Passado o susto, a empresária informou que vai processar civil e criminalmente o responsável pelo site que originou a notícia

Olha essa

Na sexta-feira da semana passada diversas pessoas me contactaram querendo confirmar se a empresária Jaqueline Cassol, irmã do senador Ivo Cassol, teria sido presa. Segundo os “informantes” ela teria sido acusada de ser a mandante da morte de Naiara Carine, que foi sua funcionária. Em contato por telefone com a empresária, a informei sobre os boatos e ela disse na ocasião, “essa história deve ter surgido porque como a moça trabalhava em minha empresa, estive na delegacia no início desta semana (passada) e na condição de testemunha, prestei esclarecimentos ao delegado. São boatos maldosos, mas acho melhor não comentá-los, até para evitar mais conversa”.

Nesta segunda

Logo cedo, várias pessoas me contactaram novamente, dando conta de uma notícia que havia sido publicada em um site local que informava que a empresária havia sido presa e estaria na delegacia. Em seguida, o jornal Diário da Amazônia estampava a mesma notícia, com direito a foto na capa de sua versão on-line. Evidente que uma notícia dessas, divulgada por um dos maiores jornais do Estado não estaria lá se não tivesse sido checada e confirmada. Ao mesmo tempo a SESDEC negava a informação através de sua assessoria e eles queriam saber de onde partira a notícia.

Logo em seguida

Consegui falar com a própria Jaqueline, que estava surpresa com mais de 200 ligações em seu celular. Ela disse que estava em casa e que tudo não passava de boatos. Ao mesmo tempo o site do Diário da Amazônia saía do ar, mas pelo Facebook a coisa tinha se espalhado tal qual rastilho de pólvora. Rádios do interior haviam se precipitado e divulgado o boato como se notícia fosse e logo todo o Estado acreditava na prisão dela. A coisa só começou a esfriar quando Painel Político, Rondoniaovivo, Tudorondonia e Rondoniagora divulgaram a informação correta. Mesmo assim, o estrago é imenso.

De onde surgiu?

Segundo Jaqueline Cassol, desde que a mesma assumiu a presidência do Partido da República, começaram a surgir boatos de que a mesma estaria envolvida na morte de sua funcionária. De acordo com os boatos, seu ex-marido, Saulo Rogério teria tido um caso com a moça e isso teria motivado o crime. Evidente que a polícia investigou essa versão e caso a mesma tivesse algum fundamento, certamente já teria tomado providências.

Processos

Passado o susto, a empresária informou que vai processar civil e criminalmente o responsável pelo site que originou a notícia, o jornal Diário da Amazônia e Carlos Caldeira, autor de um blog que não apenas reproduziu a notícia como a confirmou como verdadeira, dando mais força ao boato. O Diário deletou a matéria de seu site, sequer se desculpou e tratou de “empurrar a barrigada” de onde copiou a notícia, mesmo assim, não vai escapar do processo.

PODCAST

Ouça a coluna:

À francesa

O governador Confúcio Moura não foi ao desfile da independência no último dia 7. Quem representou o governo foi o vice, Aírton Gurgacz. Confúcio temia (e com razão) levar uma vaia e enfrentar protestos. E protesto foi o que não faltou. Até a Polícia Federal estava protestando. O governador até evitou a vaia, mas não conseguiu evitar o desgaste. Talvez fosse melhor se ele tivesse comparecido.

Falando em PF

Nesta segunda-feira a Polícia Federal deflagrou a Operação Esopo, que prendeu 22 pessoas envolvidas em um esquema de desvio de dinheiro público do Ministério do Trabalho por meio de fraudes em licitações em onze estados, incluindo Rondônia e no Distrito Federal. Segundo a PF, o grupo criminoso, composto por empresas, pessoas físicas, servidores públicos de alto escalão e agentes políticos, chegou a receber 400 milhões de reais dos cofres públicos. Sob comando do PDT desde Lula, o Ministério do Trabalho frequenta o noticiário policial desde a época em que o ministro era Carlos Lupi. Mantido no posto por Dilma Rousseff, Lupi foi varrido na época em que a presidenta fez pose de faxineira.

De volta

A sessão desta segunda-feira da Câmara de Vereadores de Porto Velho, contou com a presença de Marcelo Reis e Eduardo Rodrigues, que haviam sido presos na Operação Apocalipse, da Polícia Civil de Rondônia. Eles foram soltos, com outros 20 presos, na última sexta-feira. Sobre o caso, Eduardo Rodrigues disse o seguinte, “irei me pronunciar apenas após o parecer do Ministério Público, quando darei minha versão dos fatos. Infelizmente, minha imagem foi manchada, mas a verdade prevalecerá e sei da minha inocência. Minha família e amigos deram forças para que eu suportasse essa situação”.

Sem chão

Herbert Lins, ex-presidente do PHS que também havia sido preso na Operação Apocalipse está inconformado. Lins afirmou à coluna que sempre foi leal ao governador Confúcio Moura, e que não cometeu crime algum. Bastante abalado e 22 quilos mais magro, Herbert disse que a cela em que estava não tinha vaso sanitário, segundo ele foi retirado de propósito, assim como chuveiro. Os presos tem que fazer suas necessidades na frente dos demais. Ele acrescentou ainda que havia sido colocado um refletor que ficava aceso o tempo todo, e que os presos dormiam no chão. A situação mudou pouco desde então e apenas porque uma comissão da OAB esteve no local.

Vai processar

Herbert disse também que vai processar os delegados responsáveis pela operação e o Estado de Rondônia. Ele era servidor da Casa Civil e foi exonerado dias após a operação. É mais um que vai entrar com ação.

Falta incentivo

Uma ciclista de Guajará-Mirim vem se destacando em uma série de competições esportivas e utilizando bicicletas emprestadas, por falta de patrocínio e apoio institucional. Ana Priscila Setúbal tem 16 anos e caso você, empresário, queira ajuda-la com uma bicicleta, pode entrar em contato diretamente com a atleta, pelo fone 69- 8464-7293.

Fale conosco

Contatos com a coluna podem ser feito pelos telefones (69) 3225-9979 / 9363-1909, ou ainda pelo e-mail alan.alex@gmail.com. No Facebook.com/painel.politico, no Twitter.com/painelpolitico,Facebook.com/alan.alex.pvh ou ainda no www.painelpolitico.com. Caso queira entregar denúncias ou documentos, favor encaminhar para Rua da Platina, esquina com Rio Madeira, 4326, Conjunto Marechal Rondon.

Campanhas contra fumo não atingem jovens, diz estudo

Campanhas para sensibilizar jovens a parar de fumar podem ser mais eficientes se focarem nas consequências positivas da medida, como por exemplo poupar mais dinheiro e melhorar a pele, do que enfatizar os ricos do hábito. A informação é de uma pesquisa do Wellcome Trust, fundação global de caridade baseada no Reino Unido. O resultado do estudo revela que jovens não levam em consideração notícias ruins para medir os riscos de eventos futuros, o que pode explicar por que eles geralmente não respondem a alertas. Isto, segundo os autores, pode explicar relatórios mostrando que os alertas de saúde e as imagens de doenças do pulmão em pacotes de cigarro têm tido pouco efeito em reduzir o número de adolescentes que fumam. Eles não mostram estatísticas de estudos no Reino Unido, e também não fazem referências a outros países, como o Brasil, embora algumas nações tenham medidas similares para a redução do tabagismo.