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Jesus : Os Verdadeiros Adoradores
Enviado por alexandre em 21/06/2014 01:15:15

 

Os Verdadeiros Adoradores

“…Os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade; porque são estes que o Pai procura para seus adoradores, Jo 4:23“.

O Pai procura não a todos mas àqueles que o adorem em espírito e em verdade e esta é a Hora.

Quando Jesus de Nazaré proferiu esta sentença no encontro que teve com a mulher de Samaria, junto ao poço  de Jacob, revelou os segredos do coração do Pai que é universal para com todos aqueles que crerem no Filho de Deus e recebam o Espírito da Verdade, Jo 14:17.”

Quando o Papa Francisco procura estabelecer os ideais do Concílio Vaticano II, um Ecumenismo de crenças, baseado na diversidade da fé e na universalidade das religiões é confrontado com Moisés Espírito Santo, a  religião cristã – tal como está determinada nos textos do Novo Testamento é o protótipo da religião universal.

E não foi porque Jesus disse “Ide por todo o mundo, pregai a boa nova a toda a criatura” mas porque se absteve de valorizar os sistemas e as diferenças existentes entre Judeus e Samaritanos, Romanos, Palestinos e Sírios, nacionais e estrangeiros, homens e mulheres, e não aconselhou aos seus seguidores nenhum sistema jurídico ou cultural como requisito para a salvação (…)A partir de Jesus, Deus só quer ser venerado em espírito e verdade independentemente do local e dos modelos religiosos”.

Outrossim a considerar é que a Nova Aliança não é um ato isolado da manifestação de Deus aos homens, Hb 1:1, mas a revelação da escatologia do Messias no plano universal de Deus e confirmado nos textos do Pentateuco e nos profetas, não um sincretismo de uma inovação teológica mas na manifestação do Cristo aos discípulos, no caminho de Emaús, no dia da Sua ressurreição.

Fraternalmente,

casal com uma missão,

Amilcar e Isabel Rodrigues

"As opiniões ditas pelos colunistas são de inteira e única responsabilidade dos mesmos, as mesmas não representam a opinião do Gospel+ e demais colaboradores."
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Amilcar Rodrigues foi ordenado pastor em 1978 na "Apostolic Faith Mission" na República da África do Sul, onde fez estudos teológicos. Como missionário em Portugal, fundou três igrejas e foi Presidente Nacional da Comissão de Programas da Aliança Evangélica Portuguesa, para a televisão, RTP2. Foi formado produtor de televisão "Broadcast" pela "Geoffrey Connway Broadcast Academy" Toronto, Canadá, é filiado do "Crossroads Christian Comunication". Em 1998 veio para o Brasil convidado pelo Ministério Fé Para Todos, Rio de Janeiro. No ano 2000 fundou em Cabo Frio uma congregação do mesmo Ministério e foi nomeado Vice-Presidente do Conselho de Pastores até ao ano de 2004. Em 2006 ficou cego. Escreveu o livro "Deus da Aliança" , Evangelho dos Sinais aos Hebreus" e "Contos do Apocalipse". Foi convidado pelo Gospel+ para participar como colunista em Maio de 2012.

Jesus : “Traseiros” ou pontapés? O significado da abertura da copa.
Enviado por alexandre em 21/06/2014 01:13:55

O texto a seguir é do irmão Dilson Cunha. Estou muito longe e não pude acompanhar a festa de abertura. Aqui na cidade da fronteira, no entanto, alguns sírios e jordanianos vestiam a camisa do seu time favorito: Brasil! É emocionante.

Uma enxurrada de comentários e críticas à abertura da copa me deixaram curiosa. Porém, este texto foi o mais completo na descrição da festa. O que afinal aconteceu  na abertura desta copa? Leia a seguir:

Talvez você não tenha percebido, mas ocorreu algo de relevante peso simbólico na “abertura de jogos escolares do ensino fundamental” da Copa das Copas.

De um lado, a demonstração de anos de pesquisa do neurocientista brasileiro, quase Nobel, Miguel Nicolelis, em que um paraplégico que, numa veste robótica que capta atividades cerebrais e a transforma em movimentos, deu um pontapé numa bola. Sim, um milagre da ciência jogado a escanteio e que passou despercebido. Um pequeno pontapé para um homem, mas – quem sabe – um salto para os paraplégicos. A Fifa impediu que a demonstração fosse no gramado, no centro do campo, por causa do gramado. 

De outro, duas bundas latinas rebolantes que, à revelia da neurociência, também mostraram o que se pode fazer a partir de atividades neurais com esqueleto flexível, fartos glúteos e um playback. Aliás, dispensam qualquer ciência. Essas bundas rebolantes ganharam o centro do campo, os ‘holofotes’ e os aplausos da torcida neurocientificamente alienada, mas empolgada. Aplausos também são expressões de atividades neurais.

Que contraste! Fico pensando no que pensaram os colegas e alunos do Nicolelis, que pesquisa e leciona na Universidade de Duke, nos EUA, há vinte anos.

O dia em que dermos um pontapé nos nossos glúteos rebolantes e os mandarmos para escanteio, talvez o cérebro ganhe alguma relevância e primazia nos nossos campos. Por enquanto, nessas bandas onde abundam bundas, qualquer bundada continua a ser um desbunde para os bundões cultural e cerebralmente moribundos.

Quem sabe na próxima Copa no Brasil, quiçá no século 22, essa geração bunda-mole, já não estando mais aqui, seja apenas uma vaga lembrança e talvez o Nicolelis seja reconhecido como precursor de um milagre que lá, naquele distante século, terá feito do milagre de um paraplégico andar uma coisa tão comum que lá então, e só lá então, alguns jogadores poderão ser craques com um histórico de ex-paraplégicos. Aí já teremos canonizado São Miguel.

Por enquanto, Nicolelis, a inteligência não nos excita. Por aqui, são outros estímulos neurais que fazem – e levantam – nossas cabeças.

Dilson Cunha


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Raquel Elana, missionária, formada em Teologia, Pós Graduação em Jornalismo Político/ (Jornalista – MTb 15.280/MG) e Ministérios Criativos pelo IBIOL de Londres, é autora de 3 livros, entre eles: Anjos no Deserto - uma coletânea de testemunhos dos seus quase 10 anos de trabalho no Oriente Médio. Desde o ano passado está envolvida com o trabalho de atendimento aos refugiados da guerra civil da Síria. Veja este vídeo de divulgação para conhecer mais sobre nossas famílias e como desenvolvemos o serviço.

Jesus : Pastores, linchadores e juízes: o que os une?
Enviado por alexandre em 31/05/2014 12:16:59

À medida o governo brasileiro avança, lentamente, no meio a numerosas dificuldades de toda índole, setores políticos e judiciais, que estão além de toda qualificação ética, manipulam o mais agressivo lumpen para consolidar o sonhado golpe branco. No Brasil tem acontecido, desde o final de 2012, fatos que só se apresentam nas teocracias mais atrasadas do Oriente.

A herança dos vigaristas

 

No dia 6 de março de 2013, a Comissão de Direitos Humanos e Minorias(CDHM) da Câmara dos Deputados definiu seu novo presidente. O PT tinha sempre prioridade na escolha da presidência de comissões, por sua alta representatividade na Câmara. Aliás, coerente com a tradição de luta pelos direitos humanos da esquerda (à qual alguns de seus membros ainda pertencem), sempre escolhia a CDHM. No entanto, tentado por comissões mais vinculadas à infraestrutura e aos aspectos econômicos do Estado, cometeu o grave “erro” de não escolhê-la.

A ocasião foi aproveitada pelo Partido Social Cristão, uma comunidade formada por fanáticos bible bashers, que elegeram uma figura bizarra, que produziu reações negativas em ativistas de direitos humanos, grupos políticos, celebridades do meio artístico e até no exterior. O artigo, cheio de alarme, foi publicado nos EUA (leia o texto, em inglês).

Ao mesmo tempo, sites americanos acumularam milhares de assinaturas contra o presidente da CDHM. Todavia, não deve ignorar-se este fato:

Apesar de toda a oposição dos setores democráticos, a comunidade evangélica pentecostal (salvo alguns pequenos grupos), e os representantes de grupos fascistas, policiais ou militares no Parlamento, lhe deram forte apoio. Além disso, as autoridades do Parlamento, o Poder Executivo e o Judiciário ignoraram o problema, apesar da clara violação das leis contra racismo.

 

Dois anos antes, o que fora depois presidente da CDHM havia publicado no Twitter uma declaração considerada racista:

 

“Africanos descendem de ancestral amaldiçoado por Noé. Isso é fato. [...] A maldição que Noé lança sobre seu neto, respinga sobre continente africano, daí a fome, pestes, doenças, guerras étnicas!”

 

O bizarro personagem insistiu nesse ponto durante o ano de 2013, enquanto durou seu mandato, e repetiu maldições contra mulheres, gays, figuras pops e quaisquer outras pessoas ou grupos que pareciam contradizer as fábulas bíblicas.

 

Apesar de seu protagonismo de escândalos e provocações, é evidente que, pela limitada capacidade mental que surgia de seus discursos, sua conduta global era manipulada pelas Igrejas Evangélicas e, sem sombra de dúvida, pela direita (parlamentar ou não) que busca o golpe branco desde há tempo.

 

O ódio pelas religiões africanas, e o estímulo à agressão contra as comunidades afrodescendentes em todo o país, pode ser entendido como produto do fanatismo supersticioso, próprio de grupos de ativistas “surtados”. Entretanto, isso está combinado com estratégias de etnocídio e de democídio de comunidades pobres, que já foram executadas no Carandiru, em Pinheirinho, em Carajás e outros lugares onde a ultradireita parlamentar têm força.

 

Ou seja, é uma ingenuidade atribuir a luta antiafro apenas à demência e ignorância dos estelionatários da fé e seus seguidores. Há uma política de faxina social de tipo nazista, cujo melhor exemplo está em São Paulo (por exemplo, no massacre de maio de 2006).

 

Essa soturna galera de apocalípticos abandonou a Comissão de Direitos Humanos e Minorias no começo de 2014. O PT, consciente de que havia cometido um gravo erro, reassumiu seu controle. Apesar disso, a batalha foi dura. Um representante do pior do fascismo tupiniquim, célebre por ter defendido o fuzilamento do então presidente FHC, se apresentou como candidato avulso. O presidente da Câmara não foi capaz de impedir sua inscrição. Ele perdeu por apenas 20 votos.

 

Desgraçadamente, o período anterior foi gravíssimo para os direitos humanos. Deve-se adicionar o crescimento da campanha dos bible bashers, e o aumento de suas postagens na internet, especialmente no You Tube, de suas mensagens de ódio contra as religiões afro-brasileiras e os negros em geral, e de suas ações de ataque contra terreiros dessas religiões.

Linchamento religioso e racial

 

Embora talvez não tenha existido uma conexão direita entre os fanáticos fascistas e os linchadores de Guarujá, é fácil perceber como os preconceitos estendidos pela ralé racista incidiram de maneira direta na brutal carniçaria.

 

Fabiana Maria de Jesus era uma mãe de família de 33 anos, habitante de uma favela de Guarujá e, de acordo com o funeral religioso que foi realizado, devia pertencer à comunidade católica. Faz nada menos que dois anos, a polícia de Recife denunciou a desaparição de uma criança e publicou um retrato falado da suposta sequestradora. A mãe da criança disse, na época, que a mulher que havia raptado se filho não se parecia em nada a esta imagem.

 

Agora, dois anos depois, sem qualquer indício sobre a criança raptada, e sem qualquer evidência de que houvesse outros sequestros de crianças no litoral de São Paulo, um site sensacionalista da internet, Guarujá Alerta, publicou o identikit antigo, que nada se aparecia à antiga sequestradora, caso ela existisse.

Mas, o Identikit muito menos se parecia a Fabiana Maria de Jesus, uma jovem morena que foi atacada nos primeiros dias de maio de 2014, por uma chusma enfurecida de lumpen linchadores.

A jovem mulher morreu após dois dias de agonia, depois de ter sido linchada por um grupo calculado em 100 pessoas durante meia hora. Algumas testemunhas declararam que a vítima portava uma bíblia que foi confundida com um livro de “Magia Negra”.

A polícia diz que o linchamento durou “meia hora”, mas não sabemos como os policiais não tiveram tempo, em meia hora, de dispersar e prender os linchadores. É uma prática internacional, nunca criticada por ONGs de direitos humanos, que, diante de um linchamento, mesmo que os linchadores não portem armas de fogo, a polícia tem direito a disparar e, se não houver outro remédio, até de maneira letal.

Mas aqui não aconteceu isso. Até hoje, quase um mês após a morte pavorosa da jovem, a polícia não tem identificado mais de cinco ou seis sujeitos (até a quantidade exata é confusa). Tampouco houve pronunciamentos do Ministério Público. Nem sequer sabemos se eles serão indiciados. Um deles foi autorizado a falar perante as câmaras, algo que a polícia sempre impede aos detentos. Disse que ele era pai de família e se assustou ao saber que uma “sequestradora” andava solta. Tudo isso parece uma armação cuja finalidade seria dar uma advertência com uma vítima qualquer. Afinal, grupos fascistas sempre matam o primeiro que encontram para criar terror nos outros.

 

Portanto, cabe perguntar-se se este linchamento foi tão “espontâneo” como parece.

Em cidades onde a presença de evangélicos é expressiva, se lança sempre a notícia de que as crianças desaparecidas são capturadas por afrobrasileiros para rituais de magia negra. Esse é o nome que os evangélicos dão aos rituais afro. Tendo em conta a forte aliança de eleitores evangélicos com candidatos de ultradireita e juntando isso com a política de faxina social orientada pelos governos de SP, Rio e, parcialmente Minas, parece que, voluntariamente ou não, o linchamento de pessoas de cor “coincide” muito bem com os planos de extermínio racial e social.

Com esta conversa sobre “magia negra” aqueles fanáticos estimulam o sentimento de que a comunidade negra brasileira que pratica esses ritos é aliada do demônio (sic). Esse histerismo homicida, que visa a estimular o linchamento é cultivado nos rituais hebefrénicos das igrejas, mas também em vídeos que os pastores e seus aliados colocam na internet. Vejamos:

Essas acusações da conivência dos negros com o diabo, que estiveram em seu apogeu faz “apenas” 800 anos, se encontram em diversos vídeos do You Tube.

Veja uma gangue de terroristas religiosos atacando um terreiro em Olinda:

Traficantes evangélicos expulsam afrodescendentes das favelas de Rio:

Mas, há outros vídeos cujo endereço prefiro não divulgar para não fazer propaganda destes doentes mentais, nos quais antigos membros de religiões afro dizem ter-se convertido por “graça de Deus”, e contam aos pastores evangélicos que as religiões africanas estão aliadas com os diabos. Aparecem até sugestões para matar líderes afrobrasileiros.

Os crentes dessas religiões afro estão naturalmente muito preocupados pela possibilidade de assassinato e linchamento massivos. O bárbaro crime de Guarujá colocou todo mundo em alerta.

“Existem vídeos em que determinados pastores até pregam a morte dos sacerdotes africanos. Esses vídeos incentivam as pessoas a violarem nossas casas, a perseguirem nossos filhos, a nos perseguirem. Nós sofremos todo tipo de violência, e a Justiça tem se omitido”, denunciou líder de terrreiro Alexandre de Oxalá.

 

O juiz teólogo e o KKK jurídico

Diante da situação descrita, líderes dos movimentos afros pediram ao Ministério Público a retirada de 17 vídeos da internet nos quais se difunde o ódio contra as religiões africanas e até incentivo ao assassinato.

Isto nada tem a ver com liberdade de expressão, mas é uma forma de crime de ódio bem conhecida e punida com prisão na maioria dos países ocidentais. Quem quiser mais informação pode procurar na internet sobre o “massacre de Ruanda” de 1994, no qual morreram 950.000 pessoas.

O Ministério Público levou, no final de 2013, um pedido ao juiz federal da 17ª Vara do Rio de Janeiro para que retire da internet os vídeos criminosos. O juiz Eugênio Rosa de Araújo deu uma resposta surpreendente.

Não apenas se recusou a tirar os vídeos como injuriou as comunidades afrobrasileiras. Ele fez uma “douta” definição de religião, na qual deixava claro que as afrobrasileiras estavam excluídas. Para ele, há apenas duas religiões verdadeiras, a cristã e a islâmica.

Ele, então, cometeu dois crimes:

1) Ao negar proteção as pessoas atacadas nos vídeos de ódio, o senhor juiz, mesmo que seja por omissão, se torna corresponsável da campanha contra os afrodescendentes.

2) Ao desqualificar as religiões afrodescendentes, o juiz não apenas comete delito de discriminação religiosa, condenado pela lei brasileira, a Constituição e os tratados internacionais, mas, inclusive discriminação racial. Com efeito, fala-se globalmente das religiões afrobrasileiras, fazendo pensar que essa cultura não produz verdadeira religião, mas apenas superstições e ritos irracionais, reforçando as antigas crenças nazistas de que certas raças são menos dotadas que outras.

Artigo 20º da LEI Nº 7.716, DE 5 DE JANEIRO DE 1989.

O MP recorreu desta decisão com palavras muito dignas, onde mostrava que o juiz fazia um desprezo coletivo a milhões de brasileiros. Mas, que eu saiba, o juiz ainda não foi atuado por crime de racismo.

Pouco depois, as associações de magistrados do Rio de Janeiro e do Espírito Santo mandaram uma declaração de apoio ao togado do KKK (falo KKK de antes, porque hoje eles não diriam tamanha barbaridade), e, na linguagem rançosa e pernóstica do “juridiquês em fúria” defendem a convicção individual do juiz. Embora esta convicção seja totalmente arbitrária e sem sentido, se eles defendem esse direito do juiz, deveriam também respeitar o do MP. Mas, aí não: eles também colocam na fogueira o promotor que fez a denúncia.

Se você tem estômago, leia parte das declarações de ambas as associações.

 

Conclusões e alertas

Se um blog de ódio foi suficiente para mobilizar cem linchadores contra uma pessoa que não pertence a estes cultos, e que vive a mais de 1.500 km do local onde se produziram os alegados sequestros dois anos antes, qual será o dano que poderá ser feito agora, em que um juiz e duas associações de juízes ratificam e reforçam a mensagem de ódio dos que estimulam o linchamento?

O reforço se mantém com a continuada presença dos vídeos na Internet e com a prédica de ódio em milhares de igrejas onde milhões de ingênuos e deserdados são roubados dos tostões que poupam com enormes sacrifícios.

É verdade que o juiz Araújo se retratou, considerando o “clamor da sociedade”. Onde está a dignidade de sua certeza individual e sua expressão de consciência?

Mas, por outro lado, parece esquisito que o juiz não soubesse que haveria uma reação negativa, até da própria OAB!

Não quero contribuir à especulação, mas:

Não será que o juiz estava testando a opinião pública? O que teria acontecido se ninguém dissesse nada, ou se ele tivesse obtido substantivo apoio?

Não será isto um balão de ensaio para um futuro pogrom em grande escala contra a comunidade afro-brasileira?

As ONGs de Direitos Humanos devem estar em alerta, como foi desta vez, mas também o governo federal não pode deixar de observar este surgimento de nazismo 70 anos depois do fim da Segunda Guerra Mundial. O nazismo será ruim para a maioria de nós, talvez até para os próprios ingênuos que hoje o apoiam.

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Jesus : O Cristão deve se envolver na Política?
Enviado por alexandre em 25/05/2014 18:40:14

O que mais ouço quando falam de política e cristianismo é: política não é de Deus. E quando algum cristão entra para a política, logo é taxado de maneira pejorativa como se quisesse levar vantagem em se eleger.

O grande problema é que dizemos que política é do diabo, e os “bons” não se envolvem deixando justamente para que os maus governem. Os cristãos acham que mudarão o mundo de olhos fechados e mãos levantadas trancados em suas igrejas, enquanto isso, crianças são abusadas sexualmente em todo o país, dinheiro que deveria ser empregado em saúde e educação é desviado por corruptos para obras superfaturadas, professores são mal pagos e a policia hoje é mais vista como agressora do que protetora.

Sei que o SENHOR sustentará a causa do oprimido, e o direito do necessitado. Salmo 140:12
Compadecer-se-á do pobre e do aflito, e salvará as almas dos necessitados. Salmo 72:13

Infelizmente, os cristãos tem se envolvido de forma errada na política, para defenderem apenas suas próprias causas, porém Deus nos chama a olhar para o pobre e aflito, para defender o direito do necessitado.

Somos chamados a pregar um evangelho para o homem todo. Muitos pregam apenas algo espiritual, porém o Pai Nosso nos direciona a dizer: Venha o Teu Reino. Somos chamados a implantar o Reino de Deus aqui, através de nós.

Devemos pregar a salvação, mas ao mesmo tempo, é impossível oferecer o pão espiritual, se as pessoas estiverem morrendo de fome. Quando Hitler começou sua batalha por conquistar o mundo, um homem se envolveu na política afim de destronar este cruel assassino. Aquele homem foi Dietrich Bonhoeffer, um pastor luterano, que fez parte da resistência alemã, e não se rendeu ao nazismo, antes lutou com todas as suas forças para que o nazismo fosse extinguido. Foi preso e morto por enforcamento pouco antes de Hitler se suicidar. Um pastor que viveu o evangelho e agiu politicamente colocando em prática aquilo que cria.

Martin Luther King Jr dizia: O que me preocupa não é o grito dos maus. É o silêncio dos bons. Martin Luther King era um pastor protestante que ao ver como os negros eram discriminados e considerados inferiores nos Estados Unidos, se envolveu em um Movimento dos Direitos Civis dos Negros com uma campanha de não violência e amor ao próximo. Mostrando que todos somos iguais perante Deus e foi o homem mais jovem a conquistar o Prêmio Nobel da Paz, pouco antes de ser assassinado. Seu discurso mais famoso era: Eu tenho um sonho…

Willian Wilberforce foi um parlamentar inglês, que se sentia chamado por Deus para ser pastor. Quase abandonou a carreira política, porém Deus não o permitiu e o direcionou a servi-lo no parlamento e Willian lutou por toda a sua vida contra a escravidão na Inglaterra. Foi o líder do movimento abolicionista do tráfico negreiro e lutou contra isto quando era uma forte comércio na Inglaterra. Durante 20 anos, ano após ano tentou a abolição, até que em 1807 conseguiu aprovar no parlamento o Ato contra o Comércio de Escravos, sendo aplaudido de pé por todos presentes.

Deus nos chama a uma causa. Não dos evangélicos, mas dos aflitos, dos oprimidos, dos pobres, daqueles que precisam de representantes que os defendam! Não devemos ter segregação em nosso país, devemos ter políticos que amem uma causa e estejam dispostos a morrer por ela, assim como estes homens estiveram dispostos. Eles não são lembrados como pastores, mas como homens que dedicaram suas vidas na política fazendo a diferença no curso da história.

Não adianta falar mal do dinheiro mal empregado em estádios da Copa e na época das eleições votar da mesma maneira displicente de sempre, onde nunca lembra em quem votou para deputado federal. Onde não analisa propostas e nem o histórico dos candidatos.
Falar mal não mudará a situação, primeiro mude sua atitude e seu voto poderá mudar. Seja um agente de mudança na história do nosso país e não apenas mais uma vítima que só reclama da vida.

A questão não é não se envolver na política. A questão é se envolver da maneira certa. Com o coração voltado para Deus. Visando glorificar a Deus em todas as áreas da sociedade. Isto é ter uma cosmovisão cristã adequada e bíblica.

Por Daniel Simoncelos

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Twitter: @DaniSimoncelos. Economista por profissão, Pregador por vocação, Blogueiro por Diversão. Um pecador que foi salvo pela graça de Deus. Crê que seu chamado é para falar do amor daquele que o salvou para todos aqueles que quiserem ouvir de todas as maneiras que ele puder.

Jesus : Religião e desempenho escolar
Enviado por alexandre em 25/05/2014 18:37:00

Como resultado de uma rodada de entrevistas com alunos de três escolas do ABCD paulista, realizada entre os meses de outubro de 2013 e abril de 2014, reproduzimos parte de uma realidade nacional – de polarização religiosa entre católicos e evangélicos e do crescente número de pessoas que afirmam “não possuir qualquer religião”. Ao mesmo tempo, comprovamos a informação de que a prática religiosa seguida de uma base familiar sólida são fatores que influenciam no desempenho escolar. Os entrevistados, entre 16 e 18 anos, apresentaram informações semelhantes aos coletados por um grupo de pesquisadores do Rio Grande do Sul. Na análise “A influência da religião no desempenho de escolares provenientes de uma comunidade vulnerável de Santa Maria, RS” (2012), os pesquisadores demonstram a relação entre religião e desempenho escolar. Nina Meneses Cunha, em sua tese de pós-graduação “Religiosidade e desempenho escolar: o caso de jovens brasileiros da região metropolitana de Belo Horizonte” (2012) também chegou a conclusões semelhantes.

Comparada à densidade demográfica brasileira com os números apresentados pelo Novo Mapa das Religiões (resultados obtidos pelo IBGE) observamos que a polarização católico-evangélica se reproduz em diversos seguimentos da sociedade, mas particularmente em zonas de classe baixa, nas periferias. Quanto mais afastada está do centro econômico/comercial, a periferia tende a apresentar elementos em comum: presença de aparelhos públicos (como unidades de saúde e escolas) e igrejas católicas e evangélicas. Há de se destacar que paróquias e igrejas neopentecostais geralmente situam-se nas grandes vias de acesso aos bairros, enquanto as pentecostais situam-se no interior dos bairros que compõem a periferia. Neste contexto, as declarações de pertencimento religioso ocorrem em consonância com a disposição espacial/geográfica das denominações religiosas presentes nas imediações. Mas além de denominações católicas e evangélicas (pentecostais e neopentecostais), religiões de origem norte-americana também ganham campo, a exemplo das Testemunhas de Jeová e Adventista.

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Condições financeiras, de capacidade de locomoção, servem de base para o entendimento do pequeno número de entrevistados que declaram pertencer a igrejas protestantes históricas e a comunidades evangélicas como a Bola de Neve e a Comunidade Casarão. Presente na área central, as referidas denominações normalmente apresentam em seus quadros membros das classes a e b, e uma pequena presença de pessoas da classe c. São denominações de caráter elitista, não por um posicionamento discriminatório, mas pelas características históricas, litúrgicas, de aprofundamento teológico, que não atrai camadas mais inferiores da sociedade. As igrejas pentecostais, dirigidas por pastores com pouca formação teológica e secular, os cultos abertos ao testemunho e participação da membrasia, somado a proximidade com a residência dos membros, são elementos que pesam na opção pelas igrejas pentecostais. Neste contexto, a dinâmica religiosa regional aparece em dados obtidos em sondagens com alunos de escolas públicas, localizadas nas imediações.

Números levantados e tabulados a partir das entrevistas com alunos de três escolas do ABCD paulista, exemplificam a polarização católico-evangélica dimensionada nos entornos das instituições, nas periferias. Pelo menos nas escolas pesquisadas, o número de alunos que se declaram “católicos” (39%) é inferior aos que se declaram “evangélicos” (44%). Tal diferenciação se explica pela localização geográfica, da periferia, onde igrejas pentecostais (particularmente Assembleia de Deus, Congregação Cristã no Brasil, Pentecostal Deus é Amor, Casa da Benção) são maioria em comparação ao número de igrejas católicas, localizadas nas vias de acesso aos bairros. Outro dado interessante e que aparece em consonância com recentes levantamentos feitos pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), é o grande número de alunos que declaram “não possuir qualquer religião” (12%). Outros 5% são compostos por testemunhas de Jeová (2%) e espíritas (3%). O número de alunos que declaram pertencer ou não a uma religião é, como demonstrado acima, um reflexo da dinâmica social, da realidade nacional.

Cruzando os números obtidos com o desempenho escolar, questões socioeconômicas, capacidade educativa dos pais, disciplina da religião pertencente, valores sociais inerentes à prática religiosa são elementos que aparecem como fatores da diversidade de resultados obtidos. Dos que se declaram evangélicos (44%), pelo menos 25% possuem dificuldade de assimilação das disciplinas, por fatores que passam pela situação socioeconômica e ausência de apoio intelectual dos pais – a maioria dos quais se quer cursou o ensino fundamental. A localização geográfica, a característica da periferia, da ausência dos pais em casa, devido ao trabalho, são elementos que pesam na capacidade de desempenho dos entrevistados. Realidade não muito diferente ocorre entre os que se declaram “católicos”. Dos 39%, pelo menos 29% também possuem dificuldade na assimilação das disciplinas. Apesar dos números desfavoráveis, tanto católicos quanto evangélicos se destacam no quesito disciplina – da capacidade de acatar ordens, de respeito para com professores.

Outro fato importante a se destacar – com referência a evangélicos – é que há um maior índice dos que declaram possuir o “hábito de leitura”. O motivo, segundo depoimentos, é que a leitura da Bíblia, de livros evangélicos, os conduz a outras leituras, embora não necessariamente acadêmicas, educativas. No universo católico o acesso a textos bíblicos e estudos relacionados é inferior ao verificado no evangélico – com exceção dos que se declaram “carismáticos” (12%), pelo o fato de possuírem maior acesso a livros de autoria católica e também evangélica. Dos que se declaram “testemunhas de Jeová” há um maior índice de desempenho escolar, de leitura e disciplina, devido à doutrinação a que são submetidos nos Salões do Reino, embora o incentivo ao ingresso na universidade seja inferior ao verificado entre evangélicos e católicos. Dos que se declaram “espíritas”, há semelhanças ao verificado entre evangélicos e católicos – particularmente com relação ao acesso a leitura e disciplina. São dados relevantes do ponto de vista sociológico.

Em resumo, pode se concluir que entre os que professam uma crença religiosa há uma maior disposição de busca do saber (apesar de dificuldades externas) em relação aos que declaram “não possuir qualquer religião”. A ausência de disposição aos estudos, à prática escolar, não necessariamente significa ausência de disciplina, de respeito em sala de aula, e mesmo aos que “professam uma crença”. Dos que não possuem qualquer religião, pelo menos 7% declaram respeitar os que optam pela via religiosa. São dados igualmente relevantes. De uma forma geral, e aproveitando uma das conclusões obtidas pelos pesquisadores do RGS, a religiosidade exerce influência no comportamento escolar, especialmente em relação à observância às normas sociais e da instituição de ensino onde estudam. “Os resultados evidenciaram que alunos que seguem alguma opção religiosa apresentam maior disposição em estudar em casa, talvez pela disciplina imposta pelos próprios pais. Entre os que responderam não levar em consideração a igreja, o percentual de alunos que não estudam em casa foi significativamente maior do que os demais grupos. Tal constatação indica que a religião possui influência no comportamento dos alunos, principalmente, no que diz respeito à disposição e estímulo para estudar e, consequentemente, na aprovação e/ou reprovação escolar” (p.159). São dados importantes na análise sociológica.

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é pesquisador, jornalista, colaborador de diversos meios de comunicação e licenciando em Ciências Sociais pela Universidade Metodista de São Paulo. Há mais de dez anos dedica-se ao estudo de religiões e crenças, sendo um dos campos de atuação a religiosidade brasileira e movimentos destrutivos. Contato: pesquisasreligiosas@gmail.com

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