Regionais : Pavimentação sem drenagem gera prejuízo e transtorno
Enviado por alexandre em 19/09/2013 16:07:19

Uma cidade asfaltada gera mais qualidade de vida para sua população, valoriza imóveis e empreendimentos. É o que afirma o presidente do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Rondônia, engenheiro civil Nélio Alencar. Para ele investir em asfalto é investir no bem estar das pessoas. “É um alto custo, mas que gera mais qualidade de vida para todos”, disse. Ele explica ainda que, onde se pavimenta é possível reduzir doenças respiratórias causadas pela poeira em até 90%. “Além disso, é possível minimizar a ocorrência de outras doenças causadas pela lama ou água que geralmente fica acumulada em poças em ruas que não são pavimentadas”, explicou.

Rondônia
Recentemente, o Governo do Estado de Rondônia através do Departamento de Estradas e Rodagens (DER) lançou o programa “Asfalto Bom” que prevê a pavimentação de 500 quilômetros de ruas nos 52 municípios, sendo investidos mais de R$ 130 milhões. De acordo com os relatórios da Coordenadoria de Obras do DER-RO, mostram que o programa Asfalto Bom está em andamento em 29 municípios, atendendo também 13 distritos. Na capital, serão realizados 150 km de pavimentação com asfalto usinado. “Investir em pavimentação é garantir que mais qualidade de vida para as famílias. A pavimentação asfáltica proporciona comodidade à população, facilitando o trânsito e fortalecendo a economia da cidade e por outro ângulo garante o embelezamento do local”, disse Nélio Alencar. Com a chegada do asfalto aumentam as alternativas de trafegabilidade, e diminuição dos custos de manutenção de veículos, já que com a pavimentação motocicletas e carros deixam de trafegar em vias encascalhadas e com a iminência de buracos.
Asfalto com drenagem
Por outro lado onde se realiza pavimentação asfáltica sem o sistema de drenagem, em pouco tempo, haverá prejuízo e transtorno. Segundo o presidente, as vias que recebem asfaltamento e onde não é feito este serviço, tem menor tempo de duração. A ausência de drenagem e de sistema de esgoto resultam em acúmulo de águas servidas e o surgimento de buracos o que passam a gerar transtornos para pedestres e condutores de veículos.
De acordo com o conselheiro e coordenador adjunto da Câmara Especializada de Engenharia Civil, Geologia, Minas e Agrimensura do Crea Rondônia, engenheiro civil Anderson Sá Marchioro, o sistema de drenagem é um dos primordiais serviços de saneamento básico, e um dos mais imperceptíveis e importantes, pois são desenvolvidos em todas as infraestruturas urbanas, rodoviárias e rurais e quando eficientes geram inúmeros benefícios. “Sua finalidade principal só é obtida com um bom projeto de Engenharia, desenvolvido para resolver um objetivo específico através de métodos de cálculos onde se consideram os dados obtidos em ensaios de campo, topografia do terreno, tipo de solos, vegetação, lençol freático, as adversidades e intervenções peculiares da região, as previsões futuras de uso do solo, as condições complexas da climatologia local e da escolha correta pelo custo/benefício do melhor tipo de sistema de drenagem, entre os mais variados tipos disponíveis na Engenharia”, disse o engenheiro. Para ele um sistema de drenagem bem projetado e bem executado propicia condições favoráveis para a habitação e a prevenção ambiental, com a mitigação de intervenções e a redução do impacto ao meio ambiente e a sociedade local que as precipitações pluviais (chuvas) podem ocasionar. “Geralmente são realizados pelo método de esgotamento por gravidade, mas nada impede de serem utilizados equipamentos pressurizados de bombeamento”, salientou.
A utilização do sistema de drenagem propicia vários benefícios como:
Diminuição com gastos em manutenção das vias públicas; Rebaixamento do lençol freático da região; Recuperação das áreas alagadas/alagáveis; Valorização das áreas beneficiadas; Melhorias dos sistemas de acessibilidade e viário; Escoamento de águas superficiais, evitando águas estagnadas; Facilitar o tráfego, de veículos e dos transeuntes nos períodos de precipitações; Garantir a segurança da infraestrutura, a integridade e a vida dos que usufruem.
Segundo Marchioro para as obras de pavimento, o sistema de drenagem é um dos basilares métodos de proteção, que lhe conferem as condições necessárias para manter a qualidade e a durabilidade esperada para toda a vida útil do pavimento. “Uma obra de pavimentação realizada sem considerar a construção, ou um sistema eficiente de drenagem, certamente acelera a deteriorização do pavimento e que elevará gradativamente os custos de manutenção, por aumentarem às inúmeras obstruções e intervenções de reparos, geralmente provisórios, por não se resolver em definitivo o fato que ocasionou o dano reparado. Incluindo também o isolamento de área por calamidade e as inúmeras limitações de acessibilidade urbana, que logo, irá oferecer danos aos patrimônios privados e públicos”, destacou o conselheiro do Crea Rondônia.
Marchioro afirma ainda que em várias obras de rodovias no estado de Rondônia e, principalmente, nas obras de infraestruturas da capital, a sociedade sem conhecimento técnico, pode, nitidamente, perceber os locais que apresentam as patologias próprias da ausência ou da ineficiência do sistema de drenagem, onde ocasionam como alguns exemplos:
1. Cava no asfalto e base “buracos” provenientes da pressão hidrostática causada pelos pneus sobre a camada de água, estagnadas continuamente sobre o asfalto que gera a desagregação e a perder material no pavimento, que sem intervenção, a cava aumenta e aprofunda cotidianamente;
2. Deslocamento do asfalto juntamente com o material da base (camada de solo compactada abaixo do pavimento) que ocorre através da infiltração de água na base, que ao permanecer úmida ao longo de uma área conjuntamente com os constantes deslocamentos das cargas nos pneus sobre o asfalto, o mesmo cria uma espécie de onda ou deformação no asfalto;
3. Rebaixamento contínuo de parte ou total da área de pavimento, que ocorre geralmente em locais alagadiços que foram aterrados e não drenados corretamente, impedindo a compactação eficiente;
4. Os contínuos e inúmeros remendos realizados em um mesmo pavimento ao longo da sua vida útil, ocasionada pela falta de manutenção do sistema de drenagem e no reforço do pavimento.
5. Locais e pontos, afastados de leitos de rios que alagam sazonalmente e temporariamente, ocorrido pela ausência ou ineficiência do sistema de drenagem, dentre outros exemplos.
“Conclui-se que, se os entes públicos responsáveis se oferecessem o devido cuidado que o sistema de drenagem merece, muitos de suas obras minimizariam e mitigariam o retrabalho, as intervenções e as calamidades, além de gerar uma economia na manutenção do patrimônio privado e público, que refletiria em desenvolvimento e novas vias pavimentadas, oferecendo saúde, economicidade de água potável e conforto que a sociedade necessita e são oferecidas pelas obras associadas de pavimentação e drenagem”, finalizou o engenheiro civil, Anderson Sá Marchioro.

Fonte: Assessoria Crea-RO

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