Jesus : Dinheiro, “Drogas” e Alucinação
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Enviado por alexandre em 06/12/2013 20:59:07 |
Era noite de um domingo comum e mais uma vez, eu esperava sair renovado do culto. Sabia o que viria pela frente, pelas pregações baseadas na “visão” dos pastores nas últimas semanas: Uma “teologia da prosperidade” com uma “roupagem” “Light” e discreta, certamente pelas críticas dos últimos tempos, mas que crescia e ganhava vigor à medida da receptividade do público nas reuniões aumentava. Contudo, eu ainda tinha esperanças de que o Espirito de Deus falasse através do Pastor… Deus tem um compromisso com o seu povo, ainda que esse povo não queira dar ouvidos a ele… Então, ele sempre tenta. Naquela noite era o mesmo pregador das últimas reuniões. No dia anterior, um pastor convidado e que ao que tudo indicava, era um amigo que “compartilhava” da mesma “visão”, fora radicalmente, em outra direção; Firme em sua fala, o pastor, de outra igreja, se reservou simplesmente a lembrar à igreja que pouco conhecia, de seu compromisso em ser como a igreja primitiva. Silencio. Não houve relutância ou discordância, mas apenas um silencio pouco comum. Um silencio que denotava atenção por parte igreja, apesar de um “desconforto” aparente. Ele continuou, lembrando o texto de Atos 2: 42 a 47: “… E perseveravam na doutrina dos apóstolos, e na comunhão, e no partir do pão, e nas orações. E em toda a alma havia temor, e muitas maravilhas e sinais se faziam pelos apóstolos. E todos os que criam estavam juntos, e tinham tudo em comum. E vendiam suas propriedades e bens, e repartiam com todos, segundo cada um havia de mister. E, perseverando unânimes todos os dias no templo, e partindo o pão em casa, comiam juntos com alegria e singeleza de coração, Louvando a Deus, e caindo na graça de todo o povo. E todos os dias acrescentava o Senhor à igreja aqueles que se haviam de salvar”. Na pregação do domingo, o pregador voltara, quase que imperceptívelmente, falando a respeito da necessidade de nós os filhos de Deus, sermos “abençoados” financeiramente; “Sem dúvidas”, segundo ele, era preciso que o mundo visse, tudo o que indicasse uma prosperidade; toda uma vida “próspera”… Dai então, quisesse ser tão “abençoado” como o crente em sua vida de “vitórias”… Confesso que minha vontade foi a de sair, já que eu não era mais que um simples espectador na nova condição em que a igreja me “colocara”. No entanto tentei, apesar de sua fala me parecer sem razão, entender o porque de sua insistência. Quis achar um motivo para a forma do que ele dizia, já que o conteúdo havia se tornado insipido . Porém, não havia. Era esta mesmo a sua fala? Será que não tinha ouvido direito todas as suas ideias e não entendido sua visão? Sei que você pode até conjecturar sobre uma série de argumentos, visando defender a tal prática e talvez, diga: “Ora, Como as pessoas verão e virão a Jesus se os olhares do mundo e sua cobiça infelizmente, são para o que é “material”?? E a única resposta que eu teria para você hoje, são as mesmas perguntas que naquele momento eu me fazia, enquanto o pastor continuava em seu discurso repetitivo: “Será mesmo que a igreja primitiva havia conquistado sua popularidade entre as pessoas, por sua “riqueza” aparente? Seria por talvez estarem tão “prósperos” financeiramente, a ponto de possuírem bens à vista de todos – dentro e fora de suas comunidades – , é que os sorrisos lhes saiam pelos lábios e a graça lhes enchiam os olhos, tornando-os amáveis e simpáticos? Será mesmo que o texto de Atos 2 falava de um contexto apenas histórico, de um momento único na história que, por contextos sociais não poderia ser aplicado hoje? Seria uma utopia, pensar que o que o Espirito de Deus fazia naqueles dias, não era aliado ao contexto histórico, mas sim, visava e saciava o coração humano que é atemporal??”. Tentava pensar, não na resposta que claramente, dizia não, à todas as perguntas, vinda diretamente do próprio contexto do livro de Atos e de toda a história de Jesus, mas sim, pensava em como tal negação ao evangelho se fortalecia e, por que se fortalecia. Continuei no culto, atento para ver até onde tudo aquilo, toda a insistência baseada em contextos pessoais de outros pastores ou em testemunhos diversos, colocando de lado toda a meta do coração de Deus, iria chegar… A apenas um dia antes, uma exortação em que a maioria, apesar dos costumes, havia ouvido e no final, tinha começado a corresponder, estava o pastor, ditando a “cartilha do crente esperto”; Firme e irredutível em suas próprias convicções. Fui tomado por uma vontade de sair do culto em “sinal de protesto”, mas se a igreja já parecia novamente “render-se” às palavras macias que confortavam suas dúvidas, tampouco dariam falta de um membro… Se não ouviam a voz do Espirito falando à igreja como fora previsto na palavra, certamente não se dariam conta, nem de minha ausência, nem dos muitos que terminam por largar suas igrejas pelo fato de, ao invés de serem alimentados em suas fraquezas, serem incitados a tomarem suas “doses” de um “remédio” que apesar de uma satisfação momentânea, terminava os destruindo por dentro. Quem disse que os evangélicos não usam “drogas”?? Elas são vendidas livremente em troca de um conforto, de uma cobiça e terminam como todas a outras ilícitas, destruindo almas e indo contra todo o plano perfeito que Deus começou com Jesus em sua vida, em sua morte e em sua ressurreição. O plano de Deus era, antes do céu, te fazer uma pessoa melhor. Mas talvez você tenha preferido a “droga”. Não sei o que aconteceu com o pastor depois daquele dia, mas, uma coisa eu lhe digo e talvez, você já tenha tido a mesma impressão: À medida em que ele falava de suas convicções no púlpito, se contradizia, quando citava alguns textos que usava na mesma pregação. Apesar de “viciado” na tal “teologia” da prosperidade, ele repetia e ainda dizia: “Não sei porque estou falando isso… Ia pregar outra coisa, mas terminei falando isso…” Mesmo assim, a pregação se aproximava do fim e ele a terminou, “arrematando” com mais uma frase de “sub vitória”, levando à maior parte dos presentes ao delírio e não à rendição da noite anterior… Sua “missão” fora cumprida. Se fora na melhor da intenções , não sei… Deus o sabe… Mas não importa… A intenção de Deus era a que deveria importar. O que sei é que esta história triste de equívocos e perdas, tem se repetido na maior parte das igrejas… Duvida? Então preste atenção, examine-se, examine todas as coisas. Conheça o verdadeiro desejo do coração de Deus. Escolha o que é bom de verdade. Afinal, você com toda certeza foi ensinado a se manter longe das “drogas”. Você só as usa, se quiser. Por Rogério Ribeiro. |
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Jesus : Você é Idólatra e não sabe. Idolatria Gospel, mais forte do que nunca!
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Enviado por alexandre em 06/12/2013 20:55:57 |
Por Érica Pavão É tão comum vermos pessoas idolatrando outras pessoas ou coisas, com ou sem consciência disto. A memória de alguém, um objeto, um ator famoso ou uma banda. Será que é natural do ser humano se apegar a qualquer coisa que não seja Deus? Os cristãos protestantes estão livres disso? Quando falamos em idolatria, a primeira ideia que nos passa pela cabeça é o Catolicismo Apostólico Romano. “Eles adoram imagens de santos”, a maioria de nós fala. Na verdades, segundo os próprios católicos, eles não os adoram, só Deus é digno de adoração, os santos são venerados. Qual a diferença? Adorar significa prestar culto a, ter muito amor a e venerar ter estima respeitosa por; tratar com muito respeito, ter em grande consideração. Mas sabemos que temos acesso a Deus por meio do sacrifício de Cristo e não precisamos de intercessores entre nós e o Pai (Romanos 5.1-12), e todo que pedimos, Ele nos ouve (Salmos 21.2; 32.6;86.6;116.1;130.2;140.6;143.1). Ora, se precisamos que alguém fale com Jesus para Ele falar com Deus, para que Jesus veio? A idolatria dentro do Catolicismo é forte e seria assunto para outro post já que este aqui tem outro objetivo. A idolatria não é exclusividade dos católicos. Qualquer um que tome uma pessoa, um animal ou um objeto como sendo perfeito, imaculável, perfeito e a única razão de viver é idólatra. No ambiente evangélico (como foi deturpado o sentido desta palavra!), a idolatria é notada quando um pastor, ministro, apóstolo, ancião ou sei lá o que se torna mais importante que Deus. Se você vai à igreja só porque o fulano de tal opera milagres e pode te curar, é a ele que prestará culto. Se o cantor ciclano fez uma música nada a ver com a Bíblia e todo mundo diz que ele está errado, você o defende com unhas e dentes e não enxerga pelo menos a possibilidade de isso ser verdade, ele é seu ídolo. Um “evangelho” que tem mais bençãos que sacrifício não é o verdadeiro. Muitos usam o nome de Deus para ganhar dinheiro, fama, reconhecimento. Já li grandes tele-pastores dizerem que “usar o dinheiro da Igreja para ajudar os pobres é desperdício de recursos. Isso é obrigação do Governo”, enquanto eles enriquecem como um empresário bem-sucedido. Os ídolos da música “góspi” só cantam se o cachê estiver pago, com camarim exclusivo, frutas selecionadas, água benta, Coca-Cola Light e nada de fritura (porque quem é gordinho não faz jejum) – essas exigências eu inventei, mas do jeito que anda, duvido se está totalmente errado. GUARDA-COSTAS??? O cantor que se diz cristão tem medo de morrer ou tá se achando a Whitney Houston. Não confia em Deus para guardá-lo, prefere um par de bruta-montes para segui-lo… como vai cantar a ONIPOTÊNCIA de Deus então (contraditório, não?)???. Amar ao próximo como a ele mesmo é piada, né! Ele pode ser rico, o outro… não deu o trízimo do salário mínimo que sustenta uma família de cinco pessoas, por isso que o outro está passando por dificuldades. Leia, reflita, estude, releia I Coríntios 9: “Se anuncio o evangelho, não tenho de que me gloriar, pois sobre mim pesa essa obrigação; porque ai de mim se não pregar o evangelho! Se o faço de livre vontade, tenho galardão; mas, se constrangido, é, então, a responsabilidade de despenseiro que me está confiada.” (vers. 16 e 17). Se você curte o som daquela banda ou as pregações de tal pastor, faça algumas considerações: - Quantas vezes ele lê ou cita (com referências) a Bíblia?
- Ele tem formação teológica de pelo menos quatro anos de estudos?
- Você está lá porque a música é boa, a pregação é abençoada ou porque precisa de Deus?
- Quantas pessoas estarão lá? Quantas apresentaram transformação verdadeira de vida após o evento?
- O que ele canta/prega condiz com a Bíblia? Você verificou na Bíblia?
- Eles se preocupam mais com o pagamento e equipamentos ou com o coração sujo e pecador do público?
O verdadeiro evangelho exige renúncia, arrependimento, reconhecimento da imoralidade que o ser humano carrega. NINGUÉM está livre de erros, nem o pastor da sua Igreja, nem o Thalles Roberto, nem o Barack Obama, nem o Papa e nem você ou eu. Uma pessoa pode sim ser instrumento de Deus na vida de muita gente, mas isso não significa que ela seja melhor que qualquer um ou mereça uma multidão atrás dela. TODOS pecaram e carecem da glória de Deus (Romanos 3.23). O problema é que o ser humano tem a fé tão pequena que se não tiver algo palpável, concreto, visível para se apegar, parece estar perdido. Você não vai ver a pessoa de Deus, não vai tocá-lo com suas próprias mãos, não vai sentir a respiração dEle quando falar ao seu ouvido. FÉ, é assim que O vemos, ouvimos, sentimos, falamos com Ele. Nenhum ser humano é capaz de te levar aos pés redentores do Senhor. Podemos mostrar o caminho e a verdade, mas quem tem que ir até lá é você. Nenhuma pessoa, animal ou objeto pode te levar ao Céu, só Jesus. Homens se achando Deus, homens achando que homens são Deus… Inculcando-se por sábios, tornaram-se loucos e mudaram a glória do Deus incorruptível em semelhança da imagem de homem corruptível, bem como de aves, quadrúpedes e répteis(Romanos 1.22 e 23). Matéria de Érica Pavão para o Blog de Érica Pavão http://erikapatricya.wordpress.com/2013/08/16/idolatria-gospel/ |
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Jesus : Entre a fé e o migué
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Enviado por alexandre em 30/11/2013 01:01:05 |
A curta e desafortunada carreira no universo gospel legou-me algumas vivências interessantes e aprendizados profundos que me ajudaram a compor muito de minha teologia. Observando o segmento, uma das primeiras coisas que aprendi foi que as bandas e ministérios que mais tocavam nas rádios evangélicas, não eram as que tinham o ‘vinho novo’ para compartilhar (como me disseram), mas sim, as que tinham condições financeiras para bancar sua publicidade, ou seja, a execução de suas músicas, o chamado jabá. Com o tempo, aprendi que aquilo era uma prática execrável, mas não era só isso! Vi que em nosso meio utilizava-se uma série de ferramentas, ligadas à propaganda, para que produtos e serviços chegassem ao conhecimento dos irmãos, com o objetivo de se alavancar e fechar bons negócios. Nada de errado nisso, não fosse a larga utilização do “migué” nas propagandas dos produtos cristãos. Sério mesmo, eu achava que a rádio cristã tocava aquilo que era considerado bênção e que o sucesso de um ministro era proporcional ao nível de unção que Deus havia derramado sobre aquele vaso. Devia ter vergonha de escrever isso, mas não. Eu acho até engraçado. Entendi que as ‘coisas’ são assim e que a comunicação dos tempos modernos se dá com o intuito de tornar algo atraente para que possa vender e cada um de nós deve ser capaz de diferenciar o falso do verdadeiro, em nós mesmos e nos outros. Sim, é um sistema de mentiras e a Verdade deve ser revelada no interior de cada pessoa! Imagine ‘qual não foi minha surpresa’ quando comecei a conhecer pessoalmente os artistas famosos do meio, concluindo que, de fato, o Photoshop faz verdadeiros milagres. Não acreditava e ainda não acredito que filhos de Deus, cristãos, como representantes da Verdade que são, deveriam utilizar o “migué” em proporções tão descaradas, mas… O universo virtual é outro meio no qual se pode pregar qualquer coisa que um monte de gente engole. Ali fica evidente o volume de personalidades fake que abarrotam a rede social em todas suas ramificações. Um monte de crente caiu na conversa da Irmã Zuleide, que na verdade é um cara, por exemplo. Bandas, músicos, pensadores, pregadores e avivalistas são criados diariamente nessa esfera e do dia pra noite angariam milhares de seguidores no Twitter, Youtube, Facebook, Instagram… Não há obra, não há feito, somente uma grande e poderosa estratégia de marketing, geralmente carregada de sofismas que transformam estupradores em pregadores cheios de poder, composições teologicamente fracas em verdades de grande sucesso, reverberadas em igrejas e programas de TV Brasil e mundo afora. Jesus disse que com uma pequena fé poderíamos realizar grandes coisas e a igreja deste tempo nos ensina que com um pequeno “migué” também. Afinal, o que é mais fácil: usar a fé ou o “migué”? Ambos são admiráveis, pois removem montanhas. O primeiro transpõe barreiras e nos torna fortes o bastante para permanecer fiéis aos princípios, mesmo que estejamos fracos. Já o outro, melhora nossa imagem, nos fazendo ficar bem na foto mesmo que sejamos feios e incapazes. Pelo Espírito devemos discernir o falso do verdadeiro, é fundamental isso. Na Bíblia, as profecias nos exortam a não nos deixar enganar por quem quer que seja. Talvez a banda mais tocada não seja a bênção que aparenta ser, nem a voz do cantor é verdadeira, tampouco aquele rosto imaculado das fotos do encarte do CD. Nos sites da internet, só se propaga o que colabora para aumentar as vendas… portanto, utilizem o dom que o Espírito concedeu à igreja para situações como estas: o discernimento. Nele, poderemos enxergar as coisas da perspectiva do Senhor e decidir se queremos ou não ser enganados! "As opiniões ditas pelos colunistas são de inteira e única responsabilidade dos mesmos, as mesmas não representam a opinião do Gospel+ e demais colaboradores." Pastor, músico, compositor, poeta, jornalista, produtor musical, blogueiro, twitteiro, facebookeiro, observador da igreja dos últimos dias à serviço de Cristo. |
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Jesus : A Paz com Deus e com os Homens
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Enviado por alexandre em 30/11/2013 00:58:59 |
Paz com Deus e com os homens está ao alcance de todos aqueles que por Ele foram chamados à salvação, por Sua graça, Ef. 2:1. Deus estava em Cristo reconciliando os homens e nos constituiu seus embaixadores para que o mundo soubesse que Ele não mais imputa pecado aos que n’Ele creêm, e esta é a mensagem de grande alegria proclamada pelos anjos quando do nascimento do Messias na cidade de Belém, até ao dia de hoje. Não sabemos em que dia Jesus nasceu mas o evento do Seu nascimento é testificado por todos aqueles que n’Ele creêm. Precisamos de celebrar uma festa a Deus com gratidão por nos ter resgatado das trevas. A cristandade adoptou o próximo dia 25 de Dezembro como o dia de Natal. Nem todos concordam com esta celebração porque a consideram pagã, comercial e consumista. Mas como celebrar o Natal em paz com Deus e com os homens? Primeiramente, precisamos de ter a paz de Deus. Este Shalom só é alcançado pela justiça mediante o nosso arrependimento. Com a paz de Deus em nós nasce a alegria, porque o Reino de Deus é justiça, paz e alegria no Espírito Santo, Carta aos Romanos. O essencial numa festa é a alegria e é com ela que contagiamos o nosso semelhante, porque a alegria do Senhor é a nossa força. Quando o pai da Parábola do Filho Pródigo o recebeu de regresso ao lar,foi possuído de uma alegria desmedida, convidou os amigos, mandou matar o bezerro cevado, a casa encheu-se de música e de danças e tudo aquilo por causa do arrependimento do filho estouvado porque era justo que o fizesse, disse ele ao seu filho mais velho, porque teu irmão estava morto, entenda-se, em pecado, mas se arrependeu. Jesus prometeu-nos a Sua paz, não como o mundo a dá. A paz do Príncipe da Paz, O Desejável das Nações nos fará também ter paz com os homens. É perdoando e pedindo perdão ao nosso semelhante que a alcançamos. Quase todas as festas celebradas na Antiga Aliança eram à volta de uma mesa. Também, na Nova Aliança, Jesus nunca rejeitou um convívio à mesa para escândalo dos fariseus. Ele comeu com adúlteros e prostitutas, cobradores de impostos e converteu à Sua paz os que se arrependeram. Façamos pois festa a Deus com a Sua paz e que na noite da consoada, segundo a tradição das famílias, possamos repartir com o nosso próximo o amor de Deus que excede todo o nosso entendimento. Tenham paz com Deus e com homens, casal com uma missão Amilcar e Isabel Rodrigues |
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Jesus : Conhecendo Crenças: Evangélicos
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Enviado por alexandre em 30/11/2013 00:57:32 |
A seguir disponibilizamos nossa recente entrevista ao periódico Conhecendo Crenças, de São Paulo (SP), sobre aspectos da igreja evangélica, suas crenças e presença no Brasil. A entrevista é parte da matéria de capa que irá às bancas na primeira quinzena de dezembro. Boa leitura! Conhecendo Crenças. Quando a igreja evangélica chegou ao Brasil? Johnny Bernardo. Com relação ao Brasil, houve duas experiências evangélicas no período colonial: a primeira, de 1555 a 1560, com a chamada “França Antártica”. Neste período, calvinistas desenvolveram trabalhos evangelísticos entre indígenas de Guanabara, sendo o primeiro culto realizado em terras brasileiras em 10 de março de 1557, no idioma francês; a segunda experiência ocorre entre os anos de 1630 e 1654, quando a Igreja Reformada Holandesa estabelece 22 congregações em Pernambuco, por meio de 50 pastores. Com a expulsão dos holandeses, o Catolicismo Romano volta a predominar na Região. É a partir de 1810, ano em que é assinado o Tratado de Comércio e Navegação entre Portugal e Inglaterra, que o Protestantismo histórico recebe autorização para atuar no Brasil. No ano seguinte é instalada, no Rio de Janeiro, a primeira igreja protestante, de confissão anglicana. Atendia os súditos ingleses que antes se reuniam em residências e navios britânicos ancorados. A Constituição de 1824 daria, de fato, liberdade de culto aos protestantes, embora com algumas restrições, como a que proibia a construção de igrejas com aparência externa de local de culto e a não evangelização e conversão de fieis católicos. Qual o termo correto para se usar: evangélicos ou protestantes? O termo “protestante” surge com a Dieta de Speyer (1529) quando líderes luteranos manifestam oposição ao Édito de Worns – édito este que proibia o ensino do Luteranismo em territórios do Sacro Império Romano-Germânico. Quanto ao termo “evangélico”, passa a ser utilizado para designar o grupo de crentes que têm como base doutrinária, de confissão de fé, os Evangelhos, os ensinos de Cristo e dos apóstolos. Ambos os termos têm origem externa, e não se desenvolvem a partir de declarações ou imposições de lideranças pastorais. São formas de identificação, nomenclaturas utilizadas para identificar um grupo religioso específico. Dessa forma, ambos são corretamente utilizados como forma de identificação. Não há preferência por termos. Qual a diferença entre as igrejas evangélicas? No universo evangélico as diferenças se dão entre protestantes históricos, pentecostais e neopentecostais. As diferenças ocorrem no campo litúrgico, na organização ministerial, na forma como cada denominação alcança novos membros ou fieis. Há pequenas diferenças doutrinárias, por exemplo, entre presbiterianos e pentecostais de Primeira Geração, como a crença presbiteriana na doutrina da Predestinação. Segundo a doutrina da Predestinação, Deus já escolheu quem será salvo; não depende da escolha humana, mas de um ato único de Deus, expresso por sua graça salvadora. Por outro lado, os pentecostais acreditam que, apesar de a salvação ser um dom de Deus, originária nEle, o homem também tem sua parte na salvação. Curta a nossa página no facebook Por que existe mais de uma igreja evangélica? A mesma pergunta deveria ser feita com relação ao Catolicismo Romano: por que há mais de uma denominação católica? Sabe-se que, apesar de a Igreja Católica afirmar ser “una”, ela possui diversas ramificações em todo o mundo – no Brasil há setenta denominações católicas independentes. Como no Catolicismo, o movimento evangélico está dividido em inúmeras denominações, ministérios, por inúmeros motivos, como doutrinários, de costumes, de divergência administrativa ou mesmo por “visões” de pastores. Há ainda que se acrescentar aspectos regionais, de formação acadêmica, social, de localização cultural. As diferenças sociais, de classe, de tradição, também são reproduzidas na fundação de novas denominações. Qual o país que tem o maior número de evangélicos? Estatisticamente, os EUA é a maior nação evangélica do mundo. No entanto, há de se considerar o fato de que o nominalismo evangélico e o crescente aumento de igrejas e movimentos evangélicos alternativos são elementos que indicam uma possível crise de identidade no movimento evangélico norte-americano. No Brasil há algo semelhante em desenvolvimento, mas a tendência é de que as igrejas evangélicas brasileiras deverão superar os EUA em número de membros. Há outras curiosidades, como a grande presença evangélica na Nigéria – país da África do Norte que sofre forte influência de grupos islâmicos – e a China, país comunista. Então você concorda que a igreja evangélica é a que mais cresce no Brasil? Sim, é um fato nítido para a maioria dos pesquisadores da religião, e podemos ir um pouco mais além: o Brasil não é mais o maior país católico do mundo, pelo menos não em número de praticantes. A declaração do cardeal Dom Geraldo Majella, ao G1, de que “aqueles que aparentemente mudaram, nunca pertenceram (à Igreja Católica)” e que “não se perde o que não tem”, reflete uma realidade cada vez mais perceptível dentro e fora da Igreja. Por ocasião do 50º Assembleia Geral da Conferência Nacional de Bispos do Brasil, realizada entre os dias 18 a 26 de abril de 2012, o padre jesuíta Thierry de Guertechin, apresentou, com base em dados coletados pela Fundação Getúlio Vargas e das Pesquisas de Orçamentos Familiares do IBGE, um quadro preocupante para os católicos. Segundo o jesuíta, apenas 5%, ou cerca de sete milhões de brasileiros vão à missa e recebem os sacramentos, de um universo de 123,3 milhões de fieis. Por que a religião evangélica é a que mais cresce no Brasil? Há inúmeros motivos que poderíamos apontar como razões do crescimento da igreja evangélica brasileira, mas a principal é a de que a aproximação com os pobres, nas periferias, principalmente pelas igrejas pentecostais, facilita aos evangélicos se relacionarem com a camada mais sofrida da sociedade. Ao mesmo tempo, a presença cada vez maior de igrejas históricas, pentecostais e neopentecostais na grande mídia também facilita às comunidades locais, regionais, alcançarem de forma mais dinâmica os ouvintes. A estagnação católica, a ausência de uma liturgia participativa, são uma das razões da evasão em massa de fieis para igrejas evangélicas ou outras confissões religiosas, como as de origem norte-americana e orientais. Existe alguma pregação para a igreja evangélica atrair os jovens? Sim, mas de forma diferenciada entre protestantes históricos, pentecostais e neopentecostais. Há uma orientação pentecostal de alcance de jovens, e outra de igrejas neopentecostais, como a Bola de Neve, Sara Nossa Terra e Renascer em Cristo. Enquanto nas igrejas pentecostais há mensagens e cultos esporádicos dedicados aos jovens, nas neopentecostais a própria liturgia e mensagem têm como público alvo a juventude. Como é o processo de formação dos pastores? O processo de formação de pastores varia de denominação para denominação. No entanto, no geral, são observados alguns critérios, como o tempo de conversão, histórico de atividades ligadas ao ministério, formação teológica compatível com a regra de fé adotada. Escolhido, o candidato é indicado ao corpo ministerial para análise e possível aprovação. Aclamado por unanimidade, e não havendo impedimento de qualquer natureza, o candidato a pastor é então consagrado e reconhecido publicamente. Há outros processos a serem observados, como o reconhecimento da convenção à qual a sua denominação é filiada. Ou seja, em denominações ligadas por convenção – como ocorre com as Assembleias de Deus e O Brasil para Cristo -, o candidato ao ministério pastoral também tem de ser reconhecido pela convenção, o que lhe vale reconhecimento nacional. Qual a crença defendida pelos evangélicos? Se há algo que aproxima protestantes históricos, pentecostais e neopentecostais é a confissão de fé baseada nos credos apostólicos, embora com algumas relutâncias com referência a expressões como “da virgem Maria” (Credo dos Apóstolos, artigo 3) e “na santa igreja” (artigo 10 da mesma confissão). No mais, os cristãos protestantes manifestam sua fé na existência de “um só Deus, Pai onipotente, criador de todas as coisas visíveis e invisíveis; em um só Senhor, Jesus Cristo, Filho de Deus, gerado pelo Pai, unigênito, isto é, sendo da mesma substância do Pai, Deus de Deus, Luz da Luz, Deus verdadeiro do Deus verdadeiro, gerado, não feito, de uma só substância com o Pai, pelo o qual foram feitas todas as coisas, as que estão no céu e as que estão na terra; o qual, por nós homens e por nossa salvação, desceu, encarnou-se e se fez homem. Sofreu, ressuscitou ao terceiro dia, subiu ao céu, e novamente virá para julgar os vivos e os mortos (…) no Espírito Santo” (Credo de Niceia). Obviamente que há algumas diferenças no que se refere à Soteriologia (Doutrina da Salvação), como exposto anteriormente – sobre a doutrina da Predestinação e Livre-arbítrio. "As opiniões ditas pelos colunistas são de inteira e única responsabilidade dos mesmos, as mesmas não representam a opinião do Gospel+ e demais colaboradores." é pesquisador, jornalista, colaborador de diversos meios de comunicação e licenciando em Ciências Sociais pela Universidade Metodista de São Paulo. Há mais de dez anos dedica-se ao estudo de religiões e crenças, sendo um dos campos de atuação a religiosidade brasileira e movimentos destrutivos. Contato: pesquisasreligiosas@gmail.com Google Plus |
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