regiões do Brasil e mostrou que a Assembleia de Deus é a igreja que mais cresce no Brasil. Dos mais de 22,2% de evangélicos brasileiros, 13,3% são de igrejas pentecostais o que significa que temos mais de 25 milhões de membros de igrejas como as Assembleias de Deus, Deus é Amor, Brasil para Cristo, Congregação Cristã no Brasil, Igreja do Evangelho Quadrangular, Igreja de Nova Vida e outras. E estes sinais seguirão aos que crerem: Em meu nome expulsarão os demônios; falarão novas línguas (Mc 16:17) Dizer que o pentecostalismo é uma grande heresia ou que a representa é opor-se a vários argumentos bíblicos nos quais se baseia o movimento. Constrangê-lo ao tratamento de maior aberração doutrinária da atualidade é ser indelicado e bem menos prudente que Gamaliel (At 5:34-40). Formular que alguns dons do Espírito Santo (cura, revelação, maravilhas, dom de línguas, profecia) foram úteis apenas para os primórdios da igreja cristã é ser cessacionista ao extremo por meio de argumentos e atropelos inconsistentes (1 Ts 5:19; At 11:17). Tentar desestabilizar a ortodoxia bíblica do pentecostalismo por mensurá-lo através de porciúnculas grupais ou de ações pontuais ignorando a história, dimensão e equilíbrio maior da categoria é no mínimo uma incoerência ou expressão mal intencionada (o que parece ser o caso de MacArthur, que já anunciou o lançamento de um livro de sua autoria intitulado: Fogo Estranho, o perigo de se ofender o Espírito Santo com louvor falso). Porque a promessa vos diz respeito a vós, a vossos filhos, e a todos os que estão longe, a tantos quantos Deus nosso Senhor chamar (At 2:39). O pentecostalismo argumenta com as Escrituras através dos relatos bíblicos da experiência do batismo e da doutrina dos charismas (dons) do Espírito Santo presentes no início da igreja e continuados em sua história militante. Deste modo o movimento tem fundamentação bíblica, teológica e histórica. Bíblica por que a experiência do batismo no Espírito Santo com a evidência inicial do falar em outras línguas, os dons espirituais e a cura divina estão registrados no N.T e na experiência da igreja primitiva (At 2:4, 8; 19:1-7; 1 Co 14:4, 26); A corrente que diz que as línguas e dons espirituais cessaram, têm dificuldades de provar biblicamente o encerramento (o cessar) dessas atividades, recorrem a argumentações extra-bíblicas. Teológica porque a sistematização da própria doutrina da pessoa do Espírito (Pneumatologia) e de sua ação apurada nas Escrituras evidencia-O agindo de forma influente sobre os que creem no Evangelho, dotando-os de poder e dons sobrenaturais a fim de testemunharem do Cristo Salvador (Mc 16:17, 20; At 4:30; 6:8; Rm 15:19; 2 Co 12:12). Histórica porque ao longo do desenvolvimento da igreja cristã e do próprio cristianismo, são vários os relatos de experiências sobrenaturais entre os crentes. Anderson Allan, historiador pentecostal interpreta como predecessores do pentecostalismo na era cristã: Inácio de Antioquia 67-110; Policarpo de Esmirna 70-160; Justino Mártir 110-165; Irineu de Lião 130-202; Tertuliano 160-220; Pacômio 292-348; Agostinho de Hipona 354-430; Simão o Novo Teólogo 949–1022; Jansenitas 1640-1801; Serafin de Sarov 1759-1833; George Whitefield 1714-1770; Jonathan Edwards 1703-1758; Charles Finney 1792-1875; Dwight L. Moody 1875. Embora não haja registros ou indícios de derramamento do Espírito Santo durante a Idade Média, alguns autores mencionam que o valdenses, albigenses, e os frades mendicantes, falaram em línguas na Europa Meridional. Que fareis pois, irmãos? Quando vos ajuntais, cada um de vós tem salmo, tem doutrina, tem revelação, tem língua, tem interpretação. Faça-se tudo para edificação (1 Co 14:26). Desde os tempos apostólicos houveram exageros, meninices e incompreensões dos crentes quanto ao sentido da glossolalia – dom de falar línguas estrangeiras sem nunca as ter estudado – e do propósito dos dons de poder (At 8:13-24; 1 Co 14:23-26; 1 Co 12:9,28), mas nem por isso podemos generalizar na afirmação de que os dons eram operações da carne ou que não provinham do Espírito. Faltou equilíbrio e distinção nas colocações de John MacArthur Jr! Mas recebereis a virtude do Espírito Santo, que há de vir sobre vós; e ser-me-eis testemunhas, tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria, e até aos confins da terra (At 1:8). Concluindo, preciso fazer uma advertência dirigida aos pentecostais e neopentecostais. O pentecostalismo em suas crenças e manifestações foi de antemão mencionado por Jesus (Ele é onisciente) e também estava presente no pronunciamento escatológico de nosso Senhor (Mt 7:18-23). Posso dizer que os pré-pentecostais e os atuais pentecostais receberam uma chamada de atenção direta do Mestre, alertando aos mesmos a não se enganarem com o comportamento exclusivista de que a operação dos dons e das maravilhas são provas definitivas ou passaportes da salvação eterna. Por isso, todos aqueles que dentro do movimento não produzem frutos dignos da autêntica vida cristã e que fizeram ou fazem da graça negócio e dos dons comércio, que envergonham e comprometem os verdadeiros cristãos (2 Pe 2:2), que são indiferentes aos necessitados (órfãos, viúvas, presidiários e etc.), enganando-se de que porque receberam dons, Deus aprova o que fazem, serão lançados no lago de fogo e enxofre. "As opiniões ditas pelos colunistas são de inteira e única responsabilidade dos mesmos, as mesmas não representam a opinião do Gospel+ e demais colaboradores." Silvio se define como crente pela compaixão de Jesus, estudante de teologia por paixão e administrador de empresas por profissão. Mora na belíssima cidade de Guarapari no ES; estudou teologia no Seminário SEET e na Faculdade FAIFA. Textos de sua autoria frequentemente são publicados em portais cristãos do país por focarem questões do cotidiano da igreja evangélica brasileira. Ele ainda mantém o blog Cristão Capixaba, iniciou o portal Litoral Gospel e está engajado numa campanha para conscientização cristã para as eleições de 2014 conheça e participe! |
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Jesus : A Palavra de Deus
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Enviado por alexandre em 13/11/2013 00:55:36 |
Gostaria de considerar de como é que os homens de Deus escreveram os Cânones da Bíblia e também chamar a atenção para o facto de que nem todas as traduções da Bíblia correspondem à veracidade dos textos originais o que tem contribuido para erros de exegese. Destacarei que os primeiros cinco livros da Bíblia, Torá ou Pentateuco, são os mais importantes de toda a Antiga Aliança. Também os quatro Evangelhos são a revelação de todo o cristianismo. A Torá foi comunicada oralmente de geração após geração e foi escrita, provavelmente durante o exílio na Babilónia. Dos quatro Evangelhos que constam da Nova Aliança, os primeiros três chamados de sinópticos, têm divergências consideráveis e o de João não discorre os factos e apresenta algumas inserções como é o caso dos capítulos 15, 16 e 17. Sabemos que os evangelistas a quem são atribuídos os Evangelhos, narraram os acontecimentos das palavras e dos atos do Cristo, segundo o que ouviram e viram. Seria um erro grosseiro admitir que Mateus, Marcos e João iam tirando apontamentos como qualquer um escritor ou jornalista prepara as suas reportagens. Consideremos o que no Evangelho de Lucas está escrito: “Tendo pois muitos empreendido pôr em ordem a narração dos factos que entre nós se cumpriram, segundo nos transmitiram os mesmos que os presenciaram desde o princípio, e foram ministros da palavra, pareceu-me também a mim conveniente descrevê-los a ti, ó excelente Teófilo, por sua ordem, havendo-me já informado minuciosamente de tudo desde o princípio; para que conheças a certeza das coisas de que já estás informado, Lc 1:1-4“. A cristandade atribui a toda a Palavra escrita na Bíblia uma verdade absoluta e isto por obra do Espírito Santo. Este é um grande tabú e para que não haja a possibilidade de uma crítica aos textos sagrados, é atribuído o dogma da fé. Antes pelo contrário, é preciso admitir divergências dos factos pois são o resultado de provas orais que foram testemunhadas e como é o caso da aparição do Cristo após a Sua ressurreição. O leitor encontrará fácilmente nos Evangelhos que as aparições do Cristo divergem de evangelista para evangelista. Paulo procuro resolver esta situação afirmando que foi Pedro o primeiro a presenciar o Cristo ressurrecto, Carta aos Coríntios. As provas orais correm sempre o risco das discrepâncias e até mesmo as Escrituras só admitem quando houver mais que uma testemunha a confirmar os factos. Encontramos, nas Escrituras, porém que a revelação foi mandada escrever como é, por exemplo, o Livro do Apocalipse e do profeta Daniel, Dn 12:4. A Bíblia não é um livro histórico e nem científico. É a palavra da fé que se revela inequívocamente a todo aquele que busca o Senhor de todo o coração, porque só a este Deus se mostra, Mt 5:8. Poderá parecer ao leitor que estou a desacreditar a Bíblia, mas, pelo contrário, ela é um livro selado e que só o autor, o Leão da Tribo de Judá é digno de revelar, Ap 5:5. Nos púlpitos de muitas igrejas é costume ouvirem-se pregações e estudos baseados em resultados de pesquisa. Por exemplo: Uma pessoa quer pregar sobre amor e então começa a agrupar certos textos da Bíblia que falam de amor e acaba por fazer uma composição sobre o amor. Poderá parecer que falou o que está escrito na Bíblia mas talvez nunca tenha tido a experiência do amor. Este problema foi uma das maiores preocupações no início da cristandade e que se chamou de gnose. O conhecimento da Palavra escrita não passa de letra que mata pois só o Espírito é que vivifica e disto depende ouvir um teórico a um homem comprometido com Deus. Finalmente é de lamentar subtítulos que as sociedades bíblicas têm por hábito escrever para despertar a atenção. Nelas encontramos erros grosseiros como é por exemplo chamar os magos de reis magos e também Estêvão de diácono. Muitas traduções da Bíblia têm textos mutilados como é o caso de Romanos 8:1, por exemplo. Outros versos foram inventados como é o caso de I João 5:7. Graças a Deus que o Espírito Santo nos foi enviado para nos ensinar todas as coisas e firmar-nos em toda a verdade, Jo 14. Amilcar "As opiniões ditas pelos colunistas são de inteira e única responsabilidade dos mesmos, as mesmas não representam a opinião do Gospel+ e demais colaboradores." Amilcar Rodrigues foi ordenado pastor em 1978 na "Apostolic Faith Mission" na República da África do Sul, onde fez estudos teológicos. Como missionário em Portugal, fundou três igrejas e foi Presidente Nacional da Comissão de Programas da Aliança Evangélica Portuguesa, para a televisão, RTP2. Foi formado produtor de televisão "Broadcast" pela "Geoffrey Connway Broadcast Academy" Toronto, Canadá, é filiado do "Crossroads Christian Comunication". Em 1998 veio para o Brasil convidado pelo Ministério Fé Para Todos, Rio de Janeiro. No ano 2000 fundou em Cabo Frio uma congregação do mesmo Ministério e foi nomeado Vice-Presidente do Conselho de Pastores até ao ano de 2004. Em 2006 ficou cego. Escreveu o livro "Deus da Aliança" , Evangelho dos Sinais aos Hebreus" e "Contos do Apocalipse". Foi convidado pelo Gospel+ para participar como colunista em Maio de 2012. |
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Jesus : Feliciano no MIX Brasil: Pelo Reino de Deus, ou pelo reino “evangélico”?
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Enviado por alexandre em 13/11/2013 00:52:43 |
A uns meses atrás, quando o convite feito pelo Mix Brasil ao deputado Marco Feliciano e a outros do cenário desta triste batalha enfadonha, que se arrasta, pus-me a pensar, qual o fim deste encontro… Mas antes quero compartilhar algo que aconteceu bem antes disso: Quando esta guerra era só um início tenso de uma conversa entre os dois lados, eu confesso, como boa parte dos Brasileiros, Cristãos ou não, que pensei serem estes lideres evangélicos como Malafaia e Feliciano, cada um com sua fala e forma, pela resistência a “pedradas”, os que dariam o ponta-pé inicial ao que a igreja já deveria ter feito há tempos… Não o fez, basicamente pelo preconceito e ignorância quanto a dogmas e à uma considerável distancia do evangelho(não sou eu, mas a própria história, é quem defende esta tese). Pensei que embora tardio, fosse uma oportunidade em que, depois de muita “vara”, fossemos ver o amor cristão sendo derramado, mesmo após muita discussão e ofensas desnecessárias, conduzindo o objeto desse amor com um “Cajado”. Não foi isso o que aconteceu. Em busca de um reino que parece ser “evangélico”, estes líderes chegaram, em suas atitudes de “defesa da igreja”, a lutar por leis que parecem visar um reino duvidoso, como a que protege a área de culto (poder que a igreja já tinha), dando o direito de expulsar qualquer que venha a “ferir” o culto ou sua liturgia… Em busca do “reino evangélico” que luta “pela família”, não é admitido nada que lembre ou seja parecido com algo que lembre seu oponente; Lembra a bandeira da igreja Quadrangular sendo motivo de violência em um evento em Brasília?? Em busca do “reino evangélico”, Bolsonaro, o deputado desrespeitoso, tornou-se, mesmo afirmando não ser evangélico, Persona grata à lideranças da igreja, fazendo e tomando parte em eventos chamados cristãos como a “Marcha para jesus”… É a lei dos “dois pesos e duas medidas” que também impera neste “reino”. E aí (porque não precisa mais nada), me ponho a pensar… Hoje quando a imprensa divulga o estudo que Feliciano faz para comparecer ao fórum de diálogo (porque é isso, e não uma pregação num presídio), me pergunto: Qual o motivo de sua ida?? Qual é sua intenção depois de tanto “lixo” evangélico, ao invés de “pão” para quem tem fome?? Não me pergunto qual será a atitude de Bolsonaro(que também foi convidado e promete comparecer), ou do Malafaia que é certo, não perderá a oportunidade, se houver… Mas me pergunto: Qual a intenção do Deputado Feliciano, líder da comissão de Direitos humanos e “Representante” dos evangélicos? O que pretende para não “terminar de esmagar o que já está quebrado”?? O que pensa poder fazer depois de fomentar tanta hostilidade, quando eu e a maior parte da igreja pensávamos que iria “fazer pontes” ao invés de declarar a “tomada do reino” bem ao estilo do povo de Israel no velho testamento?? O que fará diante da igreja que nunca mostrou tanto suas “garras” homofóbicas aos que precisavam ver (e com urgência), a mão de Jesus trazendo-os com amor e não com reservas?? E você que é evangélico e zela por seu nome de cristão?? Vai cobrá-lo por sua postura cristã, ou deixar que ele e outros, continuem a colocar as bases do ‘Reino evangélico” e a solidificar o que nada tem a ver com o reino de Deus?? O Reino de Deus é PAZ, JUSTIÇA, e ALEGRIA. Não, guerra. O compromisso do cristão em relação ao Reino de Deus é estabelecer justiça. Esta, só se faz com amor. Agora, se você, como muitos, pensa que Amor é algo que flui através de nós com facilidade e é desnecessária, esta cobrança, então… Esqueça tudo o que você leu acima… Mesmo assim, Deus o abençoe. "As opiniões ditas pelos colunistas são de inteira e única responsabilidade dos mesmos, as mesmas não representam a opinião do Gospel+ e demais colaboradores." Teólogo, Cineasta e Escritor, Rogério Ribeiro é autor do Blog "edição de amanhã" www.ojornaldeamanha.blogspot.com.br , blog onde além da crítica para o nosso tempo em suas crônicas, escreve contos; Boa parte deles, "releituras" de diversos personagens bíblicos. Compromissado com o Reino, tem se disposto como "atalaia", a serviço do Senhor Jesus, somente. |
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Jesus : Os cristãos, o voto consciente e o perigo da alienação
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Enviado por alexandre em 06/11/2013 02:03:31 |
Por Rubens Teixeira Os cidadãos, de um modo geral, devem buscar informar-se, ler, desenvolver senso crítico para votar. Os cristãos, especialmente os mais fervorosos, não podem ser diferentes. Para criar um senso crítico, é importante ouvir diversas fontes e conhecer os temas do cotidiano. Os discursos políticos centrados apenas na moral cristã, desprezando os demais temas relevantes para o país Muitos cristãos só se informam com base no que se diz nas mídias ligadas à sua fé, deixando de lado muitos assuntos que afetam o seu dia-a-dia, da sua família e de toda a sociedade. Quando estamos atentos apenas a temas relacionados a nossa comunidade religiosa, ficamos desinformados sobre assuntos de alta relevância para o nosso país e que exigem das nossas autoridades posturas firmes e éticas na defesa de interesses dos cidadãos como um todo. Alguns só se atentam a temas polêmicos relacionados à sua fé e põem de lado assuntos ligados à saúde, educação, segurança, transporte, economia, aos direitos trabalhistas, previdenciários, e tantos outros que podem deixá-los mais vulneráveis ao desemprego ou mesmo à falta de infraestrutura. O debate sobre esses e outros temas no meio cristão é praticamente inexistente, o que deixa a maioria dos cidadãos deste grupo desinformados e pouco preparados para debaterem, tornando-se vulneráveis a qualquer um que queira trazer-lhes uma ideia pronta. Em épocas de debates eleitorais, os temas discutidos no ambiente cristão são sempre os mesmos e, normalmente, apenas os relacionados à sua fé. Embora os princípios cristãos devam ser defendidos por aqueles que são seguidores desta fé, os demais assuntos que causam maior impacto ao cotidiano de todos os cidadãos não podem ser desprezados da forma que vem acontecendo. A implantação do pânico como estratégia De propósito ou não, alguns veículos de comunicação trazem informações prontas, empacotadas, sem qualquer senso crítico e lançam sobre o público cristão. Em época de eleições, essa desinformação sistêmica, intencional ou não, torna as pessoas mais fervorosas reféns de oportunistas e mentirosos que levam pânico às igrejas, tentando fazer com que o voto cristão seja pautado apenas em dois ou três temas, e desprezam outros que representam a saúde, a segurança, o emprego e a dignidade de milhões de brasileiros, incluindo os cristãos. Pior do que tudo isso, em épocas de eleição, cria-se o pânico de que o Congresso Nacional vai votar leis permissivas contra esse ou aquele assunto, mas que não reflete em ações tão firmes nas casas legislativas quanto a propaganda feita dentro dos templos. Enfim, um pânico orquestrado para tornar o povo, já desinformado, também desorientado e com menor capacidade de decisão. Ser prudente como a serpente … É dever dos eleitores cristãos, como cidadãos, ler todos os jornais, disponíveis na internet ou impressos, informando-se sobre temas relacionados aos assuntos do cotidiano. Se nós não cuidarmos da defesa dos nossos direitos e não soubermos opinar e nem cobrar sobre temas relacionados a educação, transporte, saúde, emprego, moradia, economia etc, continuaremos sendo reféns e manipulados por alguns que são “leões” em época de eleições e verdadeiros “gatinhos” quando estão no poder. Jesus nos ensinou a sermos suas ovelhas, não ovelhas de “lobos”. (João 10.12). Não se esqueça: Jesus também nos ensinou a sermos simples como a pomba, mas prudentes como as “serpentes”. (Mateus 10.16). Se fizermos o contrário, seremos cidadãos irresponsáveis e cristãos desobedientes aos ensinamentos do Mestre e, portanto, sofreremos as consequências. O cristão consciente é exigente com seus parlamentares Se formos sinceros conosco e com a sociedade que fazemos parte, devemos estar prontos para discutir temas que afetam a todos e, por fim, sabermos votar e também fiscalizar o mandato daqueles que votamos. Quem não sabe em quem votou, quem não sabe explicar porque votou, quem não cobra posturas dos seus representantes não contribui para o desenvolvimento do Brasil, mas colabora com os que querem um país desigual, desinformado para ser mais fácil manipular, mais fácil corromper, mais fácil dirigir a opinião pública fazendo-a insensível ao sofrimento dos que morrem nos corredores de hospitais se contorcendo de dor. Paralelamente a isto, crianças pobres não têm perspectivas de alcançarem melhores oportunidades no futuro, enquanto muitos enriquecem ilicitamente. Voto é livre arbítrio: um direito seu. Não delegue-o. Vote pensando em construir um Brasil melhor para você e para todos. "As opiniões ditas pelos colunistas são de inteira e única responsabilidade dos mesmos, as mesmas não representam a opinião do Gospel+ e demais colaboradores." Pastor evangélico da igreja Assembleia de Deus • Doutor em Economia pela UFF • Mestre em Engenharia Nuclear pelo IME • Pós-graduado em Auditoria e Perícia Contábil pela UNESA • Engenheiro de Fortificação e Construção (civil) pelo IME • Bacharel em Direito pela UFRJ (aprovado na prova da OAB-RJ) • Bacharel em Ciências Militares pela Academia Militar das Agulhas Negras (AMAN) |
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Jesus : Feliciano e Malafaia: sim, eles representam os evangélicos!
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Enviado por alexandre em 06/11/2013 02:01:31 |
 É claro que representam os evangélicos brasileiros! Não defendo em absoluto todas as coisas que Pastor Marco Feliciano pregou, admito que foi infeliz em algumas de suas colocações. Não me coaduno com a nova posição teológica da prosperidade que pastor Silas Malafaia passou a expor em seu programa e pregações (inclusive denuncio os perigos de algumas publicações de sua editora em difundir ensinos do evangelho da prosperidade que sempre carregam fragmentos da confissão positiva). Esses homens são falhos, devem ter lá os seus pecados, terão contas a prestar acerca do que falam e fazem – afinal, ninguém é perfeito. Mas, também não posso me conformar com essa desunião evangélica por conta dos dois em torno de temas que à luz da Bíblia deveriam ser de entendimento harmonioso entre todos os seguidores de Jesus Cristo. Temos nos desviado do foco da reflexão principal quando tão somente nos ocupamos em esculachar o “homofóbico político” Feliciano e a condenar o “homofóbico pastor” Malafaia. O centro da discussão não pode continuar sendo a figura particular, isolada e polêmica dos dois. Já passou da hora de considerarmos a representatividade evangélica que detiveram – ainda que eu e você não aceitemos – isso é verdade, são esses pastores que o Brasil lê, assiste e acompanha na mídia – e querendo ou não, falando bem ou mal, protestando ou não – eles nos representam nos meios de comunicação para a sociedade. Destacaram-se cada um ao seu modo em suas plataformas como evangélicos e inegavelmente como formadores de opinião – hoje, são as pessoas mais públicas da igreja evangélica nacional. Precisamos parar com essa pirraça esquerdista injustificável de que Feliciano não nos representa. Escrevo a pessoas esclarecidas e bem informadas, então conclamo ao senso da consciência cristã quanto ao posicionamento social da igreja neste país. Pela via direta dos votos que Feliciano recebeu, até que você pode dizer que não te representa politicamente; mas pela dimensão dos clamores sociais (nada cristãos) e das posições políticas (nada democráticas) em Brasília, é inegável que sim, ele te representou lá como cristão! Fico a pensar se não existisse um deputado de primeira viagem como Feliciano, que num partido pequeno e de pouca influencia foi corajoso e procedeu como crente de verdade naquela até então inexpressiva comissão da casa de leis. O despreparo político de Feliciano foi suprido pela ousadia e destemor frente às conseqüências assumidas pelo fato de defender as convicções de quem o elegeu; e penso no que teria acontecido de ainda mais nefasto naquela CDHM, com inclusões de favorecimentos às minorias (GLBTT) em detrimento dos direitos da maioria, se um Feliciano da vida não estivesse por lá? Não estou misturando religião com política, estou citando um caso que envolveu um sujeito que foi eleito se dizendo crente (e o Feliciano se diz servo de Deus), e que a exemplo do profeta Daniel em um cargo político em que sua fé foi testada, assim foi Marco Feliciano em Brasília. Esse Pastor me representou num ato de postura cristã, que nem eu sei se teria coragem de praticá-lo como Feliciano o fez, admito. A igreja evangélica brasileira passa por sua maior crise existencial e representativa – uma crise marcada pela desarmonia bíblica de sua posição contra o pecado, de sua apresentação igual das verdades absolutadas. Será que neste país, algum crente ainda tem dúvidas quanto à distinção bíblica da natureza humana e sua identidade sexual: macho e fêmea (homem e mulher). Ainda será possível que pastores, apóstolos, doutores e teólogos tenham dúvidas abissais quanto ao que a Bíblia diz sobre práticas sexuais ilícitas tais como: fornicação, adultério, homossexualismo, lesbianismo e sodomismo? Porventura algum de nós colunistas de grandes portais de informação cristã, ainda temos dificuldade de entender a posição bíblica da constituição e modelo da família; do papel do cristão na sociedade e no trato com seus direitos e deveres civis; creio que não. Então porque essa briga, esses debates que não nos levarão a lugar algum, a não ser para tornar mais evidente de que estamos ainda mais desunidos do que nunca? Por acaso Feliciano e Malafaia estão falando contra esses princípios que todos aceitamos comumente? Claro que não; então como podemos dizer que não nos representam? Como afirmar que Malafaia não é a exemplificação da fé evangélica na TV em algumas de suas posições? Para surpresa e desagrado de muitos, esse sujeito imperfeito, sanguíneo, quase milionário (se já não o for) e mais recente pregador da prosperidade é um dos poucos que tem se levantando nesse país como voz evangélica a favor dos direitos iguais declarados na constituição federal de 1988, não só para evangélicos – mas para todos os brasileiros. É este pastor que alguns dizem ser metido a psicólogo (ele realmente tem formação) que com a Bíblia em punho – quando perguntado em determinado programa de TV, qual era sua fala como cristão acerca da prática homossexual, citou Romanos 1.18-32 e deixou insatisfeitos os proponentes da teologia inclusiva. Como posso dizer que esse “camarada Malafaia” (é ele que usa esse termo), não me representou? Foi um dos poucos que em rede nacional de TV a reafirmar a veracidade absoluta de um dos textos mais claros e incisivos das Escrituras contra a prática homossexual! Como posso dizer que Malafaia não me representou quando organizou um necessário movimento pró-família em tempos de destruição da mesma por essa política anticristã e liberal, apoiada sutilmente por um Estado influenciado por correntes comunistas e esquerdistas ? Foi Malafaia muito antes de Feliciano, uma das poucas vozes cristãs deste país a manifestar-se pelo vigor dos direitos legais de liberdade de opinião, fé e culto; sem restrições vexatórias e supressões de leis antidemocráticas. Na verdade meus irmãos, as Escrituras deixaram de ser nosso ponto de referência, mesmo que nossos credos doutrinários confessem crenças históricas da fé e legado cristãos, parece que elas (as Escrituras) em sua inspiração plenária, inerrância e infalibilidade, perderam autoridade para muitos de nós, frente às cosmovisões desta era pós-moderna. Realmente as verdades salutares da Palavra, deixaram de ser o nosso ponto de encontro no comum do corpo de Cristo – comunhão na confissão das verdades atemporais e sem quaisquer aculturações relativizadas, pois mesmo sendo membros de igrejas evangélicas diferentes, a luz delas (das Escrituras), como corpo místico de Cristo, deveríamos estar unidos em torno de suas sentenças inegociáveis e nada redefinidas pela vontade dos homens. Bom, se Feliciano e Malafaia me representam como evangélico, em algumas de suas ações, também sei daqueles que que me representam negativamente na fé e na confissão cristã evangélica. Aqueles que disseram que se fossem Deus, ressuscitariam Hugo Chávez e amaldiçoariam com um câncer maligno o Feliciano – esses representam o desequilíbrio e a falta de amor cristão entre evangélicos. Aqueles que dizem que a bíblia não é inerrante e infalível - representam um cristianismo oco e cético em sua aceitação parcial e deturpante da inspiração da Palavra de Deus; aqueles que em suas revistas e publicações (do que parece uma esquerda evangélica) descrevem apenas o lado negativo de evangélicos como Feliciano e Malafaia e que só vendem polêmicas e mais dissensões para a já desmembrada igreja nacional – esses representam os que se renderam aos encantos e apelos do humanismo secular. Nos representam negativamente aqueles que ignorando a verdade escancarada da bíblia contra práticas imorais, através de seus doutorados acadêmicos tentam sistematizar a teologia inclusiva – que incoerência! Pergunto-lhes, qual é a nossa posição contra esses discrepantes pensadores cristãos? Porque ninguém os questiona? Será que é porque concordamos com suas posições anti cristãs? Será mais edificante tentar destruir aos que de alguma forma se levantam contra erro, do que combater os que querem arrancam as raízes doutrinárias da Igreja Evangélica verde e amarela e sua posição contra o pecado? Se amanhã, Feliciano e Malafaia pisarem na bola e comprometerem ainda mais o testemunho evangélico nesta nação com pecados explícitos (e não com julgamentos dos outros como percebemos hoje), também nos representarão mais negativamente, nem que seja por momentos. Porquanto oremos por todos esses homens para que continuem ao menos, tendo a coragem de nos representar nas reafirmações de algumas verdades que acreditamos e que muitos parecem ter esquecido! "As opiniões ditas pelos colunistas são de inteira e única responsabilidade dos mesmos, as mesmas não representam a opinião do Gospel+ e demais colaboradores." Silvio se define como crente pela compaixão de Jesus, estudante de teologia por paixão e administrador de empresas por profissão. Mora na belíssima cidade de Guarapari no ES; estudou teologia no Seminário SEET e na Faculdade FAIFA. Textos de sua autoria frequentemente são publicados em portais cristãos do país por focarem questões do cotidiano da igreja evangélica brasileira. Ele ainda mantém o blog Cristão Capixaba, iniciou o portal Litoral Gospel e está engajado numa campanha para conscientização cristã para as eleições de 2014 conheça e participe! |
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