(1) 2 3 4 ... 14 »
Coluna Meio Ambiente : Focos de queimadas no Acre diminuem mais de 70% nos primeiros cinco meses de 2023
Enviado por alexandre em 26/05/2023 10:30:38

O número de focos de queimadas no Acre diminuiu mais de 70%, de 1º de janeiro a 15 de maio de 2023. Os dados, analisados pelo Centro Integrado de Geoprocessamento Ambiental (Cigma), órgão da Secretaria do Meio Ambiente e das Políticas Indígenas (Semapi), baseados em levantamento feito pelo Programa Queimadas do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).

De acordo com o estudo, de janeiro a 15 de maio deste ano, foram detectados 15 focos de queimadas, sendo que no mesmo período do ano passado foram detectados 53 focos, ou seja, ocorreu uma redução de 72%.

Focos de queimadas no Acre diminuem mais de 70% de 1º de janeiro a 15 de maio de 2023. Foto: Alexandre Cruz-Noronha

A titular da Secretaria do Meio Ambiente e das Políticas Indígenas do Acre (Semapi), Julie Messias, afirmou que o governo está atuando de forma integrada com os órgãos de comando e controle, a fim de reduzir não apenas as queimadas, mas também os desmatamentos.

"Temos um Comitê de Ações Integradas de Meio Ambiente, que tem como finalidade integrar as políticas públicas, atos e ações necessárias para promover a integração nas áreas de meio ambiente. Criamos uma sala de situação para mapear e acompanhar os trabalhos. Estamos em processo final de reformulação do Plano Estadual de Prevenção e Controle do Desmatamento e Queimadas [PPCDQ-Acre], então, é uma atuação conjunta. Os nossos agentes estão em campo, com o objetivo de reduzir o desmatamento e as queimadas"

relatou.

Os instrumentos de comando e controle regulam, controlam e fiscalizam os agentes poluidores e são aliados no combate às queimadas. A Semapi, junto a instituições como o Instituto de Meio Ambiente do Acre (Imac), Secretaria de Segurança Pública (Sejusp), Batalhão de Polícia Ambiental (BPA), Corpo de Bombeiros, Secretaria de Planejamento, Casa Civil e outros, coordenam as ações que já estão sendo executadas.

Essa atuação também é coordenada junto a órgãos federais, como o Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA), o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio). 

Coluna Meio Ambiente : Vidro ou plástico: o que é melhor para o meio ambiente?
Enviado por alexandre em 23/05/2023 10:40:00

O vidro costuma ser indicado como alternativa mais sustentável ao plástico, mas a pegada ambiental das garrafas de vidro é maior que a do plástico.

A garrafa de Speyer, que remonta ao período entre 325 e 350 d.C, é considerada a garrafa de vinho mais antiga do mundo. Ela faz parte do acervo do Museu do Vinho de Speyer, cidade alemã onde foi descoberta em 1867.

 

A análise do seu conteúdo revelou que ela contém um líquido à base de etanol. Mas a garrafa de vidro permanece fechada — e o ano da safra é desconhecido.

 

Os enólogos de plantão devem ter cuidado antes de se candidatar a prová-la, uma vez que o sabor das bebidas preservadas ao longo da história pode ser pungente, para dizer o mínimo.

 

Veja também

 

Birdwatching: Observação de pássaros promove ecoturismo no Amazonas

 

No G7, Lula cobra ações de países mais poluidores e diz que Brasil quer liderar preservação ambiental

O uso generalizado do vidro como recipiente de armazenagem ao longo da história humana é um testemunho da durabilidade e da funcionalidade do material.

 

O vidro pode ser reciclado infinitamente sem perder sua qualidade ou durabilidade — Foto: GETTY IMAGES

 

O vidro serve para praticamente tudo, desde preservar alimentos até conduzir os sinais para internet. Ele é tão essencial para o desenvolvimento humano que as Nações Unidas designaram 2022 como o Ano Internacional do Vidro, comemorando sua contribuição para o desenvolvimento científico e cultural.

 

O vidro costuma ser indicado como um material que pode ser reciclado infinitamente, sem prejudicar sua qualidade, pureza ou durabilidade. O vidro descartado pode ser partido em pequenos pedaços, fundido e utilizado para produzir mais vidro.

 

O vidro usado em embalagens tem uma taxa de reciclagem mais alta, em comparação com outros materiais empregados com o mesmo propósito. Na Europa, a taxa média de reciclagem do vidro é de 76%, em comparação com 41% das embalagens plásticas e 31% das embalagens de madeira.

 

Quando o vidro é mantido no ambiente natural, costuma causar muito menos poluição do que o plástico. Afinal, o vidro não é tóxico — diferentemente do plástico, que se decompõe em microplásticos que podem infiltrar-se no solo e na água.

 

"O vidro é feito principalmente de sílica, que é uma substância natural", afirma Franziska Trautmann, uma das fundadoras da empresa Glass Half Full, de Nova Orleans, nos Estados Unidos. A companhia recicla vidro transformando o material em areia, que pode ser usada para restaurar costas e zonas impactadas por desastres.

 

A sílica, ou dióxido de sílica, compõe 59% da crosta terrestre. E, como é um composto natural, não existe preocupação com sua lixiviação ou degradação ambiental.

 

Por tudo isso, o vidro costuma ser indicado como uma alternativa mais sustentável ao plástico. Mas a pegada ambiental das garrafas de vidro é maior que a do plástico e de outros materiais usados para embalagem, como as latas de alumínio.

 

A mineração da areia de sílica pode causar danos ambientais significativos, que vão da deterioração do terreno até a perda da biodiversidade. E também foram descobertas violações de direitos básicos dos trabalhadores em Shankargarh, na Índia — o maior fornecedor de areia de sílica para a indústria de vidro daquele país.

 

Produção de vidro requer enormes quantidades de areia, um recurso natural que está diminuindo rapidamente — Foto: GETTY IMAGES

 

Estudos mostram que a exposição prolongada ao pó de sílica pode trazer riscos para a saúde pública. Ela pode gerar silicose aguda, uma doença pulmonar crônica e irreversível, causada pela inalação de pó de sílica por extensos períodos.

 

A silicose pode surgir inicialmente com uma tosse persistente ou respiração curta, podendo resultar em parada respiratória.

 

A extração de areia para a produção de vidro também pode ter colaborado para a atual escassez de areia no planeta. A areia é o segundo recurso mais utilizado do mundo, depois da água.

 

Os seres humanos consomem cerca de 50 bilhões de toneladas de "agregados" (termo industrial para designar areia e cascalho), todos os anos. Seus usos variam da regeneração da terra até a fabricação de microchips. E, segundo as Nações Unidas, a areia é atualmente consumida com mais rapidez do que pode ser reposta.

 

O vidro exige temperaturas mais altas que o plástico e o alumínio para se fundir e ser moldado, segundo a pesquisadora Alice Brock, aluna de doutorado na Universidade de Southampton, no Reino Unido. E a matéria-prima para a fabricação de vidro bruto também libera gases do efeito estufa durante o processo de fusão, o que aumenta sua pegada ambiental.

 

Segundo a Agência Internacional de Energia, as indústrias de produção de vidro plano e de embalagens emitem mais de 60 megatoneladas de CO2 por ano. Pode ser surpreendente, mas o estudo de Brock concluiu que as garrafas de plástico causam menos danos ao meio ambiente do que as de vidro.

 

O plástico não pode ser reciclado infinitamente, mas seu processo de fabricação consome menos energia, já que o ponto de fusão do plástico é mais baixo que o do vidro.

 

O vidro pode ser quebrado em fragmentos que são usados ??para reciclagem — Foto: GETTY IMAGES

Fotos: Reprodução

 

A matéria-prima do vidro é fundida em uma fornalha a 1500 °C. O vidro fundido é então retirado da fornalha e moldado. E as fábricas de produção de vidro geralmente acrescentam um percentual de fragmentos de vidro reciclado à mistura de matéria-prima.

 

Geralmente, adicionar 10% de vidro reciclado à mistura de fusão pode reduzir o consumo de energia em de 2% a 3%. Isso acontece porque é preciso atingir um ponto de fusão mais baixo para fundir o vidro reciclado, em comparação com a matéria-prima original utilizada para a fabricação de vidro. E esta redução diminui levemente as emissões de CO2 produzidas durante o processo.

 

Um problema importante da reciclagem de vidro é que ela não elimina o processo de fusão, que é a parte da produção que consome mais energia. A fusão representa 75% do consumo de energia durante a fabricação do vidro.

 

E, embora os recipientes de vidro possam ser reutilizados, em média, de 12 a 20 vezes, o vidro costuma ser tratado como um material descartável. E o vidro descartado em aterros sanitários pode levar até um milhão de anos para se decompor.

 

As taxas de reciclagem de vidro apresentam variações significativas ao redor do mundo. A União Europeia e o Reino Unido, por exemplo, apresentam taxas médias de reciclagem de 74% e 76%, enquanto, nos Estados Unidos, esse índice foi de 31,3% em 2018.

 

Uma das razões do baixo índice americano é que, nos Estados Unidos, o material reciclado é normalmente coletado em um fluxo único, o que significa que todos os materiais são misturados.

 

A reciclagem de fluxo único, muitas vezes, dificulta o processo de seleção. O vidro precisa ser separado de outros materiais reciclados e classificado por cor, antes do processo de fundição. E, normalmente, é muito caro e demorado separar vidros de cores diferentes em uma fábrica de reciclagem.

 

Por isso, em vez de virarem novas garrafas, os pedaços de vidro quebrado misturados são transformados em produtos de fibra de vidro, que podem ser usados para isolamento.

 

O vidro quebrado para reciclagem é de melhor qualidade quando separado dos outros materiais recicláveis desde o princípio, na chamada reciclagem de múltiplos fluxos.

 

A cor do vidro afeta a pureza necessária para o fluxo. O vidro verde, por exemplo, pode usar 95% de vidro reciclado. Mas o vidro incolor ou transparente (também chamado de "vidro flint"), tem especificações de qualidade mais altas e permite a inclusão de apenas 60% de vidro reciclado, já que qualquer contaminação afeta a qualidade do material.

 

O vidro reciclado precisa ser fundido duas vezes, primeiro em pequenos pedaços e, depois no produto novo. Por isso, a diferença de consumo de energia para a produção de vidro reciclado pode ser muito pequena em comparação com o vidro novo.

 

Sem dúvida, o vidro continua a desempenhar um papel importante em muitos setores. Sua durabilidade e suas propriedades atóxicas fazem com que ele seja ideal para alimentos e materiais que precisam ser conservados.

 

Mas o pressuposto de que o vidro é sustentável apenas porque é infinitamente reciclável é infundado. Considerando todo o ciclo de uso do vidro, sua produção pode ser tão prejudicial ao meio ambiente quanto o plástico.

 

Curtiu? Siga o PORTAL DO ZACARIAS no FacebookTwitter e no Instagram.

Entre no nosso Grupo de WhatApp e Telegram

 

Portanto, na próxima vez que você quiser descartar uma garrafa de vidro, pense primeiro em reutilizá-la. O vidro é um material durável e resistente. Ele não é feito para ser jogado fora após ser usado uma única vez. 

 

Fonte: G1

LEIA MAIS

Coluna Meio Ambiente : No G7, Lula cobra ações de países mais poluidores e diz que Brasil quer liderar preservação ambiental
Enviado por alexandre em 22/05/2023 09:30:47

Durante sessão do grupo das maiores economias do mundo sobre sutentabilidade, presidente brasileiro afirmou que principal problema para a contenção das mudanças climáticas é político.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) cobrou ações e recursos de países mais poluidores durante sessão de trabalho do G7 que discutiu sustenabilidade neste sábado (20), no Japão. Lula disse também que o Brasil quer liderar o processo preservação ambiental no mundo.

 

Lula deu a declaração durante a reunião "Esforços compartilhados em prol de um planeta sustentável". É sétima vez que Lula é convidado para a reunião do G7. O grupo reune as principais economias do mundo: Estados Unidos, Japão, Alemanha, Reino Unido, França, Itália e Canadá.

 

"Insistimos tanto que os países ricos cumpram a promessa de alocarem 100 bilhões de dólares ao ano à ação climática. Outros esforços serão bem-vindos, mas não substituem o que foi acordado na COP de Copenhague", disse Lula.

 

Veja também

 

Em sessão do G7, Lula defende reforma no Conselho de Segurança da ONU e critica 'blocos antagônicos'

 

Em Hiroshima para participar do G7, Lula se encontra com o primeiro-ministro do Japão

O presidente brasileiro também afirmou que é preciso que os países pensem juntos uma "transição ecológica e justa", com industrialização e infraestrutura sustentáveis com geração de emrpego e combate à desigualdade.

 

"De nada adianta os países e regiões ricos avançarem na implementação de planos sofisticados de transição se o resto do mundo ficar para trás ou, pior ainda, for prejudicado pelo processo", declarou Lula.

 

BRASIL QUER LIDERAR PRESERVAÇÃO

 

O presidente também afirmou que o Brasil pretende liderar um precesso de reversão das mudanças climáticas e que vai atuar em defesa das principais florestas tropicais do mundo em conunto com a Indonésia, a República Democrática do Congo e outros países da África e da Ásia.

 

No G7, Lula cobra ações de países mais poluidores e diz que Brasil quer  liderar preservação ambiental | Política | G1

 

"O Brasil será implacável em seu combate aos crimes ambientais. Queremos liderar o processo que permitirá salvar o planeta. Vamos cumprir nossos compromissos de zerar o desmatamento até 2030 e alcançar as metas voluntariamente assumidas no Acordo de Paris", afirmou o presidente.

 

ENCONTRO COM MACRON

 

Antes da sessão, Lula se encontrou com o presidente da França, Emmanuel macron, em uma reunião bilateral em que discutiram a preservação da Amazônia, da qual a França faz parte com o território ultramarino da Guiana Francesa, e a guerra da Ucrânia.

 

"Reencontro com o presidente da França, Emmanuel Macron, no G7. Falamos sobre a preservação da Amazônia e caminhos para a construção da paz na Ucrânia. Estamos retomando a amizade e parceria entre nossos países, podemos fazer muitas coisas juntos", escreveu Lula em uma rede social.

 

Macron e Lula se cumprimentam durante reunião do G7, no Japão — Foto: Ludovic MARIN / POOL

Fotos: Reprodução

 

O presidente brasileiro também se reúne com o primeiro-ministro alemão, Olaf Scholz, neste sábado.

 

Além dos dois líderes europeus, Lula também já se reuniu com o primeiro-ministro japonês, Fumio Kishida, e deve se reunir com o secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres.

 

LULA E ZELENSKY

 

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, propôs ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) uma reunião bilateral durante a cúpula dos líderes do G7, em Hiroshima, no Japão.

 

A informação foi confirmada pelo Itamaraty à TV Globo. Ainda não há, porém, confirmação da data do possível encontro.

 

Leia o discurso de Lula na íntegra na sessão "Esforços compartilhados em prol de um planeta sustentável" do G7:

 

"Quando o G7 foi criado, em 1975, a principal crise global girava em torno do petróleo. 48 anos depois, o mundo ainda não conseguiu se livrar da sua dependência dos combustíveis fósseis.

 

As evidências científicas confirmam que o ritmo atual de emissões nos levará a uma crise climática sem precedentes.

 

Estamos próximos de um ponto irreversível.

 

Quioto não é só uma vibrante metrópole japonesa. Ela empresta seu nome a um Protocolo que se tornou referência da falta de ação coletiva.

 

Não estamos atuando com a rapidez necessária para conter o aumento da temperatura global, como pactuamos no Acordo de Paris.

 

Mas essa é uma crise que não afeta a todos da mesma forma, nem no mesmo grau, nem no mesmo ritmo.

 

Mais de 3 bilhões de pessoas já são diretamente atingidas pela mudança do clima, em especial em países de renda média e baixa. E, da forma que caminhamos, esse número seguirá aumentando.

 

Não podemos apostar em soluções mágicas.

 

A tecnologia será uma aliada essencial, desde que haja acesso amplo. As chamadas abordagens de mercado podem contribuir, mas não é realista acreditar que resolverão a crise.

 

O principal problema é político. No meu entender, temos três grandes desafios pela frente.

 

O primeiro diz respeito à valorização dos espaços mais legítimos e democráticos da governança global. Em 1992, no Rio de Janeiro, sediamos a Cúpula que deu origem às três principais convenções que orientam nossa ação: sobre clima, biodiversidade e desertificação.

 

Esses acordos foram assinados com amplo diálogo com a sociedade civil. Não podemos permitir que essas Convenções sejam esvaziadas.

 

O segundo desafio tem a ver com o desequilíbrio da agenda climática. Não há dúvidas que precisamos ampliar nossos esforços de mitigação, em especial os países que historicamente mais emitiram gases de efeito estufa, mas não podemos perder de vista a demanda crescente por adaptação e perdas e danos.

 

E é por isso que insistimos tanto que os países ricos cumpram a promessa de alocarem 100 bilhões de dólares ao ano à ação climática. Outros esforços serão bem-vindos, mas não substituem o que foi acordado na COP de Copenhague.

 

Também precisamos pensar juntos a transição ecológica e justa, que inclui industrialização e infraestruturas verdes, de forma a gerar empregos dignos e combater a pobreza, a fome e a desigualdade.

 

De nada adianta os países e regiões ricos avançarem na implementação de planos sofisticados de transição se o resto do mundo ficar para trás ou, pior ainda, for prejudicado pelo processo.

 

Os países em desenvolvimento continuarão precisando de financiamento, tecnologia e apoio técnico para transformarem suas economias, combater a mudança do clima, preservar a biodiversidade e lutar contra a desertificação.

 

Para quebrarmos esse ciclo vicioso, precisamos atacar o terceiro desafio político: liderança. Precisamos mobilizar todos os setores no esforço comum, porém diferenciado, de prevenir a intensificação ainda mais grave da mudança do clima.

 

As credenciais do Brasil são sólidas. Nossa matriz energética está entre as mais limpas do planeta. Metade da energia consumida no país é renovável. No mundo esse valor é de apenas 15%.

 

Oitenta e sete por cento de nossa eletricidade provém igualmente de fontes renováveis, enquanto a média mundial é de vinte e oito por cento.

 

Com o potencial que temos em energia solar, eólica, biomassa, etanol, biodiesel e hidrogênio verde, o Brasil será até o final do meu mandato um exportador de sustentabilidade.

 

Temos consciência de que a Amazônia protegida é parte da solução. É por isso que estamos organizando em agosto deste ano, em Belém, uma Cúpula de países amazônicos. E é por isso que o Brasil teve sua candidatura a sede da COP30 do clima aprovada após decisão unânime do Grupo Latino-Americano e Caribenho.

 

Seguiremos abertos à cooperação internacional para a preservação dos nossos biomas, seja em forma de investimento ou colaboração em pesquisa científica.

 

É com esse espírito que manifesto meu apreço pelos aportes anunciados recentemente ao Fundo Amazônia.

 

Os povos originários e aqueles que residem na região Amazônica serão os protagonistas da sua preservação. Os 50 milhões de sul-americanos que vivem na Amazônia têm de ser os primeiros parceiros, agentes e beneficiários de um modelo de desenvolvimento inclusivo e sustentável.

 

Com a Indonésia, a República Democrática do Congo e outros países da África e da Ásia, vamos atuar em defesa das principais florestas tropicais do planeta.

 

O Brasil será implacável em seu combate aos crimes ambientais. Queremos liderar o processo que permitirá salvar o planeta.

 

Vamos cumprir nossos compromissos de zerar o desmatamento até 2030 e alcançar as metas voluntariamente assumidas no Acordo de Paris.

 

Muito obrigado." 

 

Curtiu? Siga o PORTAL DO ZACARIAS no FacebookTwitter e no Instagram.

Entre no nosso Grupo de WhatApp e Telegram 

 

Fonte: G1

LEIA MAIS

Coluna Meio Ambiente : Desmatamento na Amazônia cai 36% no primeiro quadrimestre
Enviado por alexandre em 19/05/2023 00:50:41

O tamanho da área desmatada na Amazônia durante os quatro primeiros meses deste ano foi 36% menor que no mesmo período de 2022, segundo monitoramento do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon), organização que desde 1990 reúne pesquisadores que se dedicam a estudar aspectos relativos ao uso e conservação dos recursos naturais da região.

Entre janeiro e abril deste ano, a retirada parcial ou total da cobertura vegetal amazônica atingiu uma área de 1.203 km². No primeiro quadrimestre do ano passado, foram desmatados 1.884 km².

Foto: Agência Brasil/Acervo

Apesar da redução de quase um terço em comparação ao último período, a área devastada nos quatro primeiros meses deste ano representa o terceiro pior resultado nos esforços de preservação do bioma desde o ano de 2008.

Considerando apenas os últimos 16 anos, a área degradada a cada primeiro quadrimestre do ano foi maior não só em 2022, como também em 2021, quando o desmatamento aumentou expressivamente, atingindo 1.963 km².

A partir da análise das imagens de monitoramento por satélites, os pesquisadores do Imazon concluíram que, em abril deste ano, a queda no desmatamento chegou a 72%, caindo de 1.197 km² em abril de 2022 para 336 km² no mesmo mês deste ano.

"A redução observada em abril é positiva, porém, a área desmatada [no mês] ainda foi a quarta maior desde 2008 para o mês", destaca a pesquisadora Larissa Amorim, referindo-se aos resultados para o mesmo mês registrados nos três anos anteriores: 1.197 km² (2022), 778 km² (2021) e 529 km² (2020).

"Isso indica que precisamos implantar ações emergenciais de fiscalização, identificação e punição aos desmatadores ilegais nos territórios mais pressionados, focando nas florestas públicas que ainda não possuem uso definido e nas áreas protegidas, principalmente com a chegada do verão amazônico, onde historicamente o desmatamento tende a aumentar"

acrescenta Larissa, em nota divulgada pelo instituto.

Apesar de o desmatamento na Amazônia como um todo ter sido menor no primeiro quadrimestre deste ano, nos estados de Roraima e Tocantins houve um aumento da área degradada. A "situação mais crítica", conforme o Imazon, ocorreu em Roraima, onde a devastação aumentou 73%, passando de 63 km² de janeiro a abril de 2022 para 107 km² no primeiro quadrimestre deste ano.

Em Tocantins, o crescimento do desmatamento foi da ordem de 25%, passando de 4 km² de janeiro a abril de 2022 para 5 km² no mesmo período deste ano.

Mesmo registrando uma queda no desmatamento no último período, Mato Grosso, Amazonas e Pará seguem como os estados com as maiores áreas derrubadas na Amazônia. De janeiro a abril deste ano, Mato Grosso devastou 400 km² de floresta, Amazonas 272 km² e Pará 258 km², o que representa 33%, 23% e 21% do total na região, respectivamente. Ou seja, juntos, esses estados foram os responsáveis por 77% da floresta destruída no primeiro quadrimestre deste ano. 

Coluna Meio Ambiente : Extensão de áreas inundadas da Amazônia aumentou 26% desde 1980, aponta pesquisa
Enviado por alexandre em 18/05/2023 01:02:55


Em 40 anos, a extensão das áreas inundadas ao longo da várzea da Amazônia Central cresceu 26%. O dado foi apontado por pesquisadores do Instituto de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá (IDSM), vinculado ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, no artigo publicado na IOPscience. 

O hidrólogo e pesquisador Ayan Fleischmann explica que este fenômeno acontece todos os anos na região da bacia do rio Amazonas e do rio Solimões. "Desde 2009, tivemos sete das dez maiores cheias que foram registradas na região".

Segundo ele, o processo hidroclimático utilizado para explicar o aumento das chuvas está relacionado ao aquecimento de parte do Oceano Atlântico e ao resfriamento de parte do Oceano Pacífico.

"A diferença de temperatura dos oceanos leva a este fluxo de umidade em direção ao norte da Amazônia, que causou o aumento das chuvas nos últimos anos", 

afirma.
Foto: João Paulo Borges Pedro

As inundações podem durar meses dependendo da configuração geográfica, com impactos socioambientais na região. "A duração dessas inundações varia de lugar para lugar, depende da topografia do terreno e da configuração da paisagem. Há comunidades que ficam meses inteiramente inundadas", destaca o pesquisador.

Ele acrescenta que as inundações também afetam o ecossistema local uma vez que a flora e a fauna precisam se adaptar às cheias: "Cabe ressaltar que os ecossistemas de várzea possuem uma adaptação bastante marcante a esse poço de inundação".

Fauna e Flora

Mesmo com a fácil adaptação, algumas espécies arbóreas acostumadas com as cheias estão sofrendo com o aumento do nível da água. De acordo com o pesquisador do Instituto Mamirauá, elas podem deixar de ser adaptáveis às inundações e desaparecer.

"Pode acontecer de essas espécies migrarem ou acabar mudando o tipo de vegetação, alterando todo o ecossistema, como, por exemplo, os peixes e outros animais que se alimentam dessa flora. Por conta das inundações, pode ser que tudo seja modificado ao longo do tempo", 

disse.

População ribeirinha

A população ribeirinha também já sente as mudanças do clima e as consequências das inundações. O aumento das inundações tem provocado a elevação das casas, por exemplo. Além disso, as cheias interferem na alimentação dos ribeirinhos e provocam a migração para localidades menos vulneráveis às cheias: "Existem modificações das mais diversas formas como o padrão de alimentação, a migração para um sistema de extrativismo na terra firme, que é menos suscetível às inundações, ou até mesmo para o cultivo agrícola, mais resistente às inundações". 

(1) 2 3 4 ... 14 »
Publicidade Notícia