Com pelo menos mil espécies diferentes já catalogadas, a Amazônia é, sem dúvida, uma das regiões mais ricas do mundo em aves.
Redação
Com pelo menos mil espécies diferentes já catalogadas, a Amazônia é, sem dúvida, uma das regiões mais ricas do mundo em aves. Talvez essa riqueza se explique pela inerente estabilidade na floresta tropical entre os próprios animais e deste com o meio ambiente, o que possiblita que um largo número de espécies possa coexistir na mesma área.
Outro fator relevante para o desenvolvimento da singular avifauna do Amazonas, é indiscutivelmente a mata pluvial.
Gavião real
O gavião-real, também conhecido como harpia ( Harpia harpyja ), é a maior ave de rapina do Brasil e do mundo. Além de maior, é considerada uma das mais interessantes e raras aves pois vive solitária, exceto na época de acasalamento.
A harpia vive em montanhas, nas margens de rios e lagos e até mesmo à beira-mar. No Brasil, ainda hoje, essa espécie é encontrada na Amazônia, nos Estados do Paraná e Rio Grande do Sul, além de algumas florestas da Mata Atlântica. Seus hábitos são diurnos e o comportamento sedentário. Alimenta-se desde moluscos, crustáceos e peixes até serpentes, lagartos, alguns pássaros e alguns mamíferos, como a preguiça (seu alimento favorito) que captura no solo.
A harpia pode atingir 1,15 m de comprimento e 2,5 m de envergadura. Seu peso varia de 4,5 a 10 quilos. Possui uma plumagem densa nas costas e macia no lado ventral. Os tarsos são grossos e não emplumados. As pernas são curtas, e os pés e garras suficientemente fortes para permitir à ave carregar mamíferos pesados.
A cor predominante é o cinza e o seu grande topete é responsável pela denominação de gavião-real. A ave adulta apresenta um ?colar? preto de penas no pescoço.
A característica principal ? também presente em todas as aves de rapina diurnas ? é a profundidade da visão. O poder de resolução da vista do gavião chega a ser oito vezes mais potente que o do homem. Mas, como nem tudo é perfeito, a mobilidade do olho na órbita é reduzida , o que obriga a ave a virar constantemente a cabeça para adquirir noção do conjunto.
Cigana
Muitas espécies de aves amazonenses evoluíram quando a América do Sul se tornou uma ilha, mas entre todas as espécies de ave, a única associada à evolução do sistema fluvial amazônico é a cigana (Opisthocomus hoazin). Confinada às matas inundades e aos manguezais da Amazônia, do Orinoco e das Guianas, as ciganas têm aproximadamente o tamanho de uma galinha e possuem a cabeça adornada com penas de uma intensa cor azul e com uma crista em forma de leque.
Vivem em casais e em pequenos bandos. Extremamente adaptada à alimentação com folhas, essa ave possui um papo dupli onde armazena o alimento antes da digestão e que representa 10% de seu peso. No Período de inundação, incubam de 2 a 3 ovos por cerca de três semanas a um mês. Sem proteção, os ovos são muito vulneráveis e facilmente predados por macacos e aves.
Arara
As araras estão entre os pássaros mais belos da fauna brasileira. São aves grandes e possuem e um bico curvo resistente usado para quebrar frutos e sementes. A palavra arara denomina várias aves da família dos psitacídeos, pertencentes aos gêneros Anodorhynchus, Cyanopsitta e Ara.
Suas penas têm colorido forte como o vermelho, azul e amarelo, sendo muito usadas na confecção de cocares entre as tribos indígenas. Ao todo, existem 18 espécies, distribuídas por toda a América tropical.
A mais frequente no Brasil é a arara-azul ou araraúna (Anodorhynchus hyacinthinus), de corpo azul e detalhes amarelos no peito.
As araras vivem em casais nas copas das árvores mais frondosas e fazem seus ninhos em ocos de árvores. Além de tudo são muito barulhentas e adoram uma algazarra.
Tucano
Famoso pelo bico desproporcional, o tucano é uma ave belísima. Apesar de não ter canto bonito, nem cores vistosas, o tucano encanta mesmo pelo tamanho do bico. Apesar de se alimentar basicamente de frutos e sementes, o tucano pode chegar a se alimentar de insetos e filhotes de outras aves no ninho se faltar alimento.
O tucano pertence ao gênero Ramphastos, da família dos ranfastídeos. Uma curiosidade: os tucanos, como os papagaios, têm os pés zigodáctilos, ou seja: dois dedos para a frente e dois para trás, facilitando a aderência nos galhos. Para a procriação usam o oco das árvores e até ninhos abandonados de pica-pau.
Mutum
O mutum é uma ave de plumagem negra, porte destacado e que adora catar coisas brilhantes para comer. Seu nome científico é Crax fasciolata e pertence a ordem galiforme.
São predominantemente frugívoros, alimentando-se de sementes e restos vegetais, folhas e brotos. Além disso podem eventualmente beliscar alguns gafanhotos, uma perereca e até, se der sopa, uma aranha! Habita as florestas antigas às margens dos rios. caçam gafanhotos, pererecas, lagartos e aranhas. Normalmente, dormem empoleirados nos galhos das árvores.
Socó
O socó é uma ave ciconiiforme da família Ardeidae. É conhecido como socó-boi, socó-pintado, socó-boi-ferrugem, iocó-pinim (Pará) e taiaçu (em tupi, tai = riscado + açu = grande).
Sua alimentação é variada, pois come desde anfíbios, peixes e insetos. Para capturar a presa, o socó anda lentamente em águas rasas ou pântanos.
Comitiva do Amazonas está em Dubai, para a COP 28, e a Sema iniciou participação no evento neste sábado (02/12)
Os Estados da Amazônia Legal lançaram, no sábado (02/12), um Plano de Cooperação Regional para Prevenção e Controle do Desmatamento e Queimadas. Com previsão de investimento total de R$ 250 milhões, o anúncio foi feito durante a COP 28, que ocorre em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos.
O plano integrado foi elaborado por meio da Câmara Técnica de Meio Ambiente do Consórcio Interestadual da Amazônia Legal (CAL). O objetivo é ordenar a atuação ambiental entre os estados, em especial na defesa das divisas. É o que destaca o secretário de Estado do Meio Ambiente, Eduardo Taveira.
“O projeto vai ser tocado pelo Fundo Brasileiro para a Biodiversidade (Funbio) e, para o financiamento, a gente apresentou o projeto ao Fundo Verde do Clima (Green Climate Fund). A gente está aguardando essa resposta, mas o projeto está elegível, do ponto de vista dos requisitos e, caso aprovado em 2024, a gente começa a implementação dessas infraestruturas e desse trabalho em conjunto”, ressaltou.
Segundo Taveira, a proposta é que o projeto resulte em maior eficiência e menor custo das operações, com relação a uma atuação autônoma de cada estado. A iniciativa deve se somar a outros mecanismos em implementação pelo Governo do Amazonas para ampliar as ações de combate ao desmatamento e às queimadas ilegais em 2024.
“Nós já temos um projeto que está sendo submetido ao Fundo Amazônia, junto ao Corpo de Bombeiros, para captar R$ 45 milhões para a estruturação de brigadas e aquisições especializadas no combate a queimadas ilegais. Essa união entre os Estado será de extrema relevância para que a gente consiga manter as reduções que tivemos neste ano, de mais de 60% do desmatamento e 8% das queimadas”, afirmou.
PARTICIPAÇÃO EM PAINÉIS
Também neste sábado (02/12), o Governo do Amazonas, por meio da Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema), participou do painel “Agregando valor aos produtos da floresta: soluções tecnológicas e arranjos pré-competitivos para as bioeconomias da Amazônia”, realizado pelo CAL, e do painel “Florestas e Bioeconomia: Conservação e restauração dos biomas brasileiros como instrumento da agenda climática”, promovido pela Associação Brasileira de Entidades do Meio Ambiente (Abema).
As pautas principais dos encontros foram financiamento climático, esforços para apoiar a bioeconomia e os desafios para a manutenção da floresta em pé e redução das emissões. “Participamos como debatedores nessas mesas, já apresentando as perspectivas do nosso Programa Amazonas 2030, que será apresentado aqui na COP 28 no domingo (03/12)”, completou o secretário da Sema.
AMAZONAS NA COP 28
Nos próximos quatro dias, o governador Wilson Lima, acompanhado pelo secretário da Sema, Eduardo Taveira, cumpre uma intensa agenda de encontros com empresários, representantes de instituições financeiras e de outros estados brasileiros e países em busca de reforçar investimentos para o desenvolvimento sustentável no estado.
Fotos:Heber Barros/CAL
O principal compromisso é o lançamento do Programa Amazonas 2030 para redução do desmatamento no estado, que será executado com recursos arrecadados a partir da venda de créditos de carbono. O objetivo é alcançar o desmatamento líquido zero no estado nos próximos seis anos.
Ferramenta para colheita de frutos é usada nas comunidades extrativistas do Amazonas, gerando renda para os moradores.
Com informações do MCTI
Você sabia que é possível extrair palmito de forma sustentável e sem destruir a natureza? Isso é possível graças à tecnologia social Palmhaste, desenvolvida pelo Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), unidade de pesquisa vinculada do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI). A ferramenta criada para a colheita de cachos de frutos de palmeiras evita o desperdício, aumenta a produtividade e colabora para a geração de renda e a qualidade de vida das comunidades extrativistas da Amazônia.
A tecnologia está sendo empregada pelos moradores dos seguintes municípios:
Manaus (Comunidade Areia-branca, Pau-rosa e Reserva de Fruticultura do Inpa) Iranduba (Lago do Iranduba e Comunidade Nova Esperança) Manacapuru (Comunidade do Lago do Paru e Calado) Novo Aripuanã (RDS do Juma)
Foto: Reprodução/INPA
O uso da ferramenta evita o desgaste físico dos coletores de palmeiras altas da Amazônia e previne acidentes de trabalho e ataques de animais peçonhentos.
Espécies
Na Amazônia, são conhecidas em torno de 180 espécies de palmeiras, mas apenas sete possuem frutos comercializados nas feiras de Manaus. De acordo com o técnico do Inpa, Afonso Rabelo, com exceção das espécies de açaís e pupunha que podem ser escaladas, as demais espécies de palmeiras são muito difíceis de serem coletadas por meio de escalada em árvores ou com instrumentos caseiros.
"Das 180 espécies catalogadas na Amazônia, 30 possuem frutos comestíveis e dez apresentam grande valor tecnológico agregado, comercial, nutritivo e funcional",
disse.
A tecnologia desenvolvida pelo Inpa em 2019 ganhou escala após a aquisição por uma empresa privada. O Palmhaste tem certificação da Fundação Banco do Brasil de Tecnologias Sociais (2019) e está registrada na Rede SDSN, uma Plataforma de Soluções para o Desenvolvimento Sustentável da Amazônia. Além disso, recebeu o primeiro lugar no Prêmio Professor Samuel Benchimol (2019), na categoria de projetos para desenvolvimento sustentável na Amazônia.
O rio Amazonas é o maior rio em volume de água do mundo e o maior em extensão territorial. Com 6.992km de comprimento, percorre o norte da América do Sul, a floresta amazônica e deságua no Oceano Atlântico, além de possuir mais de mil afluentes. Sua bacia hidrográfica abrange cerca de 7 países da América do Sul: Brasil, Peru, Colômbia, Bolívia, Equador, Venezuela e Guiana.
Em média, a profundidade do rio Amazonas é de cerca de 50 metros, mas, em seus pontos mais profundos, no oeste paraense, chega a 120 metros. Em toda a extensão da bacia chegam aproximadamente 1.100 rios formando um imenso labirinto.
Em cada região, o rio recebe um nome. No local onde nasce o rio Amazonas, ele recebe o nome de Vilcanota. Em território peruano, ele atravessa uma região belíssima, conhecida como Vale Sagrado dos Incas. Antes de chegar ao Brasil, o rio é chamado de Uicaiali, Urubamba e Marañón. Ao sair do Peru, ele ainda passa pela Colômbia, finalmente chegando ao Brasil, que recebe o nome de Solimões, que, ao encontrar com o Rio Negro, se torna o Rio Amazonas. Sua foz é conhecida como Delta do Amazonas e deságua no Oceano Atlântico, localizado entre os estados do Pará e Amapá.
A bacia do rio Amazonas é a maior do mundo, com uma superfície de aproximadamente sete milhões de km². O Amazonas é de longe o rio mais caudaloso do mundo, com um volume de água cerca de 60 vezes o do rio Nilo.
O caudal de água doce lançado pelo rio no Atlântico é gigantesca: cerca de 210 000 m³/s, ou um quinto de toda a água fluvial do planeta. A Amazônia é conhecida mundialmente pela quantidade de água doce que ela oferece aos brasileiros, sendo que o Rio Amazonas é o principal da região.
Para se ter ideia do volume da bacia hidrográfica desse rio, a sua produção de água teria capacidade para abastecer 74% de toda a demanda do país, de acordo com a Agência Nacional de Água (ANA). Encontram-se na Bacia do Rio Amazonas e em sua rede de afluentes cerca de 20% de toda água doce do planeta.
O conceito de meio ambiente é frequentemente utilizado para a demonstração de paisagens exuberantes, riquezas de fauna e flora, entretanto, sua conceituação é muito mais abrangente.
O meio ambiente é caracterizado pela interação de todos os elementos físicos, químicos e biológicos do planeta. Ou seja, ele é tudo que circunda ou interfere sobra a vida, seja em menor ou maior grau.
A água, rochas, o ar, a atmosfera, a fauna e flora diversas do planeta, são todas parte de uma grande sistema formado por elementos, orgânicos e inorgânicos, que se equilibram. A esse sistema complexo dá-se o nome de meio ambiente.
muito bom esse artigo, muito informativa