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Educação Em Foco : Será que bater educa?
Enviado por alexandre em 04/03/2015 00:51:19

Será que bater educa?

 

A intenção deste artigo é apenas mostrar algumas faces de um assunto polêmico, mas que precisa ser abordado por todos os que trabalham com a área educacional: pais, professores, coordenadores e gestores da educação.

É fato facilmente constatado que as pessoas têm sempre muita pressa para tudo, e conversar, tentar compreender e discutir pontos de vista são práticas que demandam muito tempo. Em contrapartida, algumas pessoas acreditam que um puxão de orelha, um tapa, um empurrãozinho vez ou outra podem conter os ânimos das crianças, em bem menos tempo.

Após o castigo físico, contudo, se a criança não voltar mais a agir de um modo não apropriado nem sempre significará que ela tenha aprendido eficazmente. Se ela não correr mais sobre o piso molhado porque foi castigada fisicamente por seus pais, por exemplo, nem sempre será pelo fato de ter aprendido realmente o porquê de não poder mais fazer isso. Do mesmo modo, se após ter apanhado de seus pais por ter respondido com grosseria a eles, ela não mais repetir essa má-criação, infelizmente não significará que ela aprendeu as boas razões de respeito aos mais velhos.

Não, as coisas não são tão simples assim. O castigo físico pode iludir muitas famílias, levando-as a pensar que seus filhos estão aprendendo comportamentos de educação de modo efetivo. Mas o que está ficando para eles desse aprendizado?

Se um menino bate em outro na escola e, ao chegar em casa, apanha de seus pais como castigo pelo erro que ele cometeu, como entenderá que a violência não é o melhor meio a ser utilizado? A verdadeira razão que faz uma criança não repetir mais um erro após apanhar de seus pais pode frustrá-la grandemente, pois o seu único motivo pode ser simplesmente o medo de apanhar novamente. Isso é insuficiente e não atende em nada ao que queremos para a vida de nossos filhos: que eles absorvam os bons conceitos de uma educação para a vida toda.

Além disso, não é interessante para ninguém que um comportamento educado aconteça apenas na fase da infância. Mesmo quando passar pela adolescência, juventude e vida adulta, nosso desejo é que cada criança viva plenamente os nossos ensinamentos, que visam levá-la ao mais completo sucesso, nos mais diferentes setores.

A violência física se mostra muito ineficaz, pois tende apenas a conter os ânimos de modo rápido, enquanto o diálogo pode ensinar conceitos importantes para a vida toda. A conversa entre pais e filhos pode ter benefícios mais duradouros, mais conscientes e, por isso, mais efetivos.

Esse assunto é muito mais amplo do que imaginamos, e há quem não concorde em nada com isso. A intenção aqui é apenas levá-lo a refletir um pouco mais sobre essa prática utilizada por muitas famílias para educarem seus filhos.

Nada é tão simples, como pode parecer à primeira vista. Estamos falando de vidas, de pessoas com as mais diferenciadas experiências, que acreditam ou não num determinado método para educar crianças. Tudo isso tem várias faces, pois até pais que não usam a violência para educar seus filhos estão propensos a errar, acredite.

Isso pode ocorrer, principalmente, quando os pais deixam à disposição dos filhos recursos como televisão, filmes e videogames, sem a devida orientação de um adulto. Ora, do que adianta não agredir fisicamente a criança para educá-la, mas permitir que ela assista, sozinha, a tantas formas de violência?

A violência pode acontecer até mesmo em muitos desenhos animados tidos como “inocentes”. Como vários personagens usam métodos violentos diante de qualquer desagrado, a criança corre o risco de assimilar conceitos muito equivocados em relação à vida como um todo. Temos que pensar que cada um reage de um determinado modo diante de um estímulo específico.

Para entender isso, pense que, por ter sofrido violência física durante a infância, muitos pais hoje não agem assim em relação aos seus filhos, enquanto outros, pelo mesmo motivo, agem exatamente igual.

Não é possível esgotar esse assunto nessas breves palavras. Por isso, tente você ampliá-lo em sua escola, em sua família, em seu círculo social. Converse, pesquise, permita-se refletir e conhecer outras formas de pensar sobre esse importante tema. A reflexão é, sem dúvida, um valioso meio para verificar, a tempo, se as nossas ações do hoje terão os resultados que estamos esperando para o amanhã.

 

Luiz Carlos Polini

Colaborador ouropretoonline

Graduado em Geografia e História

Especialista em Educação e Gestão Ambiental.

 

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Educação Em Foco : A escola que a acompanhe e entenda as novas gerações
Enviado por alexandre em 02/03/2015 08:09:18

A escola que a acompanhe e entenda as novas gerações

 

Quando estudei o primário, ginásio e o segundo grau, que na contemporaneidade chamamos de “séries iniciais, ensino fundamental e ensino médio”,  estudávamos em salas físicas com carteiras pesadas de madeira, divididos por série, idade, turnos etc. Copiávamos do quadro negro em cadernos, fazíamos exercícios, líamos textos mimeografados e fazíamos provas assim também. Não estou reclamando, era o que tínhamos.

Em casa, era a mesma coisa: brincávamos na rua, de bola, jogávamos bétis, dama, trilha enfim... Escrevíamos cartas para os amigos e paqueras. E tudo era maravilhoso!  Muitos dizem que até mais saudável, mas não é isso o que importa aqui! O que quero dizer é que tínhamos na escola o que tínhamos em casa, na rua, na vida. Isso acontece hoje com você, com seus filhos, sobrinhos, alunos? Na maioria das vezes, não. É verdade! Observe!

Hoje, crianças e jovens têm acesso a tudo o que há de mais moderno em termos de tecnologias: computadores, tablets, smartphones conectados à internet. Eles se comunicam na velocidade da luz, utilizam diversos sistemas de áudio, vídeo, sociais, de compartilhamento etc. Suas vidas são em rede e tudo acontece em tempo real. Jogam pelo computador e outros dispositivos online com pessoas em qualquer lugar do mundo, comunicando-se de forma instantânea.

Têm acesso a todo tipo de informação sobre qualquer assunto na palma da mão. E a escola acompanha estas mudanças? Reflete a realidade social em que vivem? Normalmente, não! Muitos pais e educadores reclamam que as crianças e os jovens de hoje não querem nada! Não gostam da escola, nem se interessam em estudar.

Se fosse você, ficaria interessado pelos estudos, com um mundo muito mais atraente do lado de fora da escola? Eu não! A escola, não conseguindo se antecipar às tendências, precisa ao menos acompanhar as transformações sociais. Escolas, educadores, pais, governos e estudantes precisam se unir na busca de soluções educacionais que atendam às necessidades dos alunos, aliando os objetivos educacionais aos instrumentos, ferramentas e critérios.

As inovações não devem ocorrer somente no uso de tecnologias, mas nos instrumentos e formas de promover o aprendizado, de avaliar o desempenho, de criar estudantes mais autônomos e ativos no processo de ensino-aprendizagem e mais responsáveis neste processo.

Seguem abaixo alguns exemplos:

- O uso de novas formas de avaliação do estudante que não sejam focadas apenas na identificação e punição dos erros, mas no incentivo de posicionamentos mais críticos, fortalece a interação com as novas gerações que já se acostumaram a ser participativas em diversos processos em suas vidas.

- É possível usar novas ferramentas e metodologias, seja na construção e adaptação do currículo, ou no desenvolvimento dos momentos de aprendizado, como a gamificação. Não me refiro aqui ao uso de games ou jogos educacionais somente, mas da estratégia dos jogos, tornando as aulas mais desafiadoras, repletas de enigmas interessantes, de roteiros de aprendizagem em que o estudante pode escolher caminhos mais adequados e condizentes com seus estilos de aprendizagem, inteligências, experiências e conhecimentos prévios.

- Também é possível inserir os dispositivos móveis como notebooks, tablets e celulares como instrumentos de integração e aprendizado. Usar tecnologias que os estudantes já conhecem, gostam e se sentem bem, ajuda a criar interesse pela escola.

- Os professores podem ter grupos em redes sociais, blogs, comunicadores instantâneos, listas de emails etc. O uso conjunto de blogs, canais de vídeos produzidos pelos próprios e compartilhados, alia a vida física à virtual dos estudantes.

- Aplicativos de comunicação, de gravação e edição de áudio, vídeo, imagem, texto, de compartilhamento, de segunda tela, fóruns, blogs, games, segunda vida, wikis, aliando pesquisa, criatividade e interação ao conteúdo, objetivos e instrumentos inovadores de avaliação.

- Outra proposta é não dividir os estudantes em salas, séries, idade, mas uni-lôs para que um aprenda com o outro, interaja, compartilhe, ensine. Trabalhar por temas e não por série. Já há escolas sem paredes, sem professor, que reúnem educadores e educandos num mesmo espaço educativo. Diminuir a distância entre educador e educando, mudar o foco do repasse massivo de conteúdos para a construção colaborativa do conhecimento, mudar os instrumentos e critérios de avaliação por formas de compartilhamento de resultados e desempenho em grupo, junto a um atendimento personalizado.

Não parece fácil, e não é a realidade na atual situação do Brasil, mas é um caminho que pode transformar a educação, a vida das pessoas e a nossa sociedade. Tudo começa no planejamento educacional, na adaptação do currículo, no desenvolvimento e implementação dos projetos educacionais, dos "planos de aula" e da ação do educador e termina, quer dizer, não termina. É só o começo, uma semente que devemos plantar para as novas gerações.

Sei que as escolas, os educadores e até a sociedade ainda não se sentem preparados para acompanhar tantas mudanças, mas será que estamos preparados para "perder" toda uma geração, até nos sentirmos prontos para compreendê-los e atender suas necessidades?

 

Luiz Carlos Polini

Colaborador ouropretoonline

Graduado em Geografia e História

Especialista em Educação e Gestão Ambiental.

 

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Educação Em Foco : Adaptação na Educação Infantil.
Enviado por alexandre em 28/02/2015 19:15:15

 Adaptação na Educação Infantil.

 

Neste início de um novo ano letivo, muitos pais, por diversos motivos, precisam colocar os filhos em creches logo nos primeiros meses de idade. Outros optam por deixá-los com familiares ou babás. O certo é que, mais cedo ou mais tarde, acaba por chegar o dia em que os pequenos ingressam na escola.

Quanto mais nova a criança, mais fácil e rápida é a sua adaptação. Os bebês não têm perfeita noção daquilo que os rodeia e conseguem se acostumar com mais facilidade a outras pessoas que não são de seu convívio. Ao contrário dos pais que, por sua vez, ao separarem-se dos filhos ainda bebês, passam por um processo doloroso de adaptação.

Mas quando as crianças vão para a Educação Infantil aos três ou quatro anos, é de se esperar delas alguma reação negativa. Estudos comprovam que a rejeição a um novo ambiente é mais comum nas crianças com mais de 18 meses, pois elas têm maior memorização, percepção da realidade que as cercam e apego às pessoas de sua convivência. Deixar, pela primeira vez, um filho aos cuidados de pessoas desconhecidas é uma experiência difícil. E sabemos que, quanto menor a criança, maior a angústia dos pais. Apesar do sofrimento, é possível enfrentar esse período tão complicado. Veja algumas dicas:

 

• Escolha com cuidado - É importante que os pais sintam-se seguros, pois a confiança de que fizeram a melhor escolha será transmitida para seu filho. Antes de matriculá-lo, conheça mais de uma escola. Assim é mais fácil decidir.

• Mostre a escola para seu filho - Em caso de adaptação com bebês, deixe o pequeno sentado para que ele enxergue os demais à sua volta. Deitado, ele só verá o teto, o que torna mais demorado a adaptação ao novo ambiente e aos novos estímulos. Com as crianças acima de um ano, passeie pela escola e mostre que aquele ambiente será seguro e divertido.

• Participe - Se possível, deixe seu filho acostumar-se com a escola gradativamente. Uma sugestão é que no primeiro dia ele fique somente duas horas e aí vá aumentando o tempo dia após dia.

• Sempre diga a verdade - Não deixe a criança na escola dizendo que vai ao banheiro e já volta. No dia seguinte seu filho não acreditará em você.

• Cuidado com o que diz - Seu filho é esperto, mas nem por isso ele entende frases no sentido figurado. Portanto, ainda que esteja nervosa, policie-se para não dizer coisas como: “Você só me dá trabalho” ou “Você faz isso para me irritar”. Esse tipo de acusação leva a criança a se sentir culpada e, com o tempo, pode abalar sua autoestima.

• Mantenha a calma - Durante adaptação, as crianças apresentam comportamentos diferentes. Algumas choram; outras não. Como as crianças pequenas têm pouca ou nenhuma fala, o choro pode ser um protesto, uma forma de manifestar desejo de continuar no colo da mãe. Isso, no entanto, não significa que ela não vá se divertir na escola.

Lembre-se: Todos nós sobrevivemos à separação e ela é inevitável ao longo da vida. Frente a ela, só podemos nos agarrar à certeza de que, no caso da escola, é algo passageiro e o reencontro entre pais e filhos virá no final do dia.

 

Luiz Carlos Polini

Colaborador ouropretoonline

Graduado em Geografia e História

Especialista em Educação e Gestão Ambiental.

 

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Educação Em Foco : Feira de intercâmbio traz ao Brasil universidades de 30 países
Enviado por alexandre em 23/02/2015 23:06:41

Feira de intercâmbio traz ao Brasil universidades de 30 países


A Feira de Intercâmbio EDUEXPO, marcada para ocorrer no Rio de Janeiro no dia 10 de março, trará ao Brasil universidades de mais de 30 países. Destacam-se as instituições dos Estados Unidos, Canadá, Austrália e Suíça. A participação no evento é totalmente gratuita e exige inscrição pelo site www.eduexpos.edufindme.com. Interessados poderão conhecer detalhes de graduações na Universidade do Alabama em Birmingham, que oferece o melhor curso de neurociência dos EUA, e na Universidade Full Sail, que figura como um dos principais centros de ensino de arte em todo o mundo. Outras instituições de renome, como universidade de Ohio e Universidade de California San Diego, também estarão presentes na EDUEXPO. Vale destacar que a Alemanha apresentará mais de 500 tipos de formações. A Holanda engrossa o número com mais de 200 opções de ensino. Já a Suíça terá como diferencial um programa de aulas para quem busca formação em hotelaria (área em que o país é referência). Durante a feira também serão apresentados programas que incluem escolas de idiomas e de nível médio, além de cursos técnicos, graduação, pós, mestrado e MBA (Master of Business Administration). A EDUEXPO é considerada a maior feira de intercâmbio cultural do mundo. Os visitantes poderão conversar com diretores e representantes das principais instituições de ensino de diferentes países e também com as melhores agências de intercâmbio do Brasil.

Educação Em Foco : A luta pelo direito à educação de meninas no Paquistão.
Enviado por alexandre em 23/02/2015 10:39:53

A luta pelo direito à educação de meninas no Paquistão.

 

Quero citar nesta matéria uma incondicional luta que há três anos o mundo conheceu através da história da jovem paquistanesa Malala Yousafzai em defesa ao direito à educação de mulheres em seu país, o Paquistão continente Asiático. Ela foi baleada na cabeça aos 15 anos por defender a educação feminina. Aos 17 anos, é a mais jovem ganhadora do prêmio Nobel.

 Desde o início de sua adolescência, ela se mobilizava na defesa do direito de garotas a freqüentarem a escola. Por sua atuação, Malala sofria ameaças e finalmente foi alvo de uma tentativa de assassinato pelo grupo extremista Talibã em 2012.

A luta pelo direito de meninas estudarem vêm de um grave contexto no Paquistão. O país é um dos três que têm mais de um milhão de garotas em idade escolar fora da escola, com cerca de três milhões de meninas com seu direito à educação violado. Elas representam 56% das crianças fora da escola, segundo dados da Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (Unesco) de 2012.

Como reflexo do baixo acesso à educação, o país têm 6,7 milhões jovens mulheres de 15 a 24 anos analfabetas. Se entre os homens adultos apenas 67% da população sabe ler e escrever, para mulheres, a taxa cai para 42%.

Fundação

A jovem Malala criou uma Fundação que leva seu nome para apoiar a inclusão e permanência de meninas na escola ao redor do globo. Recentemente, o fundo assinou um acordo de cooperação prática com a Unesco e o presidente do Paquistão para atuar diretamente no país.

No entanto, o ativismo de Malala tem outro contexto: a sua própria família. O pai da garota, Ziauddin Yousafzai, é dono da escola que ela frequenta. Na instituição, são aceitos e educados igualmente meninas e meninos. Em palestra, Yousafzai fala que, em sua a escola, a educação serve à emancipação. Assim, explica ele, quebra dois paradigmas da sociedade patriarcal paquistanesa. “Eu ensinei minhas alunas a desaprenderem a lição da obediência. Eu ensinei meus alunos a desaprenderem a lição da denominada pseudo-honra”, relata.

Yousafzai conta rindo como foi impactado pela visibilidade que Malala ganhou mundialmente. “Antes disso, ela era minha filha, mas agora sou o pai dela”, revelando como agora é visto pelas pessoas. Devido ao protagonismo da jovem, que recebeu o prêmio Nobel da Paz em 2014, ele constantemente é questionado sobre como foi a criação dela, que possibilitou que ela se tornasse tão corajosa. “E eu digo: ‘Não me perguntem o que eu fiz. Perguntem-me o que eu não fiz. Eu não cortei suas asas, foi só isso’.” Que este exemplo sirva de referência para muitos(as) que ignoram a importância da educação.

 

Luiz Carlos Polini

Colaborador do ouropretoonline

Graduado em Geografia e História

Especialista em Educação e Gestão Ambiental.

 

 

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