Regionais : Abla Rahhal pode ter sido vítima de violência doméstica
Enviado por alexandre em 30/04/2013 01:02:12

Brutal

 

Foi chocante receber a notícia e depois e confirmação da morte de Abla Rahhal, uma amiga querida, pessoa super de bem com a vida e amiga para todas as horas. Era comum encontrar aquela moça de sobrancelhas grossas, com um imenso sorriso no rosto, pronta para ajudar a todos em qualquer situação. Abla estava sempre acompanhada da filha de 10 anos, falante e carinhosa como a mãe. A pequena, que vai carregar para sempre o trauma de ter encontrado o corpo da mãe morta e num ato de desespero correu para a rua, gritando por socorro. Essa tristeza, certamente vai deixar uma marca tão profunda em sua alma que deverá tirar o sorriso de seu pequeno rosto. Oremos para que ela supere.

 

Pior

 

Foi a primeira versão de sua morte, essa ainda mais inacreditável. Quem conheceu Abla Ghassan Rahhal da Cunha sabe bem que essa hipótese jamais aconteceria. Abla era apaixonada pela vida e por sua filha, que já havia perdido o pai, já falecido. Ela jamais deixaria a pequena, ainda mais sabendo que existia a possibilidade real da mesma encontra-la morta, como de fato aconteceu. Mário Quevedo, jornalista em Vilhena, me disse hoje que viu as fotos do local e ele comparou a morte de Abla a “morte acidental” do jornalista Wladimir Herzog, encontrado morto em uma cela “suicidado” pelo regime militar. “Era a mesma cena, Alan. Ela estava em seu quarto, com os joelhos dobrados, impossível se enforcar daquela maneira”, disse Quevedo.

 

Suspeitas

 

Não vou aqui fazer juízo de valores em relação ao marido de Abla, Fabiano Cesar Vergutz. Não o conheci pessoalmente, mas sei que ela estava imensamente feliz por ter encontrado uma pessoa para dividir sua vida, seus sonhos e mais, confiar parte da criação de sua filha. Todos os indícios apontam para um crime passional. Segundo o tio de Abla, o médico Amado Rahhal que esteve em Vilhena para remover o corpo e acompanhou os trabalhos de necrópsia, sua sobrinha foi agredida, apresentava marcas no rosto e no corpo, típicas de espancamento. “Mataram minha sobrinha, mataram a Ablinha”, me disse Amado no velório, domingo.

 

Abominável

 

O delegado responsável pelas investigações, Fábio Campos, todo o cenário indica que Amado Rahhal tem razão, Abla foi mesmo assassinada. Até agora a polícia sabe que ela estava em seu quarto, com a porta trancada por dentro e a janela aberta. Amigos relataram ter conversado com Abla até por volta das 3 horas da manhã de sábado. E segundo eles, ela estava bem. Animada com projetos pessoais e profissionais, não apresentou nenhum indicativo que iria se matar. O mais provável, e aí falo como amigo, é que, caso tivesse uma briga violenta com seu marido, Abla juntaria suas coisas e voltava para Porto Velho. Se matar não seria uma opção.

 

Tristeza

 

O clima é de comoção e incredulidade. Muita gente só acreditou de fato na morte de Abla quando foi ao velório e deparou-se com o corpo. Um final triste para quem passou pela vida de tanta gente, transmitindo alegria, alto astral e esbanjando otimismo. Se de fato Abla foi assassinada, como apontam os indícios, o responsável por esse crime brutal não apenas ceifou a vida de uma pessoa muito querida, ele tirou o sorriso, as esperanças e a alegria de uma menina de 10 anos, cuja maior felicidade era ter a companhia de sua mãe, a quem amava, admirava e respeitava. Apagou um sorriso que iluminava a vida dos amigos.

 

Despedida

 

O velório foi marcado por uma imensa tristeza. Cada pessoa que chegava desabava em choro ao confirmar a morte da amiga. Leal, um dos últimos grandes movimentos feitos por Abla foi organizar a campanha #ForçaJanine, que colheu sangue para o tratamento de Janine Corrêa, falecida em 19 de março último, vítima de uma rara enfermidade conhecida como “Doença de Still”. A mobilização encabeçada por Abla, conseguiu levar cerca de 600 pessoas a Fhemeron para doarem sangue para a moça. Essa era Abla Rahhal, solidária, amiga e apaixonada pela vida. Que Deus a tenha e que seja feita a justiça.

 

Esatísticas

 

Caso fiquei de fato comprovado que Abla foi morta pelo marido, ela será mais um número nas fileiras dos índices de violência contra a mulher em Rondônia, que aumentam a cada dia, de forma assustadora. Este ano já ocorreram casos assustadores, como esquartejamento, morte por paulada, esfaqueamentos e violência sexual. Esse é um cenário assustador e preocupante.

 

Mais violência

 

Um vídeo divulgado neste fim de semana mostra um motorista completamente embrigado que perdeu o controle do veículo e matou um ciclista atropelado na Avenida Calama, próximo a Salgado Filho. As imagens de uma câmera de segurança mostram a violência do choque e o condutor, descendo do veículo cambaleando. Ele foi flagranteado por crime de homicídio doloso, quando a pessoa tem intenção de matar. O motorista se chama Anderson Cerveira Lopes e o ciclista, que morreu na hora, Antônio Paulo do Nascimento.

 

Lei Seca

 

É por causa desse tipo de bêbado que houve o endurecimento da legislação. O juizado da 2ª Vara do Tribunal do Júri manteve a prisão de Anderson Cerveira. Os advogados recorreram e o relator do habeas corpus é o desembargador Valter de Oliveira.

 

Judiciário

 

Em sessão extraordinária realizada na manhã desta segunda-feira, 29, os desembargadores da Justiça de Rondônia rejeitaram por unanimidade, a suspeição proposta pela defesa do ex-prefeito Roberto Sobrinho contra o desembargador Gilberto Barbosa Batista dos Santos. O processo foi recebido pelo presidente do TJRO, desembargador Roosevelt Queiroz Costa, na última sexta-feira, dia 26. Relator natural desse tipo de caso, o desembargador, reconheceu a preclusão, ou seja, que o pedido teria sido feito fora do prazo estabelecido em lei, como questão preliminar (de conhecimento da matéria a ser julgada). No mérito, decidiu pela rejeição da suspeição por falta de fundamentação capaz de apontar qualquer óbice à participação do desembargador Gilberto no julgamento do Habeas Corpus do ex-prefeito.

 

Promessa de campanha

 

Mauro Nazif está à frente da prefeitura há mais de 100 dias. E a Marquise também continua no comando da coleta de lixo da capital. Interessante observar que o Tribunal de Contas encontrou pelo menos duas dezenas de irregularidades no contrato da Marquise com a prefeitura, inclusive, segundo o TCE, acréscimo de sobrepeso nos caminhões para que o valor a ser pago, que é por peso, fosse a mais.

 

Fale conosco

 

Contatos com a coluna podem ser feitos pelos telefones (69) 3225-9979 / 9209-0887, ou ainda pelo e-mail alan.alex@gmail.com. No Facebook.com/painel.politico, no Twitter.com/painelpolitico, Facebook.com/alan.alex.pvh ou ainda no www.painelpolitico.com. Caso queira entregar denúncias ou documentos, favor encaminhar para Avenida Abunã, 1345, Olaria, Porto Velho – RO aos cuidados de Alan Alex.

 

Fumaça de cigarro, mesmo apagado, impregna ambiente e eleva risco de câncer

 

Antes o cigarro só fazia mal a quem fumava. Depois passou a ser vilão também para quem inalasse a fumaça, ou seja, mulher de fumante é fumante passiva. Agora, de acordo com pesquisadores americanos, o tabagismo ganha mais uma culpa: mesmo com a brasa já há tempos apagada, ambientes devidamente defumados pelo tabaco são impregnados de partículas com efeitos cancerígenos por até dois meses, batizados com a expressão inglesa “thirdhand smoke”, ou “fumo de terceira mão”, em tradução livre. Isso mesmo, se seu filho vai à escola no carro em que você fuma o resto do dia, ele está mais exposto que aquela criança com pais que não gostam de tabaco. Como se trata de um tema de estudo recente - os primeiros trabalhos de referência começaram a ser publicados em 2009 -, o que se conseguiu provar até agora é que o risco existe. Mas ainda não se sabe se o fumo passivo é mais ou menos perigoso que o efeito dos ambientes impregnados por nicotina. A principal substância em questão é a nitrosamina. É o cancerígeno resultante da queima da nicotina e se apresenta em várias versões. Um estudo da Universidade de Berkeley, na Califórnia, tido como referência desde então, provou que o óxidos de nitrogênio disponíveis no ar, sobretudo nas grandes concentrações urbanas e industriais, reagem com a nicotina impregnada a ponto de torná-la de novo em nitrosamina inalante. O problema é que resíduos de nicotina têm capacidade de ficar depositados em superfícies de ambientes fechados, assim como em tecido e na pele humana.

Neste caso, entra em cena uma nova vítima do cigarro: nem o primeiro, aquele que traga; nem o segundo, que respira a fumaça; mas o que convive com a nitrosamina que reagiu com o óxido nítrico. Largar o vício é, de fato, uma vitória. Jaqueline Issa, diretora do Programa de Tratamento do Tabagismo do Incor, em São Paulo, diz que, na lista de substâncias que causam dependência, a nicotina só perde para a heroína e o crack na dificuldade em largar. - Os estudos de contaminação de ambientes podem ajudar a mudar o comportamento a respeito do fumo. O carro hoje virou o fumódromo dos pais conscientes, mas provou-se que isso não é mais seguro - resume Jaqueline, que faz coro pela regulamentação da lei que proibiu os fumódromos.

Fonte: Alan Alex (www.painelpolitico.com)

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