A proximidade do governo Lula com Raúl Castro rendeu dividendos eleitorais a Dilma Rousseff. A candidata governista obteve 86% dos 227 votos de brasileiros que votam em Cuba. Em segundo lugar, ficou Marina Silva (6,17%), seguida de José Serra (4,85%).

As propostas socialistas de Plínio de Arruda Sampaio só conquistaram três eleitores (1,32%) que vivem na ilha. Já Ivan Pinheiro, do Partido Comunista Brasileiro, recebeu dois votos (0,88%). Levy Fidelix e Zé Maria computaram um voto cada.

Na longínqua Timor Leste, deu Marina Silva. A candidata verde alcançou 40 votos contra 26 de Dilma Rousseff, nove de José Serra e um de Plínio de Arruda Sampaio.

Por lá a abstenção também foi alta. Dos 130 eleitores cadastros, 54 preferiram não votar.

Se é verdade que as urnas passam recados aos líderes políticos, o governo brasileiro deveria dar uma olhadinha no que demonstraram os 98 eleitores brasileiros que votaram em Honduras.

No ano passado, o governo Lula apoiou o presidente deposto Manuel Zelaya e o abrigou na embaixada brasileira durante a crise política vivida pelo país caribenho. José Serra venceu a eleição em Tegucigalpa com 52,13% dos votos válidos no país. Dilma ficou com 27,66%, enquanto Marina Silva conquistou 13,83%.

Os brasileiros que moram na Bolívia parecem concordar com as declarações de José Serra de que o governo de Evo Morales é cúmplice com o tráfico de cocaína do país vizinho para o Brasil.

Dos votos apurados em seções eleitorais localizadas em La Paz, Cochabamba e Santa Cruz de la Sierra, 513 foram para o tucano. Dilma Rousseff recebeu 323. Marina Silva computou 116.

Por Lauro Jardim