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Coluna Agricultura : Método avalia procedência e autenticidade de cafés brasileiros
Enviado por alexandre em 26/06/2023 10:20:39

Método avalia procedência e autenticidade de cafés brasileiros

Grupo que reúne pesquisadores da Unicamp, Embrapa e Universidade Tecnológica Federal do Paraná obteve mais de 90% de acurácia na discriminação entre amostras de diferentes produtores e estados brasileiros; estudo estimula a certificação de cafés com apelo de origem

Por Agência Fapesp

O café comum consumido no Brasil é, geralmente, uma mistura de grãos da espécie arábica (Coffea arabica) com o chamado robusta – uma designação generalizada para variedades da espécie canéfora (Coffea canephora). Mas, apesar de tradicionalmente usado em misturas e historicamente descrito como um café de baixa qualidade em comparação ao arábica, o canéfora está em ascensão no cenário dos cafés especiais, resultado de uma nova percepção da indústria acerca da espécie.

“Os cafés canéforas brasileiros estão se destacando e atingindo uma qualidade sensorial comparável à do arábica. Produtores, consumidores e processadores estão interessados nesse mercado. Cafés canéforas especiais brasileiros produzidos em duas regiões diferentes já receberam registro de indicação geográfica”, revela o doutorando em ciência de alimentos Michel Rocha Baqueta, da Faculdade de Engenharia de Alimentos da Universidade Estadual de Campinas (FEA-Unicamp).

Sob a orientação da professora da Unicamp Juliana Azevedo Lima Pallone e com a colaboração dos pesquisadores Patrícia Valderrama, da Universidade Tecnológica Federal do Paraná, e Enrique Anastácio Alves, da Embrapa em Rondônia, Baqueta desenvolveu um método para avaliar instantaneamente a origem de cafés brasileiros da espécie canéfora dos principais estados produtores, tornando possível distinguir suas variedades botânicas (conilon e robusta) e os cultivares de café canéfora da Amazônia.

O método desenvolvido pelo grupo emprega a espectroscopia na região do infravermelho e ferramentas de quimiometria (a aplicação de métodos estatísticos ou matemáticos para interpretar dados de origem química, com emprego de algoritmos de aprendizagem de máquina, baseados em inteligência artificial) para fazer a discriminação entre os canéforas cultivados no Brasil. O trabalho gerou diversos artigos, dois já publicados nos periódicos Journal of Food Composition and Analysis e Analyst.

A pesquisa contou com apoio da Fapesp por meio de dois projetos (19/21062-0 e 22/03268-3).

Acurácia e vantagens

Segundo os cientistas, os métodos químicos tradicionais existentes, que poderiam ser aplicados para o mesmo tipo de avaliação, são mais trabalhosos e complexos, pois envolvem análises químicas que demoram de três a quatro dias para gerar resultados com base em compostos químicos presentes no produto.

“Produtos considerados especiais e com indicação geográfica apresentam maior valor comercial. Isso porque a indicação geográfica aponta não só a procedência, mas as características esperadas. De maneira geral, os cafés especiais são classificados com base em suas características sensoriais. Porém, legitimar a atribuição de indicação geográfica ou procedência do produto por aplicação de testes sensoriais não é fácil, uma vez que esses testes fornecem uma impressão global do produto, determinando seus aromas e sabores, mas não sua origem. Um teste sensorial poderá indicar que aquele café tem as características sensoriais muito particulares do café de determinado lugar. Mas dificilmente poderá atestar sua origem com alto nível de acurácia”, explica Baqueta.

De acordo com o doutorando, há um gargalo na certificação desse tipo de produto no país e o método desenvolvido pelo grupo ajuda a transpor as dificuldades associadas à legitimação de cafés especiais, com destaque para os que apresentam indicação geográfica, oferecendo vantagens: pode ser feito em segundos, com o café torrado, já moído, sem preparo de amostra e geração de resíduos.

O Brasil é o segundo maior produtor mundial de canéfora, com destaque para os estados do Espírito Santo (região Sudeste) e Rondônia (região Norte), seguidos pela Bahia (região Nordeste). Nos principais locais de produção são cultivadas duas variedades: o robusta e o conilon. Em Rondônia, os cafés são produzidos por povos indígenas, além de produtores convencionais, e recebem o nome de robusta amazônico. Recentemente, os robustas produzidos em Rondônia e os conilons do Espírito Santo receberam registro de indicação geográfica.

“Tivemos resultados superiores a 90% com o modelo de classificação na discriminação entre os robustas cultivados por indígenas dos cultivados por não indígenas, e também entre amostras do Espírito Santo e da Bahia e ainda na diferenciação de amostras de canéforas e arábicas. No caso de discriminar entre canéforas com indicação e sem indicação [com e sem certificação], a acurácia foi de 100%.”

Impressão digital química

A primeira etapa para a aplicação da técnica depende da obtenção de espectros na região do infravermelho próximo de amostras de procedência conhecida. Para isso, é utilizado um espectrômetro que realiza medições no intervalo do espectro correspondente à região do infravermelho próximo (800 a 2.500 nanômetros). O equipamento emite radiação eletromagnética sobre a amostra e um sistema de detecção registra o sinal. Em seguida, essas informações são processadas por softwares e geram os espectros referentes às interações da radiação eletromagnética com a amostra, que depende de sua composição química.

“Trata-se de uma impressão digital química da amostra. Esse tipo de avaliação nunca havia sido utilizado para discriminar cafés canéforas especiais brasileiros. Quando começamos, tínhamos dúvidas sobre a possibilidade de realmente determinar a origem dos canéforas com esse método, pois o café depois da torra torna-se muito complexo, a composição química muda totalmente. Mas conseguimos.”

Pallone esclarece que a espectroscopia no infravermelho associada a ferramentas de quimiometria pode ser aplicada a diferentes objetivos em análise de alimentos. “O grande desafio é verificar se esses espectros gerados pelo equipamento e essas ferramentas de quimiometria seriam adequados a propósitos específicos, como o nosso. É preciso testar uma série de fatores: a melhor forma de obter os espectros, verificar se existe uma melhor região do espectro para usar na análise. Nosso propósito foi responder a seguinte questão: se coletarmos os espectros das amostras de cafés canéforas especiais de diferentes origens, conseguiríamos obter um modelo de classificação que permita distinguir entre elas? Assim, coletamos os espectros de todas as amostras e procuramos avaliar a melhor forma de trabalhar com os dados obtidos e a melhor ferramenta de quimiometria para aplicar aos resultados e responder à questão.”

Segundo a pesquisadora, o equipamento gera espectros baseados em ligações químicas das estruturas que compõem a amostra. “Imaginávamos que os cafés de diferentes origens e diferentes locais poderiam gerar espectros diferentes. Recebemos um resultado muito complexo do equipamento, contendo espectros de um número grande de amostras, de diferentes origens. Para trabalhar com esses dados, é necessário o emprego de algoritmos de aprendizagem de máquina para dados químicos, quimiometria, que permitem a utilização dos dados espectrais complexos obtidos e a associação com a origem dos cafés especiais. Assim, é possível obter modelos que indicam a classificação de amostras, de acordo com a região produtora. Os modelos gerados são testados e validados e é possível conhecer a sua porcentagem de acerto nas classificações.”

Amostragem

Pallone lembra que as amostras de cafés especiais de Rondônia e do Espírito Santo foram obtidas graças a uma parceria com a Embrapa Rondônia, que enviou amostras dos produtores das Terras Indígenas de Rondônia e também de não indígenas que produzem o robusta especial no Estado, além de exemplares do Espírito Santo.

“Foi analisado um conjunto representativo composto por 527 amostras, incluindo robusta amazônico de produtores indígenas e não indígenas, conilon do Espírito Santo e da Bahia, arábica especial e canéfora de baixa qualidade. Tínhamos, ainda, amostras de cafés canéfora sem indicação. Testamos o modelo com cafés com e sem indicação e vimos que funcionou. Comparamos também o canéfora de alta qualidade com o arábica de alta qualidade, para saber se os robustas especiais são comparáveis aos arábicas em termos químicos.”

Os pesquisadores explicam que o café robusta produzido exclusivamente em Rondônia (robusta amazônico) tem uma denominação de origem (Matas de Rondônia). Pallone recorda que havia conhecimento a respeito da variedade das amostras de Rondônia e, por isso, foi possível discriminar, além da origem, as variedades botânicas cultivadas na Amazônia.

Baqueta relata que a Embrapa Rondônia está desenvolvendo um protocolo nacional de análise sensorial para o canéfora no Brasil. “Existe um protocolo internacional, mas a realidade do Brasil é diferente, aqui há muita diversidade. Precisamos de um protocolo para o país. O arábica já tem um protocolo nacional, apesar de existir um internacional também.”

Segundo ele, um dos legados do trabalho recentemente publicado no Journal of Food Composition and Analysis foi o desenvolvimento de um banco de dados. “Coletamos mais de 1.500 espectros. Conseguimos avaliar a autenticidade e a origem de qualquer amostra de canéfora que seja de uma região contemplada em nosso banco de dados”, conta.

Preço

Os cientistas explicam que há vários tipos de equipamentos (espectrômetros). “Os de bancada, usados tradicionalmente nos laboratórios, geram espectros com melhor resolução e abrangem uma área com a qual se consegue detectar mais compostos químicos. Esses devem estar na faixa dos US$ 100 mil. Mas existe uma versão portátil desses equipamentos, cujo preço começa em US$ 1 mil. Há alguns na faixa de US$ 15 mil, US$ 20 mil. A resolução é um pouco menor, mas já fizemos alguns testes e vimos que o nível de acurácia dos portáteis é muito próximo ao do equipamento de bancada. Isso está em um dos artigos que publicamos recentemente no jornal Analyst”, revela Baqueta.

O artigo Brazilian Canephora coffee evaluation using NIR spectroscopy and discriminant chemometric techniques pode ser acessado em: www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0889157522006834.

Já o estudo Discrimination of Robusta Amazônico coffee farmed by indigenous and non-indigenous people in Amazon: comparing benchtop and portable NIR using ComDim and duplex está disponível em: https://pubs.rsc.org/en/content/articlelanding/2023/AN/D3AN00104K.

Coluna Agricultura : Sistema Sepror e Embrapa realizam Workshop voltado ao desenvolvimento sustentável da cultura do abacaxi
Enviado por alexandre em 25/06/2023 20:07:48

Evento destaca importância da cadeia produtiva do abacaxi para região de Novo Remanso em Itacoatiara.

Dando continuidade a programação do I Workshop das Cadeias Produtivas Prioritárias no Amazonas, o Governo Estado, por meio da Secretaria de Estado de Produção Rural (Sepror), em parceria com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), encerrou, nesta sexta-feira (23/06), o ciclo de discussões voltado ao desenvolvimento da cultura sustentável do abacaxi. A ação foi realizada na comunidade da Vila do Engenho, em Itacoatiara (a 176 quilômetros de Manaus).

 

O evento iniciou na quinta-feira (22/06), com a participação de mais de 100 pessoas, a fim de unir elos produtivos da cadeia por meio de intercâmbio de conhecimento técnico e gerencial. A meta era capitanear as demandas pertinentes dos produtores e encaminhar as informações debatidas, em um plano de ação estratégico, para todo o setor da atividade.


De acordo com o titular da Sepror, Petrucio Magalhães Júnior, essa é a determinação do governador Wilson Lima, discutir novas tecnologias de produção, crédito rural, programas de mecanização, insumos, e mercados para a comercialização, para estimular o produtor rural, o empreendedor, e aquelas pessoas que desejam investir em uma atividade produtiva sustentável.

 

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"Nós temos o abacaxi mais doce do Brasil. Temos também um potencial grande de produção para abastecer o mercado internacional. É possível produzir alimentos com sustentabilidade, estamos discutindo novos mercados que nunca atingimos, como o americano e o europeu", ressalta Petrucio.

 


Na quinta-feira também foram realizadas palestras teóricas, abordando as novas tecnologias, conservação e a pós-colheita do abacaxi; a conquista do selo da Identificação Geográfica (IG) do abacaxi, realizado pela Associação de Produtores de Abacaxi da Região de Novo Remanso em Itacoatiara (Encarem); e o mercado para comercialização do produto.


Já na sexta (23), foram realizadas atividades práticas em campo, no Sítio Boa Esperança e na sede da Agroindústria da Cooperativa dos Produtores Rurais da Comunidade Sagrado Coração de Jesus do Paraná da Eva (Ascope/frutas), da Vila de Engenho, utilizando as técnicas desenvolvidas pelos pesquisadores, e colocando em prática junto aos produtores.

 

Fotos:Emerson Martins/Sepror


"Aqui nós temos em torno de 17 hectares e em base de 30 mil pés de abacaxi por hectare. É uma satisfação enorme receber os produtores de vários locais do estado, avançando e buscando conhecimento para aplicar no campo", finaliza o produtor rural e proprietário do Sítio Boa Esperança, José Ronildo Pessoa.


Estiveram presentes: produtores rurais de Itacoatiara, Careiro da Várzea, Barreirinha, São Gabriel da Cachoeira e Manaus; prefeito de Itacoatiara, Mário Abrahim; o chefe-geral da Embrapa Ocidental Ocidental, Everton Cordeiro; Agência de Defesa Agropecuária e Florestal (Adaf), Agência de Desenvolvimento Sustentável (ADS), Universidade Federal do Amazonas (Ufam), Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Amazonas (Sebrae/AM), e o Sistema de Crédito Cooperativo (Sicredi).


WORKSHOPS


Ao todo, já foram realizados os workshop das cadeias da banana, cupuaçu, castanha e do abacaxi, com a participação de mais de 400 pessoas, entre produtores, empresários e técnicos, de instituições privadas e governamentais.

 

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Ainda serão abordadas as cadeias produtivas do açaí, citros, guaraná, mandioca, olerícolas, piscicultura e pecuária e estão sendo planejados por pesquisadores da Embrapa, e técnicos do Sistema Sepror, para desenvolvimento destas cadeias produtivas no Estado. 
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Coluna Agricultura : Conab prevê safra de trigo menor em 2023
Enviado por alexandre em 20/06/2023 15:20:58


Foto: Jaelson Lucas

O Brasil deve ter produção nacional de trigo um pouco menor neste ano. Apesar de a área a ser semeada no País superar a de 2022, a perspectiva é de queda na produtividade. Já na Argentina, estimativas atuais apontam recuperação da oferta nesta safra.

A Conab aponta que a área com trigo no Brasil está prevista para ser 9,7% maior que a da temporada anterior, para 3,38 milhões de hectares. Todavia, as estimativas de produtividade se reduziram 0,2% frente ao apontado em maio, ficando 15,6% inferior a 2022, com média nacional de 2,88 toneladas/hectare.

Também conforme dados da Conab, a produção da nova safra está projetada em 9,7 milhões de toneladas, 7,4% inferior à da temporada passada, que foi recorde.

Fonte: Assessoria Cepea


Confira a análise das Importações de fertilizantes agrícolas no Brasil em 2023

Os apontamentos são resultado de trabalho de profissionais do Banco Itaú.


Foto: Arquivo/OP Rural

Os fertilizantes desempenham um papel essencial na agricultura, fornecendo nutrientes vitais para as plantas e ajudando a aumentar a produtividade das safras. Conforme boletim emitido pela Consultoria Agro do Itaú BBA, o mês de maio registrou queda nas importações de fertilizantes. O relatório apresenta o número do volume total importado, que até maio de 2023 soma 12,4 milhões de toneladas, o que é maior que a média dos últimos cinco anos (11 milhões de toneladas).

Com base nos dados pela SECEX, as importações de fertilizantes no ano de 2023, até o fechamento de maio, foram 12,1% menores em relação ao mesmo período de 2022. Apesar da diminuição das chegadas dos produtos em comparação com o ano passado, o total importado foi de 12,4 milhões de toneladas, valor maior que a média dos último cinco anos (11 milhões de toneladas). Já em relação a maio, a queda das importações foi de 21,5% em comparação com mai/22, muito por conta do alto volume importado naquele mês do ano passado, período em que as importações globais foram altas por conta das preocupações decorrentes dos conflitos entre Rússia e Ucrânia.

As principais origens das importações brasileiras em maio foram Rússia, com 27% do volume total, Canadá com 16% e China com 11%. O cloreto de potássio foi o produto com maior volume no mês, com 1,3 milhão de toneladas, entretanto a quantidade importada desse produto foi 13,6% menor em relação a mai/22. Mesmo com a queda das importações em relação ao ano passado, a oferta de KCl no mercado interno não está comprometida, muito por conta dos altos estoques de passagem do produto no início do ano.

Já no mercado de fosfatados, as importações de MAP, mesmo menores em relação a mai/22, foram 26,8% maiores no acumulado anual contra os primeiros cincos meses de 2022. As grandes chegadas do produto, somadas ao bom estoque de passagem, contribuíram para a grande oferta no mercado doméstico. Assim os preços do fosfatado estão em patamares baixos, com o preço CFR no porto em USD 445/t, no fechamento da última semana.

Quanto às importações de ureia, no acumulado até o fim de maio, o total importado foi de 2,41 milhões de toneladas, queda de 5,9% em relação ao mesmo período de 2022. Mesmo com a queda das compras externas da maioria dos produtos do setor, os altos estoques dos fertilizantes contribuem para a boa oferta no mercado doméstico.

Com os preços em queda dos principais produtos, as relações de troca estão em patamares atrativos, conforme mostramos no nosso Radar Agro. Desse modo, as entregas domésticas podem se recuperar nos próximos meses e serem maiores em relação ao registrado em 2022, fazendo com que o ano de 2023 termine com menores estoques.

Se considerarmos o volume de importação realizado até mai/23, para alcançarmos um montante de entregas ao mercado 7% maior em relação ao registrado no ano de 2022, as compras externas até o final de 2023 terão que atingir 22,6 milhões de toneladas.

Fertilizantes

As importações de mai/23 foram 21,5% menores em relação a mai/22. No acumulado do ano o total importado é 12,1% menor em relação ao mesmo período de 2022.

Os principais países exportadores de adubos para o Brasil no acumulado de 2023 foram Rússia, China e Canadá, sendo que a Rússia aumentou a representatividade em volume comparado com o registrado no mesmo período de 2022.

Ureia

Importações de mai/23 foram 3,7% maiores em relação ao quinto mês de 2022. Diminuição da representatividade das compras originadas da Rússia no
acumulado até o quinto mês de 2023 versus jan-mai/22.

Nitrato de Amônio

Em mai/23, as importações foram 2,2% menores contra o registrado em
mai/22. Participação maior da Rússia nos cincos primeiros meses de 2023 e
redução da representatividade da Holanda como origem das compras brasileiras contra o mesmo período do ano passado.

Cloreto de Potássio (KCl)

Importações em mai/23 foram 13,6% menores em comparação ao quinto mês
de 2022.

MAP

O volume importado em mai/23 foi 37,2% menor em comparação com mai/22. No acumulado até mai/23 houve aumento da participação russa e redução dos produtos chineses, contra as importações do mesmo período de 2022.

DAP

As importações em mai/23 foram 47,9% menores em volume em relação ao
comprado no quinto mês de 2022. As compras originadas do Marrocos maiores em 2023 contra o registrado nos primeiros cinco meses de 2022.

NPK

Importações em mai/23 foram 70,9% menores em relação às compras externas de mai/22. Em mai/23 as compras originadas da Rússia representaram 52% do total importado no mês.

Fonte: Assessoria Consultoria Agro do Itaú BBA

Coluna Agricultura : Convênio firmado entre Governo do Estado e Embrapa executa projeto para melhorar a cadeia produtiva do leite em Rondônia
Enviado por alexandre em 14/06/2023 14:18:01

O objetivo do Transtec é a melhoria e avanços na cadeia produtiva do leite, agregando produtividade e valor

Convênio firmado entre Governo do Estado e Embrapa executa projeto para melhorar a cadeia produtiva do leite em Rondônia
Por Gerson Costa e Jean Carla Costa

O Governo de Rondônia, por meio da Secretaria de Estado da Agricultura – Seagri, firmou convênio com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária – Embrapa, para execução do projeto de Pesquisa e Transferência de Tecnologia para Cadeia Produtiva do Leite do Estado de Rondônia, Transtec. O projeto é orçado em R$ 3,2 milhões, e tem foco na melhoria do manejo reprodutivo, pastagens e qualidade do leite. Com a incidência da pandemia, houve a paralisação da pesquisa em 2020 e 2021, fazendo com que a Embrapa reprogramasse o início do trabalho para 2022.

O Transtec possui sinergia com outros projetos apoiados pelo Fundo PROLEITE, que de maneira conjunta visam alcançar o objetivo único, que é a melhoria e avanços na cadeia produtiva do leite, agregando produtividade e valor a seus produtos  derivados.

PESQUISAS E TECNOLOGIAS

O coordenador do Transtec,  Rhuan Amorim de Lima, explicou que há pesquisas com manejo reprodutivo do rebanho, trabalhos com pastagens para viabilizar o cultivo de forrageiras mais resistentes e produtivas frente ao desafio de Rondônia, a exemplo de doenças e pragas comuns na região. O trabalho da Embrapa é ofertar ao produtor soluções e tecnologias validadas para as condições reprodutivas do Estado.

No aspecto da produção do leite, Rhuan detalhou que, há pesquisas ao longo de toda cadeia, desde a ordenha até o armazenamento, transporte e industrialização.  “Produzimos um volume de leite e os produtores buscam aprimorar a qualidade e agregar valor aos produtos lácteos no Estado. Temos parceiros que vão desde os produtores às indústrias e laticínios, que  nos permitem estudar toda a cadeia do leite, identificando os pontos críticos para melhoria da qualidade”, acrescentou.

Para o governador de Rondônia, Marcos Rocha, com os programas de pesquisa e qualificação da produção do leite, é previsto uma significativa melhora na produtividade do Estado. “Rondônia no futuro estará em pé de igualdade a outros grandes estados produtores de leite. Temos vocação, técnicos empenhados e um povo trabalhador”, disse.

AÇÕES DO TRANSTEC

Ainda sobre o Transtec, a Embrapa fará cursos de capacitação, dias de campo e escolherá 11 unidades de referência tecnológica em Rondônia para servir de vitrine aos demais produtores. Entre os critérios para escolha dessas propriedades estarão o acesso, o perfil do produtor, o interesse na participação, pesquisa e autorização para visitas de outros produtores.

O secretário de Estado da Agricultura, Luiz Paulo espera que ao final do período de estudos do programa financiado pelo Fundo PROLEITE, a produção de leite alcance níveis de produtividade e qualidade, melhorando assim, o preço para o produtor. “O Transtec é um programa de pesquisa que visa melhorar a cadeia produtiva. É mais uma ação da Seagri, através do PROLEITE, para transformar a agropecuária”, concluiu.

Coluna Agricultura : Conab estima recorde na produção de grãos
Enviado por alexandre em 11/05/2023 23:51:22

Safra deve chegar a 313,9 milhões de toneladas

Colheita de soja. Foto: Wenderson Araujo/Trilux

A estimativa da produção de grãos no Brasil para a safra 2022/23 está em 313,9 milhões de toneladas, segundo o 8º Levantamento de Safra de Grãos, divulgado nesta quinta-feira (11) pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). O volume é 15,2% maior do que o registrado na safra anterior (2021/22), percentual que decorre de um acréscimo de 41,4 milhões de toneladas.

Caso as expectativas sejam confirmadas, o Brasil estabelecerá um novo recorde em sua série histórica. De acordo com a Conab, o desempenho médio estimado também deverá ser recorde, com 4.048 quilos por hectare.

O total de área utilizada para a produção aumentou 4%, podendo chegar a 77,5 milhões de hectares.

“Esse rendimento é atingido mesmo em um ano-safra sob influência do fenômeno climático La Niña, sobretudo no início da safra, mas em menor escala. Se compararmos com safra passada, o clima adverso teve impacto no Rio Grande do Sul, Paraná, Santa Catarina e parte do Mato Grosso do Sul. Já neste ciclo os efeitos foram mais concentrados no estado gaúcho”, explica o gerente de Acompanhamento de Safras, Fabiano Vasconcellos.

Milho e soja

A Conab destaca que a produção estimada de milho é de 125,5 milhões de toneladas, e que isso representa uma alta de 12,4 milhões de toneladas na comparação com 2021/22.

A primeira safra do grão foi semeada em 4,4 milhões de hectares. A colheita finalizada foi próxima a 27 milhões de toneladas, número 8,1% maior do que o da safra anterior. A Conab lembra que o bom resultado foi obtido apesar dos problemas climáticos registrados no Rio Grande do Sul.

“Já para a segunda safra, é esperado uma colheita de 96,1 milhões de toneladas. A cultura já está semeada, e cerca de 74,4% das lavouras se encontram em floração e enchimento de grãos. Nesses estágios, o clima ainda é um fator preponderante e a Conab acompanhará o desenvolvimento da cultura”, informou a companhia.

A expectativa é de que a produção de soja seja recorde, com uma colheita de 154,8 milhões de toneladas. O volume é 23,3% maior do que o da safra anterior. Segundo a Conab, o aumento se deve ao aumento de produtividade e de área plantada.

Feijão, arroz, algodão

A Conab diz que a produção de feijão foi favorecida pelas “boas condições climáticas registradas durante o desenvolvimento da 2ª safra”, com impactos positivos na produtividade, e que isso refletiu em uma produção maior do que a esperada.

“No Paraná, a melhora do desempenho das lavouras de feijão tipo cores chega a 16,2%, saindo de 1.687 quilos por hectare para 1.960 kg/ha, o que resulta num incremento de 6,3% na expectativa da produção no estado. Já em Minas Gerais, além do aumento de produtividade houve uma maior área destinada para o grão. Assim, a nova estimativa para a produção total de feijão ultrapassa, ligeiramente, as 3 milhões de toneladas.”

No caso do arroz, a produção estimada para a safra 2022/23 está em 9,94 milhões de toneladas, “resultado da queda na área destinada ao produto, sobretudo no Rio Grande do Sul, maior produtor do grão”, detalha a companhia.

As lavouras de algodão foram beneficiadas pelo aumento de área e pelas boas condições climáticas. A estimativa é de uma produção 13,6% maior do que a da safra anterior, chegando a cerca de 2,9 milhões de toneladas.

Edição: Maria Claudia

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